Gerson Bernardo de Oliveira – RA 1027899022 MATÉRIA DE PROVA FILOSOFIA – Prof.Osvaldo Atitude Filosófica: Antes de aceitar, deve-se duvidar e pesquisar. É o exercício da dúvida metódica. Crítica: Suspensão do juízo, antes de fazer a crítica tem que se fazer a análise, isto é, decompor. Depois se faz a síntese, isto é, integrar e juntar. Mito: Nasce espontaneamente do convívio pessoal. Mito é verdadeiro, é absoluto. Significa narrativa. Dá uma explicação para o sentido da vida. Antropologia: Estudo do homem. Filosofia Socrática: Coloca no centro da discussão, o homem. SÓCRATES Ateniense de origem humilde, manteve-se pobre e austeramente durante toda a sua vida, direcionada a busca da verdade. Nunca escreveu nada, mas legou o ponto de partida para inúmeras escolas filosóficas. Exerceu considerável influência sobre Platão. Sábio e humilde, proclamava nada saber. Sua preocupação era o bem e o justo. Preferia a morte a causar qualquer mal. Platão foi o discípulo que mais falou nele. Aristóteles não o conheceu pessoalmente, pois nasceu 15 anos após a morte de Sócrates. Sócrates é designado como o “parteiro das almas”. A conotação com a profissão de sua mãe serve para mostrar que o acesso à ciência deve ser feito pela via interior. Sócrates dava luz à consciência humana. A luz chegava mediante o auto-conhecimento. Assim como a parteira não dá vida á criança, ela apenas ajuda o nascituro a sair do útero, o filósofo liberta o discípulo da ignorância. A aquisição do conhecimento não depende do mestre. Condiciona-se à potencialidade vital do interior do aluno. Assim como a mulher que não está grávida, não pode dar à luz, aquele que não estiver imbuído da sabedoria intuitiva, nada conseguirá aprender. Ventres desprovidos de vida e consciências estéreis de conhecimento não atingirão a verdade, que é a luz. A ética, para Sócrates, tem por finalidade o aperfeiçoamento interior. Para ele, é melhor sofrer a injustiça do que cometê-la. E se alguém comete alguma infração, é aceitar a sanção, remédio para a alma. O homem precisa encontrar o equilíbrio, e o caminho é a justiça e temperança. A harmonia, resultante do equilíbrio, é condição para se atingir a felicidade. Sócrates foi polêmico e tornou-se sinal de contradição. Conquistou inimigos ao constatar e disseminar a superficialidade intelectual de homens poderosos. Foi acusado de corromper a juventude e condenado a beber cicuta. Poderia ter escapado da morte, mas sua coerência não o permitiu. Morreu a acreditar que o papel da filosofia é auxiliar o homem a obter a maior perfeição possível na vida e na morte. Com sua vida e sua morte, Sócrates provou a fé profunda em sua tese de que a injustiça não deve ser combatida com injustiça. É o pai do pensamento conceitual: Pensamentos: “Conhece-te a ti mesmo” “Só sei que nada sei” Método Socrático: (método é o caminho ordenado p/ se chegar na meta) a) Ironia: perguntar/destruir/desconstruir o “pseudo-saber” b) Maiêutica: tirar de dentro a resposta / parir c) Conceito / essência / verdade. Conhecimento: Virtude: Conhecimento, razão Vicio: ignorância, mal Finalidade da ética: Aperfeiçoamento moral Harmonia: Condição de felicidade Filosofia: Ajuda o homem a obter a maior perfeição possível na vida e, também, ensina a morrer. PLATÃO (427-347 AC) Foi discípulo e admirador de Sócrates, que conheceu aos 20 anos. De família tradicional e política de Atenas, preferiu a poesia e o teatro. Desiludido com a morte injusta de Sócrates, saiu de Atenas, retornando após um período, e ficou em Atenas até sua morte. Seus diálogos mais importantes para a filosofia jurídica são: A Republica, O Político e As Leis. Importante observar que a sua experiência pessoal da mesquinharia política em Atenas, culminada com a injustiça perpetrada contra Sócrates, levou-o a desacreditar da vida pública, tal como vivenciada. Não há possibilidade de ética na política. Concluiu que o mau governo era a regra e acreditou que só a filosofia poderia trazer ordem e justiça para as pessoas. Enquanto leigos em filosofia viessem a exercer o poder, o mundo continuaria a exibir as misérias tão freqüentes. A única alternativa seria unir política e filosofia. Em termos mais singelos, fazer com que a política se amparasse e se fundamentasse no saber. Platão iniciou sua filosofia com a distinção entre opinião e conhecimento racionalmente fundamentado. A opinião é a doxa (aquilo que se opõe à verdade). A filosofia é o saber encontrado após a busca. É aquilo que resulta da procura. Pode-se atribuir a Sócrates a instituição do método cientifico. Seus estudos fundamentaram a idéia da investigação lógica e o ideal ético para o conhecimento das virtudes morais. A ciência é o caminho natural para chegar à virtude. Esse caminho é denominado maiêutica. O método da maiêutica é o dialogo. Daí os diálogos de Platão que, na verdade, são diálogos de Sócrates. Para Platão, o objeto da ciência é algo imutável, eterno e real. Além e acima da realidade sensível (a opinião), deve existir uma realidade inteligível (a verdade atingida pela razão). Ao nascer, o homem é ignorante, mas à medida que ele adquire conhecimentos culturais de sua época, ele se livra da falta de conhecimento e chega finalmente ao mundo das idéias, que é o mundo do bem. Todo homem possui conhecimento racional e intuição. O mundo das idéias está adormecido na alma humana. A missão dos homens é recordar as idéias. A alma não constrói idéias, mas as encontra, porque estão esquecidas. Saber é recordar. Ciência equivale a uma recordação. No mundo ideal, nada se cria, tudo se redescobre. Aprender é descobrir aquilo que sempre existiu e que se encontra oculto para o homem que não estuda para descobri-lo. O filósofo para Platão é o modelo mais adequado do estágio de perfectibilidade que a educação humana pode atingir. O amigo da sabedoria é aquele que vive feliz porque é virtuoso, possui como ideal de vida viver a justiça tanto individual quanto coletiva, seu objetivo é chegar à verdade por meio de uma consistente formação dialética. Por isso é que o filósofo é o único habilitado a governar a cidade com justiça. Como conseguir filósofos? Educando. Educar não é propiciar aquisição de conhecimentos técnicos, ensinar a decorar ou a colecionar informações. Educar é formar um homem virtuoso. O que é virtude? Os predicados morais representam a coisa mais importante da vida. A pessoa virtuosa é uma pessoa boa. A virtude é um ideal a ser atingido. È aquilo que deve ser. Como se ensina virtude? Aprende-se através de um processo lúdico, brincando, e não pela violência, a fim de ficar mais habilitado a descobrir as tendências naturais de cada um. A mocidade deve ser iniciada no processo educativo através da musica e da ginástica, em seguida a matemática e depois a dialética. Só por meio desta se alcançará a filosofia. O tirocínio, aprendizado prático, se fará até os cinqüenta anos de idade, só a partir daí é que alguém poderia estar habilitado a exercer o governo da cidade. O governante-ideal seria o filósofo-rei. Este processo descrito na obra de Platão, a Republica, “os mais bem dotados guerreiros são escolhidos entre os vinte e os trinta anos e, submetidos a uma particular educação cientifica. Quem nela se distinguir é tomado e introduzido na terceira classe, a dos perfeitos guardiães. Passam logo a estudar, durante cinco anos, filosofia, matemática, astronomia, belas artes, sobretudo dialética filosófica, para se capacitarem de todas as leis, verdades e valores do mundo. Passam depois, durante 15 anos, em altos cargos políticos, para aprender a conhecer praticamente o mundo e a vida. Aos cinqüenta anos, esse circulo de escolhidos se retira, vivendo então somente na contemplação do bem estar em si e presta o superior serviço de expor as grandes idéias pelas quais o Estado deve dirigir-se. O filósofo é o mais indicado a exercer o poder, pois o poder não o seduz. Mesmo porque, governar é servir e colocar-se a serviço dos demais. Num processo educacional bem sucedido, se teriam menos cárceres e menos juízes, alem de serem necessários menos hospitais. Se a filosofia não repercutir para mudar a sociedade, ao menos tranquilizará o filósofo, que não temerá o encontro com a morte, pois a filosofia ensina a morrer, como disse Sócrates. Em linhas gerais, Platão desenvolveu a noção de que o homem está em contato permanente com 2 tipos de realidade: a inteligível e a sensível. A primeira é a realidade imutável, igual a si mesma. A segunda são todas as coisas que nos afetam os sentidos, são realidades dependentes, mutáveis e são imagens das realidades inteligíveis. - Filósofo Idealista. Motivação de Platão foi a morte de Sócrates. - Mito da caverna; - Divisão da realidade: Mundo inteligível (eterno, idéias) e Sensível (relativo, caverna), participa da verdade; - Alma humana: -Razão (racional, mental) cria o saber, a filosofia -Vontade (moral) emoção, determinação -Desejo (apetite) força irracional, preocupada c/ bens materiais - Justiça é o equilibrio dessas 3 partes (razão, vontade e desejo) na cidade justa. - Cidade justa: governar é um ciência, educação pela musica e ginástica. ARISTÓTELES (384-322 AC) Natural da Macedônia, teve educação esmerada e aos 17 anos foi viver em Atenas. Ingressando na academia e tornando-se discípulo de Platão. Após a morte de Platão, ele aceita convite de Filipe da Macedônia para educar Alexandre, o príncipe herdeiro, após Alexandre assumir o trono, ele rompe com Aristóteles que retorna á Atenas e funda o Liceu dedicado a docência e á investigação. Aristóteles era intelectualmente independente do mestre. Platão nutria um intransigente idealismo ético. O discípulo cultivava o realismo de moderado meio-termo e espírito analítico baseado sobre os fatos. Em lugar de procurar o mundo inteligível para além do mundo sensível, como Platão, Aristóteles procura a essência universal das coisas nas próprias coisas. A realidade sensível é também inteligível e o entendimento humano é capaz de descobrir a idéia oculta no objeto sensível, por meio da abstração. O homem tem consciência do que é o bem e dispõe-se a alcançá-lo. O bem supremo é a finalidade ultima do ser humano. Consiste na felicidade. Para Aristóteles, felicidade é a contemplação da verdade e a adesão à verdade. O ser humano existe para a verdade. Só o compromisso da verdade tipifica o verdadeiro homem. Como se alcança a verdade ou a felicidade? Mediante o caminho das virtudes. O vicio consiste em transgredir a medida, quer a respeito de nossas ações, quer a respeito de nossos sentimentos. Costuma-se explicar a teoria dos justo meio como se a virtude fosse o justo meio, ou o equilíbrio, entre 2 pólos antagônicos e oscilantes. Entre a preguiça e a hiperatividade, a avareza e a prodigalidade. Não se é virtuoso por dom divino, são hábitos resultantes do esforço humano para submeter os seus atos à razão a aos fins supremos da sua natureza. É se virtuoso porque se pratica a virtude como hábito. A virtude ética e moral tem raiz na vontade, basta alguém querer e será ético. Aristóteles reforça a idéia de livre arbítrio. Para Aristóteles, há 3 formas de governo puras: monarquia, aristocracia e democracia, e 3 impuras: tirania, oligarquia, democracia radical (demagogia). Oligarquia é o governo da minoria rica, uma plutocracia. A demagogia, o governo da maioria pobre. A democracia, o governo da classe média. - Opõe-se ao dualismo de Platão: sensível (caverna) / inteligível (mundo perfeito) - Ser = substancia , potencia, ato - Felicidade: -Conhecimento (interior de você) -Honra (exterior à você, como os outros te vêem) -Vida agradável (material) exterior a você - Virtude moral não nasce por natureza, mas pela educação e pela pratica