ABORDAGEM FITOQUÍMICA DAS FLORES DE Delonix

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ABORDAGEM FITOQUÍMICA DAS FLORES DE Delonix regia Raf.
Suelen Aurélio Morais (Graduanda), Antonia Narcelia de Oliveira (IC), Mônica Regina Silva de
Araújo (PQ), Cléia Rocha de Sousa (PQ), Ana Lúcia Rodrigues da Silva (PQ)*
[email protected]
Universidade Estadual do Ceará – UECE - Faculdade de Educação de Crateús - FAEC, Rua José Furtado S/N,
Prédio do CAIC, 63700-000 Crateús-CE.
Palavras chave: Abordagem fitoquímica, Fabaceae, Delonix regia
1. INTRODUÇÃO
A espécie Delonix regia, pertencente à família Fabaceae, é popularmente
conhecida como flor-do-paraíso, pau-rosa, flamboyant e acácia-rubra. O flamboyant
é uma árvore originária da ilha de Madagascar, no continente africano. É uma árvore
regular, atinge até 15 m de altura e 90 cm de diâmetro, sendo mundialmente
conhecida por ser uma árvore de sombra, que na época de florescência é muitíssimo
ornamental porque se cobre literalmente de flores de intensa coloração vermelhoalaranjada1.
As partes mais utilizadas da planta na medicina popular são as cascas do
fruto, as folhas e vagens. A casca é adstringente e as folhas são emenagogas,
podendo ser abortivas em doses elevadas. As vagens, por sua vez, contêm muito
ácido tânico2. As flores da espécie, devido à intensa coloração, podem ter potencial
utilização como corante natural.
Nesse trabalho relata-se a identificação das principais classes de compostos
do Extrato Etanólico das flores de Delonix regia determinadas através da abordagem
fitoquímica.
2. METODOLOGIA
134 g de flores frescas de Delonix regia foram submetidas à extração
exaustiva com etanol a frio. A solução resultante foi evaporada a temperatura
ambiente, fornecendo 3 g de material denominados EEFDR (extrato etanólico das
flores de Delonix regia).
A partir do EEFDR foram determinadas as características organolépticas e
reações para grupamentos específicos dos princípios ativos das drogas vegetais,
segundo a metodologia adaptada de Matos3 e Virtuoso4. As características
organolépticas do EEFDR apresentaram-se de cor vermelho-marron, aspecto
resinoso e pH 4,0.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foi demonstrada a presença de taninos catéquicos ou catequinas, flavonas,
flavonóis, flavanonas, flavanonóis, xantonas, triterpenóides pentacíclicos livres,
saponinas e ácidos fixos fortes. Os resultados da abordagem fitoquímica do EEFDR
encontram-se reunidos na Tabela 1. A forte presença de flavonóides corrobora a
grande potencialidade das flores de Delonix regia como corante natural.
Tabela 1 - Resultados da Abordagem Fitoquímica do extrato etanólico de Delonix
regia (EEFDR).
TESTE PARA
EEFPG hidrofílico
Ácidos fixos fortes
Alcalóides
Antocianidinas
Antocianinas
Auronas
Flavonas
Catequinas
Chalconas
Esteróides
Fenóis simples
Flavonóis
Flavanonas
Flavanonóis
Leucoantocianidinas
Xantonas
Saponinas
Taninos Pirogálicos
Triterpenóides
+++
0
0
0
0
+++
+++
S
0
0
+++
+++
+++
0
+++
+++
0
++
PARÂMETROS: não realizado (-), ausente (0), suspeito (S), fraco (+), médio (++), forte
(+++).
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A abordagem fitoquímica das flores de Delonix regia (flamboyant) revelou
como principais constituintes do extrato etanólico as seguintes classes de
compostos: ácidos fixos fortes, xantonas, triterpenóides pentacíclicos livres e
flavonóides (catequinas, flavonas, flavonóis, flavanonas, flavanonóis).
5. AGRADECIMENTOS
Os autores agradecem ao Centro Vocacional Tecnológico (CVT) de Crateús
pelo suporte para a realização do trabalho.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
.
1. JOLY, A. B., Botânica: Introdução à taxonomia vegetal. 13º edição, Companhia editora nacional, São Paulo,
2002, p. 374.
2. CORRÊA, Manoel Pio, Dicionário das plantas úteis do Brasil e das exóticas cultivadas. Rio de janeiro,
Imprensa Nacional, 1926-1978. Volume III.
3. MATOS, F. J. A. Introdução a fitoquímica experimental. 2º edição, Edições UFC, Fortaleza, 1997, Cap. 4.
4. VIRTUOSO, S. Estudo fitoquímico e biológico das cascas de Erythrin avelutina Willd. - Fabaceae
(Leguminosae-Papilionoideae). 2005.124f. Dissertação (mestrado em Ciências Farmacêuticas) – Setor de
ciências da Saúde - Universidade Federal do Paraná. Curitiba. 2005. Disponível em:
http://www.dpace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/1884/1931/1/COMPLETA_FINAL.pdf, acessada em março de
2007.
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