environmental assessment

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Universidade Federal de Campina Grande
Unidade Acadêmica de Engenharia Civil
Disciplina: Ciências do Ambiente
Professora: Márcia Maria Rios Ribeiro
Período: 2010.1, Número de créditos: 4; Terça (1402) e Quinta (1602)
CIÊNCIAS DO AMBIENTE – Noticias Ambiente Brasil
EXCLUSIVO: Observatório da UnB registrou informações sobre tsunamis, depois do terremoto no Chile
O Observatório Sismológico da Universidade de Brasília, UNB, ajudou a prever os tsunamis no Japão e no
Havaí. O nível do mar aumentou cerca de 30 centímetros no Japão. No Havaí, o efeito também foi sentido como um
aumento no nível do mar.
As ondas tiveram pouco impacto, mas foram resultantes do terremoto que aconteceu no Chile, na madrugada
de sábado, 27 de fevereiro, e alcançou 8,8 na escala Richter.
As informações do Observatório permitiram saber o horário e a intensidade das ondas. A UnB integra a
Global Sismology Network, uma rede internacional de observatórios sismológicos que faz o mapeamento e estuda
abalos sísmicos em todo o mundo.
“Com os dados coletados pela UnB, a rede é capaz de prever com precisão a hora e a amplitude com que a
onda vai chegar”, explicou o professor do Departamento de Geociências da UnB, João Willy Rosa.
Os sensores do Observatório Sismológico estão localizados em dois poços que ficam no Parque Nacional de
Brasília. Eles ampliam as vibrações do solo e transmitem os dados para um satélite. AS informações são enviadas para
centros de processamento de dados em diversos lugares como Colorado, Havaí, Londres e Viena.
*Com informações da UnB.
Terremotos no Chile e no Haiti ocorreram por tipo distinto de movimento tectônico
O terremoto no Chile e o que atingiu o Haiti em 12 de janeiro são causados por fenômenos geológicos diferentes,
embora ambos façam parte do lento e sutil movimento de placas tectônicas, que é constante.
A crosta da Terra é constituída por cerca de uma dúzia de grandes placas tectônicas (ou litosféricas),
delimitadas por grandes “falhas”. O movimento da camada mais externa da Terra, mesmo que sejam só poucos
centímetros por ano, produz tensões que vão se acumulando em vários pontos.
Os terremotos são efeitos desse processo geológico de acúmulo lento e liberação rápida de tensões entre as
placas, quando as rochas atingem o limite de resistência e ocorre uma ruptura. O tamanho da área de ruptura, grande
ou pequeno, determina se o evento será um abalo quase imperceptível ou um terremoto. Quanto maior a área de
ruptura, maior a violência das vibrações emitidas.
Dependendo das características físicas das placas, do ângulo e da velocidade dos impactos, a trombada pode
provocar o mergulho da placa mais densa sob a outra, o enrugamento e elevação das bordas das duas placas ou o
deslizamento lateral entre ambas. A falha de San Andreas , na Califórnia, é desse tipo: as placas têm densidades
semelhantes que colidem obliquamente.
O terremoto no Chile foi um exemplo de mergulho de uma placa (a de Nazca, no Oceano Pacífico) para debaixo
da outra (a Sul-Americana). O terremoto no Haiti foi um deslizamento lateral entre placas (a Caribenha e a NorteAmericana, em um fronteira conhecida como Zona de Falha Enriquillo-Plantain Garden).
Além disso, no caso do abalo no Chile, apesar de ter magnitude extrema (8,8), seu hipocentro foi no mar, a 35
km de profundidade. O do Haiti, com magnitude 7, foi a 10 km da superfície. Hipocentro é o ponto de ruptura inicial,
também chamado de foco do tremor – ou onde início do terremoto “aconteceu mesmo”. Epicentro é a projeção do
hipocentro na superfície.
Movimentação da América do Sul - O professor João Willy Corrêa Rosa, do Instituto de Geociências da
Universidade de Brasília (UnB), explica que o choque entre as placas tectônicas na costa do Chile está associada ao
movimento que a América do Sul faz em direção ao oeste, afastando-se da África.
"A tendência é o Oceano Atlântico ficar cada vez mais largo, cerca de 10 centímetros por ano, enquanto o
Pacífico vai encurtando", conta Rosa. Segundo ele, o mesmo fenômeno também é responsável pelo surgimento da
Cordilheira dos Andes e seus vulcões.
Número de mortos - Até a tarde desta segunda-feira (1º), as vítimas do terremoto do Chile não chegavam a 800.
No Haiti, as últimas estatísticas indicam que o número de mortos passa de 230 mil.
Para Rosa, a diferença discrepante ocorre porque o ponto onde houve o terremoto haitiano era muito mais
próximo a locais habitados do que no Chile. "O sismo do Haiti foi praticamente embaixo do centro da cidade".
O professor compara o terremoto a uma bomba. "É como se fosse uma explosão. Quanto mais longe, menor as
consequências. No Chile, a sorte é que não foi próximo às maiores cidades".
Além disso, Rosa explica que as construções no Chile são mais preparadas para terremotos e o país tem um mapa
das áreas de risco para prever quais são os lugares mais vulneráveis a terremotos.
'Filhotes' de terremoto - Assim como ocorreu no Haiti, os chilenos agora estão expostos ás chamadas "réplicas"
do terremoto. São tremores menores que costumam ocorrer após um grande abalo sísmico.
"Quando há um terremoto grande ocorre um deslocamento razoável das camadas de rocha em profundidade. O
que acontece depois é um acomodamento dessas camadas", ensina o diretor do Instituto de Geociências da
Universidade de São Paulo (USP), Colombo Tassinari.
Segundo ele, os tremores subsequentes costumam ser menores do que o principal. "Não costuma ocorrer outro
grande terremoto em pouco espaço de tempo, mas em até um mês é possível que tenhamos outras réplicas", conta.
Tsunami- No Chile, os tremores provocaram um tsunami que atingiu a costa do país. O mesmo evento não foi
registrado no Haiti. Segundo Rosa, da UnB, a explicação disso é a magnitude do abalo sísmico. "O terremoto do Chile
liberou mais de cem vezes energia do que o terremoto do Haiti."
O professor conta que, ao contrário dos tremores, os tsunamis são previsíveis. "Se a população é alertada, os
governos dessas localidades conseguem evacuar as áreas mais baixas e remover as embarcações dos portos para o mar
aberto, onde a onda tem uma amplitude muito pequena."
Magnitude e intensidade - Um terremoto como o do Chile, com magnitude 8,8, é bastante raro. Essa “raridade”
significa que ocorre um desses por ano, em média. Para entender: a fim de comparar os tamanhos relativos dos
terremotos, o sismólogo americano Charles F. Richter, do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), formulou em
1935 uma progressão logarítmica com base na amplitude dos registros das ondas superficiais de choque captadas pelas
estações sismológicas: cada ponto corresponde a 10 vezes a amplitude das vibrações do ponto anterior e a 30 vezes a
energia liberada.
A “escala” Richter não tem limite inferior nem superior. Tremores tímidos podem ter magnitude negativa. O
máximo depende só da natureza.
Existe uma outra medida, diferente da Richter, que é a escala de intensidade dos efeitos do tremor, chamada
Mercalli Modificada, sempre estimada.
A Richter indica precisamente a magnitude do terremoto. A MM estima a intensidade do evento.
Ela classifica os efeitos que as ondas de choque provocam em um determinado lugar. É extraída de observação e
relatos de vítimas, não de instrumentos. Portanto, está sujeita a subjetividades. Além disso, um tremor de alta
magnitude no Japão, com edificações concebidas para resistir a terremotos, atinge pontos na escala Mercalli muito
mais baixos do que em um país despreparado para enfrentar o fenômeno.
Terremotos com magnitude igual ou superior aos 7 graus na escala Richter, como o que atingiu o Haiti no dia 12
de janeiro, são mais comuns do que se pensa. De acordo com estimativa do Serviço Geológico dos Estados Unidos
(USGS, na sigla em inglês), 17 tremores de magnitude entre 7 e 7,9 ocorrem todos os anos no mundo. Acima disso, pelo
menos um terremoto com magnitude de no mínimo 8 é registrado anualmente. Terremotos entre 6 e 6,9 são mais de
130 por ano. (Fonte: G1)
Chile registra mais de 140 tremores secundários em 48 horas
O Chile já registrou mais de 140 tremores secundários nas últimas 48 horas após o terremoto de 8,8 graus de
magnitude na escala Richter registrado no último sábado (27). As informações são da BBC Brasil.
De acordo com o Centro Geológico dos Estados Unidos (USGS na sigla em inglês), entre as 3h34 de sábado e as
7h de segunda-feira (1º), foram 148 terremotos de magnitude superior a 4,5 – oito deles com magnitude superior a 6.
A maioria dos tremores secundários teve epicentros nas regiões de Maule e Bío Bío, as mais afetadas pelo
terremoto. Também houve registros de tremores com epicentros nas regiões próximas de Valparaíso, Araucanía,
Libertador General Bernardo O'Higgins e na região metropolitana de Santiago.(Fonte: Agência Brasil)
Japão pede desculpas por alerta máximo de tsunami
O governo do Japão admitiu nesta segunda-feira (1º) que as autoridades do país exageraram ao ativar o alerta
máximo de tsunami pela primeira vez em 15 anos, com a ordem de evacuação de meio milhão de pessoas da costa do
Pacífico.
"As previsões da agência (meteorológica) sobre a magnitude do tsunami foram um pouco excessivas. Peço
desculpas pelo alerta prolongado", declarou Yasuo Sekita, um dos diretores da agência responsável por terremotos e
tsunamis.
As autoridades ativaram no domingo (28) o alerta máximo para tsunamis em três municípios do norte do Japão,
com previsões de ondas superiores a três metros geradas pelo violento terremoto de sábado passado no Chile.
Mas as ondas máximas não passaram de 120 centímetros. Portos e estradas foram inundados, mas a situação não
provocou vítimas nem danos consideráveis.
O Japão foi o último país a suspender o alerta de tsunami.
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