Comunicado Cetip n° 091/2013 – 26 de setembro de 2013 Assunto: Aprimoramento da Metodologia da Taxa DI. O diretor-presidente da CETIP S.A. – MERCADOS ORGANIZADOS informa que, em continuidade às alterações informadas no Comunicado n° 035/2013, que divulgou o mecanismo chamado fallback, será implementada a segunda etapa de aprimoramentos na Taxa DI. Em função disso, a partir de 07/10/2013, inclusive, a metodologia de cálculo será a que consta no anexo deste comunicado. Esclarecimentos adicionais poderão ser obtidos com a Gerência de Operações nos telefones (11) 3111.1597 e (21) 2276.7597. “Original assinado pelo diretor-presidente” CETIP S.A. – MERCADOS ORGANIZADOS Anexo - Metodologia da Taxa DI As estatísticas do ativo Taxa DI-Cetip Over (Extra-Grupo) são calculadas e divulgadas pela Cetip, apuradas com base nas operações de emissão de Depósitos Interfinanceiros pré-fixados, pactuadas por um dia útil e registradas e liquidadas pelo sistema Cetip, conforme determinação do Banco Central do Brasil. No universo do mercado interbancário são selecionadas as operações de 1 (um) dia útil de prazo (over), considerando apenas as operações realizadas entre instituições de conglomerados diferentes (Extra-grupo), desprezando-se as demais (Intra-Grupo). As estatísticas aqui apuradas são, portanto estatísticas da população DI Over (Extra-Grupo). A nova metodologia de apuração do DI propõe que o cálculo seja baseado em grupos de taxas e valores, não mais em operações. A diferença principal deste novo tratamento é que não há mais exclusão de cinco 5% nos extremos das caudas (superior e inferior); mas sim uma diluição do percentual de alfa, definido em 10%, ao longo de toda a série de dados. Definição da expressão da taxa over em cada operação As taxas são expressas sob forma anual, de acordo com a seguinte fórmula: Onde: - Taxa DI da i-ésima operação, calculada com arredondamento de 2 (duas) casas decimais. - Valor de Resgate da i-ésima operação, informado com 2 (duas) casas decimais. - Valor de Emissão da i-ésima operação, informado com 2 (duas) casas decimais. Sobre o Processo de Cálculo da Taxa DI over: 1. As operações são ordenadas de modo crescente e depois agrupadas formando o binômio (taxa; volume); 2. Para cada taxa é calculado o seu respectivo “Peso” em relação ao Volume Total Depositado calculado conforme abaixo: Peso da operação = Valor Financeiro Depositado ( , onde: ): Valor financeiro depositado em cada operação de DI Over extra-grupo; 1. A série é dividida em 2 nas caudas de forma que, em ambos os sentidos e de cada lado, a soma dos pesos definidos não ultrapasse o valor definido de Alfa. Beta (β): o onde: l = somatório do número de operações em que k = somatório do número de operações em que o o L = Máx (0; α - Peso da operação), sendo calculado da operação com a maior taxa para a menor, parando a contagem no momento em que o cálculo apresentar o valor zero; K = Máx (0; α - Peso da operação), sendo calculado da operação com a menor taxa para a maior, parando a contagem no momento em que o cálculo apresentar o valor zero; Gama (γ): o onde: l = somatório do número de operações em que k = somatório do número de operações em que o L = Máx (0; α - Peso da operação), sendo calculado da operação com a maior taxa para a menor, parando a contagem no momento em que o cálculo apresentar o valor zero; K = Máx (0; α - Peso da operação), sendo calculado da operação com a menor taxa para a maior, parando a contagem no momento em que o cálculo apresentar o valor zero; 2. É realizada apuração de Beta (β) e Gama (γ) para ajustar os pesos nos extremos inferior e superior. Para o Beta: Q1 = O Q1 deverá ser apurado apenas para a primeira operação da ordem crescente e o seu cálculo será o Máx(0; Valor do Peso da Operação – Beta); Q = O Q deverá ser apurado da segunda operação em diante e o seu cálculo será o Máx(0; Valor do Peso da Operação – Ri-1); Ri-1 = Representa o R da operação anterior (ou R 1 no caso da operação anterior ser a primeira); R1 = O R1 deverá ser apurado apenas para a primeira operação da ordem crescente e o seu cálculo será o Máx(0; Beta - Valor do Peso da Operação); R = O R deverá ser apurado da segunda operação em diante e o seu cálculo será o Máx(0; Ri-1 – Valor do Peso da Operação) Para o Gama: Qult = O Qult deverá ser apurado apenas para a última operação da ordem crescente e o seu cálculo será o Máx(0; Valor do Peso da Operação – Beta); Q = O Q deverá ser apurado da segunda operação em diante e o seu cálculo será o Máx(0; Valor do Peso da Operação – Ri+1); Ri+1 = Representa o R da operação posterior (ou R ult no caso da operação posterior ser a última); Rult = O Rult deverá ser apurado apenas para a última operação da ordem crescente e o seu cálculo será o Máx(0; Beta - Valor do Peso da Operação); R = O R deverá ser apurado da segunda operação em diante e o seu cálculo será o Máx(0; Ri+1 – Valor do Peso da Operação). 3. Os pesos finais serão apurados para o cálculo da Taxa DI Over: Cálculo dos pesos finais: Os pesos finais deverão ser calculados para cada operação pela fórmula: Onde: Qbeta = Q para o beta para cada operação; Qgama = Q para o gama para cada operação; 4. Ultima etapa: Multiplicação dos pesos finais pelas Taxas DI Taxa DI final = Onde: = Peso final apurado para cada taxa; = Taxa DI Over indicada para operações extra-grupo; Taxa DI final = somatório do produto do Peso Final pela Taxa DI over praticada nas operações extragrupo na data, arredondado na 2ª casa decimal. Critérios de Precisão: Precisão das variáveis de cálculo Precisão das variáveis de cálculo Código Precisão a) 2 decimais ; VFD b) Peso c) Alpha 9 decimais COM arredondamento; 2 inteiros e quatro decimais (% indicado na tela de monitoramento); d) Beta/Gama 9 decimais COM arredondamento; e) k inteiro; f) l inteiro; g) K 9 decimais COM arredondamento; h) L 9 decimais COM arredondamento; i) Q 9 decimais COM arredondamento; j) R 9 decimais COM arredondamento; k) Peso Final 9 decimais COM arredondamento; Obs.: Na tela, a operação pode ser informada com l) Taxa DIi até 4 casas decimais, mas para o cálculo já se assume o arredondamento em 2 casas m) n) Peso Final X Taxa DIioperação DI Final 9 decimais COM arredondamento; 2 decimais COM arredondamento; 1.1.1. Estatísticas a serem Apuradas Visando dar maiores informações a respeito de como se apresenta a distribuição, são apuradas as estatísticas listadas abaixo: • Moda. Mediana. • Taxa Mínima. • Taxa Máxima. • Variância. • Desvio Padrão. • Coeficiente de assimetria. • Curtose. 1.1.2. Definição e Expressão das Estatísticas: Moda (Mo) Moda, por definição, é o valor que ocorre com maior freqüência em uma distribuição. Como a variável em estudo é a taxa, é definida como moda a taxa que ocorre com maior freqüência na distribuição a qual é denominada Taxa Modal. Mediana (Mnd) É definido como mediana o valor médio ou a média aritmética entre os valores centrais em uma distribuição, isto é, o valor que divide a distribuição em 50 % das observações acima e 50 % abaixo deste valor. A mediana é o valor da Taxa que encontra-se nesta posição, dentro da distribuição. Taxa Mínima e Taxa Máxima São consideradas como Taxa Mínima e Taxa Máxima, a menor e maior taxa, respectivamente, observadas dentro da distribuição depois do corte bilateral. Desvio Padrão (s) e Variância (s2) Para medir o grau de dispersão das taxas em torno da média, faz-se uso do Desvio Padrão (s) e da Variância (s2), expressas abaixo: Onde: DIi - Taxa DI da i-ésima operação, calculada com arredondamento de 2 (duas) casas decimais. m - Taxa média apurada, calculada com arredondamento de 2 (duas) casas decimais. VEi - Valor de Emissão da i-ésima operação, informado com 2 (duas) casas decimais. Coeficiente de Assimetria (a3) O grau de desvio em uma distribuição é denominado assimetria. É utilizado o segundo coeficiente de Pearson para mensurar o grau de assimetria da distribuição. O segundo Coeficiente de Pearson é definido pela expressão abaixo: Onde: M - Taxa média apurada, calculada com arredondamento de 2 (duas) casas decimais. Mnd - Mediana apurada. S - Desvio padrão apurado. Coeficiente do momento de Curtose (a4) Curtose é o grau de achatamento de uma distribuição em relação a uma distribuição normal. Em uma distribuição normal o coeficiente de curtose é igual a 3 (a4= 3), sendo esta denominada de distribuição mesocúrtica. Uma distribuição com (a4 < 3) é denominada platicúrtica, isto é, distribuição com o topo achatado, e uma distribuição com (a4 > 3), é denominada leptocúrtica, distribuição com topo relativamente alto. O coeficiente do momento de curtose é definido pela seguinte expressão: Onde: DIi - Taxa DI da i-ésima operação, calculada com arredondamento de 2 (duas) casas decimais. M - Taxa média apurada, calculada com arredondamento de 2 (duas) casas decimais. VEi - Valor de Emissão da i-ésima operação, informado com 2 (duas) casas decimais. As estatísticas aqui listadas e apuradas têm por objetivo parametrizar cada distribuição e criar uma série histórica dos parâmetros possibilitando desta forma eventuais análises das distribuições. Critério de Cálculo para Apuração de Estatísticas em Datas Especiais Em datas especiais, como por exemplo: Carnaval, Natal, Ano Novo, feriados nacionais, dias 20 de Janeiro, 25 de Janeiro, 23 de Abril, 9 de Julho, 20 de Novembro e feriados regionais em São Paulo e/ou no Rio de Janeiro, dependendo do dia da semana em que incidam, o mercado opera a taxa DI para 1 (um) e/ou 2 (dois) overs. Para solucionar essa situação foi adotado o seguinte critério para apuração das estatísticas: Tomando-se como exemplo o Natal de um determinado ano em que o dia 24 de dezembro (dia útil) ocorra entre segunda e sexta-feira, seguem, abaixo descritas, as duas etapas do procedimento especial adotado. O conjunto de operações (população) se refere a emissões de DI prefixado, extra-grupo, registradas no sistema Cetip. 1ª Etapa Descrição da apuração feita no dia útil imediatamente anterior ao dia 24 de dezembro: a) É selecionada a população das emissões de DI com prazo de 1 (um) dia útil, cujas taxas são expressas ao ano de 252 dias úteis, de acordo com a seguinte fórmula: Onde: o o o DIi - Taxa DI da i-ésima operação, calculada com arredondamento de 2 (duas) casas decimais. VRi - Valor de Resgate da i-ésima operação, informado com 2 (duas) casas decimais. VEi - Valor de Emissão da i-ésima operação, informado com 2 (duas) casas decimais. b) É selecionada a população das emissões de DI, com prazo de 2 (dois) dias úteis, cujas taxas são convertidas para 1 overnight, expressas ao ano de 252 dias úteis, através da seguinte fórmula: Onde: DIi, VRi e VEi são variáveis anteriormente definidas. c) As duas populações ( 1 overnight e 2 overnights, convertida para 1) são agregadas e o sistema procede a apuração das estatísticas (média, moda, desvio padrão, etc.) de acordo com a metodologia divulgada nos Comunicados Cetip nº 113 e 114, de 26/01/1998 e 28/01/1998, respectivamente. 2ª Etapa Descrição da apuração feita no dia 24 de dezembro: a) É selecionada a população das emissões de DI com prazo de 1 (um) dia útil, cujas taxas são expressas e calculadas conforme descrito no item “a” da 1ª etapa; b) É selecionada a população das emissões de DI com prazo de 2 (dois) dias úteis, registradas no dia útil imediatamente anterior ao dia 24, ou seja, a mesma população de emissões considerada na 1ª etapa, cujas taxas são expressas e calculadas conforme descrito no seu item “b”; c) As duas populações são agregadas e o sistema procede a apuração das estatísticas de acordo com os Comunicados mencionados no item “c” da 1ª etapa. Fallback – Procedimento Especial para a Apuração da Taxa DI O Fallback é caracterizado num cenário onde, em um dia de negociação, o número de operações usadas para o cálculo da taxa seja inferior a 10 (dez). Nesta situação, a metodologia atual do DI não será aplicada e será acionado um modelo estatístico diferenciado para a sua apuração. Caracterizado o Fallback, a apuração da Taxa DI, para uma determinada data, será realizada através de um modelo estatístico conforme descrito abaixo: , onde: : Taxa DI Over do dia “D” apurada com duas casas decimais com arredondamento; e : parâmetros da equação podendo assumir valores positivos e negativos; : -0,24330; : 1,01693. : Taxa Selic Over divulgada em “D” pelo Banco Central do Brasil, utilizada com precisão máxima de duas casas decimais. Este modelo será periodicamente avaliado, trimestralmente nos meses de Abril, Julho, Outubro e Janeiro, estando tanto os parâmetros da equação como também o formato da equação submetido à revisão, com o objetivo de verificar a consistência do modelo e sua efetiva utilização.