Atividade anti-cândida de bactérias endofíticas de plantas arbóreas

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56º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 56º Congresso Brasileiro de Genética • 14 a 17 de setembro de 2010
Casa Grande Hotel Resort • Guarujá • SP • Brasil
www.sbg.org.br - ISBN 978-85-89109-06-2
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Atividade anti-cândida de bactérias endofíticas de
plantas arbóreas da Amazônia
Cunha-Lima, C1; Oliveira-Lira, AD1; Oliveira, ACL1; Souza, ADL2; Pereira, JO3; Souza, AQL de1
Laborátorio de Genética Humana da Escola Superior de Ciências da Saúde da Universidade do Estado do Amazonas
Depto de Química
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Faculdade de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Amazonas – DQ e FCA / UFAM
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Palavras-chave: Plantas arbóreas da Amazônia, Bactérias endofíticas, Coloração de Gram, Antagonismo, Candida albicans.
As bactérias são microrganismos procariotos, unicelulares e cosmopolitas, colonizando inclusive as plantas,
habitando as partes aéreas externas e internas, como: as folhas, caules, flores e frutos, além das partes terrestres: raízes
e rizosfera. A biodiversidade microbiana é responsável pela produção de centenas de substâncias farmacêuticas, tais
como vacinas, enzimas e antibióticos, além de ser fonte de alimentos. Representam dezenas de bilhões de dólares
para o mundo. As Bactérias endofíticas não causam aparentes danos as suas hospedeiras e desempenham funções
importantes no processo de adaptação das plantas. A presente pesquisa foi realizada com bactérias endofíticas
de plantas da nativas da Floresta Amazônica. Os objetivos propostos foram: preservar e avaliar o potencial de
antagonismos contra Candida albicans de bactérias endofíticas isoladas de plantas arbóreas da Floresta Amazônica
pela metodologia de Christensen (cocultivo, também chamada de culturas pareadas). As bactérias utilizadas
na pesquisa são advindas de seis espécies de plantas Amazônicas: Rollinia sp., Duguetia stelechantha, Strychnos
sp., Pothomorpha peltata, Peperomia pellucida (ambas da família Piperaceae) e de Mauritia flexuosa. Durante
o isolamento de fungos endofíticos, amostras de tecidos das plantas acima citadas foram, após assepsia, com
hipoclorito 4%, plaqueadas em meio de cultura ISP2 e Aveia contendo cetoconozol 100µg/mL para amostragem
de bactérias endofíticas. Após o isolamento as bactérias foram purificadas pela metodologia de esgotamento com
estrias cruzadas em meio de cultura ISP2 ou Aveia de acordo com o meio utilizado para os seus isolamentos. As
conservações das bactérias endofíticas foram de três formas: em placas de petri com meio de cultura semi-sólido,
em dois vidros de penicilina com meio semi-sólido inclinado e em dois eppendorfs com meio líquido mais glicerol a
15%. Foram preservadas 188 bactérias endofíticas, sendo que 35 bactérias eram Gram positivas e 31 Gram negativas.
Das bactérias preservadas 80 mais um controle de Bacillus sp. foram avaliadas para antagonismo contra Candida
albicans. Destas foram 11 de Rollinia (I), 26 de D. stelechantha (II), 10 de Strychnos (III), 6 de P. peltata (IV), 23 de P.
pellucida (V) e 4 de M. flexuosa (VI) apresentaram os seguintes resultados: I = 0, 1; II = 0, 5; III = 0, 1; IV = 1, 0; V = 1, 2; VI = 1,
0; respectivamente para microparasitismo e antibiose. As bactérias endofíticas de D. stelechantha (II) apresentaram
o melhor resultado de antibiose contra C. albicans e apenas as bactérias isoladas de Piperaceaes e de M. flexuosa
apresentaram microparasitismo. Estes resultados sugerem que a biodiversidade de bactérias endofíticas de plantas
arbóreas da Amazônia pode ser uma rica fonte de antifúngicos e de outras substâncias de valor biotecnológico.
Suporte financeiro: FAPEAM & CNPq
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