PREFEITURA MUNICIAPAL DE PELOTAS

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O escorpião é um artrópode quelicerado, pertencente ao Filo Arthropoda,
classe Arachnida e ordem Scorpiones. A denominação escorpião é derivada do
latim scorpio/scorpionis. Em certas regiões do Brasil, também é chamado de
lacrau.
A
fauna
escorpiônica
brasileira
é
representada
por
cinco
famílias:
Bothriuridae, Chactidae, Liochelidae e Buthidae. Esta última representa 60% do
total, incluindo as espécies de interesse em saúde pública.
Todos os escorpiões são terrestres, sendo a maioria das espécies de hábito
noturno. Podem ser encontrados nos mais variados ambientes principalmente em
locais escuros, incluindo esconderijos junto às habitações humanas, construções e
sob os dormentes das linhas dos trens. São mais ativos durante os meses mais
quentes do ano (em particular no período das chuvas). Devido às alterações
climáticas do globo, em algumas regiões, estes animais têm se apresentado ativos
durante o ano todo. São carnívoros, alimentam-se principalmente de insetos e
aranhas, tornando-os um grupo de eficientes predadores de um grande número de
outros pequenos animais, às vezes nocivos ao homem.
Entre os seus predadores estão camundongos, quatis, macacos, sapos,
lagartos, corujas, seriemas, galinhas, algumas aranhas, formigas, lacraias e os
próprios escorpiões.
A seguir encontram-se descritas algumas características das principais
espécies de escorpiões encontradas no Brasil.
CENTRO DE CONTROLE DE ZOONOSES
Fone: (53) 3284 77 31
Rua: Lobo da Costa, 1764
[email protected]
Escorpião Amarelo (Tityus serrulatus)
É um escorpião típico do Sudeste do Brasil, sendo a principal espécie
relacionada a acidentes graves, com registro de óbitos, principalmente em
crianças. Possui as pernas e a cauda amarelo-clara e o tronco escuro. A picada é
extremamente dolorosa, provoca dor intensa no local afetado e se dispersa por
todo o corpo, levando a vítima a um estado de muita dor,
fazendo com que o doente fique extremamente sensível ao
menor toque em todo o corpo. A peçonha é neurotóxica
(atinge
o
sistema
nervoso).
Sintomas:
dor
forte,
taquicardia, podendo levar a morte por parada cardíaca.
Escorpião Marrom (Tityus bahiensis)
É um escorpião presente nos estados de
Minas Gerais, Goiás, Bahia, Espírito Santo, Rio de
Janeiro, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná,
Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Mede 6 cm de
comprimento, tem coloração muito escura e patas
castanhas. Em geral não são tão agressivos, mas
uma agressividade notável existe em fêmeas grávidas e principalmente quando
carregam os filhotes nas costas. Quando perturbada, ela movimenta sua cauda
sobre seu corpo, balançando-a, num gesto de alerta para predadores. A peçonha é
neurotóxica e os sintomas são semelhantes aos causados pelo escorpião amarelo.
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Escorpião Manchado (Tityus costatus)
Os escorpiões desta espécie medem no geral
de 5 a 7 cm de comprimento e possuem coloração
castanha amarelada com manchas nas pernas e
palpos. As espécies encontradas na Região Sul
apresentam uma coloração mais escura; presença
de três faixas longitudinais na face dorsal do tronco e de um espinho sob o ferrão.
Escorpião Preto (Bothriurus bonariensis)
São encontrados no RS, PR e outros estados.
Possuem hábitos noturnos vivendo próximos a
construções,
entulhos
e
lixo
doméstico,
onde
escondem-se sob pedras, troncos podres, etc. O
veneno possui baixa toxicidade podendo o paciente
apresentar-se assintomático ou apresentar dor local
e
manifestações
de
hipersensibilidade.
O
tratamento
é
sintomático
com
analgésicos e antihistamínicos.
Importância em Saúde Pública
Todas as espécies de escorpião podem inocular a peçonha pelo ferrão
(acúleo),
sendo
considerados
animais
peçonhentos.
A
gravidade
do
envenenamento varia conforme o local da picada e a sensibilidade do acidentado.
A gravidade do acidente deve ser avaliada pelo médico, o qual tomará as decisões
sobre o tratamento a ser ministrado.
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Medidas Preventivas
 Manter limpos quintais, jardins, sótãos, garagens e depósitos, evitando
acúmulo de folhas secas, lixo e demais materiais como entulho, telhas,
tijolos, madeiras e lenha;
 Ao manusear materiais de construção, usar luvas de raspa de couro e
calçados;
 Rebocar paredes e muros para que não apresentem vãos e frestas;
 Vedar soleiras de portas com rolos de areia;
 Usar telas em ralos do chão, pias ou tanques;
 Acondicionar o lixo em recipientes fechados para evitar baratas e outros
insetos, que servem de alimento às aranhas;
 Roçar os terrenos;
 Manter berços e camas afastados das paredes;
 Examinar calçados, roupas e toalhas antes de usá-los.
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Rua: Lobo da Costa, 1764
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