Os astecas

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Prof: Diego Gomes
Os astecas
Os astecas – ou mexicas, como se autodenominavam – viviam na região do atual México e aos poucos foram migrando para o sul à procura de terras férteis.
férteis
Até que, por volta de 1325, ocuparam a ilha de Texcoco, na região do México central.
central
Durante algum tempo, os astecas foram dominados pelos tepanecas, em Tenochtitlán, até que se rebelaram e assumiram o controle da região, transformando a cidade de té
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Tenochtitlán na capital do Império Asteca. 2
Segundo a lenda, os Astecas migraram de uma região chamada Astlán. Eles saíram
de lá devido a uma seca e seguindo uma profecia, que dizia que seu novo lar seria onde
encontrassem uma águia devorando uma cobra sobre um cacto. Os astecas seguiram para o sul até a
região
iã próxima
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ao lago
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Texcoco, onde
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hospedados
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l l Esse reii teria
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filha adolescente em casamento ao líder asteca por volta de 1325. Como parte do ritual, cinco
nobres astecas conduziram essa jovem ao templo cerimonial, mas, quando chegaram ao local, eles a
sacrificaram. Nesta noite o rei hospede foi convidado para a cerimonia do casamento mas, tudo o
que viu foi um sacerdote dançando com a pele de sua filha. Horrorizado ele ordenou que os soldados
perseguissem os astecas. Estes fugiram para o lago Texcoco e se refugiaram em uma ilha pantanosa
do lago onde o chefe asteca, Tenoch,
avistou
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a águia
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devorando
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uma
serpente em cima de um cacto
sinalizando que ali seria seu novo lar.
Ali fundaram Tenochtitlán.
Bandeira do México
Adaptado de: GRAND atla
as historique. Paris: Laroussee, 2006.
Império Asteca (século XVI)
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A lenda do chocolate
"Conta uma certa lenda que um deus Asteca, Quetzcoalt, o senhor da Lua prateada
e dos ventos gelados, certo dia ofereceu aos homens, um presente roubado do país dos deuses.
Querendo ele dar aos mortais algo que os enchesse de energia e prazer, foi aos campos luminosos do
Reino do Sol e lá roubou as sementes da árvore sagrada. Os outros deuses não lhe perdoaram que
tivesse dado a conhecer o alimento divino e expulsaram
expulsaram‐no
no das suas terras.
terras Antes de Quetzcold se ir
embora, jurou que iria regressar por “onde o Sol sai” num certo ano do calendário asteca.
E foi assim que as sementes do cacaueiro teriam nascido na região Asteca, dando origem à
árvore. O chocolate tinha tanta importância entre estes povos que a bebida só era consumida por reis,
nobres e guerreiros. Também a usavam em sacrifício aos deuses, funerais e rituais de iniciação e as
sementes serviam como moedas de troca. Para os índios Astecas, as sementes do cacau com as quais
faziam uma infusão,
infusão era considerado um poderoso afrodisíaco.
afrodisíaco Os Astecas às sementes torradas e
moídas, juntavam‐lhes água e especiarias (malagueta, canela, pimenta ou baunilha) e por vezes farinha
de milho para ficar mais espessa e obtinham uma bebida de sabor forte, mas muito energética.
Era esta bebida que o Imperador asteca Montezuma bebia antes de ir para o seu harém e
que um dia ofereceu ao conquistador espanhol Hernando Cortez, confundindo‐o com o deus
Quetzcoalt, por causa das suas roupas e por ter surgido do lado de onde nasce o Sol, montando a
cavalo precisamente no ano em que era suposto o retorno do Deus.
cavalo,
Deus Cortez passou a acreditar que o
chocolate aumentava a “perfomance” sexual, uma vez que foi recebido por 600 mulheres (o harém do
Imperador)!
A agricultura também esteve bastante ligada ao desenvolvimento dessa
sociedade.
J. RODRIGUES / ARQ
QUIVO DA EDITORA
A imagem abaixo mostra a dinâmica do processo agrícola desenvolvido pelos astecas por meio da construção de ilhas artificiais, as chinampas, onde os gêneros agrícolas eram cultivados.
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Os astecas eram politeístas e acreditavam no dualismo, ou seja, que as
divindades tinham características que se confundiam, como no caso do deus
representado na serpente abaixo.
PETER H
HORREE / ALAMY / OTHER IM
MAGES
O estudo da serpente de duas cabeças revelou aos pesquisadores que para os astecas esse deus era responsável tanto pela morte quanto pela ressurreição, e estava
esse deus era responsável tanto pela morte quanto pela ressurreição, e estava relacionado a Quetzalcoatl (ou serpente emplumada), deus que representava a fusão entre as energias do céu e da terra.
Serpente emplumada de duas cabeças, do século XVI, esculpida em madeira e coberta
esculpida em madeira e coberta por um mosaico de turquesa, ornamento usado no peito pelos sacerdotes astecas em cerimônias religiosas.
cerimônias religiosas. 7
Curiosamente, entre os astecas e outras
culturas
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da
América
é
Centrla
l
e andina,
d
Quetzacoatl, a serpente emplumada (uma
combinação de Quetzal pássaro e serpente), é
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divindade
l e surge como elo
l entre
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deuses e os homens, podendo ainda estar
associada à chuva, ao vento, aos raios e
trovões bem como ao sopro de vida,
trovões,
vida ou ainda
ao tempo incriado.
Quetzalcóatl é uma divindade das culturas
mesoamericanas, cultuado especialmente
pelos astecas e pelos toltecas, e identificado
por alguns pesquisadores como a principal
deidade do panteão centro‐mexicano pré‐
colombiano. Seu nome significa "serpente
emplumada"
p
((de q
quetzal,, nome comum do
Pharomachrus mocinno, e cóatl, serpente).
Urbanização e administração
Os astecas desenvolveram uma vasta infraestrutura urbana, com canais fluviais navegáveis, canalização de água potável em aquedutos de pedra, pirâmides e grandes templos religiosos.
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A expansão territorial e o intenso comércio do Império foram responsáveis pela construção de grandes cidades que chegaram a possuir até 15 milhões de
construção de grandes cidades, que chegaram a possuir até 15 milhões de pessoas.
A sociedade era dividida hierarquicamente e a administração era centralizada em torno da figura de um governante eleito entre membros da aristocracia.
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Urbanização e administração
A expansão territorial e o intenso comércio do Império foram responsáveis pela p
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construção de grandes cidades, que chegaram a possuir até 15 milhões de pessoas.
Cidade de Tenochtitlan
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A expansão territorial e o intenso comércio do Império foram responsáveis pela construção de grandes cidades, que chegaram a possuir até 15 milhões de pessoas.
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Mercado em Tlatelolco –
cidade‐irmã de Tenochtitlan
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O setor político da economia era centrado no controle da terra e do trabalho por reis e nobres. Os
nobres possuíam toda a terra e os plebeus tinham acesso a terras agrícolas e outras áreas através
de uma variedade de arranjos, de aluguel através de um sistema de servidão até a escravidão. Esses
pagamentos de plebeus a nobres apoiavam os estilos de vida luxuosos da alta nobreza e as finanças
d cidades‐Estados.
das
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Muitos
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bens
d luxo
de
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eram produzidos
d id para o consumo dos
d nobres.
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Os
produtores de arte plumária, esculturas, jóias e outros artigos de luxo eram especialistas plebeus
em tempo integral que trabalhavam para patronos nobres.
No setor comercial da economia vários tipos de dinheiro estavam em uso regular. Pequenas
compras eram feitas com grãos de cacau, que tinham de ser importados de áreas de várzea. Em
mercados astecas , um pequeno coelho valia 30 grãos e um ovo de peru custava 3 grãos. Para
compras maiores,
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eram utilizados
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t padronizados
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d pano de
d algodão
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quachtli. Havia diferentes graus de quachtli, variando em valor 65 a 300 grãos de cacau. Uma fonte
afirmou que 20 quachtli poderia sustentar um plebeu por um ano na cidade de Tenochtitlan.
O pochtecas eram comerciantes especializados organizados em alianças exclusivas. Eles faziam
longas expedições a todas as regiões da América Central e serviam como juízes e supervisores do
mercado de Tlatelolco. Embora a economia do México asteca fosse comercializado (com seu uso de
di h i mercados
dinheiro,
d e comerciantes)
i t ) a terra
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e o trabalho
t b lh não
ã eram mercadorias
d i para venda.
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Negociantes de
mercadorias. Os únicos
com permissão para viajar
em expedições comerciais.
Chefes militares, altos funcionários públicos e f i ái
úbli
religiosos.
Nobreza
Pochthecas
Artesãos
Camponeses
Escravos
Prisioneiros de guerra ou devedores. A classe mais baixa da sociedade asteca.
A sociedade era dividida hierarquicamente e a administração era centralizada em torno da figura de um governante eleito entre membros da aristocracia.
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Os astecas se consideravam o
"Povo do Sol" e, portanto, seu
dever era para nutrir o dom de
Deus através de oferendas e
sacrifícios
ifí i de
d sangue. Na
N falta
f lt de
d
fazer isso teria causado o fim do
seu mundo, o desaparecimento
do
sol
sol.
Este
mundo
é
caracterizada pelo signo Ollin, que
significa movimento. De acordo
com as crenças astecas,
astecas este
indicou que o mundo chegaria a
um fim através de terremotos.
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