ABORDAGEM FITOQUÍMICA DAS FLORES DE Cássia

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INIBIÇÃO DE ACETILCOLINESTERASE PELA ESPÉCIE Alternanthera
brasiliana
Cléia Rocha de Sousa Feitosa* (PQ)1, Jane Eire Silva Alencar de Menezes (PQ)2, Jeana
Carla Batista de Siqueira (IC)2, Marina Maciel de Oliveira Silva (IC)3.
*[email protected]
1Universidade Estadual do Ceará – UECE - Faculdade de Educação de Crateús- FAEC, Rua
José Furtado S/N, Prédio do CAIC, 63700-000 Crateús-CE.
2Universidade Estadual do Ceará – UECE – Faculdade de Educação de Itapipoca –
FACEDI, Av. Monsenhor Tabosa S/N, 62500-000 Itapipoca-CE.
3Universidade Estadual do Ceará – UECE, Av. Paranjana S/N, 60740-000 Fortaleza-CE.
Palavras chave: inibição de acetilcolinesterase, Alternanthera brasiliana, fisostigmina.
1. INTRODUÇÃO:
A espécie Alternanthera brasiliana pertence à família Amarantaceae, é uma erva
nativa do Brasil, principalmente nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul1. É
herbácea, perene, e rasteira, uma espécie de base lenhosa e muito ramificada, com ramos
decumbentes ou semieretos, podendo atingir até 1,5 m de altura2. Popularmente conhecida
como Perpetua-do-Brasil ou terramicina3. O gênero Alternanthera é composto por 80 espécies
espalhadas pelo mundo, onde 25 % delas podem ser encontradas no Brasil2. Na medicina
popular é amplamente utilizada como digestiva, depurativa e diurética, possui atividades
analgésica e antinflamatoria comprovadas, além de ser utilizada em processos infecciosos3.
A doença de Alzheimer é uma desordem neurológica degenerativa, que acomete
milhões de pessoas em todo o mundo. Considerando que os inibidores da acetilcolinesterase
(AChE), tomando-se como base a hipótese colinérgica que são amplamente utilizados no
tratamento da doença4. Esse trabalho tem como objetivo relatar a avaliação preliminar da ação
inibidora da AChE do extrato etanólico do ramo, das folhas e das flores da espécie A.
brasiliana.
2. METODOLOGIA:
O material botânico foi coletado em Setembro de 2012, na localidade de CrateúsCe. Depois da coleta as partes da planta (Flor, Folha e Ramo) foram separadas, secas,
trituradas e submetidas à extração exaustiva com etanol a frio. A solução resultante foi
evaporada a temperatura ambiente fornecendo, 7,0 g de material denominado de EEFAB
(extrato etanólico das flores da Alternanthera brasiliana), 20,0 g de EEFOAB (extrato
etanólico das folhas da Alternanthera brasiliana) e 11,0 g de EERAB (extrato etanólico dos
ramos da Alternanthera brasiliana).
Para o teste de inibição de acetilcolinesterase (AChE), segundo metodologia
desenvolvida por Ellman5 e aperfeiçoada por Rhee6, uma alíquota de 5 μL do extrato
etanólico das flores, das folhas e dos ramos de Alternanthera brasiliana, foi dissolvida em
metanol (concentração de 2 mg/mL) e aplicada em uma placa cromatográfica de alumínio. A
placa foi borrifada com as soluções de ácido 5,5’-ditiobis-[2-nitrobenzóico] (reagente de
Ellman, DTNB, 1M) e iodeto de acetilcolina (ACTI, 1M). Após 3 minutos foi borrifada
com a enzima acetilcolinesterase (AchE, 3 U/mL), e decorrido um tempo de 5 minutos,
ocorreu o aparecimento de uma coloração amarela contrastando com a zona onde houve
inibição da enzima. Como controle positivo foi usado a fisostigmina.
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES:
A atividade inibitória frente à enzima acetilcolinesterase apresentada pelos
extratos etanólicos EEFAB, EEFOAB e EERAB, apresentaram um bom resultado, pois como
pode ser observado, os extratos testados apresentaram um halo de inibição de 8,0 mm, 8,0
mm e 7,0 mm, respectivamente, quando comparados com o controle positivo (fisostigmina),
que apresentou um halo de inibição de 9,0 mm.
4. CONCLUSÃO:
Os dados preliminares obtidos a partir dos EEFAB, EEFOAB e EERAB ressaltam o
potencial anticolinesterásico de espécies de Alternanthera como fonte potencial na elaboração
de drogas naturais que possam vir a auxiliar no tratamento do mal de Alzheimer.
5. REFERÊNCIAS:
1 MACEDO, A. F. et al. Os estudos farmacológicos e fitoquímicos de extratos de cultura de
calos de Alternanthera brasiliana. Pharmazie, Eschborn, v. 54, n. 10, p. 776, 1999.
2 DELAPORTE, R. H. et al. Estudo farmacognóstico das folhas de Alternanthera brasiliana
(L.) Kuntze (Amaranthaceae). Acta Farm. Bonaerense, v. 21, n. 3, p. 169, 2002.
3 PIO COREA M. Dicionário de Plantas Úteis do Brasil e das Exóticas Cultivadas. 6. ed.
Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1978.
4 TREVISAN, M. T. S. et al. Quimica Nova, v. 26, n. 3, p. 301, 2003.
5 ELLMAN, G. L. Biochem Pharmacol. v. 7, p. 88, 1961.
6 RHEE, I. K. et al. J. Chromatogr A. v. 915, p. 217, 2001.
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