Embriodiagnóstico

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CHAPTER 3
Embriodiagnóstico
Introdução
As condições de eclobilidade influenciam a produção de pintos de um dia
porque durante o processo de incubação podemos submeter esses ovos a
situações que podem produzir pintos com baixa qualidade, desidratados, com
baixo peso corporal. Isto leva à problemas com a mortalidade das aves no
primeiro dia de campo, ou com um desempenho subótimo. Um pintinho de
baixa qualidade para reflete diretamente na produção final. O animal sempre
terá dificuldade em ganhar peso e será sempre um refugo na granja. O
objetivo do sistema de produção é de colocar um pintinho no campo que
tenha uma perda ideal de umidade, com cicatrização umbilical bem realizada
e que seja ativo durante o processo de engorda.
Para atingir tais objetivos todos os procedimentos têm que ser bem
controlados, pois através de um sistema de controle de cada fator
isoladamente é possível identificar com maior precisão quais destes seriam
vetores de possíveis problemas. Na granja e em todo o manejo do
incubatório, é preciso prevenir as contaminações de ovos, principalmente
durante o processo de limpeza de máquinas, fazendo com que isso seja uma
constante do dia-a-dia. As contaminações baixam a qualidade dos pintos. A
temperatura e a umidade das máquinas também precisam ser controladas
diariamente, para não haver interferência na qualidade.
Outra questão a se preocupar é a procedência dos ovos incubados. É
necessário um trabalho intensivo de coleta de ovos na granja, deixando-os
menos tempo no ninho. É preciso desinfetar e acondicionar os ovos assim que
coletados e desinfetar a cama dos ninhos. A maioria da contaminação dos
ovos acontece à nível de campo, antes da chegada dos mesmos ao
incubatório.
Um problema muito comum é a condensação de vapor de água sob a
superfície do ovo na sala de estocagem, antes de ir para o incubatório. As
bactérias que estão na casca conseguem entrar no ovo quando ele “sua”. Na
granja também é preciso fazer a desinfecção. As galinhas pisam nas fezes e
sujam os ovos, que acabam indo assim mesmo para o incubatório. Outro
problema são os ovos postos na cama, que na maioria das vezes não são
descatados pelo granejeiro.
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Wagner Azis Garcia de Araújo & Luis Fernando Teixeira Albino
Um ponto de identificação de possíveis problemas é a análise
bacteriológica. Geralmente as análises de contaminações ambientais são
feitas semanalmente. Os pintinhos que nascem são submetidos a teste de
análise bacteriológica. Os funcionários precisam se monitorar, e evitar serem
fontes de contaminação. Para isto um bom sistema de treinamento é
essencial. A realização do teste de mecônio, para verificar a presença de
salmonela, de bactérias, entre outros germes é uma das ferramentas mais
utilizadas.
Para que se possa identificar qual ponto é responsável pelo abalo do
sistema como um todo, cada ponto em específico deve ser monitorado.
Apenas com a maioria os processos sob controle é possível realizar-se a
identificação de fatores específicos de interferimento. Os processos devem
estar sob o controle do técnico para que se possar tomar as decisões cabíveis
em momentos de crise.
1. Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle
(APPCC)
Existem várias ferramentas técnicas com a finalidade de identificar os
perigos e prevenir possíveis falhas nos sistemas de produção. Uma
ferramenta que tem potencial utilização no sistema produtivo de um
incubatório, no entanto pouco explorada, é a Análise de Perigos e Pontos
Críticos de Controle.
O sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC)
nasceu nos EUA no final dos anos 60 e de acordo com Quittet & Nelis
(2000), tinha como ponto principal a fabricação de alimentos destinados à
nutrição dos astronautas, a fim de prevenir toxinfecções alimentares.
Em inglês este conceito significa Hazard Analysis Critical Control Point
(HACCP). Trata-se de um sistema com fundamentos científicos e caráter
sistêmico, o qual permite identificar perigos específicos e medidas para seu
controle com a finalidade de garantir a inocuidade do processo produtivo, e
pode ser aplicado desde o produtor até o consumidor final (CODEX
ALIMENTARIUS, 1997). Nos anos 80 este sistema foi recomendado pela
National Academy of Science dos EUA e, em 1993, a Comissão do Codex
Alimentarius recomendou sua aplicação nas indústrias de alimentos
(SEBRAE, 2000).
Segundo Valois (2002), os pré - requisitos para implantação do APPCC
no Brasil derivou de algumas demandas, tais como: dos mercados nacional e
internacional, que estão exigindo a implantação das ferramentas por seus
fornecedores; de legislações internacionais e nacionais que já obrigam as
Embriodiagnóstico
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empresas de alimentos a adotarem o sistema APPCC e seus pré-requisitos em
suas linhas de produção; do consumidor, que cada vez mais consciente e mais
exigente, está a procura e querendo alimentos mais sadios e seguros.
Segundo Hobbs & Roberts (1999), a abordagem de APPCC avalia os
riscos potenciais da operação com alimentos e decide que áreas que são
críticas para a segurança do consumidor. Para Valois (2002), o projeto
APPCC tem abrangência do campo, passando pelos processos industriais, à
mesa. Desta maneira é possível controlar os perigos ao longo de toda a cadeia
produtiva.
De acordo com Quittet & Nelis (2000), a primeira etapa do sistema é
constituir a equipe HACCP, a qual deve obter o engajamento por parte da
direção, sendo uma condição sine qua non para o resultado do estudo. A equipe
é constituída de pessoas da empresa que possuem conhecimentos específicos e
experiência apropriada a respeito do produto isto é, os empregos da produção,
das onde os objetivos sejam a produção de maior porcentagem possível de
nascimentos de pintos de um dia de primeira qualidade. Em grandes empresas
poderá haver pessoas de fora, como consultores. Finalmente recomenda-se que
a estrutura da equipe deve ser funcional e não hierárquica.
A equipe deve compreender um coordenador e um secretário técnico. As
informações que serão utilizadas para implementar o programa devem ser
confiáveis, utilizando-se bibliografia científica e técnica, centros de pesquisa,
bases de dados, os serviços oficiais, a regulamentação, os guias de boas
práticas de fabricação. É necessário ter acesso, na fase de iniciação, a dados
epidemiológicos, comerciais, problemas econômicos, logísticos e
administrativos dentro do processo produtivo do incubatório.
A segunda etapa, conforme o Codex Alimentarius (1997) consiste na
descrição completa do produto, no caso pintos de um dia, sexo, identificação
do lote, e quais vacinações realizadas, e tratamentos para destruição de
microorganismos realizados (qual sanitizante) da recepção dos ovos à
expedição dos pintainhos, e sistema de distribuição
A construção de um diagrama de fabricação constitui a terceira etapa do
processo, e conforme Quittet & Nelis (2000), é necessário decompor o
processo de fabricação em etapas para construir o diagrama, descrevendo o
processo desde a entrada da matéria-prima (ovos incubáveis), à venda e a
entrega ao cliente dos pintainhos, etapa por etapa.
O passo seguinte é a confirmação in situ do diagrama de fluxo, na qual a
equipe confronta as informações que ela dispõe com a realidade; a
verificação tem que ser efetuada sobre a totalidade das etapas de fabricação,
desde a recepção dos ovos até a etapa de distribuição dos pintainhos. Feito
isto, os erros devem ser mencionados a fim de haver possibilidade de
correção. Enumerar todos os possíveis perigos relacionados com cada fase,
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Wagner Azis Garcia de Araújo & Luis Fernando Teixeira Albino
executar uma análise de riscos e estudar as medidas para controlar os perigos
identificados é a quinta etapa.
Para realizar uma análise de perigos é necessário incluir: a probabilidade
de que surjam perigos e a gravidade de seus efeitos prejudiciais ao
funcionamento correto do sistema de produção; avaliar quantitativamente e
qualitativamente a presença destes perigos; levar em consideração a
sobrevivência ou proliferação dos microorganismos, a presença de fatores
microclimáticos que possam influenciar na temperatura ou na umidade
relativa do ar no interior das incubadoras, ocorra a contaminação dos ovos
incubáveis, e ainda possibilitem a identificação de problemas ocorridos antes
da chegada dos ovos à planta do incubatório (irregularidades no matrizeiro).
Após esta avaliação, a equipe determina as medidas de controle para cada
perigo, sendo possível haver mais de uma medida de controle (CODEX
ALIMENTARIUS, 1997).
Segundo Quittet & Nelis (2000), a próxima etapa é a determinação dos
pontos críticos de controle (PCC), que podem ser uma etapa, um ponto, um
procedimento ou um risco inaceitável que pode ser eliminado ou reduzido.
Para cada processo de produção é necessário determinar se ele é um PCC ou
não. A identificação dos pontos críticos tem como objetivo principal conduzir
os operadores a desenvolver e formalizar as medidas preventivas, que é a
oitava etapa.
Conforme o “Livro Branco” de Segurança Alimentar (COMISIÓN DE
LAS COMUNIDADES EUROPEAS, 2000), a análise de riscos compreende
três elementos: determinação do risco (assessoramento cientifico e análise de
dados), gestão do risco (regulamentação e controle) e processo de
comunicação sobre o risco. O diagrama 1 mostra as perguntas que devem ser
feitas para se determinar se um perigo deve ou não ser considerado um ponto
crítico de controle.
Depois da identificação dos PCC, se estabelecem limites críticos para
cada ponto crítico, isto é, atribui-se um valor que separa o aceitável do
inaceitável, corresponde aos valores extremos aceitáveis para garantir a
qualidade do produto. Consideram-se as medidas de temperatura e nível de
umidade relativa das incubadoras e nascedouros, dados sob o consumo de
energia, quais linhagens provenientes os ovos incubáveis, e nível de
contaminação dos ambientes do incubatório.
Um potencial ponto crítico que vem onerando cada vez mais o sistema de
produção de pintos de um dia, é a questão da destinação dos resíduos do
incubatório. Na maioria das vezes é realizado em lagoas de estabilização ou
na incineração, incorrendo em grande custo. Portanto a minimização do
volume deste tipo de resíduos deve ser considerada como objetivo dentro da
organização do sistema de produção.
Embriodiagnóstico
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Figura 1. Exemplo de uma sequência de decisões para identificar os PCC (CODEX
ALIMENTARIUS, 1997); (P.=passos; 1,2 e 3).
Segundo Kobashigawa et al. (2007) podemos ter uma excelente noção do
volume de resíduos que os diferentes tipos de incubatórios produzem. O
primeiro exemplo é com o resíduo de incubatório de matrizes de corte e, o
segundo exemplo é com resíduos produzidos por incubatórios de poedeiras
comerciais no estado de São Paulo:
Cálculos da produção por matrizes:
1. Resíduos de 100 ovos de matrizes de corte (60 g de peso)
85 % de eclosão (5 g de casca)...........................................................425 g
10% de ovos não eclodidos e refugos (43 g)......................................430 g
5% de ovos inférteis (54 g).................................................................270 g
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Wagner Azis Garcia de Araújo & Luis Fernando Teixeira Albino
TOTAL.............................................................................................1125 g
Considerando um incubatório de 300.000 pintos/dia = 3,375 ton. /dia
2. Resíduos de 100 ovos de matrizes de poedeira comercial (60 g de peso)
90% de eclosão (5 g de casca)............................................................450 g
7% de ovos não eclodidos e refugos (43 g)........................................301 g
3% de ovos inférteis (54 g).................................................................162 g
Subtotal...............................................................................................913 g
45% de machos (37 g).......................................................................1665 g
TOTAL.............................................................................................2578 g
Considerando um incubatório de 300.000 pintos/sem = 7,734 ton. /sem
A décima etapa estabelece um sistema de vigilância para cada PCC, na
qual a equipe descreve os métodos de mensuração que permitem assegurar-se
que os limites críticos não serão ultrapassados. Com esta vigilância pode-se
detectar a perda de controle de um PCC, sendo o ideal proporcionar esta
informação a tempo, para fazer correções que permitam assegurar o controle
do processo (CODEX ALIMENTARIUS, 1997).
O estabelecimento de um plano de ações corretivas também é uma etapa
importante, à medida que se formulam medidas especificas para cada PCC do
sistema, em caso de ultrapassagem dos limites críticos. Para Quittet & Nelis
(2000), a descrição das ações corretivas devem compreender: a natureza do
desvio, a causa dos desvios, os métodos e técnicas para estabelecer a ação
corretiva, os modos operacionais, o tipo de tratamento a ser utilizado e o
registro dos resultados.
Conforme o Codex Alimentarius (1997), a penúltima etapa aborda a
questão do estabelecimento de procedimentos de comprovação; para
determinar se o sistema de APPCC funciona de maneira eficaz, pode-se
utilizar métodos, procedimentos e ensaios de comprovação e verificação. Por
último deve-se estabelecer um sistema de documentação e registro eficaz e
preciso. As documentações compreendem as análises de riscos, a
determinação dos PCC e dos limites críticos; como registros têm-se, as
atividades de vigilância dos PCC, os desvios e as medidas corretivas
correspondentes e as modificações introduzidas no sistema. Quittet & Nelis
(2000), apontam a importância de esta documentação estar disponível e
acessível, e ser classificada de maneira simples e coerente.
Dentre as ferramentas disponíveis num incubatório a que mais tem
capacidade de revelar pontos críticos é o embriodiagnóstico. Utilizando esta
ferramenta pode-se, através de seu diagnóstico, tomar decisões durante as
rotinas do incubatório, ou até mesmo identificar problemas anteriores à
entrada dos ovos nas dependências do incubatório.
Embriodiagnóstico
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2. Desenvolvimento embrionário no período de incubação
Bronner-Fraser (1996) descreveu detalhadamente cada etapa do
desenvolvimento embrionário em aves. Quando o ovo é colocado em
condições de incubação, isto é, temperatura de 37,5° C, umidade relativa de
60%, oxigenação e viragem (uma a cada hora) adequadas, o desenvolvimento
embrionário é retomado e o embrião se desenvolverá completamente em + ou
– 21 dias (504 horas). Etapas do desenvolvimento:
Gastrulação: durante a gastrulação, em uma das bordas do blastoderma,
na zona de junção, as células marginais tendem a empurrar outras células por
meio de rápidas mitoses. As células se deslocam por meio da linha mediana
vindas de ambos os lados do blastoderma. Por um curto período, surge uma
crista longitudinal levemente elevada que se transforma imediatamente em
uma depressão mediana, a qual se desenvolve rapidamente em um sulco que
se estende desde a margem da área opaca ate alem do centro da área pelúcida.
Esse sulco, limitado por duas linhas paralelas chamadas bordas primitivas,
constitui a linha primitiva nessa etapa, células migram da face ventral do
blastoderma, anteriormente e anterolateralmente por um processo conhecido
como delaminação constituindo o endoderme.
O processo de gastrulação consiste na transferência de material do lado
externo para dentro através de um canal. Durante o processo não se pode falar
ainda em ectoderme, mesoderme e endoderme, uma vez que esses tecidos
embrionários estão em formação. A gastrulação é um processo cinético e não
pode ser considerada como um simples termo morfológico. Por isso, os
pesquisadores têm usado os termos epiblasto e hipoblasto para designar essas
camadas indiferenciadas até o momento da definitiva separação do mesoderme.
Parece que o arquênteron (cavidade gastrocefalica) no embrião de
pintainhos é formado de um modo diferente daquele no anfioxo ou no sapo.
Não há substituição da blastocele pela gastrocele. A blastocele original é
diretamente transformada em gastrocele original é diretamente transformada
em gastrocele pelo aparecimento das células endodérmicas abaixo do
blastoderma original.
O surgimento da linha primitiva no embrião representa a definição do
eixo ântero-posterior do futuro individuo, sendo que o embrião propriamente
dito se desenvolverá anteriormente a ela. A região da linha primitiva é uma
região de rápido crescimento e proliferação celular. O sulco que nela se
forma é denominado sulco primitivo e é ladeado pelas bordas primitivas. A
sua extremidade posterior é chamada de placa primitiva e a extremidade
anterior, nó primitivo ou nó de Hensen que tem caráter transitório. Quando a
linha primitiva esta totalmente desenvolvida, o blastoderma muda a sua
forma de contorno circular para uma ligeiramente oval ou piriforme. Essa
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Wagner Azis Garcia de Araújo & Luis Fernando Teixeira Albino
mudança se deve ao rápido crescimento em direção anterior. A medida que
cresce, ela da origem ao mesoderme entre o hipoblasto e o epiblasto. As células
mesodermicas migram da linha primitiva passando para a direita e para a
esquerda do sulco distribuindo-se por toda a área pelúcida, ate a margens do
blastoderma, assim, os folhetos formados se tornam gradualmente aparentes e
podem ser denominados agora de ectoderme, mesoderme e endoderme. A partir
do nó de Hensen, as células se dirigem adiante e forma então a notocorda. À
medida que ela se desenvolve, a linha primitiva diminui. Quando a gastrulação
termina o blastoderma é quase circular. Ligeiramente alongado no seu eixo
longitudinal, paralelo à linha primitiva.
A gastrulação é completada com a origem da terceira camada
germinativa, o cordomesoderme, ou seja, a notocorda definindo o eixo
mediano do futuro individuo e o mesoderme, um tecido que se distribui por
toda a área discoidal embrionária.
As três camadas germinativas de células originam os vários órgãos ou
sistemas do embrião:
Ectoderme: epiderme, penas, bico, unhas, sistema nervoso, lente, retina
e íris dos olhos, mucosa da boca e cloaca, entre outras estruturas;
Endoderme: mucosa dos tratos digestório e respiratório;
Mesoderme: ossos, músculos, órgãos reprodutores, excretores,
cardiocirculatório (coração e vasos sanguíneos), derme e hipoderme;
A formação da área embrionária é indicada por um espessamento no
ectoderme, adiante do nó de Hensen, no seu eixo mediano, o qual constitui a
placa neural.
Figura 1. Área pelúcida, no início da gastrulação de aves, mostrando o deslocamento
do hipoblasto, acompanhado da expansão da endoderme. O epiblasto é mostrado
somente do lado esquerdo de cada esquema. 1. Hipoblasto; 2. Endoderma presumível;
3. Endoderme; 4. Linha primitiva; 5. Processo cefálico; 6. Crescente de células
germinativas (hipoblasto). (Gonzales & Café, 2003).
Embriodiagnóstico
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Figura 2. Mapa dos territórios presumíveis sobre o epiblasto do embrião de galinha,
no momento da postura do ovo. Em A, vista lateral, em corte. Em B, vista polar do
epiblasto. 1. Ectoderme presumível; 2. Placa neural presumível; 3. Mesênquima
presumível da cabeça e notocorda; 4. Mesoderme paraxial presumível; 5. Mesoderme
do coração presumível; 6. Mesoderme lateral presumível; 7. Endoderme presumível;
8. Mesoderme extra-embrionária presumível; 9. Hipoblasto secundário; 10. Cavidade
subgerminativa. (Gonzales & Café, 2003).
3. Anexos embrionários
As membranas embrionárias ou fetais das aves representam adaptações
especiais ao ambiente pelas funções que desempenham o embrião das aves
tem quatro diferentes membranas o saco vitelino (ou membrana vitelina), o
alantóide, o âmnio e o córion ou serosa (Decuypere et al., 2003). No
momento da eclosão não são encontrados vestígios das três ultimas
membranas. O âmnio e a serosa são completamente eliminados e o alantóide
é descartado na sua grande parte, enquanto que o saco vitelino é incorporado
no intestino delgado.
O endoderme, combinado com o mesoderme esplâncnico
(esplancnopleura) estende-se perifericamente do embrião para área extraembrionária, circundando o material vitelino sobre o qual o blastodisco esta
repousando. Juntos, esses tecidos formam o saco vitelino o qual encerra o
vitelo que vai alimentar o embrião. O material nutritivo é degredado em
substâncias digeridas pelas enzimas presentes no endoderme do saco vitelino,
as quais são absorvidas pelos capilares da área vasculosa, transportadas pelas
veias onfalomesentéricas e distribuídas para todas as partes do embrião e
tecidos extra embrionários, depois de passar pelo fígado e coração. A medida
que o embrião cresce, o saco vitelino regride no tamanho e vai sendo
interiorizado na linha do intestino médio embrionário, até que enfim,
finalmente à eclosão, é incorporado ao pequeno intestino do pintainho onde
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Wagner Azis Garcia de Araújo & Luis Fernando Teixeira Albino
estará presente, ainda, por vários dias após a eclosão (Gonzales & Café,
2003).
O alantóide está presente no embrião de 72 horas de incubação e se
apresenta como um divertículo do saco vitelino na porção posterior do
intestino primitivo, onde cresce rapidamente, invadindo toda a cavidade
extra-embrionária no 4° dia de incubação. Sua cavidade é preenchida por
uma solução salina. O alantóide tem a função de estocar as substâncias
excretadas durante o desenvolvimento embrionário, através
de uma
formação, a vesícula alantóidea. O mesoderme esplâncnico que o reveste
forma, juntamente os aço vitelino, um sistema complexo de capilares
sanguíneos que se conecta coma circulação intra-embrionária por meio das
arterias e veias alantoideas. Posteriormente, coma fusão com o córion nos
poros da membrana da casca, funciona como órgão de respiração e, nos
estágios posteriores do desenvolvimento, a circulação alantoídea também
absorve o cálcio da casca o qual será usado para a formação do esqueleto
embrionário. Ao mesmo tempo, torna a casca frágil e fina, facilitando sua
ruptura no momento da eclosão. Alem disso funciona como um órgão de
absorção dos componentes do albúme.
O âmnio surge com 33 horas de incubação, na região cefálica, por uma
dobra que se eleva a partir do blastodisco. Essa prega (prega amniótica
cefálica) se desenvolve em direção à região posterior do embrião (prega
amniótica caudal). A fusão dessas duas pregas amnióticas delimita a bolsa
amniótica. As pregas amnióticas são formadas pelo somatopleura, o qual é
uma bolsa que envolve o embrião, protegendo-o do contato com o meio
ambiente. Entre o embrião e o âmnio existe um espaço (cavidade
amniótica)que contém um líquido salino (fluido amniótico). O âmnio e o
líquido amniótico fora desenvolvidos nas aves com a função de manter a
umidade do embrião, protegê-lo da desidratação, prevenir a aderência
favorecendo os seus movimentos.
A metade externa das dobras amnióticas forma a serosa ou córion que
também é composta de ectoderme e mesoderme somático. A serosa se
desenvolve externamente ao saco vitelino e alantóide, envolvendo-os
completamente ao final da segunda semana. Ela se expande e se adere à parte
calcárea da casca, dentro da membrana interna. Esta intimamente ligada ao
alantóide, formando, depois de alguns dias de incubação, uma membrana
denominada cório-alantóide, infiltrada nos poros da membrana da casca.
O desenvolvimento do embrião no período que se segue à colocação do
ovo embrionado em condições de incubação é muito rápido, ocorrendo
alterações a cada hora, visualizadas mascroscopicamente conforme a
descrição apresentada a seguir e nos esquema das figuras.
Embriodiagnóstico
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Figura 3. Esquema do desenvolvimento do embrião de galinha do primeiro ao décimo
segundo dia.
Figura 4. Esquema do desenvolvimento do embrião de galinha do décimo segundo
dia ao vigésimo primeiro dia.
Segundo Gonzales & Café (2003), o desenviolvimento embrionário se
procede dando sequência os seguintes eventos:
•
Primeiras 24 horas
18 h: início da formação do trato alimentar
19 h: início da formação da prega neural
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•
•
•
•
Wagner Azis Garcia de Araújo & Luis Fernando Teixeira Albino
20 h: início de formação do cérebro e sistema nervoso
21 h: início da formação da cabeça
23 h: aparecimento das ilhotas de sangue
24 h: início da formação dos olhos
Até 48 horas
O embrião começa a se colocar no seu lado esquerdo
Formação dos vasos sangüíneos e do coração que começa a bater
Fechamento do canal neural para formar o tubo neural
Início da formação da vesícula auditiva
Término de formação das três regiões do cérebro
Aparecimento dos primeiros sinais de âmnio
Até 72 horas
Aparece o vestígio da cauda
Formação dos botões dos membros inferiores e superiores
Presença do âmnio e do córion
Início da formação das narinas
Aparecimento das lentes oculares
Até 96 horas
Completa-se a formação das membranas extra-embrionárias (âmnio,
córion e alantóide
O corpo do embrião posiciona-se sobre o seu lado esquerdo.
A gema, no ponto de implantação, torna-se mais alongada.
O embrião se apresenta numa forma de C
Início da formação da boca e língua
Começa o aparecimento das fossas nasais
A alantóide se infiltra entre o âmnio e o córion
Aos 5 dias
Aumento do tamanho do embrião, do saco vitelino e do alantóide
Maior diferenciação das partes da boca
Distingue-se a estrutura externa dos olhos ("olho preto grande")
Formação do proventrículo e moela
Os botões locomotores são mais salientes
Aos 6 dias
Início da formação do bico
O saco vitelino apresenta um número maior de pregas neurais
O coração está bem grande e fora do corpo
Os apêndices locomotores começam a adquirir a forma da ave
Aos 7 dias
Já se tornam proeminentes os ossos digitais da asa e pernas
O abdômen se torna saliente devido ao desenvolvimento das vísceras
Embriodiagnóstico
•
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•
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O coração está dentro da cavidade torácica
O ouvido e seus condutos estão completamente visíveis
A alantóide cobre completamente a gema
Aos 8 dias
Início da formação das penas
As asas e pernas estão completamente diferenciadas
Aos 9 dias
O embrião começa a ter aparência própria da espécie
O bico, apêndices superiores e inferiores e pigóstilo estão bastante
diferenciados
Aos 10 dias
Ocorre endurecimento do bico
Os poros da pele estão visíveis a olho nu
Aos 11 dias
O corpo e pescoço assumem a forma característica das aves
A cabeça é mais proporcional ao tamanho do corpo
O embrião está coberto por uma penugem fina
Aos 12 dias
Os dedos estão completamente formados
As unhas dos pés começam a se formar
Completa-se o empenamento
Está terminando a utilização do albúmen
Aos 13 dias
Aparecem as escamas e unhas
Aparecimento da protuberância calcítica ("dente", diamante) sobre o bico
A cabeça move-se para a direita do corpo
Aos 14 dias
O embrião dirige a cabeça em direção à câmara de ar
Aos 15 dias
O corpo e a cabeça são mais proporcionais em tamanho
Ocorre a penetração do intestino para o interior da cavidade abdominal
Aos 16 dias
Escamas, bicos e unhas estão firmes e cornificadas
O embrião está bem emplumado
Desaparecimento quase total do albúmen
Aos 17 dias
O bico está voltado para a câmara de ar
Há uma diminuição do líquido amniótico
Aos 18 dias
A crista está visível
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•
•
Wagner Azis Garcia de Araújo & Luis Fernando Teixeira Albino
O embrião está quase do tamanho normal
A cabeça está sob a asa direita
Aos 19 dias
Começa a penetração do saco vitelino na cavidade abdominal
O embrião ocupa totalmente o ovo, exceto a câmara de ar
Aos 20 dias
O saco vitelino está totalmente na cavidade abdominal.
O umbigo está aberto
A alantóide pára de funcionar e começa a secar
O embrião rompe a âmnio e começa a respirar através da câmara de ar
O embrião atinge o tamanho normal
Aos 21 dias
O pinto bica a casca
O pinto emerge da casca (eclosão)
Seca as penas, cicatriza o umbigo.
Pelo menos seis períodos são considerados críticos no crescimento do
embrião: entre o 2º e 4°, 9°, 14°, 16°, 19° e 20° dias. Esses períodos estão
relacionados ou com fases de retardamento do crescimento embrionário (9°,
16° e 20° dias) ou com ocorrência de maior mortalidade embrionária devido
às influências físicas da incubação (temperatura, umidade, oxigenação,
ventilação, viragem dos ovos) e até mesmo às deficiências nutricionais das
matrizes (entre 2° e 4°, e 14°. dias).
4. Embriodiagnóstico
A ferramenta mais importante em um incubatório é aquela capaz de
diagnosticar problemas de eclosão. Essa ferramenta é denominada
embriodiagnóstico ou "Solução de Problemas de Eclosão". Para que se possa
fazer uma identificação eficiente desses problemas, é necessário que se faça a
quebragem dos ovos. As empresas diferem entre si no mundo todo, porém os
mesmos dados podem ser coletados independentemente da estrutura da
operação. Existem diferentes níveis de coleta de dados no setor, que vão
desde empresas que colhem todo tipo possível de dados a empresas que não
colhem dados nenhum. A chave é a coleta adequada dos dados e sua posterior
utilização.
O embriodiagnóstico tem como foco principal identificar problemas, e o
processo de quebragem é útil, pois permite identificá-los. Realizar esse tipo
de análise não é um processo complicado. Existe um ponto chave que deve
ser lembrado: simplificar ao máximo. Muitas vezes descobrimos problemas
Embriodiagnóstico
43
de eclosão, sem, porém, considerar sua fonte. A primeira questão em que
devemos nos concentrar é o potencial de eclosão do lote. Para isso, é preciso
determinar a fertilidade do lote. Uma vez determinada à fertilidade, pode-se
obter o potencial de eclosão através do cálculo da Porcentagem de Eclosão
dos Ovos Férteis.
Exemplo: (86,4% Eclosão / 96,0% Fertilidade) x 100 = 90,0% Eclosão
dos Ovos Férteis
O cálculo da Porcentagem de Eclosão dos Ovos Férteis nos permite
identificar, de forma rápida, se a fonte do problema está relacionada à
fertilidade ou à incubação. Os incubatórios com os melhores resultados
apresentam boa taxa de fertilidade e um bom programa de manejo de
incubação. Esses são os elementos-chave para se alcançar o objetivo
principal: um bom custo final por ave.
A idade do lote de ovos pode influenciar, negativa ou positivamente, a
eclodibilidade. Deve-se considerar a idade do lote, uma vez que os padrões de
eclodibilidade e de fertilidade se modificam à medida que o lote envelhece. A
idade dos ovos é também importante, pois quanto mais prolongado é o tempo
de estocagem dos ovos, menor é taxa de eclosão.
É preciso ter cuidado para não confundir morte embrionária precoce com
ovo infértil; esse é um erro comum. Como um primeiro passo, deve-se
realizar a ovoscopia, em incubatórios em que a mesma seja possível, entre
10º e o 12º dias de incubação. Primeiro deve-se selecionar o lote fonte a ser
examinado. Selecionar pelo menos quatro bandejas de diferentes locais no
interior da incubadora. Existem duas razões para isso: a amostra da
incubadora será melhor - parte superior, média e inferior - e será mais
representativa da postura. Nunca se devem selecionar bandejas em seqüência.
É muito importante, também, identificar as bandejas em que a ovoscopia
tenha sido realizada.
Desta forma, a equipe que realizará a transferência saberá que os ovos
foram submetidos à ovoscopia e que deverão ser marcados nas bandejas do
nascedouro para que os resíduos possam ser examinados na quebragem
realizada no 21º dia.
4.1. Miragem dos ovos (ovoscopia)
Durante o decorrer da incubação convém fazer a miragem dos ovos com
um ovoscópio (ou uma lâmpada com a luz direta sobre o ovo), não só para
retirar os ovos inférteis como aqueles em que o embrião tenha morrido.
Geralmente fazem-se duas miragens ao 7º dia e ao 14º dia. Na primeira
44
Wagner Azis Garcia de Araújo & Luis Fernando Teixeira Albino
retiram-se os inférteis e os mortos se não tiver dúvidas, na segunda as
duvidas já estarão esclarecidas e, se estiverem mortos os embriões, retiram-se
os ovos. A segunda miragem também serve para observar se as câmaras de ar
estão se desenvolvendo conforme o desejado. A manipulação dos ovos deve
ser realizada com luvas limpas e higienizadas.
OVOSCÓPIO: É um instrumento que utiliza um feixe de luz que passa
através do ovo sem quebrá-lo, sendo capaz de observar o que acontece lá
dentro. Destacando as seguintes categorias:
•
•
•
•
Ovos que não estão embrionados
Mortos no princípio de incubação
Mortos no final da incubação
Ovos viáveis
Essas categorias são necessárias a fim de construir os índices que
indicam se foi bem sucedida ou não a incubação e, eventualmente, determinar
as possíveis causas das mortes. Qualquer investigação sobre o baixo
nascimento inclue o exame embrionário.
Alguns pontos principais a serem observados:
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
Tamanho do ovo e qualidade da casca
Câmara de ar
Posição do embrião no ovo
Anormalidades anatômicas
Anormalidades nutricionais
Albúmen não incorporado
Idade do embrião
Tabela 1. Diferentes idades embrionárias e mortalidades em lotes normais.
Fonte: COBB (2008)
Embriodiagnóstico
45
Figura 5. Ovoscopia realizada dentro da própria máquina incubadora.
O manual da COBB (2008) para incubatórios também lista as principais
causas de falhas dos nascimentos:
•
•
•
•
•
•
•
•
Armazenamento do ovo
Nutrição das matrizes
Infertilidade verdadeira (idade da matriz)
Doenças
Contaminação por bactéria ou fungo
Genética
Deformação da casca e casca trincada
Erros de incubação
4.2. Análise embrionária
A técnica de embriodiagnóstico consiste em uma ferramenta de grande
utilidade em empresas avícolas, pois permite diagnosticar as possíveis causas
de baixa produtividade nos incubatórios, seja por deficiências nos matrizeiros
fornecedores de ovos férteis, ou pelo próprio manejo inadequado nos setores
do incubatório.
Sua aplicação, como parte de um programa de qualidade é refletido na
economia do sistema de produção avícola, obtendo um maior número de
pintos nascidos. Vários estudos realizados em outros países, como Suarez
(1996), Brake (1999), Wilson (2003) e Bourassa et al. (2003) avaliaram os
fatores que influenciam o sucesso ou o fracasso do processo de incubação
para lidar com questões relacionadas com a eclosão dos ovos.
O embriodiagnóstico tem sido usado em incubatórios industriais
estrategicamente para identificar os erros e também tem sido aplicado ao
trabalho feito por alguns pesquisadores como: Sisti et al. (1993), Romero
(1997), Plano (2001), Plano & Di Matteo (2003), e Sandoval et al (2005).
Aplicando embriodiagnóstico é possível identificar três períodos de
46
Wagner Azis Garcia de Araújo & Luis Fernando Teixeira Albino
mortalidade embrionária: precoce (desde o início até o quarto dia de
incubação), médio (a partir do quinto para o décimo sétimo dia de incubação)
e tardia (a partir do décimo oitavo ao portal). Entre outras coisas, esta
metodologia permite a diferenciação infertilidade de mortalidade precoce
embrionária. Ações para corrigir estes dois tipos de erros são diferentes: o
nível de infertilidade à nível de reprodutores e mortalidade embrionária
precoce, devido ao transporte e ao manejo do ovo no incubatório.
A técnica consiste no exame interno dos ovos não eclodidos,
determinando as causas do não nascimento, ou seja, se houve infertilidade ou
mortalidade e em alguma etapa do processo de incubação. Uma vez
detectadas as causas da não eclosão, o responsável técnico poderá aplicar as
medidas corretivas diretamente no setor relacionado como: na granja
fornecedora de ovos férteis, no transporte destes ovos até o incubatório, as
unidades que constituem o incubatório ou até mesmo, na fábrica de ração
responsável pela elaboração das dietas das aves reprodutoras.
A ovoscopia é uma técnica indispénsável, entretanto, para verificar com
precisão qual seria a etmologia dos problemas associados à ineficiência de
incubação é preciso realizar a quebragem dos ovos. A quebragem é uma
ferramenta útil, pois fornece dados precisos sobre a fertilidade. Para que se
obtenha boa taxa de eclosão, é preciso boa fertilidade. A quebragem,
realizada no momento certo e de forma correta, fornecerá a informação sobre
a fertilidade.
Mesmo no caso de incubadoras em que seja difícil realizar a quebragem
na ovoscopia, pode-se ainda realizar a análise dos resíduos pode ser bastante
precisa, porém é preciso bastante treino para evitar erros. É importante que o
encarregado da quebragem e análise seja bem treinado. Essa pessoa deve ser
responsável por todas as quebragens, garantindo dessa forma a uniformidade
do processo. Se houver mais de um incubatório na granja, os responsáveis
pela quebragem devem reunir-se regularmente para garantir a padronização
dos procedimentos de quebragem. Deve-se utilizar a planilha de
embriodiagnóstico sempre que a quebragem for realizada. As informações
devem ser anotadas de forma precisa e detalhadas. A eclosão, a fertilidade e a
eclosão dos ovos férteis devem sempre ser calculadas. A eclosão dos ovos
férteis deve ser utilizada, pois o incubatório não tem nenhum controle sobre a
fertilidade dos ovos que chegam para serem incubados, mas tem controle
sobre a eclosão dos ovos férteis recebidos.
Antes de iniciar o embriodiagnóstico, deve-se escolher uma área bem
iluminada para realizar quebragem. Devem estar à mão a planilha de
embriodiagnóstico, luvas de borracha, o instrumento para remover a parte
superior dos ovos, uma fonte de luz para a ovoscopia e um balde para os
resíduos.
Embriodiagnóstico
47
Durante a quebragem, é importante determinar quando ocorreu a morte
embrionária. Cada ovo quebrado deve encaixar-se em uma das seguintes
categorias: infértil; morte embrionária precoce, entre 1º e o 7º dia; morte
embrionária intermediária, 8º ao 14º; ou morte embrionária tardia, entre o 15º
e o 21º dia. Todos os ovos ou pintos deixados nas bandejas não entram na
contagem como eclodidos e, portanto, deverão ser computados.
Saber o que ocorre durante os diferentes estágios do desenvolvimento
embrionário facilita a determinação da morte embrionária. Após 24 horas de
desenvolvimento, o bastoderma terá cerca de 1,2 centímetro de diâmetro e,
passadas 48 horas, terá de 2 a 2,5 centímetro. Entre 48 e 72 horas, o anel
sanguíneo já estará visível. No 7º dia, que é o último dia para que se
diagnostique a morte embrionária precoce, o "dente" que aparece na
extremidade do bico. O quadro de referência ajuda a identificar corretamente
o dia em que acorreu a morte embrionária.
Em plantéis normais, não deve ocorrer morte embrionária entre 8 e 14
dias. No primeiro dia da fase tardia, o 15º dia, os intestinos migram para
dentro da cavidade corporal. No 17º dia, a cabeça do embrião ainda se
encontra entre as pernas, não devendo ser confundido com um embrião mal
posicionado. No 18º dia, o saco vitelino ainda está fora do corpo do embrião,
migrando para o seu interior no 19º dia.
Há, também, alguns elementos óbvios que devem ser observados durante
a quebragem. O mofo, por exemplo, geralmente indica problemas no fluxo de
ar. Um dos fatores-chave para o diagnóstico é procurar indicadores
padronizados e não se deixar confundir por incidentes isolados. É preciso
certificar-se de que um diagnóstico completo e detalhado foi realizado antes
de tirar conclusões definitivas.
Como foi mencionado anteriormente, o embriodiagnóstico pode ser a
ferramenta mais útil dentro de um incubatório. Os encarregados devem
aprender a utilizar as quebragens para elaborar planos de ação a fim de
melhorar a eclosão, sabendo, entretanto, que não se deve parar por aí. Os
resultados do plano de ação devem então ser monitorados. É importante que a
padronização faça sempre parte do plano de ação.
Se as porcentagens relativas a qualquer uma das categorias ficarem acima
dos padrões, o lote e o equipamento devem ser examinados. Fazer a rechecagem do lote com outro equipamento, e do mesmo equipamento com um
lote diferente, a fim de identificar o problema real. Nunca se deve tomar
decisões baseadas em única quebragem.
Toda informação registrada durante a quebragem deve ser utilizada para
compor o histórico do lote e do equipamento. Mantendo-se o histórico do lote
e do equipamento, será possível estabelecer tendências e prever os níveis de
eclodibilidade.
48
Wagner Azis Garcia de Araújo & Luis Fernando Teixeira Albino
Tabela 2. Principais problemas apresentados durante as diferentes fases do
desenvolvimento embrionário.
Embriodiagnóstico
Continuação tabela 2.
49
50
Continuação tabela 2.
Fonte: COBB (2008)
Wagner Azis Garcia de Araújo & Luis Fernando Teixeira Albino
51
Embriodiagnóstico
Os encarregados da incubação e da recria devem sempre ter em mãos os
resultados o mais rápido possível, para que possam então fazer o
monitoramento desses resultados e ter mais segurança em relação à exatidão
dos mesmos. É preciso lembrar que se as informações não forem aplicadas
para melhorar o manejo, não há porque obtê-las.
O manual da COBB (2008) lista os principais problemas apresentados
durante o desenvolvimento embrionário (tabela 2).
As informações oferecidas pelo manual da COBB (2008) são úteis,
porém carecem de coerência, estando pontos críticos e o controle qualificado
dentro da mesma categoria “problemas”. Galindo (2005) descreveu
minuciosamente sobre os fatores interferidores nos processos de incubação, e
seus prováveis agentes etiológicos (tabelas de 3 a 6), contribuindo com um
grande volume de informação na deteção de pontos críticos (problemas), sua
origem (etimologia) e como controlá-los (soluções).
Tabela 3. Problemas, etimologia e soluções para infertilidade dos ovos.
Problemas
Etimologia
Soluções
Ovos
Fêmeas sem inseminar, má
Usar mais machos/100 fêmeas
inférteis
relação machos/fêmeas;
Preferências de monta em
Mude as fêmeas de divisões para que
algumas divisões do galpão
possam ser montadas por outros galos
Machos estéreis
Substitua os machos
Machos que não montam
Veja se há enfermidade, problemas
de nutrição, problemas de patas ou se
existe uma dominação social por parte
das fêmeas
Machos muito velhos
Use machos jovens; ou reforce a monta
natural pela inseminação artificial
Fonte: Galindo (2005)
Butcher & Nilipour (2005) reportaram que o embriodiagnóstico
envolveria duas etapas, a ovoscopia, e depois a análise (quebra) dos ovos
refugados, a fim de verificar a etimologia do fenômeno.
1- Avaliar três bandejas por fornecedor, um vez por semana
2- Identificar cada lote: identificação do criador, idade do lote de matrizes,
linhagem, “status” de saúde, tipo de máquina, a duração do
armazenamento, e localização de bandeja na incubadora
3- Quantificar:
-% de não desenvolvidos
52
Wagner Azis Garcia de Araújo & Luis Fernando Teixeira Albino
-
% de nascimentos de pintainhos de primeira qualidade;
% de nascimentos de pintainhos de segunda qualidade;
% de ovos que “explodiram”;
% de pintainhos mortos; destes: os com má formação, e qual a causa da
morte;
- % bicados, mas não nascidos.
Tabela 4. Problemas, etimologia e soluções para mortalidade superior a 3% nos 3
primeiros dias de incubação.
Problemas
Etimologia
Soluções
Pre-
Variedades de raças com
Evitar a consangüinidade excessiva, usar
ovoposicionado
cruzamento consangüíneo
machos jovens
morto
Paternogênese em galo
Não usar reprodutores com alta incidência
Fértil sem
Ovos armazenados a
Armazenamento dos ovos em temperatura
desenvolvimento
temperaturas baixas
adequada (13 e 20º C)
Período de armazenamento dos
O armazenamento de ovos férteis de
ovos muito grande
galinhas,faisões, patas, gansos e
de paternogênese
codornas é por um tempo máximo de uma
semana; os ovos de galinhas e perdizes
podem ser armazenados no máximo por
duas semanas, com perda na qualidade
Ovos lavados em água muito
Limpe os ovos a seco; descarte os ovos
quente
sujos, ou abaixa a temperatura da
lavadora; sempre tente obter ovos limpos
provenientes da granja
Desenvolvimento
Horário de recolhimento mal
Quando a temperatura dos galpões e/ou
positivo (DP)
programado nas épocas de frio e
dos ninhos excederem 20º C recolha os
calor
ovos o maior número de vezes possível
Blastodermo sem
Temperatura inadequada no
Armazenamento dos ovos em temperatura
embrião (BSE)
armazenamento dos ovos
adequada (13 e 20º C)
Embrião cístico
Período de armazenamento dos
O armazenamento de ovos férteis de
ovos muito grande
galinhas, faisões, patas, gansos e
durante o dia
codornas é por um tempo máximo de uma
semana; os ovos de galinhas e perdizes
podem ser armazenados no máximo por
duas semanas, com perda na qualidade
Procedimentos no transporte ou
Maior cuidado no manejo dos ovos desde
no manejo dos ovos
o recolhimento até a eclosão
Enfermidades (micoplasmas,
Inspecionar o lote de reprodutores a
Enfermidade de Newcastle)
respeito de doenças específicas
Esperma velho ou anormal
Revise as Técnicas de Inseminação; use
machos mais jovens
Ovos de lotes com reprodutores
Mudança de dos machos introduzindo
de cruzamentos consangüíneos
uma nova genética
Armazenamento dos ovos em
Não permita a pré-incubação dos ovos a
temperatura inadequada ou
serem inseridos na incubadora; Revise a
incubado em temperatura
temperatura no local de armazenamento
inadequada
dos ovos; assegure-se qde que a
temperatura seja de 37,5° C
Fonte: Galindo (2005)
Ovos provenientes de galpões
Evite alojar aves reprodutoras a
situados a mais de 1500 m de
estas altitudes
53
Embriodiagnóstico
Tabela 5. Problemas, etimologia e soluções para mortalidade superior à 0,5% nos 4
dias antes de efetuar a mudança para o nascedouro.
Problemas
Etimologia
Soluções
Muitos
Temperatura
Revise a precisão dos termômetros
embriões
inapropiada
mortos
Apagão de
Se a energia falhar abra as incubadoras até o retorno
energia sem
causa conhecida
Viragem
Os ovos devem ser virados pelo 3 vezes ao dia
inadequada dos
ovos
Ovos de lotes de
Mudança de dos machos introduzindo uma nova
reprodutores com
genética
cruzamentos
consangüíneos
Má ventilação na
Prover ventilação adequada para troca de ar
sala de
incubação ou
dentro das
incubadoras
Enfermidades ou
Use ovos provenientes de lotes de reprodutores sadios,
ovos infectados
evite a lavagem dos ovos em água fria
Fonte: Galindo (2005)
Nääs et al. (2008) proporam o seguinte esquema: 96h e 438h de
incubação, cada ovo é examinado ao ovoscópio. Os ovos que não
apresentaram embriões viáveis serão retirados do processo e analisados
quanto ao período de mortalidade embrionária. Aos 19 dias de incubação, os
ovos são colocados em embalagens individuais com o objetivo de obter o
peso de cada pinto em relação ao ovo. Para o embriodiagnóstico, as cascas
são quebradas, e os conteúdos vertidos em uma placa de Petri e analisados.
São classificados como inférteis os ovos com pontos brancos; os férteis com
mortalidade precoce - mortos até quatro dias; os férteis com mortalidade
intermediária – mortos de cinco até 18 dias; e os férteis com mortalidade
tardia - mortos de 19 a 22 dias de incubação. Ao final do período de
incubação, avaliara-se a eclodibilidade de ovos férteis (%), a eclodibilidade
total (%) e a fertilidade (%).
É possível, utilizando a ferramenta do embriodiagnóstico, identificar
possíveis agentes etiológicos para alguns pontos críticos dentro da planta do
incubatório, auxiliando as ações de controle. Outra vantagem é a
identificação de problemas de origem extra-incubatório, antes da chegada do
ovo às instalações.
54
Wagner Azis Garcia de Araújo & Luis Fernando Teixeira Albino
Tabela 6. Problemas, etimologia e soluções para mortalidade superior à 8% depois de
efetuar a mudança para o nascedouro.
Problemas
Etimologia
Soluções
Os embriões morrem
Temperaturas baixas
Mantenha uma temperatura de 37.5° C
antes de começar a
durante a incubação;
no termômetro de bulbo seco e uma
romper a casca
Humidade muito alta
temperatura de 30° C no termômetro
de bulbo húmido nas incubadoras com
ventilação forçada.
Ovos infectados
Evitar a lavagem dos ovos em água fria; incube
somente os ovos limpos desde o ninho
Má nutrição dos lotes
Revisar as fórmulas da ração dos reprodutores,
reprodutores
quase todas as vitaminas e minerais conhecidos,
em deficiência, podem causar mortalidade e má
qualidade dos pintainhos,
Certos fatores genéticos
Usar raças vigorosas
letais
Embriões débeis que
Deficiência de Vitamina E
Usar sempre alimentos frescos ou suplementar a
água de beber com vitamina E
no são capazes de
romper a casca ou não
o fazem com muito
esforço
Pintainhos recém
Umidade muito baixa na
Manter uma temperatura de 32,5° C no ter-
nascidos
nascedora
mômetro de bulbo úmido, até o nascimento
Pintainhos recém
Excessivos resíduos de
Revise a precisão dos termômetros e dos
nascidos, mas mortos
albúmen causados por uma
termostatos, vigiar a temperatura e a umidade
aderidos à casca
alta umidade e/ou
baixa temperatura durante
a incubação
Enfermidades,
Use ovos de lotes de aves sadias
Sobreaquecimento ou
Revise a temperatura e a umidade do
umidade baixa no
nascedouro
nascedouro
Mal posicionados
Deficiências nutricionais
Use ração balanceada
Ovos colocados com a
Coloque os ovos na posição
parte mais delgada para
adequada nas bandejas (com a parte mais
cima
delgada para baixo)
Fonte: Galindo (2005)
A malformação na fase embrionária pode estar associada a diferentes
causas etiológicas, entretanto, a associação a defeitos genéticos são as mais
consideradas no momento da avaliação. Contudo, o descarte no incubatório
dos pintinhos malformados é inevitável, considerando que essas aves não
sejam viáveis para a produção de frangos de corte. A técnica consiste na
quebra individual dos ovos e avaliação do aspecto do embrião quando o
55
Embriodiagnóstico
mesmo estivesse presente. As características observadas e consideradas como
malformação foram pintos com quatro membros pélvicos, duplicação do
bico, ausência do bico, bico cruzado, ausência da caixa craniana, presença de
duas cabeças, monoculares, ausência de globo ocular.
Segundo Butcher & Nilipour (2005) o número de embriões que
desenvolvem deformidades varia de 0,22 a 0,33% e não deveria exceder
0,33%.Ainda segundo Butcher & Nilipour (2005) o número de embriões
inviáveis para incubação devido à mau posicionamento usualmente varia de
1,2 a 1,8% e não deveria exceder 2%.
Tabela 7. Principais maus posicionamentos em embriões de aves.
Descrição
Incidência (%)
Cabeça entre as coxas
12,5
Cabeça na parte delgada do ovo
7,5
Cabeça sob a asa esquerda
7,5
Cabeça não direcionada à câmara de ar
4,5
Pé sobre a cabeça
20,0
Bico sobre a asa direita
48,0
Fonte: Butcher & Nilipour (2005)
Sandoval et al. (2005) observaram os ovos nos dias 12, 18 e 21 de
incubação. Para o dia 12, a observação foi realizada no interior da
incubadora, as bandejas foram retiradas e miragem de luz foi levado com
uma lanterna iluminando o pólo superior dos ovos. Foram resgistrados o
número de ovos nas categorias: inférteis (I), invertido (IN), contaminado (C),
rachado precoce (FT) e mortalidade embrionária precoce (MET) (dias 1 a 4
de incubação). A MET foi classificada de acordo com o tempo de
desenvolvimento embrionário em 18, 24, 48, 72 e 96 h de incubação. Os IN
foram marcados com um marcador sem removê-los das bandejas. No dia 18
em ocorreu a transferência das incubadoras para as naceroas e se registrou o
número de ovos quebrados na transferência (FET). No dia 21 o número de
pintainhos de descarte (PDD), mortos (PM), malformados (M), ovso bicados
não nascidos (PNN) e contaminados (C). Os ovos não eclodidos foram
abertos pelo polo mais largo com uma colher no nível da câmara de ar,
removendo a membrana testácea interna, sendo colocados sobre um prato e
classificados como de mortalidade embrionária intermediária (MEI) (dias 5 a
17 de incubação) ou tardia (META) (dias 18 a 21 de incubação). Além disso,
os IN não eclodidos foram quantificados para calcular o número de pintos
nascidos de ovos invertidos (NIN).
56
Wagner Azis Garcia de Araújo & Luis Fernando Teixeira Albino
Tabela 8. Principais más formações em embriões de aves.
Descrição
Incidência (%)
Cérebro exposto
29,0
Sem olhos
25
Quatro membros pélvicos
10
Bico deformado
27
Sem bico
8
Pernas deformadas
1
Fonte: Butcher & Nilipour (2005)
No processo de incubação, há duas fases críticas em que a mortalidade
embrionária é alta. O primeiro ocorre no prazo de quatro dias, com um pico
às 48 h, ea segunda entre os dias 18 e 20 de incubação (Etches, 1998). O
embriodiagnóstico, definido como o diagnóstico da mortalidade embrionária
foi feita após a abertura dos ovos não eclodidos esquerda nas bandejas
Hatcher (Plano & Di Mateo, 2001) é uma ferramenta que permite a
identificação de erros, identificar os prováveis causas e propor soluções.
Tona (2001) analisaram a relação entre a mortalidade embrionária e
fatores como idade dos reprodutores, a fertilidade e perda de peso dos ovos
em incubação. Brake y Elibol (1999), Navarro (2003) e Brandalize (2003)
analisou os pontos críticos na incubação e subsequente gestão de frangos de
corte e Kuurman (2001, 2003) descreveram com um modelo matemático a
distribuição do tempo da mortalidade embrionaria precoce durante no
processo de incubação. Martin (2002) e Mauldin (2001) utilizaram o
embriodiagnóstico especificamente aplicado na avaliação dos pontos críticos
de incubadoras e de incubação.
Tabela 9. Parâmetros de referência para dados de incubação.
Descrição
Incidência (%)
Pintainhos saudáveis
85,00
Pintainhos 2ª qualidade
1,00
Pintainhos mortos
0,25
Ovos bicados
1,25
Inférteis
4,50
1-4
2,50
5-10
1,25
11-17
1,25
18-21
2,50
Contaminados
0,50
Fonte: Butcher & Nilipour (2005)
57
Embriodiagnóstico
Figura 6. Posição correta do embrião no interior do (Galindo, 2005).
infértil
fértil
desenvolvendo
morto
positivamente
prematuramente (2 dias)
3 dias morto
3 dias vivo
7 dias morto
7 dias morto/vivo
7
dias vivo
10 dias morto
dias morto/vivo
10 dias vivo
14 dias vivo
10 dias morto/vivo
18 dias morto
14 dias morto
18 dias morto/vivo
14
pintainho
saudável
Figura 7. Esquema de diagnóstico de mortalidade em embriões sob vários estágios de
desenvolvimento (Galindo, 2005).
58
Wagner Azis Garcia de Araújo & Luis Fernando Teixeira Albino
Tabela 10. Parâmetros (em %) padrão para avaliar desempenhos baixos, médios e
altos de um incubatório.
Parâmetros
Alta
Média
Baixa
Ovos contaminados (explodidos)
0,81
1,28
2,93
Ovos inférteis
3,54
5,1
4,63
Mortalidade Precoce (1-7 dias)
0,78
2,11
5,96
Mortalidade intermediário (8-18 dias)
0,54
0,71
1,23
Mortalidade tardia (acima de 18 dias)
2,0
3,19
4,83
Ovos bicados e não nascidos
0,97
1,11
1,12
Pintainhos de segunda
0,48
0,50
0,70
Incubabilidade
90,88
86,00
78,60
Fonte: Rivera (2009)
Tabela 11. Parâmetros (em %) padrão para avaliar desempenhos em função da idade
dos reprodutores.
Idade dos reprodutores (em semanas)
28-40
41-52
53-65
Inférteis
5,00
6,00
7,00
Mortalidade 1-4 dias
0,60
0,70
0,80
Mortalidade 5-10 dias
0,50
0,60
0,80
Mortalidade 11-17 dias
1,50
2,00
2,50
Mortalidade 18-21 dias
0,90
1,00
1,10
Ovos bicados e não nascidos
0,20
0,30
0,40
Pintainhos mortos
0,20
0,25
0,30
Contaminados (explodidos)
0,25
0,45
0,70
88,50-89,40
85,50-86,70
82,90-84,00
Nascimentos
Fonte: Rivera (2009)
Segundo Rivera (2009) a informação da perda de peso é muito útil dentro
do processo de incubação. É necessário acompanhar constantemente a perda
de umidade do ovo. Do carregamento até a transferência para o nascedouro a
perda de peso deverá ser entre 11,0 e 14,0%, e após o nascimento a perda de
peso deveria estar entre 30,0 a 32,0% (Rivera, 2009). Caso estejam acima ou
abaixo desta faixa de perda de peso, decisões como a regulagem do
equipamento (umidade e temperatura) e ou descarte de lotes com valores de
perda de peso críticos.
Nääs et al (2008) ao avaliar o impacto do ambiente sobre os resultados de
incubação realizaram o embriodiagnóstico nas seguintes fases, dos 1-7, 8-14,
15-18 e 1-21 dias de incubação. Isto leva a acreditar-se necessário a avaliação
dos ovos incubáveis em mais um período, contrapondo aos clássicos períodos
Embriodiagnóstico
59
de avaliação (precoce, intermediário e tardio). Dentro de sua metodologia
Nääs et al (2008) avaliaram a mortalidade embrionária, ovos bicados com
pintos vivos ou mortos, ovos quebrados, ovos contaminados (explodidos), e a
qualidade dos pintainhos (crânio aberto, má formação de bico e olhos,
vísceras expostas, e problemas de pernas).
4.3. Processo de incubação
É preciso pensar em termos de qualidade do pintainho e não de
porcentagem de nascimento. As máquinas devem funcionar de acordo com
seu desenho e manual de operação e em ambientes acondicionados para que
funcionem corretamente. As máquinas devem receber boa manutenção.
Pontos chave no processo de incubação são: obter uma perda de umidade
adequada (14-15% em máquinas de estágio múltiplo), que permita a eclosão
dos pintos na altura correta e que saiam bem; evitar o sobreaquecimento dos
embriões nas incubadoras e nascedouros; evitar condições de umidade muito
altas em ambas as máquinas e retirar os pintos a tempo. Preferivelmente, a
janela de nascimento deve girar por volta de 24-30 horas em plantas com
máquinas de estágios múltiplos.
As incubadoras devem ser manejadas de acordo com medições de
temperaturas realizadas em ovos férteis antes da transferência. Os
nascedouros devem ser manejados com temperaturas mais baixas do que as
utilizadas em anos passados. O objetivo é que os pintos nasçam com
temperaturas cloacais entre 40°C e 40,5°C e que sejam mantidos com
temperaturas cloacais de 39,4°C e 40°C depois do nascimento. O
sobreaquecimento de embriões e pintos afeta de maneira negativa o
desenvolvimento do aparelho digestivo e do sistema imunológico.
Em todo o nascimento há uma possibilidade de mortalidade entre 5,0 e
20,0% por vários motivos, aumentando o número de pintainhos de segunda
categoria e resíduos de incubatório. Como mencionado, é necessário ter um
Figura 8. Os ovos à esquerda mostram a altura correta de quebra da casca do ovo,
com perda de umidade adequada. À direita, a quebra da casca do ovo foi muito alta
por pouca perda de umidade (Galindo, 2005).
60
Wagner Azis Garcia de Araújo & Luis Fernando Teixeira Albino
Figura 9. Medição da temperatura dos ovos (Galindo, 2005).
programa para identificar os problemas. A análise dos resíduos ou
Embriodiagnósticos para estabelecer as causas do fracasso levou à
nascimento. Esta informação deve ser constantemente avaliada e comparada
com os parâmetros padrões, e ainda investigar os problemas existentes que
possam surgir e encontrar soluções.
4.4. Contaminações e doenças sob o desenvolvimento embrionário
A contaminação pode ocorrer desde o desenvolvimento dos folículos de
gema até a pré-postura. Mesmo quando o plantel de reprodutores estiver
afetado por uma doença que não é transmitido via ovo, a eclosão poderia ser
prejudicada por alterações na qualidade interna e casca dos ovos ( menor
ingestão ou aproveitamento de alimento) (Cony, 2007).
Segundo Cony (2007) a disseminação de doenças transovarianas
(contaminação ocorre quando o ovo se encontra dentro da galinha e o agente
infeccioso consegue sobreviver no pinto) ocorre geralmente durante a fase
aguda da doença. Os agentes infecciosos são responsáveis pelo aumento de
mortes na segunda e terceira semana de incubação (20º e 21º dia – ovos
bicados). Como causadores de contaminação bacteriana tem-se: 1- Aumento
do número de ovos bicados e pintos com umbigo mal cicatrizado.
Estas bactérias no momento da postura penetram nos poros dos ovos pelo
diferencial de temperatura e, quando se encontram na temperatura da
incubadora, multiplicam-se rapidamente alimentando–se das substâncias
nutritivas dos ovos. Forma-se neste processo uma série de gases que
eventualmente romperão a casca do ovo e disseminarão um exsudato negro
de odor peculiar que se estenderá a diversas áreas da incubadora e como
conseqüência favorecerá a disseminação de microorganismos contaminantes.
Ocorre que na segunda semana de incubação os embriões que morrem
neste período tornam-se escuros e freqüentemente são confundidos com ovos
contaminados, isto devido à oxidação do sangue no sistema vascular das
membranas extra-embrionárias. Para evitar contaminações é necessário
fumigar os ovos antes de entrar na sala de incubação, incubar ovos limpos e
61
Embriodiagnóstico
Tabela 12. Qualidade da casa e penetração bacteriana.
Penetração bacteriana via casca
Densid. do ovo
Qualidade da casca
Após 30 min.
Após 60 min.
Após 24 hrs.
1.070
Ruim
34 %
41 %
54 %
1.080
Média
18 %
25 %
27 %
1.090
Boa
11 %
16 %
21 %
Fonte: Sauter & Peterson (1974)
sem trincas, coletar ovos maior número de vezes por dia, manter os ninhos
limpos e etc.
Os embriões que morrem na segunda semana de incubação tornam-se
escuros e freqüentemente são confundidos com ovos contaminados, isto é
devido à oxidação do sangue no sistema vascular das membranas extraembrionárias. Para evitar contaminações é necessário fumigar os ovos antes
de entrar na sala de incubação, incubar ovos limpos e sem trincas, coletar
ovos maior número de vezes por dia, manter os ninhos limpos e etc.
Apesar da importância da prevenção e sanitização de doenças, deve-se
restringir o uso de determinadas substâncias no incubatório como amônia,
pois esta e responsável pelo fechamento do tubo neural e mortalidade
embrionária. Como também é importante o uso adequado de tetraciclina,
sulfonamidas e penicilina, a fim de na comprometer a saúde dos animais e a
humana.
Tabela 13. Algumas doenças de transmissão através dos ovos e sua forma de
contaminação dos ovos.
Doença
Salmonelose
(Paratifo)
Pulorose / Tifo Aviário
Colibacilose
Micoplasmoses
Aspergilose
Durante
Passagem pela
Pós–postura
formação
cloaca
(ninho)
+
+++
+++
+++
+
+
+
+++
+++
+++
_
_
_
+
+++
Leucose
+++
_
_
Encefalomielite
+++
_
_
E.D.S
+++
_
_
Artrite Viral
+++
_
_
Anemia Infec. ( CCA )
+++
_
_
(- )= sem ocorrencia; ( + ) = rara; ( +++ ) = elevada possibilidade
Fonte: Elguera (1999)
62
Wagner Azis Garcia de Araújo & Luis Fernando Teixeira Albino
4.5. Nutrição das matrizes sob o desenvolvimento embrionário
Vieira (2007), em seu trabalho, descreveu ostensivamente sobre a
influência dos nutrientes sobre a formação do ovo e posterior
desenvolvimento embrionário. O desenvolvimento do embrião das aves
depende e um pacote de nutrientes contidos no ovo para se desenvolver.
Assim, uma dieta com deficiência ou excesso poderá causar anormalidades
embrionárias e mortalidade. Anormalidades como bicos pequenos ou altos,
protusões desorganizadas no cérebro, vísceras expostas, membros encurtados
e torcidos, corpo curto e degeneração ocular (Vieira, 2007).
Acido linoléico é essencial em rações para aves reprodutoras, no entanto,
sua quantidade na gema esta relacionada ao consumo. A deficiência deste
nutriente está associada com a queda na produção dos ovos e aumento na
mortalidade embrionária da primeira semana (picos de mortalidade de 1 a 4
dias, 8 a 14 dias e 21 dias), causando o desenvolvimento lento e embriões
mal posicionados (75 % estão com a cabeça sobre a asa direita ).
Rações que apresentam alta correlação entre proteína e energia poderá
deprimir a taxa de eclosão. A quantidade excessiva de proteína estimula o
aumento nos requerimentos de B 12, biotina e cálcio podendo ocasionar
redução na fertilidade. Já a deficiência de proteína reduz o tamanho dos ovos
(uma dos determinantes na queda de produção) e, a deficiência de gordura
formará um pintinho de má qualidade ocasionando debilidade no embrião.
Os embriões são muito sensíveis à qualidade, estabilidade e uso
adequado do suplemento vitamínico-mineral. A vitamina A está diretamente
relacionada com o desenvolvimento anormal do sistema circulatório,
anormalidades no esqueleto (especialmente crânio e coluna vertebral),
mudanças degenerativas no cérebro, espinha e nervos, mortalidade
embrionária prematura (2 a 3 dias). Pintos nascidos podem apresentar
opacidade córnea ou terem as pálpebras coladas. O excesso também causa
anormalidades esqueléticas.
Squires & Naber (1993) mostraram que a não suplementação de vitamina
A diminui a produção de ovos e eclosão quando comparados com as aves que
receberam a suplementação, mas não houve diferenças no peso corporal,
qualidade da casca e peso dos ovos.
Suray et al. (1998) demonstraram que a alta concentração de vitamina A
na dieta diminui a concentração de vitamina E no fígado materno, de
vitamina E e carotenóides na gema e no fígado do embrião recém nascido.
Segundo Wilson (1997), a deficiência de vitamina D3 causa mortalidade
embrionária tardia (+ de 17 dias), atrofiamento e raquitismo. A deficiência de
vitamina E causa insuficiência circulatória, diátese exsudativa, hemorragia,
edema no pescoço e nos pés. O pico de mortalidade embrionária ocorre de 2 a
Embriodiagnóstico
63
5 dias. Nos recém nascidos pode causar fraqueza muscular. A vitamina K em
deficiência pode causar hemorragias no embrião.
A tiamina (B1) pode causar mortalidade prematura e pico tardio (+ de 19
dias) ou muitos pintos mortos no nascedouro quando em deficiência. A
deficiência de riboflavina (B2) causa atrofiamento, pernas curtas,
desorganização do sistema circulatório, edema, perda de penas, dedos
contraídos, anemia, fígado esverdeado, picos e mortalidade do 3º ao 5º dia,
do 10º ao 15º dia e 21º dia. Segundo Wilson (1997) a deficiência de niacina
causa hipoplasia dos músculos esqueléticos, edema, bico menor e mais
elevado, anormalidades no sistema nervoso e vascular, com pico de
mortalidade embrionária de 8 a 14 dias.
A pirodoxina (B6) em deficiência causa inibição do crescimento inicial
do embrião com picos de mortalidade de 8 a 14 dias (Vieira, 2007). Squires
& Naber (1992) verificaram que a adição de vitamina B12 afeta o acúmulo
dessa vitamina na gema, melhora a eclodibilidade e reduz a mortalidade
embrionária na primeira semana de incubação. Hemorragias nos embriões
jovens mortos é o sintoma mais característico de deficiência.
Segundo Vieira (2007) a deficiência de ácido pantotênico causa
hemorragias subcutâneas, edema, mau empenamento, pernas torcidas, fígado
gorduroso, opacidade ocular, coração dilatado e mortalidade embrionária de
2 a 4 dias e 11 a 15 dias. A biotina se deficiente causa condistrofia e
Tabela 14. Sintomas comuns na deficiência ou excesso de minerais nos embriões.
Mineral
Sintomas
Manganês
Condrodistrofia, esqueleto deformado, ossos longos encurtados, bicos de
papagaio, micromelia, edema, penugens anormais, pintos descoordenados e
pico de mortalidade a partir dos 18 dias.
Defeitos no esqueleto, olhos pequenos, vísceras expostas, anormalidades de
bico e cabeça, edema. Ocorre mortalidade por volta dos 18 dias
Má qualidade da casca, aumentando perda de peso dos ovos e facilitando sua
contaminação, atrofiamento e menor desenvolvimento ósseo e mortalidade no
final da incubação. O excesso causa anormalidades embrionárias.
Tremores nervosos, esforço respiratório e convulsões na incubação.
Formação óssea anormal e atrofia. Mortalidade de 14 a 16 dias de incubação.
Defeitos no sistema circulatório, sanguíneo e mortalidade nos primeiros três dias.
Afeta a atividade tiroideana (pode hipertrofiar). Deficiência ou excesso causa
aumento do tempo de incubação, diminuição do crescimento e aumento da
mortalidade.
Excesso causa alta mortalidade embrionária associada com inibição do período
inicial e no 13º dia.
Acima de 44 ppm no ovo causa mortalidade embrionária no período inicial e no
13º dia.
Edema da cabeça e pescoço, pernas torcidas, necrose no cérebro e espinha,
bico curto e elevado, olhos ausentes ou projetados e maior freqüência de más
posições.
Acima de 17 ppm no ovo resulta em 100 % de mortalidade embrionária a partir
de 12 dias de incubação.
Zinco
Cálcio
Magnésio
Fósforo
Cobre
Iodo
Lítio
Boro
Selênio
Molibdênio
Fonte: Vieira (2007)
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Wagner Azis Garcia de Araújo & Luis Fernando Teixeira Albino
micromelia (esqueleto deformado, osso longos encurtados e bico de
papagaio), sindactilismo (membrana entre os dedos), hemorragia no embrião.
Na deficiência severa o pico de mortalidade embrionária ocorre de 3 a 7 dias
e nas deficiências brandas a partir de 17 dias.
A deficiência de ácido folico causa tíbias encurvadas, sindactilismo, cabeça
achatada, olhos pequenos, vísceras expostas, bico de papagaio e outros defeitos.
A mortalidade embrionária ocorre de 8 a 14 dias e 16 a 18 dias.
5. Conclusão
O Brasil é um grande produtor e exportador de aves, sendo necessária a
implementação de medidas de biosseguridade no setor produtivo, não só
visando a obtenção de melhores resultados de produção das aves, mas
principalmente para agregar valor ao produto, uma vez que problemas
sanitários graves podem comprometer a exportação dos produtos avícolas. As
empresas que buscam desenvolvimento competitivo devem ter nos programas
de biosseguridade uma ferramenta indispensável para assegurar a saúde dos
plantéis. No entanto, um programa de biosseguridade é constituído por
diversas ações interdependentes, cujo sucesso depende da realização
consciente e rigorosa de cada detalhe, devendo contar com a colaboração e o
comprometimento de todos envolvidos.
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