56 A IMPORTÂNCIA DA WEB 2.0 NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM Júlio César Cavalcante Bezerra Sydneia de Oliveira Brito RESUMO Este artigo apresenta as características e potencialidades das ferramentas da internet e ressalta a evolução da Web 2.0, que evoluiu com a ajuda dos avanços das linguagens de programação que permitiram o desenvolvimento de aplicativos para web conferindo um maior dinamismo para os usuários e para a sua aprendizagem. Essa nova geração da internet é composta por redes sociais, conteúdos gerados por usuários, softwares como serviços, podcasting, blogs e wikis. Com a Web 2.0, através dos recursos das redes sociais virtuais e serviços de colaboração online, os internautas passaram a interagir no mundo virtual de forma diferenciada, com a possibilidade de criação e compartilhamento de informação. O artigo objetiva também entender como funcionam esses aplicativos da Web 2.0 e como eles podem ser utilizados por educadores. Por fim, ressalta como a integração das Tecnologias de Informação e Comunicação na educação se torna essencial e urgente para a socialização e para o desenvolvimento integral da formação dos alunos. Palavras-chave: Web 2.0. Tecnologias da Informação e Comunicação. Ferramentas educacionais. ABSTRACT This paper presents the characteristics and potentials of Internet tools and highlights the evolution of Web 2.0, which evolved with the help of advances in programming languages that allow the development of web applications giving greater dynamism to the users and to their learning . This new generation of the Internet is composed of social networks, user generated content, software and services, podcasting, blogs and wikis. With Web 2.0, using the resources of social networks and virtual collaboration services online, netizens began to interact in the virtual world differently, with the possibility of creating and sharing information. The article also aims to understand how these Web 2.0 applications and how they can be used by educators. Finally, highlights how the integration of Information and Communication Technologies in education becomes essential and urgent for socializing and for the integral development of the students' education. Keywords: Web 2.0. Information and Communication Technologies. Educational tools. Revista Expressão Católica 2013 jul./dez.; 2(2): 56-66 57 1 INTRODUÇÃO A internet na atualidade traz em seu cerne uma característica ímpar que é a possibilidade de colaboração online. A produção de informação e da cultura ocorre a todo momento por meio de diferentes mídias digitais. Milhares de pessoas se expressam através da web, criando, compartilhando e publicando textos, fotos, vídeos. Dessa forma, essa característica da rede assume um papel de grande importância em todos os setores da sociedade, principalmente na educação. A rapidez com que se obtém a informação, assim como a riqueza de materiais existentes na web, vem acarretando mudanças profundas nos paradigmas educacionais. Para Trein e Schlemmer (2009), a escola não é mais o único lugar destinado ao acesso à informação e ganhou a internet como uma aliada que disponibiliza, de forma rápida, um mundo de informações ao alcance das mãos. Segundo Torres (2009), a internet é uma rede de milhões de pessoas, de todas as classes sociais, que buscam informação, diversão e relacionamento. Por ser uma rede com tantos indivíduos, ela se torna um ambiente favorável para produção e troca de conhecimentos. Dowbor (2010) ressalta que a sociedade está vivendo na economia do conhecimento e que as novas tecnologias têm papel fundamental para o alcance dessas informações para gerar conhecimento e contribuir para o desenvolvimento social. O autor ainda afirma que o conhecimento uma vez gerado pode ser multiplicado indefinidamente e que sua circulação ocorre virtualmente, seja de maneira gratuita ou não, por meio das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC‟s). Como consta no Comitê Gestor de Internet – CGI (BRASIL, 2010), o usuário deve estar apto a utilizar os recursos da rede em três diferentes níveis: comunicação, obtenção de informações e serviços de interesse público e, por fim, geração e compartilhamento de conteúdo. Além desses níveis, também é possível citar algumas fases da internet. Na primeira geração de Internet ou Web 1.0, a internet era utilizada somente como um meio de difusão de informação, onde as empresas publicavam conteúdo e os usuários somente acessavam e consumiam a informação. Trein e Schlemmer (2009) lembram que a característica principal da Web 1.0 foi a disponibilização da informação em formato texto, que podia ser acessada por qualquer pessoa com conexão a internet, possibilitando o acesso a uma infinidade Revista Expressão Católica 2013 jul./dez.; 2(2): 56-66 58 de informações em questão de segundos. Na visão de Marinho et al. (2009), a Web 1.0 seria uma rede de páginas estáticas que não permitia a manipulação ou alteração do conteúdo pelo usuário. Era a relação homem-máquina baseada principalmente no código HTML. É a web limitada, escrita por poucos e lida por muitos. Blattmann e Silva (2007) descrevem que a primeira geração de internet era estruturada por meio de sites que colocavam todo o conteúdo online, de maneira estática, sem oferecer a possibilidade de interação aos internautas. Com os avanços tecnológicos, a internet deixou de ser somente um repositório de conteúdo e tornou-se um ambiente poderoso, onde softwares podem ser executados online sem necessariamente estarem instalados no computador. Graças aos avanços das linguagens de programação, que permitiram o desenvolvimento de aplicações para web com maior dinamismo para os usuários e do aumento da velocidade de conexão, os internautas passaram a interagir no mundo virtual, com possibilidade de criação e compartilhamento de informação. Esse fenômeno é o que muitos autores chamam de Web 2.0 ou Web Social. O termo Web 2.0 surgiu em 2004 e foi definido por O´Reilly (2005) como a mudança para uma internet como plataforma. Sua característica mais importante é a possibilidade de desenvolver aplicativos que aproveitem os efeitos de rede para se tornarem melhores quanto mais são usados pelas pessoas, aproveitando a inteligência coletiva. Para o autor, a Web 2.0 é caracterizada como um conjunto de tendências socioeconômicas e tecnológicas reunidas coletivamente que serve de base para uma geração de internet mais madura, baseada na maior participação de seus usuários. Para O´Reilly (2005), redes sociais, conteúdos gerados por usuários, softwares como serviços, podcasting, blogs, wikis fazem a nova geração de internet, que é comandada pelos usuários e usando a inteligência de todos. Uma plataforma que aperfeiçoa a interação, a colaboração e cooperação de usuários, de forma que os serviços se tornam melhores quanto mais pessoas o usam. Primo (2008) assinala que os processos de cooperação online definem bem a Web 2.0. Segundo ele, a segunda geração de serviços online tem como principais objetivos potencializar as formas de publicação, compartilhamento e organização de informações, além de ampliar os espaços para a interação entre os participantes do processo. A Web 2.0 deve ser compreendida não apenas como uma combinação de Revista Expressão Católica 2013 jul./dez.; 2(2): 56-66 59 técnicas informáticas (serviços Web, linguagem Ajax, Web syndication) as quais permitem que sites ofereçam recursos de interface antes disponíveis apenas em programas instalados no computador, mas também por sua intrínseca “arquitetura de participação”. Significa dizer que o sistema informático incorpora, desde o seu planejamento, recursos de interconexão e compartilhamento. De acordo com Cabral Filho e Coutinho (2009), nesse “novo” modelo de internet os usuários são a peça principal nas aplicações e desenvolvimento para a web. Eles atuam diretamente no conteúdo e obrigam desenvolvedores a criarem soluções que os tornem cada vez mais ativos e entusiasmados com sue poder sobre essa mídia que cresce em popularidade em todo mundo. Os usuários da Web 2.0 querem velocidade e resultados imediatos. Eles têm a internet como um meio importantíssimo na sua rede social, profissional e afetiva, e por isso, os softwares de mensagens instantâneas e os sites de comunidades virtuais e de relacionamento ganham enorme relevância. A Web 2.0 permite não somente que os usuários tenham acesso à informação e aos conteúdos disponibilizados por outros, mas que também possam trabalhar colaborativamente e compartilhar conteúdo online, como na edição de um texto ou planilha eletrônica no Google Docs ou na Wikipédia, por exemplo. Para isso, basta um computador com acesso a internet e usuários em diferentes espaços geográficos podem trabalhar em conjunto, no mesmo arquivo e ao mesmo tempo. Segundo Marinho et al. (2009), a Web 2.0 é a rede no tempo de uma „Sociedade da Autoria‟, onde cada internauta se torna, além de (co)autor ou (co)produtor, distribuidor de conteúdos, compartilhando a sua produção com os demais indivíduos em rede. O internauta deixa de ser apenas um leitor isolado ou tão somente um coletor de informações. Ele agora passa a colaborar na criação de grandes repositórios de informações, tornando-se também semeador e contribuindo para que maior riqueza cognitiva se estabeleça e se expanda em um espaço cujo acesso é amplo e, em tese, possível a todos. A Web 2.0 é a “web da leitura/escrita” (read/write Web). Costa (2010) menciona que a troca de conhecimentos, informação e comunicação tornaram-se um marco da cultura ocidental do século XXI, tendo contribuído muito para a formação da Web 2.0. Ferramentas como o YouTube e Wikipédia são um dos maiores fenômenos da inteligência coletiva na web. A Wikipédia como proposta de uma grande enciclopédia digital produzida com a Revista Expressão Católica 2013 jul./dez.; 2(2): 56-66 60 colaboração de usuários do mundo todo e o YouTube, como uma grande biblioteca audiovisual também produzida graças à colaboração dos internautas. Machado (2008) afirma que os sites e serviços da nova geração de internet devem ser simples e fáceis de utilizar. O autor pontua as principais características da Web 2.0, que são: ● simplicidade: tudo deve ser intuitivo e evidente; ● compartilhamento: diariamente surgem novas ferramentas de colaboração, baseadas no trinômio simples-rápido-web; ● publicação: receber, transformar e publicar num ciclo infinito de geração de informação; ● disponibilidade rápida: as informações são atualizadas de forma mais ágil e chegam ao usuário com maior rapidez; ● participação do usuário: o usuário se torna mais participativo, atuando sobre aquilo que vê e consome na internet; ● opinião: possibilidade democrática e sem barreiras de exercer sua liberdade de opinar; ● comunidade: a troca rápida de informações se torna possível por meio da “enxurrada” de comunidades digitais e aplicações que nos fazem mais falantes. Por todas as características apresentadas, a Web 2.0, com suas possibilidades de colaboração, pode ser uma aliada dos professores em sala de aula. De acordo com Trein e Schlemmer (2009) o paradigma emergente da cultura da aprendizagem e do trabalho colaborativo e cooperativo traduz as necessidades da nova sociedade em rede, mergulhada neste oceano de informações e de tecnologias disponíveis, que podem auxiliar nos processos de ensino e de aprendizagem. 2 WEB 2.0 E SUA IMPORTÂNCIA PARA A EDUCAÇÃO É fundamental compreender que existe uma nova geração de estudantes que, mesmo sendo de escolas públicas, cresceu com mais acesso às tecnologias digitais, que usa aparelhos digitais com muita desenvoltura e que participa de diversas redes sociais. Esses jovens “digitais” precisam de uma escola do seu tempo. Xavier (2011) afirma que as atuais práticas pedagógicas da maioria das escolas não Revista Expressão Católica 2013 jul./dez.; 2(2): 56-66 61 correspondem às expectativas da geração “digitalizada” quanto à dinâmica, flexibilidade e inovação. Portanto, há um sério risco de diminuição do rendimento escolar dos estudantes devido à falta de estímulo e à monotonia das aulas, levando os alunos ao tédio e a falta de interesse pela escola. Segundo Johnson et al (2011), organizadores do Horizon Report, e-books, realidade aumentada, jogos online, e m-learning são algumas das tendências que estão ou poderão impactar nos processos educativos. Para os pesquisadores, as pessoas esperam poder trabalhar, estudar e aprender quando e onde quiserem. Além disso, as tecnologias estão cada vez mais baseadas em computação nas nuvens e o mundo do trabalho está mais colaborativo e isso é uma reflexão para como preparamos os jovens para esse mundo. Outro estudo realizado anualmente está relacionado às principais tecnologias digitais que podem contribuir com a educação é a pesquisa Top 100 Tools for Learning 1 , baseada em contribuições de profissionais de todo mundo e ela lista ferramentas como: Twitter, YouTube, Google Docs, Wikipédia, Facebook, Skype. Vale lembrar que alguns autores tiveram cuidado de analisar detalhadamente o uso de algumas dessas tecnologias pelos professores. Carvalho (2008) criou o manual de ferramentas da web 2.0 para professores, como por exemplo, Blogue, Wiki, YouTube, Google docs, Podcast. Muñoz e Towner (2009) desenvolveram um trabalho sobre como usar a rede social Facebook em sala de aula; Phillips, Baird, e Fogg (2008) escreveram sobre Facebook para educadores; Costa (2008), o uso do Orkut como extensão da sala de aula; Vasconcelos (2010), o uso educacional do Twitter; Lima (2011), um estudo sobre a rede social educacional REDU, dentre outros. Trein e Schlemmer (2009) enfatizam a importância da interação no processo de aprendizagem. Ambientes virtuais de aprendizagem, comunidades virtuais, blogs, wikis, sites de relacionamento, são espaços nos quais os sujeitos podem interagir e construir conhecimento, desenvolvendo sua autonomia e tornando-se autores desse processo. Na visão destes autores, o computador é visto como meio para o desenvolvimento sócio-cognitivo-afetivo do sujeito. 1 A relação de todas as ferramentas pode ser acessada pelo site: <http://c4lpt.co.uk/top-tools/top-100-tools-forlearning-2011>. Revista Expressão Católica 2013 jul./dez.; 2(2): 56-66 62 Ribeiro e Schons (2008) reforçam o valor da colaboração para construção do conhecimento. Para os autores, o conhecimento é visto como uma construção social, vinculada às relações pessoais. Assim, o processo de criação do conhecimento depende da contribuição individual e da interação que ocorre dentro de um dado grupo por meio de diálogos e debates. A partir de tais interações, novas perspectivas são criadas, impulsionando os indivíduos a questionarem as premissas existentes e a compreenderem suas experiências de uma nova forma. Cruz (2008) esclarece que, com as novas tecnologias, surgiram novos espaços de construção do conhecimento. Assim a escola deixou de ter o papel de único transmissor de conhecimentos, e hoje, as exigências e possibilidades pessoais de conhecimento extravasam os muros da escola, da cidade, do país. O autor acredita que a integração das TIC‟s na educação se torna essencial e urgente para o desenvolvimento integral da formação dos alunos que se exige hoje: alunos preparados para o mercado de trabalho, em constante mudança e transformação, que devem mostrar competências que não se limitam às áreas nas quais se especializaram, mas que eles possam desenvolver um espírito aberto, flexível e capaz de se adaptar para evoluir. De acordo com Carvalho (2006), a web tem se tornado cada vez mais a fonte de conteúdo para ensinar e para aprender. Além disso, escrever já não fica limitado ao texto e integrar vários formatos tem-se tornado cada vez mais fácil. Um blogue pode integrar um link para um sítio na Web, disponibilizar uma imagem, inserir um vídeo do YouTube. Os recursos existentes online e as ferramentas de fácil publicação da Web 2.0 constituem uma oportunidade para que professores e alunos possam aprender colaborativamente, divulgando e compartilhando as suas experiências e saberes. A autora considera ainda que a Web passa a ser encarada como um ambiente em que tudo está facilmente acessível e que publicar online deixa de exigir a criação de páginas Web e de saber hospedá-las num servidor. A facilidade em publicar conteúdos e em comentar as postagens fez com que as redes sociais se desenvolvessem online. Postar e comentar passaram a ser duas realidades complementares, que muito tem contribuído para desenvolver o espírito crítico e Revista Expressão Católica 2013 jul./dez.; 2(2): 56-66 63 para aumentar o nível de interação social online2. O Orkut, o MySpace, o LinkedIn, o Facebook, o Ning, entre outros, facilitam e, de certo modo, estimulam o processo de interação social e de aprendizagem. Além disso, Graells (apud Machado 2008) apresenta outras vantagens que o uso das redes sociais é capaz de proporcionar aos alunos, são elas: o aumento do interesse e da motivação dos alunos: O “mar” de informações existente estimula a maior participação em grupos, o que facilita também uma aprendizagem mais autônoma; conteúdos editáveis mais colaborativos: A facilidade de edição de conteúdos melhora as possibilidades de professores e estudantes poderem elaborar materiais de maneira individual ou coletiva e que possam compartilhá-los e submetê-los aos comentários dos mais variados leitores; espaços online mais acessíveis: Todos podem acessar, existe a facilidade de armazenar, classificar e publicar/divulgar conteúdos textuais e audiovisuais; comunidades Virtuais de Aprendizagem são criadas de maneira mais fácil e intuitiva; desenvolvimento das Competências digitais: Os usuários são capazes de converter as informações em conhecimento, refinando a seleção, a busca e a transmissão das informações; temas educacionais são colocados em discussão. O ambiente virtual proporciona a reflexão sobre os recursos educacionais, a estrutura escolar e outros assuntos. Graells (2007) faz referência à finalidade do processo educacional, que é proporcionar aos estudantes conhecimentos suficientes para que os mesmos consigam desempenhar seu papel de cidadão na sociedade. Para isso, a escola precisa utilizar metodologias que estimulem a interação entre os alunos, a 2 As redes sociais tiveram maior influência no crescimento da Web 2.0. Sites como Facebook, Orkut e Myspace atraem milhares de pessoas devido à possibilidade de conectar pessoas com interesses comuns e interagir com pessoas de todo o mundo. Além do fato dos usuários poderem interatuar nas comunidades virtuais, criar suas próprias páginas web, personalizando seu perfil de acordo com suas preferências, postando notícias, vídeos e fotos. Revista Expressão Católica 2013 jul./dez.; 2(2): 56-66 64 integração social, o pensamento crítico, a capacidade de se comunicar, colaborar. O autor ainda considera a aprendizagem como uma atividade social, onde o aluno aprende não só na sala de aula, com o professor e com o livro, mas que também acontece através dos meios de comunicação, com interação e colaboração entre colegas e com a sociedade em geral. 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante do exposto, não há dúvidas a respeito das inúmeras possibilidades que a internet pode oferecer aos seus usuários. Relacionada à educação, a internet vem ampliando as possibilidades de inovação e aprendizado. Hoje é possível acessar e compartilhar todo tipo de conhecimento, sobre os mais variados temas. Esse poder de compartilhamento foi ampliado com o incremento da Web 2.0. As possibilidades cada vez maiores de comunicação, interação e colaboração são fatores determinantes para o uso mais frequente das Tecnologias da Informação na educação, estas por sua vez, são compostas por equipamentos, mídias e métodos que agilizam os processos de comunicação, distribuição e compartilhamento de informações. Dessa forma, os usuários de internet não estão somente acessando informação, eles estão também criando e disponibilizando conteúdo na web. Portanto, o uso das mídias sociais pode estimular a participação dos alunos, atenuando o abandono escolar, tornando os estudantes participantes principais no processo de aprendizagem. Mas para além do estímulo é preciso buscar a melhoria da prática pedagógica com relação às novas tecnologias que evoluem muito rápido na proliferação das informações, softwares e serviços e às vezes a escola não alcança essa evolução. Por isso o modelo educacional precisa passar por mudanças profundas onde as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC‟s) estejam cada vez mais presentes no dia a dia das escolas. REFERÊNCIAS BRASIL, Comitê Gestor da Internet. Pesquisa sobre o uso da Tecnologia da Informação e da Comunicação no Brasil –TIC – 2005-2009. São Paulo. 2010. Disponível em: <http://www.cetic.br/tic/5anos/index.htm>. Acesso em: 10 set. 2011. Revista Expressão Católica 2013 jul./dez.; 2(2): 56-66 65 BLATTMANN, Ursula; SILVA, Fabiano Couto Corrêa. Colaboração e Interação na web 2.0 e biblioteca 2.0. Revista ACB: Biblioteconomia em Santa Catarina, Florianópolis, v. 12, n.2, p. 191-215, jul./dez. 2007. CARVALHO, Ana Amélia Amorim. Indicadores de qualidade de “sites” educativos. Universidade do Minho. (2006). Cadernos SACAUSEF – Sistema de Avaliação, Certificação e Apoio à Utilização de Software para a Educação e a Formação, n.2, Ministério da Educação, 55-78. 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