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A IMPORTÂNCIA DA WEB 2.0 NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM
Júlio César Cavalcante Bezerra
Sydneia de Oliveira Brito
RESUMO
Este artigo apresenta as características e potencialidades das ferramentas da internet e ressalta a
evolução da Web 2.0, que evoluiu com a ajuda dos avanços das linguagens de programação que
permitiram o desenvolvimento de aplicativos para web conferindo um maior dinamismo para os
usuários e para a sua aprendizagem. Essa nova geração da internet é composta por redes sociais,
conteúdos gerados por usuários, softwares como serviços, podcasting, blogs e wikis. Com a Web 2.0,
através dos recursos das redes sociais virtuais e serviços de colaboração online, os internautas
passaram a interagir no mundo virtual de forma diferenciada, com a possibilidade de criação e
compartilhamento de informação. O artigo objetiva também entender como funcionam esses
aplicativos da Web 2.0 e como eles podem ser utilizados por educadores. Por fim, ressalta como a
integração das Tecnologias de Informação e Comunicação na educação se torna essencial e urgente
para a socialização e para o desenvolvimento integral da formação dos alunos.
Palavras-chave: Web 2.0. Tecnologias da Informação e Comunicação. Ferramentas educacionais.
ABSTRACT
This paper presents the characteristics and potentials of Internet tools and highlights the evolution of
Web 2.0, which evolved with the help of advances in programming languages that allow the
development of web applications giving greater dynamism to the users and to their learning . This new
generation of the Internet is composed of social networks, user generated content, software and
services, podcasting, blogs and wikis. With Web 2.0, using the resources of social networks and virtual
collaboration services online, netizens began to interact in the virtual world differently, with the
possibility of creating and sharing information. The article also aims to understand how these Web 2.0
applications and how they can be used by educators. Finally, highlights how the integration of
Information and Communication Technologies in education becomes essential and urgent for
socializing and for the integral development of the students' education.
Keywords: Web 2.0. Information and Communication Technologies. Educational tools.
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1 INTRODUÇÃO
A internet na atualidade traz em seu cerne uma característica ímpar que é a
possibilidade de colaboração online. A produção de informação e da cultura ocorre
a todo momento por meio de diferentes mídias digitais. Milhares de pessoas se
expressam através da web, criando, compartilhando e publicando textos, fotos,
vídeos. Dessa forma, essa característica da rede assume um papel de grande
importância em todos os setores da sociedade, principalmente na educação.
A rapidez com que se obtém a informação, assim como a riqueza de materiais
existentes na web, vem acarretando mudanças profundas nos paradigmas
educacionais. Para Trein e Schlemmer (2009), a escola não é mais o único lugar
destinado ao acesso à informação e ganhou a internet como uma aliada que
disponibiliza, de forma rápida, um mundo de informações ao alcance das mãos.
Segundo Torres (2009), a internet é uma rede de milhões de pessoas, de
todas as classes sociais, que buscam informação, diversão e relacionamento. Por
ser uma rede com tantos indivíduos, ela se torna um ambiente favorável para
produção e troca de conhecimentos.
Dowbor (2010) ressalta que a sociedade está vivendo na economia do
conhecimento e que as novas tecnologias têm papel fundamental para o alcance
dessas informações para gerar conhecimento e contribuir para o desenvolvimento
social. O autor ainda afirma que o conhecimento uma vez gerado pode ser
multiplicado indefinidamente e que sua circulação ocorre virtualmente, seja de
maneira gratuita ou não, por meio das Tecnologias de Informação e Comunicação
(TIC‟s). Como consta no Comitê Gestor de Internet – CGI (BRASIL, 2010), o usuário
deve estar apto a utilizar os recursos da rede em três diferentes níveis:
comunicação, obtenção de informações e serviços de interesse público e, por fim,
geração e compartilhamento de conteúdo.
Além desses níveis, também é possível citar algumas fases da internet. Na
primeira geração de Internet ou Web 1.0, a internet era utilizada somente como um
meio de difusão de informação, onde as empresas publicavam conteúdo e os
usuários somente acessavam e consumiam a informação.
Trein e Schlemmer (2009) lembram que a característica principal da Web 1.0
foi a disponibilização da informação em formato texto, que podia ser acessada por
qualquer pessoa com conexão a internet, possibilitando o acesso a uma infinidade
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de informações em questão de segundos. Na visão de Marinho et al. (2009), a Web
1.0 seria uma rede de páginas estáticas que não permitia a manipulação ou
alteração do conteúdo pelo usuário. Era a relação homem-máquina baseada
principalmente no código HTML. É a web limitada, escrita por poucos e lida por
muitos.
Blattmann e Silva (2007) descrevem que a primeira geração de internet era
estruturada por meio de sites que colocavam todo o conteúdo online, de maneira
estática, sem oferecer a possibilidade de interação aos internautas.
Com os avanços tecnológicos, a internet deixou de ser somente um
repositório de conteúdo e tornou-se um ambiente poderoso, onde softwares podem
ser executados online sem necessariamente estarem instalados no computador.
Graças aos avanços das linguagens de programação, que permitiram o
desenvolvimento de aplicações para web com maior dinamismo para os usuários e
do aumento da velocidade de conexão, os internautas passaram a interagir no
mundo virtual, com possibilidade de criação e compartilhamento de informação.
Esse fenômeno é o que muitos autores chamam de Web 2.0 ou Web Social.
O termo Web 2.0 surgiu em 2004 e foi definido por O´Reilly (2005) como a
mudança para uma internet como plataforma. Sua característica mais importante é a
possibilidade de desenvolver aplicativos que aproveitem os efeitos de rede para se
tornarem melhores quanto mais são usados pelas pessoas, aproveitando a
inteligência coletiva. Para o autor, a Web 2.0 é caracterizada como um conjunto de
tendências socioeconômicas e tecnológicas reunidas coletivamente que serve de
base para uma geração de internet mais madura, baseada na maior participação de
seus usuários.
Para O´Reilly (2005), redes sociais, conteúdos gerados por usuários,
softwares como serviços, podcasting, blogs, wikis fazem a nova geração de internet,
que é comandada pelos usuários e usando a inteligência de todos. Uma plataforma
que aperfeiçoa a interação, a colaboração e cooperação de usuários, de forma que
os serviços se tornam melhores quanto mais pessoas o usam.
Primo (2008) assinala que os processos de cooperação online definem bem a
Web 2.0. Segundo ele, a segunda geração de serviços online tem como principais
objetivos potencializar as formas de publicação, compartilhamento e organização de
informações, além de ampliar os espaços para a interação entre os participantes do
processo. A Web 2.0 deve ser compreendida não apenas como uma combinação de
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técnicas informáticas (serviços Web, linguagem Ajax, Web syndication) as quais
permitem que sites ofereçam recursos de interface antes disponíveis apenas em
programas instalados no computador, mas também por sua intrínseca “arquitetura
de participação”. Significa dizer que o sistema informático incorpora, desde o seu
planejamento, recursos de interconexão e compartilhamento.
De acordo com Cabral Filho e Coutinho (2009), nesse “novo” modelo de
internet os usuários são a peça principal nas aplicações e desenvolvimento para a
web. Eles atuam diretamente no conteúdo e obrigam desenvolvedores a criarem
soluções que os tornem cada vez mais ativos e entusiasmados com sue poder sobre
essa mídia que cresce em popularidade em todo mundo. Os usuários da Web 2.0
querem velocidade e resultados imediatos. Eles têm a internet como um meio
importantíssimo na sua rede social, profissional e afetiva, e por isso, os softwares de
mensagens instantâneas e os sites de comunidades virtuais e de relacionamento
ganham enorme relevância.
A Web 2.0 permite não somente que os usuários tenham acesso à
informação e aos conteúdos disponibilizados por outros, mas que também possam
trabalhar colaborativamente e compartilhar conteúdo online, como na edição de um
texto ou planilha eletrônica no Google Docs ou na Wikipédia, por exemplo. Para
isso, basta um computador com acesso a internet e usuários em diferentes espaços
geográficos podem trabalhar em conjunto, no mesmo arquivo e ao mesmo tempo.
Segundo Marinho et al. (2009), a Web 2.0 é a rede no tempo de uma
„Sociedade da Autoria‟, onde cada internauta se torna, além de (co)autor ou
(co)produtor, distribuidor de conteúdos, compartilhando a sua produção com os
demais indivíduos em rede. O internauta deixa de ser apenas um leitor isolado ou
tão somente um coletor de informações. Ele agora passa a colaborar na criação de
grandes repositórios de informações, tornando-se também semeador e contribuindo
para que maior riqueza cognitiva se estabeleça e se expanda em um espaço cujo
acesso é amplo e, em tese, possível a todos. A Web 2.0 é a “web da leitura/escrita”
(read/write Web).
Costa (2010) menciona que a troca de conhecimentos, informação e
comunicação tornaram-se um marco da cultura ocidental do século XXI, tendo
contribuído muito para a formação da Web 2.0. Ferramentas como o YouTube e
Wikipédia são um dos maiores fenômenos da inteligência coletiva na web. A
Wikipédia como proposta de uma grande enciclopédia digital produzida com a
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colaboração de usuários do mundo todo e o YouTube, como uma grande biblioteca
audiovisual também produzida graças à colaboração dos internautas.
Machado (2008) afirma que os sites e serviços da nova geração de internet
devem ser simples e fáceis de utilizar. O autor pontua as principais características da
Web 2.0, que são:
● simplicidade: tudo deve ser intuitivo e evidente;
● compartilhamento: diariamente surgem novas ferramentas de colaboração,
baseadas no trinômio simples-rápido-web;
● publicação: receber, transformar e publicar num ciclo infinito de geração de
informação;
● disponibilidade rápida: as informações são atualizadas de forma mais ágil e
chegam ao usuário com maior rapidez;
● participação do usuário: o usuário se torna mais participativo, atuando sobre
aquilo que vê e consome na internet;
● opinião: possibilidade democrática e sem barreiras de exercer sua liberdade
de opinar;
● comunidade: a troca rápida de informações se torna possível por meio da
“enxurrada” de comunidades digitais e aplicações que nos fazem mais
falantes.
Por todas as características apresentadas, a Web 2.0, com suas
possibilidades de colaboração, pode ser uma aliada dos professores em sala de
aula. De acordo com Trein e Schlemmer (2009) o paradigma emergente da cultura
da aprendizagem e do trabalho colaborativo e cooperativo traduz as necessidades
da nova sociedade em rede, mergulhada neste oceano de informações e de
tecnologias disponíveis, que podem auxiliar nos processos de ensino e de
aprendizagem.
2 WEB 2.0 E SUA IMPORTÂNCIA PARA A EDUCAÇÃO
É fundamental compreender que existe uma nova geração de estudantes que,
mesmo sendo de escolas públicas, cresceu com mais acesso às tecnologias digitais,
que usa aparelhos digitais com muita desenvoltura e que participa de diversas redes
sociais. Esses jovens “digitais” precisam de uma escola do seu tempo. Xavier (2011)
afirma que as atuais práticas pedagógicas da maioria das escolas não
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correspondem às expectativas da geração “digitalizada” quanto à dinâmica,
flexibilidade e inovação. Portanto, há um sério risco de diminuição do rendimento
escolar dos estudantes devido à falta de estímulo e à monotonia das aulas, levando
os alunos ao tédio e a falta de interesse pela escola.
Segundo Johnson et al (2011), organizadores do Horizon Report, e-books,
realidade aumentada, jogos online, e m-learning são algumas das tendências que
estão ou poderão impactar nos processos educativos. Para os pesquisadores, as
pessoas esperam poder trabalhar, estudar e aprender quando e onde quiserem.
Além disso, as tecnologias estão cada vez mais baseadas em computação nas
nuvens e o mundo do trabalho está mais colaborativo e isso é uma reflexão para
como preparamos os jovens para esse mundo.
Outro estudo realizado anualmente está relacionado às principais tecnologias
digitais que podem contribuir com a educação é a pesquisa Top 100 Tools for
Learning 1 , baseada em contribuições de profissionais de todo mundo e ela lista
ferramentas como: Twitter, YouTube, Google Docs, Wikipédia, Facebook, Skype.
Vale lembrar que alguns autores tiveram cuidado de analisar detalhadamente
o uso de algumas dessas tecnologias pelos professores. Carvalho (2008) criou o
manual de ferramentas da web 2.0 para professores, como por exemplo, Blogue,
Wiki, YouTube, Google docs, Podcast. Muñoz e Towner (2009) desenvolveram um
trabalho sobre como usar a rede social Facebook em sala de aula; Phillips, Baird, e
Fogg (2008) escreveram sobre Facebook para educadores; Costa (2008), o uso do
Orkut como extensão da sala de aula; Vasconcelos (2010), o uso educacional do
Twitter; Lima (2011), um estudo sobre a rede social educacional REDU, dentre
outros.
Trein e Schlemmer (2009) enfatizam a importância da interação no processo
de aprendizagem. Ambientes virtuais de aprendizagem, comunidades virtuais, blogs,
wikis, sites de relacionamento, são espaços nos quais os sujeitos podem interagir e
construir conhecimento, desenvolvendo sua autonomia e tornando-se autores desse
processo. Na visão destes autores, o computador é visto como meio para o
desenvolvimento sócio-cognitivo-afetivo do sujeito.
1
A relação de todas as ferramentas pode ser acessada pelo site: <http://c4lpt.co.uk/top-tools/top-100-tools-forlearning-2011>.
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Ribeiro e Schons (2008) reforçam o valor da colaboração para construção do
conhecimento. Para os autores, o conhecimento é visto como uma construção
social, vinculada às relações pessoais. Assim, o processo de criação do
conhecimento depende da contribuição individual e da interação que ocorre dentro
de um dado grupo por meio de diálogos e debates. A partir de tais interações, novas
perspectivas são criadas, impulsionando os indivíduos a questionarem as premissas
existentes e a compreenderem suas experiências de uma nova forma.
Cruz (2008) esclarece que, com as novas tecnologias, surgiram novos
espaços de construção do conhecimento. Assim a escola deixou de ter o papel de
único transmissor de conhecimentos, e hoje, as exigências e possibilidades pessoais
de conhecimento extravasam os muros da escola, da cidade, do país. O autor
acredita que a integração das TIC‟s na educação se torna essencial e urgente para o
desenvolvimento integral da formação dos alunos que se exige hoje: alunos
preparados para o mercado de trabalho, em constante mudança e transformação,
que devem mostrar competências que não se limitam às áreas nas quais se
especializaram, mas que eles possam desenvolver um espírito aberto, flexível e
capaz de se adaptar para evoluir.
De acordo com Carvalho (2006), a web tem se tornado cada vez mais a fonte
de conteúdo para ensinar e para aprender. Além disso, escrever já não fica limitado
ao texto e integrar vários formatos tem-se tornado cada vez mais fácil. Um blogue
pode integrar um link para um sítio na Web, disponibilizar uma imagem, inserir um
vídeo do YouTube. Os recursos existentes online e as ferramentas de fácil
publicação da Web 2.0 constituem uma oportunidade para que professores e alunos
possam aprender colaborativamente, divulgando e compartilhando as suas
experiências e saberes.
A autora considera ainda que a Web passa a ser encarada como um
ambiente em que tudo está facilmente acessível e que publicar online deixa de exigir
a criação de páginas Web e de saber hospedá-las num servidor. A facilidade em
publicar conteúdos e em comentar as postagens fez com que as redes sociais se
desenvolvessem online. Postar e comentar passaram a ser duas realidades
complementares, que muito tem contribuído para desenvolver o espírito crítico e
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para aumentar o nível de interação social online2. O Orkut, o MySpace, o LinkedIn, o
Facebook, o Ning, entre outros, facilitam e, de certo modo, estimulam o processo de
interação social e de aprendizagem.
Além disso, Graells (apud Machado 2008) apresenta outras vantagens que o
uso das redes sociais é capaz de proporcionar aos alunos, são elas:

o aumento do interesse e da motivação dos alunos: O “mar” de
informações existente estimula a maior participação em grupos, o que
facilita também uma aprendizagem mais autônoma;

conteúdos editáveis mais colaborativos: A facilidade de edição de
conteúdos melhora as possibilidades de professores e estudantes
poderem elaborar materiais de maneira individual ou coletiva e que
possam compartilhá-los e submetê-los aos comentários dos mais variados
leitores;

espaços online mais acessíveis: Todos podem acessar, existe a facilidade
de armazenar, classificar e publicar/divulgar conteúdos textuais e
audiovisuais;

comunidades Virtuais de Aprendizagem são criadas de maneira mais fácil
e intuitiva;

desenvolvimento das Competências digitais: Os usuários são capazes de
converter as informações em conhecimento, refinando a seleção, a busca
e a transmissão das informações;

temas educacionais são colocados em discussão. O ambiente virtual
proporciona a reflexão sobre os recursos educacionais, a estrutura
escolar e outros assuntos.
Graells (2007) faz referência à finalidade do processo educacional, que é
proporcionar aos estudantes conhecimentos suficientes para que os mesmos
consigam desempenhar seu papel de cidadão na sociedade. Para isso, a escola
precisa utilizar metodologias que estimulem a interação entre os alunos, a
2 As redes sociais tiveram maior influência no crescimento da Web 2.0. Sites como Facebook, Orkut e Myspace
atraem milhares de pessoas devido à possibilidade de conectar pessoas com interesses comuns e interagir com
pessoas de todo o mundo. Além do fato dos usuários poderem interatuar nas comunidades virtuais, criar suas
próprias páginas web, personalizando seu perfil de acordo com suas preferências, postando notícias, vídeos e
fotos.
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integração social, o pensamento crítico, a capacidade de se comunicar, colaborar. O
autor ainda considera a aprendizagem como uma atividade social, onde o aluno
aprende não só na sala de aula, com o professor e com o livro, mas que também
acontece através dos meios de comunicação, com interação e colaboração entre
colegas e com a sociedade em geral.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante do exposto, não há dúvidas a respeito das inúmeras possibilidades
que a internet pode oferecer aos seus usuários. Relacionada à educação, a internet
vem ampliando as possibilidades de inovação e aprendizado. Hoje é possível
acessar e compartilhar todo tipo de conhecimento, sobre os mais variados temas.
Esse poder de compartilhamento foi ampliado com o incremento da Web 2.0.
As possibilidades cada vez maiores de comunicação, interação e colaboração
são fatores determinantes para o uso mais frequente das Tecnologias da Informação
na educação, estas por sua vez, são compostas por equipamentos, mídias e
métodos
que
agilizam
os
processos
de
comunicação,
distribuição
e
compartilhamento de informações. Dessa forma, os usuários de internet não estão
somente acessando informação, eles estão também criando e disponibilizando
conteúdo na web. Portanto, o uso das mídias sociais pode estimular a participação
dos alunos, atenuando o abandono escolar, tornando os estudantes participantes
principais no processo de aprendizagem.
Mas para além do estímulo é preciso buscar a melhoria da prática pedagógica
com relação às novas tecnologias que evoluem muito rápido na proliferação das
informações, softwares e serviços e às vezes a escola não alcança essa evolução.
Por isso o modelo educacional precisa passar por mudanças profundas onde as
Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC‟s) estejam cada vez mais presentes
no dia a dia das escolas.
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SOBRE OS AUTORES
Júlio César Cavalcante Bezerra
Universidade Estadual do Ceará (UECE).
E-mail: [email protected].
Sydneia de Oliveira Brito²
Universidade Estadual do Ceará (UECE).
E-mail: [email protected].
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