FACULDADE ASSIS GURGACZ – FAG

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FACULDADE ASSIS GURGACZ – FAG
LADISLAO WYCHOSKI BENFATTI
INSERÇÃO CLADÍSTICA DA ESPÉCIE Tatia jaracatia NO CLADOGRAMA
PROPOSTO POR Soares-Porto (1998).
CASCAVEL
2011
LADISLAO WYCHOSKI BENFATTI
INSERÇÃO CLADÍSTICA DA ESPÉCIE Tatia jaracatia NO CLADOGRAMA
PROPOSTO POR Soares-Porto (1998).
Trabalho de conclusão de curso, do 7°
período do curso de Ciências Biológicas
Bacharelado, da Faculdade Assis Gurgacz
– FAG.
Professora: Greicy Kiel
Professora orientadora: Karin Kristina
Pereira
CASCAVEL
2011
SUMÁRIO:
1- INTRODUÇÃO: ....................................................................................................................... 4
2- MATERIAIS E MÉTODOS: .................................................................................................... 6
3- RESULTADOS E DISCUSSÃO: ............................................................................................. 7
4- CONCLUSÃO: ....................................................................................................................... 11
5- REFERÊNCIAS: .................................................................................................................... 24
INSERÇÃO CLADÍSTICA DA ESPÉCIE Tatia jaracatia NO CLADOGRAMA
PROPOSTO POR Soares-Porto (1998).
Ladislao B. WYCHOSKI¹
Karin K. PEREIRA²
RESUMO:
O cladograma que descreve as características evolutivas dos Centromochlinae foi proposto em 1998 por
Soares-Porto, nesse cladograma o gênero Tatia foi enquadrado. Porem uma nova espécie de Tatia foi
descrita em 2009, por Pavanelli e Biffi, a Tatia jaracatia, um pequeno bagre endêmico da bacia do Rio
Iguaçu. Esse animal possui hábitos noturnos e vive em ambientes lênticos preferindo o substrato. Possui o
corpo com fundo marrom escuro e manchas claras. No presente trabalho são analisadas medidas
morfométricas para estabelecimento de padrão com os demais exemplares da mesma espécie e
identificação das características ósseo morfológicas que possibilitam a introdução da espécie T. jaracatia
no cladograma da sub-família.
Palavras-chaves: Centromochlinae, filogenia, características ósseo morfológicas.
1- INTRODUÇÃO:
Os representantes da subfamília Centromochlinae (Auchenipteridae), incluem
bagres de pequeno e médio porte (FERRARIS, 1988; SOARES-PORTO, 1998). Quatro
gêneros
são
reconhecidos
atualmente,
Centromochlus,
Tatia,
Glanidium
e
Gelanoglanis, ultrapassando 30 espécies (FERRARIS, 2007). A maioria das espécies de
Tatia, Glanidium e Centromochlus, foram enquadradas no cladograma evolutivo da
subfamília Centromochlinae por Soares-Porto em 1998. Esses peixes habitam
preferencialmente o substrato em ambientes lênticos, e são considerados animais de
hábitos noturnos (AGOSTINHO e GOMES, 1997).
Em 1911 Miranda-Ribeiro, propôs um novo gênero entre a subfamília
Centromochlinae: Tatia, que enquadraria três novas espécies de Auchenipteridae T.
caxiuanensis, T. meesi e T. nigra. Anos depois Soares-Porto (1998) propôs o
cladograma evolutivo das espécies da subfamilia Centromochlinae. E atualmente, a
espécie nativa da bacia do Iguaçu, Tatia jaracatia, foi descrita por PAVANELLI e BIFI
(2009), sendo o mais novo Auchenipteridae a ser reconhecido.
A bacia do Iguaçu se distingue pelo alto grau de endemismo na composição de
sua ictiofauna, sendo estimado que 75% de sua população seja endêmica,
principalmente pelo fato de sua foz ser as Cataratas do Iguaçu, barreira geográfica
imponente que impede a passagem dos peixes, isolando-os geograficamente da bacia à
jusante das cataratas (ZAWADZKI et al., 1999). Os representantes da família
Centromichlinae, na bacia do Baixo Iguaçu são os gêneros Glanidium e Tatia,
respectivamente com as espécies T. jaracatia e G. ribeiroi, ambos peixes endêmicos
dessa bacia (BAUMGARTNER et al., 2006).
Os indivíduos de T. jaracatia apresentam na sua coloração manchas grandes e
irregulares de cor clara sobre um fundo marrom escuro, ausência de faixa longitudinal,
nadadeira caudal com manchas arredondadas sob uma base clara e estrias marrons
escuras nos adultos, ou com coloração completamente negra na nadadeira caudal dos
mais jovens. Esses animais apresentam o processo umeral longo. Seu dimorfismo sexual
é marcado pela diferença entre as aberturas genitais e urinárias, proporções de tamanho
entre o lobo superior e inferior da nadadeira caudal e a presença de espinhos antrosos e
retrosos nos raios da nadadeira anal (PAVANELLI e BIFI, 2009).
As fêmeas e machos adultos apresentam as aberturas genitais e urinárias
separadas, porém próximas, perto da nadadeira anal. O que diferencia os machos é o
orifício genital que está quase encostado ao primeiro raio da nadadeira anal e a abertura
urinária está paralela à linha vertical, que inicia na ponta da nadadeira pélvica, estando
mais distantes um do outro nos machos, do que nas fêmeas (PAVANELLI e BIFI,
2009).
Recentemente Sarmento-Soares e colaboradores (2008), distinguiram uma
característica singular na estrutura ósseo entre os Centromochlinae, pois no gênero
Tatia foi diagnosticada que a hyomandibula é anterodorsalmente alongada e não entra
em contato com o metapterigóide e, em vez disso, está ligada ao quadrado trapezoidal.
A análise morfométrica possibilita a comparação com um padrão entre
exemplares já estudados por outros pesquisadores (PAVANELLI e BIFFI, 2009), e os
utilizados no presente trabalho, para que as diferenças ou semelhanças venham a ser
consideradas e as estruturas importantes na classificação sejam comprovadas.
Dessa forma o objetivo deste trabalho é analisar as características ósseo
morfológicas de T. jaracatia, comparando-as à de outras espécies para enquadrá-la na
chave cladística proposta por Soares-Porto (1998), encaixando a espécie em seu
respectivo táxon evolutivo, especificando a genealogia das mesmas. E também
contribuição com a produção de literaria sobre a espécie, pois esta encontra-se pouco
explorada cientificamente por ter sido recentemente descrita.
2- MATERIAIS E MÉTODOS:
Os materiais usados na análise serão depositados na coleção de peixes do
Museu de Ictiologia do Laboratório GETECH, da Universidade do Oeste do Paraná–
Toledo-PR. Os exemplares de Tatia jaracatia, foram cedidos ao estudo pelo mesmo
laboratório em que estão depositados. Para a realização da pesquisa, foram utilizados
dois exemplares adultos, um macho (nº de registro 26445) e uma fêmea (nº de registro
26446), que foram dissecados, retirando-se as vísceras. A partir disso foram aferidas as
estruturas morfométricas baseando-se nas análises de Pavanelli e Biffi (2009),
excluindo as medidas que são necessárias dissecações tecnicamente especificas. Sendo
as medidas aferidas o comprimento padrão, a altura do pedúnculo caudal (A),
comprimento da base da nadadeira anal (B), comprimento do acúleo da nadadeira dorsal
(C), comprimento da base da nadadeira dorsal (D), comprimento da cabeça (E),
comprimento do acúleo da nadadeira peitoral (F), distância pré-dorsal (G), distância
pré-anal (H), distância pré-peitoral (I), distância pré-pélvica (J), maior comprimento do
raio da nadadeira anal (K), maior comprimento do raio da nadadeira pélvica (L), origem
da nadadeira dorsal à origem da nadadeira peitoral (M), origem da nadadeira dorsal à
origem da nadadeira pélvica (N), origem da nadadeira peitoral à origem da nadadeira
pélvica (O), largura interorbital (P), diâmetro do olho (Q), distância entre narinas
anteriores (R) e comprimento do focinho (S), como é ilustrado na figura 1.
Ambos exemplares foram coletados em rios da bacia do Baixo Iguaçu,
município de Boa Vista da Aparecida, PR. Para a análise ósseo morfológica os
exemplares foram fixados por 24 horas em formol a 4%, transferidos para álcool a 70%
para, posteriormente, iniciar o processo de diafanização usando a enzima pancreatina. A
coloração óssea foi realizada com alizarina, como proposto por Taylor e Van Dyke
(1985).
Para nomenclatura das partes ósseas, teve-se como base o trabalho de SoaresPorto (1998). O registro fotográfico foi realizado utilizando microscópico estereoscópio
equipado com uma ocular micrométrica (LAMBDA LET-3) e câmera clara acoplada
(OLYMPUS SZX7). Em seguida, através das imagens, as estruturas foram analisadas
morfométricamente de acordo com o trabalho de Pavanelli e Biffi (2009), utilizando-se
o software DPS-BSW2.2.
As estruturas ósseas, correspondentes ao cladograma, proposto por SoaresPorto (1998) (Fig. 2), possibilita a classificação cladística da espécie, comparando as
estruturas responsáveis pelas ramificações no cladograma, com as estruturas das
imagens registradas, excluindo as características e ramificações desnecessárias.
2- RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Os resultados aferidos nas análises morfométricas estão descriminados na tabela
1 e 2, em milímetros e proporção percentual em relação ao comprimento padrão ou
comprimento da cabeça. No caso do exemplar macho 26445, foi demonstrado que
apenas as características comprimento do acúleo da nadadeira dorsal (C), comprimento
da cabeça (E), distância pré-pélvica (J) e origem da nadadeira dorsal à origem da
nadadeira pélvica (N), largura interorbital (P), diâmetro do olho (Q), obedeceram à
porcentagem equivalente aos indivíduos descritos por Pavanelli e Biffi (2009). As
outras medidas variaram, para menos ou para mais, como por exemplo, a diferença no
comprimento do focinho (S) que, em T. jaracatia (26445), é 11,6% maior do que nos
analisados por Pavanelli e Biffi (2009).
No exemplar 26446 as respectivas medidas morfométricas, altura do pedúnculo
caudal (A), comprimento do acúleo da nadadeira dorsal (C), comprimento do acúleo da
nadadeira peitoral (F), distância pré-peitoral (I), diâmetro do olho (Q), distância entre
narinas anteriores (R), obtiveram resultados enquadrados nos padrões descritos por
Pavanelli e Biffi (2009). As medidas não relacionadas, não se encaixaram conforme o
padrão como por exemplo, a distância pré-dorsal (G) que se apresenta 9,2% maior que
as medidas encontradas por Pavanelli e Biffi (2009).
O cladograma proposto por Soares-Porto (1998) distingue as espécies T. gyrina
e T. creutzberg, das demais espécies pelo ramo 6, que é caracterizado por apresentar a
margem rostral do mesentemóide achatada e em linha reta. O mesentemóide
compreende cerca de 15% do comprimento da cabeça, com uma margem rostral
achatada e em linha reta. A linha dos dentes do pré-maxilar é reta e sua largura é
correspondente a, aproximadamente, 13% do seu comprimento e apresenta 2–3 linhas
de dentes. Devido à presença do pequeno mesentemóide a mandíbula é ligeiramente
protusa como mostra a figura 3-A.
Essa característica não equivale à encontrada nos exemplares de T. jaracatia,
deste trabalho, pois a face rostral do mesentemoide encontra-se curvada convexamente e
seu tamanho, se comparado com o comprimento da cabeça, representa 15 a 18% do
tamanho total (Fig. 4).
Ainda no mesmo ramo taxonômico sobressaem-se as características da papila
urogenital do exemplar macho adulto, que é localizada na base da nadadeira anal
formando um tubo urogenital alongado e proeminente. A base da papila urogenital é
mais arredondada do que normalmente se observa nos Centromochlinae. O tubo
urogenital é alongado e emergente, facilmente visualiz
ado externamente como é
indicado na figura 5.
Nos exemplares de T. jaracatia aferidos, não há existência de um tubo
urogenital alongado externamente. Seu tubo urogenital é simples não sendo possível a
visualização externa (Fig. 6).
Portanto, exclui-se a possibilidade de que essa
ramificação acomode a classificação cladística da espécie em questão.
O ramo 7 do cladograma indica que os indivíduos apresentam o osso nasal
parcialmente suturado com o mesentemóide, possuindo uma expansão que forma um
processo lateral que se projeta do centro da ossificação. A margem lateral do osso nasal
encontra-se suturada com o mesentemóide, como é mostrado na figura 7, característica
facilmente visualizada nos espécimes de T. jaracatia a
nalisados (Fig. 8).
Posteriormente o mesmo ramo evolutivo possui a característica do lobo
superior da nadadeira caudal ser de 30 a 40% maior que o lobo inferior nos machos
sexualmente dimórficos (Fig. 9) e, na espécie em questão, encontrou-se um aumento de
apenas 17% (Fig. 10).
A linha evolutiva dessas espécies apresenta também a nadadeira anal
modificada, com espículas retrosas ao longo da margem anterior do primeiro raio da
nadadeira anal, como é ilustrado na figura 11. As espículas retrosas também estão
presentes em T. jaracatia segundo Pavanelli e Biffi (2009), porém não puderam ser
observadas no presente estudo, pois o primeiro e o segundo raio das nadadeiras se
encontravam danificados, como se pode observar na figura 12.
Conforme discutido acima os
exemplares
analisados
apresentam
as
características que estão presentes no ramo 7 do cladograma proposto por Soares-Porto
(1998), portanto encaixam-se nesta ramificação. Seguindo por essa linha evolutiva
encontra-se as ramificações que levam aos ramos 8 e 9 do cladograma.
O ramo 8, aponta as características de Tatia strigata, salientando que o
processo lateral da terceira placa nucal, é recurvado rostro medialmente, sendo bem
desenvolvido e dorsalmente estendido, fechado na margem do supracleitrum como
ilustrado, anteriormente, na figura 7. Na figura 8, pode-se observar o supracleitrum do
exemplar 26445, que apresenta o processo lateral da terceira placa nucal bem
desenvolvido, mas apresentando pouca curvatura rostro medialmente e maior extensão
dorsal, tendo sua parte posterior finalizada em desacordo com a linha do supracleitrum.
Portanto a espécie T. jaracatia, não se enquadra com os caracteres presentes em
exemplares da ramificação 8 do cladograma.
Na nona ramificação cladística do gênero, a característica marcante é a
presença do supracleitrum bem desenvolvido, correspondendo a cerca de 40 a 50% do
comprimento da cabeça. Nas demais espécies de Centromochlinae, o supracleitrum é
menor do que 40% em relação ao crânio como pode ser observado na figura 6. Nos
exemplares analisados no presente trabalho o supracleitrum corresponde a 40,7% do
comprimento da cabeça (Fig. 13), assemelhando-se a característica anteriormente
discutida.
Outro fator correspondente ao nono ramo do cladograma, e que os exemplares
de T. jaracatia analisados também apresentam são as espículas antrosas na margem
anterior do terceiro raio da nadadeira anal (Fig. 11), como ilustrado na figura 12. Outra
espécie que compartilha essa característica é a Tatia aulopygia, nativa da bacia do Rio
Amazonas (KNER, 1858).
O ramo 10 possui duas espécies, Tatia neivai e Tatia boemia, ambos
compartilham a semelhante característica que os enquadra cladisticamente, pois não
possuem costelas na décima vértebra pré-caudal, apresentando apenas um processo
transverso, como ilustrado na figura 14, já na 15, pode-se observar que os exemplares
analisados, no presente trabalho, apresentam costelas normais na décima vértebra précaudal, portanto a T. jaracatia não é herdeira das características que enquadram as
espécies no ramo 10.
Os espécimes do último ramo são T. bruenea e T. intermedia. Ambas
enquadram-se cladísticamente no ramo 11 e compartilham a característica do processo
lateral da terceira placa nucal, recurvado rostro medialmente. Este, bem desenvolvido,
curvado medialmente e dorsalmente extendido, fechado na margem do supracleitrum
semelhantes ao ramo 8, mas possuem a nadadeira peitoral pigmentada, com barras
transversais claras e escuras verticalmente. Como pode se observar na figura 16, os
exemplares de T. jaracatia possuem a nadadeira peitoral quase que completamente
despigmentados, portanto, devido diferença nas duas características encontradas no
ramo 11, a espécie T. jaracatia, não possui analogia para se enquadrar nesse ramo.
4- CONCLUSÃO:
A análise morfométrica dos exemplares apresentarou 33% de semelhança entre
as medidas aferidas nos indivíduos 26445 e 26446, se comparados ao trabalho de
Pavanelli e Biffi (2009) em que descreve a espécie. Portanto 77% das medidas não se
assemelham, levando ao entendimento de que, provavelmente, as escalas do software
utilizado possam ter sido aferidas erroneamente. Fato que implica na necessidade de
novo levantamento morfométrico, para que o presente estudo tenha seus dados mais
concretos assegurando assim os resultados obtidos.
Com relação à análise cladística, pode-se assegurar que a espécie T. jaracatia,
possui as características dos ramos 7 e 9 respectivamente, tendo portanto como
característica, para enquadramento taxonômico no cladograma do gênero, a face rostral
do mesentemóide, curvada convexamente, com o tamanho comparado ao crânio de 15
á 18%, ausência do tubo urogenital externamente prolongado, nadadeira anal com
espinhos retrosos no primeiro raio, e antrosos no terceiro raio, processo lateral da
terceira placa nucal com pouca curvatura rostro medialmente, tendo maior extensão
dorsal, e sua parte posterior finaliza em desacordo com a linha do supracleitrum. A
décima vértebra pré-caudal possui costela normal e o acúleo da nadadeira peitoral não
possui pigmentação. Tais características estão melhores ilustradas na tabela 03, e são
responsáveis por enquadrar taxonomicamente a espécie Tatia jaracatia, ao lado de
Tatia aulopygia. As características levantadas pelo presente trabalho definem a inserção
da espécie no cladograma proposto para o gênero por Soares-Porto (1998), ilustrado na
figura 17.
Tabela01) Dados morfométricos do individuo 26445 e padrão PAVANELLI e BIFFI (2009).
Exemplar
Escala
Comprimento padrão
26445
Mm
55
Medida
PAVANELLI e BIFFI (2009)
%
%
Percentual a partir
do Comprimento padrão.
A
B
C
D
E
F
G
H
I
J
K
L
M
N
O
11,9
5,3
9,9
9,3
21,63
9,63
18
16,9
11,3
20,54
15,4
12,3
39,3
7,6
27,6
6,8
16,1
9,4
17,3
25,9
28
22,36
71,45
13,81
50,18
12,36
29,27
17,09
31,45
47,09
Medida
13,2-16,8
3,9-5,4
12,0-18,6
8,3-11,2
21,2-26,3
15,6-25,0
28,8-33,7
73,8-84,5
18,8-24,5
49,5-60,3
6,9-9,3
11,9-16,2
20,8-26,9
30,3-40,6
33,1-41,7
Percentual a partir do
Comprimento da cabeça.
P
8
62,5
54,0-62,0
Q
3,2
25
18,9-25,8
R
4,7
36,71
28,9-34,2
S
2,1
18,6
30,2-36,6
Tabela02: Dados morfométricos do individuo 26446 e padrão PAVANELLI e BIFFI (2009).
Exemplar
Escala
Comprimento padrão
26446
Mm
45
Medida
PAVANELLI e BIFFI(2009)
%
%
Percentual a partir do
Comprimento padrão.
A
6,4
14,22
13,2-16,8
B
7,5
16,66
3,9-5,4
C
5,6
12,44
12,0-18,6
D
6,2
13,77
8,3-11,2
E
13,1
29,11
21,2-26,3
F
10,6
23,55
15,6-25,0
G
8,8
19,55
28,8-33,7
H
30,4
67,55
69,6-74,1
I
8,8
19,55
18,8-24,5
J
31
68,88
49,5-60,3
K
6,8
15,11
6,9-9,3
L
4,5
10
11,9-16,2
M
8,1
18
20,8-26,9
N
19,6
43,55
30,3-40,6
O
23,5
52,22
33,1-41,7
Medida
Percentual a partir do
Comprimento da cabeça.
P
Q
R
S
6,3
66,31
54,0-62,0
2
21,5
18,9-25,8
3,3
34,73
28,9-34,2
2,1
16,03
30,2-36,6
Tabela03) Caracteristicas para enquadramento cladistico de T. jaracatia.
RAMO
Caracteristicas
Tatia jaracatia
Margem rostral do
mesentemóide achatada e em
linha reta.
Não apresentam
15% do comprimento da
cabeça.
Não apresentam
6
Mandibula ligeiramente
protusa.
Não apresentam
Papila urogenital externamente
alongada.
Não apresentam
Osso nasal suturado
parcialmente na margem lateral
do mesentemóid.
Apresentam
Lobo superior da nadadeira
caudal maior do que o inferior.
Apresentam
7
8
9
10
Nadadeira anal com espiculas
retrosas na margem anterior do
primeiro raio da nadadeira anal.
Processo lateral da terceira
placa nucal recurvado rostro
medialmente, bem desenvolvido
e estendido dorsalmente.
Não apresentam
Supracleitrum com 40 – 50%
comparado ao tamanho da
cabeça.
Apresentam
Espículas antrosas na margem
anterior do terceiro raio da
nadadeira anal
Apresentam
Ausencia de costelas na decima
vertebra pré-caudal.
Processo lateral da terceira
placa nucal recurvado rostro
medialmente, bem desenvolvido
e estendido dorsalmente.
11
Apresentam
Nadadeira peitoral com
pigmentação em barras
transversais claras e escuras.
Não apresentam
Não apresentam
Não apresentam
Figura 1) Medidas morfométricas, altura do pedúnculo caudal (A), comprimento da
base da nadadeira anal (B), comprimento do acúleo da nadadeira dorsal (C),
comprimento da base da nadadeira dorsal (D), comprimento da cabeça (E),
comprimento do acúleo da nadadeira peitoral (F), distância pré-dorsal (G), distância
pré-anal (H), distância pré-peitoral (I), distância pré-pélvica (J), maior comprimento do
raio da nadadeira anal (K), maior comprimento do raio da nadadeira pélvica (L),
origem da nadadeira dorsal à origem da nadadeira peitoral (M), origem da nadadeira
dorsal à origem da nadadeira pélvica (N), origem da nadadeira peitoral à origem da
nadadeira pélvica (O), largura interorbital (P), diâmetro do olho (Q), distância entre
narinas anteriores (R) e comprimento do focinho (S).
Figura 2) Cladograma da sub-família Centromochlinae (Soares-Porto, 1998). Os ramos
do cladograma utilizados no estudo são 6, 7, 8, 9, 10 e 11, referentes ao Gênero Tatia.
Figura 3)Vista lateral do crânio. Diferença morfológica, e o tamanho do mesentemóide
(marcado em escuro) de: A- Tatia creutzbergi; B- Tatia intermedia. Fonte: SoaresPorto (1989).
Figura 4) Visão da lateral esquerda do crânio de T. jaracatia (26445). Face rostral do
mesentemóide curvada convexamente.
Figura 5) Vista da lateral esquerda da nadadeira anal de um macho adulto. As letras UG
representam o tubo urogenital alongado e emergente. Fonte: Soares-Porto (1998).
Figura 6) Nadadeira anal de um macho adulto, T. jaracatia, (26445). Tubo urogenital
simples.
Figura 7) Visão dorsal do crânio. ME- mesentemóide; N- osso nasal; SU- supracleitum;
NP1,2,3- placa nucal. Fonte: Soares-Porto (1998).
Figura 8) Visão dorsal do crânio.Ilustrando o osso nasal fundido ao mesentemóide (em
amarelo) e o processo da terceira placa nucal levemente curvado e dorsalmente
estendido (em vermelho).
Figura 9). Vista da lateral esquerda da porção posterior do corpo de Tatia intermedia,
dimorfismo sexual das nadadeiras anal e caudal. O tamanho do lobo superior da
nadadeira caudal é de 30 a 40% maior do que o lobo inferior em machos adultos. (Amacho e B- femea). Fonte: Pavanelli e Biffi (1998).
Figura 10) Nadadeira caudal de macho maduro. Pode-se visualizar o ligeiro aumento do
lobo superior da nadeira. A linha acima corresponde ao lobo superior da nadadeira
caudal, em quanto a linha de baixo corresponde ao lobo inferior da nadadeira caudal.
Figura 11) Vista lateral esquerda da nadadeira anal de um macho adulto, indicando as
espículas antrosas e retrosas. NA- espículas antrosas. RE- espículas retrosas. Fonte:
Soares-Porto (1998).
Figura 12) Nadadeira anal do macho. Ausência de parte dos dois primeiros raios. E
presença de espinhos antrosos no terceiro raio Fonte: Wychoski (2011).
Figura 13) A linha acima representa o tamanho do crânio, e a baixo representa o
tamanho do Supracleitrum. Fonte Wychoski (2011).
Figura 14) VE- vértebras; R- costelas; V- processo transverso. Fonte: Soares-Porto
(1998).
Figura 15) Presença da costela na décima vértebra pré-caudal. Fonte: Wychoski (2011).
Figura 16) Nadadeira peitoral do exemplar 26445. Fonte: Wychoski (2011).
Figura 17) Cladograma, com inserção da espécie T. jaracatiá, sendo:A- Tatia gyrina,
B- Tatia creutzbergi, C- Tatia strigata, D- Tatia jaracatia, E- Tatia aulopygia, F- Tatia
neivai, G- Tatia boemia, H- Tatia brunea, I- Tatia intermedia. Fonte: Wychoski (2011).
5 – REFERÊNCIAS:
AGOSTINHO A. A. E GOMES L. C. 1997. Reservatório de segredo: bases ecológicas
para manejo. EDUEM, Maringá 387p.
BAUMGARTNER, D. et al. 2006, LISTS OF SPECIES - Fish, Salto Osório Reservoir,
Iguaçu River basin, Paraná State, Brazil Check List 2(1) ISSN: 1809-127X.
FERRARIS, C. J., Jr. 1988. The Auchenipteridae: Putative monophyly and systematics,
with a classification of the neotropical doradoid catfishes (Ostariophysi: Siluriformes).
Unpublished doctoral dissertation, The City University of New York. 229p.
FERRARIS, C. J., Jr. 2007. Checklist of catfishes, recent and fossil (Osteichthyes:
Siluriformes), and catalogue of siluriform primary types. Zootaxa, 1418: 1-628.
KNER, R. 1858. Ichthyologische beiträge. Sitzunberische der Akademie Wissenchaften
in Wien, Mathem.-Naturw. Cl., 26:373-448.
MIRANDA RIBEIRO, A. 1911. Fauna brasiliense. Peixes. Tomo IV (A)
[Eleutherobranchios Aspirophoros]. Arquivos do Museu Nacional do Rio de Janeiro,
16: 1-504.
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