Fichamento Unidade I A filosofia é antes de mais nada, em primeiro lugar e acima de tudo uma arma, uma ferramenta, um instrumento de ação com a ajuda da qual o homem conhece a natureza e busca o conforto físico e espiritual para a vida. A filosofia é o modo de pensar os acontecimentos além de suas aparências, podendo pensar a ciência, seus valores, seus métodos e seus mitos. Podendo pensar a religião, a arte e o próprio homem em sua vida cotidiana, incluindo sua própria educação. No início (século VI a.C.), o filósofo procurava responder não só ao porque das coisas, mas também como, ao funcionamento, por isso a filosofia englobava também o conhecimento cientifico além da indagação filosófica propriamente dita. Segundo Dermeval Saviani (1983:24), o pensamento filosófico deve ser: Radical (deve ir a origem dos problemas), rigoroso(deve seguir um método adequado) e de conjunto (deve se preocupar com o todo) Os principais períodos da filosofia: Antiga (Séc. VI a.C. à VI d.C.), Filosofia Patrística (I ao VII d.C.), Filosofia Medieval (VIII ao XIV), Filosofia da Renascença (XIV ao XVI), Filosofia Moderna (XVII ao Meados do XVIII), Filosofia da Ilustração (Meados do XVIII ao Começo do XIX), Filosofia Contemporânea (Meados do XIX até nossos dias). Os primeiros filósofos gregos são também chamados “filósofos da natureza” porque suas reflexões estavam centradas na natureza e nos processos naturais. Com Sócrates surge o interesse pelo ser humano e suas virtudes, aos quais são identificadas como: Bondade, Justiça, temperança, coragem, etc. O método Socrático era composto de duas etapas: Ironia (consistia em destruir as opiniões do senso comum e o conhecimento espontâneo baseado em preconceitos e esteriótipos através de perguntas feitas a um interloctor, exigindo que este responda justificando este ponto de vista), Maiêutica (consistia em construir novos conceitos baseados em argumentação racional) Platão interessava-se pela relação entre aquilo que é eterno e imutável na natureza, na moral, na sociedade e aquilo que “flui” Para Aristóteles o ser é constituído de matéria e forma em potência a serem atualizadas, tem uma natureza essencial que se realiza aos poucos até alcançar um pleno desenvolvimento. A filosofia Patrística é a filosofia dos primeiros padres da igreja. Inicia-se com as Epistolas de São Paulo. A filosofia Medieval recebeu este nome por ser intermediaria entre duas outras épocas: a antiguidade e o renascimento. A filosofia medieval passou a ser ensinada nas escolas, a partir do Século XII, por isso recebeu o nome de escolástica. O maior e mais importante filósofo da Idade Média foi São Tomás de Aquino, era um teólogo. Naquela época não havia nítida distinção entre filosofia e teologia. A filosofia da renascença é marcada pela descoberta de obras de Platão desconhecidas na Idade Média e de novas obras de Aristóteles, bem como pela recuperação das obras dos grandes autores e artistas gregos e romanos. As quatro grandes linhas de pensamento que dominavam o pensamento da renascença eram: - A idéia de que a natureza é um grande ser vivo e de que o homem faz parte dessa natureza como um microcosmo. - A idéia que valorizava a vida ativa, a política e defendia os ideais republicanos das cidades contra o poder hierárquico da igreja, o império eclesiático, o poderio dos papas e dos imperadores. - A idéia que defendia o ideal do homem como artífice do seu próprio destino. - A certeza de que era possível constituir um conhecimento novo, cientifico, baseado na indução e não mais na dedução ou autoridade experimental e que possibilita uma cosmovisão. A filosofia moderna é a época do grande racionalismo clássico. Na época da filosofia moderna nasce a idéia de conquista cientifica e técnica da realidade a partir da explicação mecânica e matemática do universo e da invenção das máquinas. A filosofia da ilustração enfatiza a primeira razão. O nome ilusionismo vem de luzes (nome dado a razão). No período do ilusionismo há grande interesse pela Biologia, pela economia e pelas artes, que são consideradas símbolo do grau de progresso de uma civilização. A filosofia contemporânea possui diversas correntes, que servirão de base para futuras investigações como: Crítica da ciência, positivismo, neopositivismo e Filosofia analítica, Pragmatismo, Filosofia da Existência, Fenomenologia, Existencialismo, Marxismo, Estruturalismo, Filósofos Independentes e Escola de Madri. Unidades II e III O valor caracteriza a pessoa é o fato de ela ser um ente que valora. O homem é único ser que faz sua vida desenrolar-se, essencialmente, no mundo cultura, o qual é,em última análise, o próprio mundo dos valores. Axiologia vem do grego axios: digno de ser estimado, e logos ciência, teoria. Designa a filosofia dos valores. A deontologia é a ciência do que é justo e conveniente que o homem faça, do valor a que visa e do dever ou norma que dirige o comportamento humano. Origem e procedência do valor (mitológica, antigo, medieval, moderno) Corte de paradigma separa a moral da religião e gera uma cosmo visão antropocêntrica. A obrigatoriedade moral inclui a liberdade da escolha e de ação do sujeito, e este deve aceitar como fundamentada e justificada a mesma obrigatoriedade. Estética etimologicamente, vem do grego aisthesis, com o significado de faculdade de sentir, compreensão pelos sentidos, percepção totalizante. Teorias que fundamentam as concepções do homem: teorias dualistas (Idealismo, platônico – Platão, Agostiniano – Santo Agostinho, Cartesiano – Descartes, Realismo, Aristotélico – Aristóteles, Marxismo – Karl Max) e teorias unicistas (Visão Unicista, fenomenologia – Edmund Husserl, Existencialismo – Sartre) O existencialismo é uma filosofia de protesto, seus partidários não são muito preocupados com a metodologia e a exposição sistemática. O holismo é uma tendência que sintetiza unidades em totalidades organizadas na qual o homem é um todo indivisível, não podendo ser explicado pelos seus distintos componentes (físico, psicológico ou psíquico) considerados separadamente. Tudo é interdependente. Tudo se interliga e se inter relaciona de forma global. A visão holística procura romper com toda espécie de reducionismo: o científico, o somático, o religioso, o niilista, o materialista ou substancialista, o racionalista, o mecanicista e o antropocêntrico, entre outros. A holologia refere-se ao enfoque especulativos e experimental da holística. A holologia desenvolve as funções psíquicas do pensamento e sensação. A holopráxis abrange o conjunto dos métodos e experiências de vivencia direta do real pelo ser humano além de qualquer conceito, representando o caminho vivencial para a experiência holística da natureza transpessoal. A holopráxis desenvolve as funções psíquicas do sentimento e da intuição.