projeto de pesquisa- iniciação científica – fapesp

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Maquete Tátil e DOSVOX – Os desafios da Construção de um Sistema que aprimore
a transmissão do conhecimento para alunos cegos e de baixa visão
Autores: Prof.ª Dr.ª Maria Isabel C. De Freitas1; Prof. Msc. Jose Antonio Dos Santos
Borges2; Sílvia Elena Ventorini3; Prof. Msc. Diogo FujioTakano4; Adriana Rosane5
Dep. de Planejamento Territorial e Geoprocessamento – IGCE – UNESP – Rio Claro – SP
Caixa Postal 178 – Rio Claro – SP CEP 13506-900 [email protected]
Núcleo de Computação Eletrônica – UFRJ – Rio de Janeiro – RJ [email protected]
Palavras-chaves: cartografia tátil, DOSVOX, maquete tátil, cegos, alunos com baixa visão
- Apresentação Oral –
Não é recente a linha de pesquisa na Cartografia que se dedica à geração de material
didático voltado para cegos e alunos de baixa visão. No Brasil, dentre os exemplos mais
significativos, é imprescindível destacar o trabalho de Vasconcellos (1993) que
desenvolveu em sua tese de doutorado todo um arcabouço teórico e estudo de caso que se
tornou uma referência aos pesquisadores brasileiros que se dedicam ao desenvolvimento de
material didático tátil. Entende-se por Cartografia Tátil a área específica da Cartografia
dedicada ao desenvolvimento metodológico; à produção de material didático tátil para a
transmissão de conceitos geográficos, do meio ambiente e da vida em sociedade; bem como
a sua aplicação prática em aulas para alunos cegos e de baixa visão.
Usualmente, fazem parte deste tipo de material didático as maquetes táteis e os
mapas táteis que, na maioria dos casos, são construídos de maneira convencional, que não
explora outros canais de comunicação a não ser o tátil (através do toque do aluno e do
professor no material didático) e oral (através das orientações transmitidas pelo professor
ao aluno). Mundialmente, os avanços tecnológicos estão transformando a Cartografia Tátil
desde a coleta de dados até a arte final e a reprodução de mapas. Tais técnicas já
disponíveis e consagradas fazem uso de material sofisticado e, portanto, de alto custo.
O objetivo deste artigo é divulgar experiência realizada integrando o sistema
DOSVOX e maquete tátil de setor da cidade de Araras – SP, de forma a ampliar a
percepção do aluno cego e de baixa visão que agora conta com o tato e com os sinais
sonoros utilizados na transmissão de informações relativas à área representada pela
maquete. Uma rede de circuitos eletro-eletrônicos conectados ao sistema de síntese de voz
DOSVOX (Borges, 2000) permite que o aluno, ao tatear a maquete, encontre algumas
chaves que emitem informações sobre objetos de interesse. Objetiva-se, também, utilizar
material de baixo custo, que facilite a disseminação da linguagem tátil no tratamento e
comunicação da informação geográfica.
Professora de Cartografia – Dep. Planejamento Territorial e Geoprocessamento – IGCE – UNESP – São
Paulo – SP [email protected]
2
Professor do Núcleo de Computação Eletrônica da UFRJ – Rio de Janeiro – RJ – [email protected]
3
Aluna do Curso de Geografia – IGCE/UNESP e Bolsista de Iniciação Científica da FAPESP –
[email protected]
4
Professor do Núcleo de Computação Eletrônica da UFRJ – Rio de Janeiro – RJ – [email protected]
5
Aluna do Curso de Geografia – IGCE/UNESP e Bolsista de Extensão da PROEX/UNESP
[email protected]
1
O DOSVOX e´ um sistema de síntese de voz, em português, desenvolvido pelo
Núcleo de Computação Eletrônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que
facilita o acesso de deficientes visuais a computadores, garantindo a independência e
motivando aqueles que necessitam estudar e trabalhar com computador ou,
simplesmente, interagir com outras pessoas.
A interação do aluno com a maquete é feita através dos sensores que ativam
funções num software específico. Diversos atributos de cada ponto podem ser
armazenados numa base de dados para serem utilizados em diversas atividades,
controladas por um programa. Esse armazenamento permite o acesso a informações
multimídia, como textos, sons, vídeo, etc. As funções implementadas na primeira
versão do software incluem a leitura das características relativas ao lugar pressionado na
maquete em síntese de voz ou som gravado, desafios de localização de posições
geográficas e jogos didáticos envolvendo conceitos de distância geográfica ou
similaridade de atributos.
A matriz de sensores da maquete foi montada na UFRJ através de circuito
específico de baixo custo. Este sistema desenvolvido e adaptado nas dependências do
Núcleo de Computação Eletrônica - UFRJ através da equipe do projeto da UNESP e da
equipe do projeto do Núcleo de Computação Eletrônica da UFRJ.
Para avaliar a qualidade do conjunto gerado são realizadas aulas práticas
com alunos portadores de deficiência visual das quais decorrem novas adaptações da
maquete e sistema DOSVOX. O resultado final indica a importância da geração deste
tipo de material didático tátil na integração dos alunos portadores de deficiência visual,
que freqüenta classes de recurso da EMIEE com aqueles das escolas regulares,
ampliando sua socialização e seu conhecimento sobre o espaço geográfico.
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