Aula Nº 8 – Gerenciamento do risco em projetos

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Anotações do Aluno
Aula Nº 8 – Gerenciamento do
risco em projetos
Objetivos da Aula:
Os objetivos desta aula visam reconhecer que os projetos envolvem
incertezas, e, por isso, apresentam riscos. Para tal, será apresentado
um método eficaz de tratamento dos riscos que aumenta as chances de
alcance dos objetivos do projeto. Por último, pretende-se demonstrar como
é possível identificar, analisar qualitativa e quantitativamente, bem como
desenvolver planos de resposta aos riscos decorrentes de projetos.
O gerenciamento do risco é atividade essencial e ocupa cada vez mais o
tempo da agenda dos administradores de projetos.
Esta atividade de gerenciamento trata, fundamentalmente, de se tomar
as melhores decisões em caso da ocorrência de situações indesejadas no
projeto.
A maioria das pessoas tem um entendimento intuitivo do que significa risco,
e as definições podem variar de pessoa para pessoa. Da mesma forma, os
autores que tratam do tema podem ter conceitos que diferem no modo
de se conceber um projeto, mas, contudo, conservando a sua principal
essência.
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Introdução
Aula Nº 8 – Gerenciamento do risco em projetos
Ao final desta aula, você deverá estar apto a identificar eventuais riscos
durante o gerenciamento de projetos, sabendo como analisar qualitativa
e quantitativamente vários planos de resposta à ocorrência de possíveis
riscos.
99
Anotações do Aluno
1. Definição de risco em projetos
Podemos começar, definindo Risco como qualquer evento que tem
potencial para afetar negativamente o projeto e dificultar a entrega dos
produtos e serviços contratados. Diferentemente, uma oportunidade é um
risco positivo uma vez que tem potencial para alavancar o projeto e melhorar
seu desempenho. Deste conceito, concluímos que existem riscos positivos
e riscos negativos. O administrador do projeto deverá permanecer atento
a todas estas situações, tirando proveito das oportunidades e evitando ou
reduzindo os efeitos dos riscos negativos.
O Risco em projetos tem basicamente três componentes:
• Um evento;
• A probabilidade de ocorrência do evento;
• O impacto do evento.
Este processo se refere a eventos futuros, cujas exatas conseqüências são
desconhecidas, e visam lidar com estas incertezas de maneira pró-ativa.
Exatamente por ser pró-ativo em sua natureza, o gerenciamento do risco
difere-se fundamentalmente do gerenciamento de crise ou de problema,
o qual é reativo e requer uso intensivo de recursos, normalmente restrito a
um conjunto limitado de opções disponíveis. Esta situação de escassez de
alternativas se deve ao fato de que, tipicamente, as opções de solução de
problemas se reduzem, quando temos pouco tempo para resolvê-las, o que
é justamente a situação enfrentada pelo administrador do projeto, quando
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O processo sistemático de gerenciamento do risco é fundamental para o
sucesso do projeto, pois assegura com que todos os riscos identificados
sejam documentados, analisados, e que respostas às exposições de risco
sejam encontradas, de maneira consistente para alcançar os objetivos do
projeto.
Aula Nº 8 – Gerenciamento do risco em projetos
2. Gerenciamento do Risco
100
Anotações do Aluno
ocorrem fatos indesejados.
Os impactos negativos que estas opções de última hora causam no custo,
no cronograma ou no desempenho, são maiores do que se elas fossem
identificadas e tratadas com a devida antecedência.
A gestão do risco é conduzida inicialmente como parte da análise de
viabilidade do projeto e documentada na proposta ou na análise de
custo/benefício, pois nestes documentos estão definidos os objetivos do
projeto. Esta análise é também conduzida durante todo o projeto para se
assegurar com que as mudanças nas circunstâncias sejam acompanhadas
e controladas.
Se você souber com antecedência quais são seus riscos em potencial, com
freqüência conseguirá mitigá-los, ou até evitá-los por completo.
• Project charter;
• Políticas de gerenciamento de riscos da organização - Algumas
organizações podem ter abordagens definidas para analisar e
responder aos riscos que têm de ser customizados em detrimento
de um projeto particular.
• Funções e responsabilidades definidas – São funções e
responsabilidades predefïnidas com níveis de autoridade para a
tomada de decisões que influenciarão no planejamento.
• Tolerância a riscos pelas partes envolvidas - Diferentes organizações
e diferentes indivíduos têm diferentes tolerâncias a risco. Isto pode
ser expresso nas declarações de políticas ou revelado em ações.
• Padrões para planejamento do gerenciamento de risco da
organização. Algumas organizações têm desenvolvido padrões
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Eis os itens necessários para se elaborar adequadamente um plano de
gerenciamento de riscos:
Aula Nº 8 – Gerenciamento do risco em projetos
2.1 O que usamos para elaborar o plano de gerenciamento dos
riscos
101
Anotações do Aluno
de uso para as equipes de projeto. Uma organização aprimorará
continuamente o padrão baseando-se na sua aplicação e utilidade
no projeto.
2.2. Técnica aplicada - Reuniões de planejamento
Equipes de projeto mantêm reuniões de planejamento para desenvolver o
plano de gerência do risco. Estas reuniões podem fazer parte das reuniões
normais de acompanhamento do projeto ou serem específicas para
tratar dos riscos, dependendo do grau de complexidade e dos problemas
encontrados durante a execução do projeto.
Os participantes são, além do gerente do projeto e integrantes da equipe,
quaisquer pessoas que tenham contribuições para uma correta análise e
tomada de decisão em relação aos riscos do projeto.
• O processo que será usado para identificar, analisar e controlar os
riscos durante todo o ciclo de vida do projeto;
• Com que freqüência, os riscos serão revistos, o processo será
incorporado para a revisão, e quem estará envolvido;
• Quem será responsável em quais aspectos da gerência de risco;
• Como o status do risco será relatado e a quem.
2.4 Metodologia para a elaboração do Plano de Respostas aos
riscos
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O procedimento de gerenciamento dos riscos é o documento que explica
como os riscos serão identificados e tratados, bem como serão feitos
o monitoramento e o controle durante o ciclo de vida do projeto. Este
documento descreverá:
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2.3. Procedimento de gerenciamento de riscos
102
Anotações do Aluno
Vamos analisar individualmente cada um destes passos nas seções
seguintes.
3. Identificação
O processo de Identificação dos Riscos visa identificar todos os riscos capazes
de afetar o projeto, documentá-los com todas as suas características próprias.
Trata-se, portanto, de um processo iterativo, que passa por constantes
revisões. Neste processo, você pode envolver os integrantes da equipe do
projeto, stakeholders, especialistas no assunto, clientes, e quem mais você
achar que poderá ajuda-lo no processo. Na fase inicial, pode-se trabalhar
apenas com a equipe do projeto, acrescentando depois outras pessoas para
detalhar os riscos específicos.
• Problemas com pessoal
• Problemas com máquinas
• Problemas com fornecedores
• Problemas políticos
• Risco legal
• Risco ambiental
A lista está longe de ser completa. Cabe a você e à equipe descobrir e
documentar, por meio das ferramentas e técnicas deste processo, todos os
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• Orçamento
• Cronograma
• Mudanças no escopo ou nas especificações
• Mudança de integrante da equipe
• Falha na execução de atividades
• Problemas técnicos
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Eis uma lista parcial para você começar a pensar com respeito às
possibilidades de risco:
103
Anotações do Aluno
riscos possíveis em detrimento do projeto.
3.1 O que usar na Identificação de Riscos
O processo de identificação dos riscos usa diversos documentos, entre
eles:
• Contrato (ou a Proposta);
• Informações históricas.
3.2 Ferramentas e técnicas de Identificação de Riscos
Este processo pode utilizar ainda as seguintes ferramentas e técnicas:
Procure informar-se a respeito destas técnicas com base na literatura
especializada no assunto.
Todas estas técnicas constituem maneiras de ajudar a identificar os riscos
do projeto. Quanto mais eficiente for o seu trabalho de identificação de
riscos na etapa de Planejamento, tanto melhor será o seu plano de resposta
a eles.
Os resultados do processo de Identificação de Riscos compreendem uma
lista de riscos e os respectivos gatilhos (sintomas).
3.3.1 Riscos
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3.3 Resultados da Identificação de Riscos
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• Análise da documentação;
• Coleta de dados;
• Listas de verificação;
• Análise de premissas;
• Técnicas de diagramação.
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Anotações do Aluno
Os riscos são todos os eventos potenciais e suas conseqüências. Após
identificá-los, vamos registrá-los nos formulários de registro de riscos, e
armazená-los num banco de dados, ou em um sistema de monitoramento,
a fim de organizá-los e acompanhar de perto sua situação.
Relacione os riscos e atribua, a cada um, um número de acompanhamento, o
que lhe permitirá monitorar sua ocorrência e as respostas implementadas.
3.3.2 Gatilhos
Gatilhos são eventos que indicam que um determinado risco está prestes
a ocorrer, e que está na hora de se iniciar as ações planejadas de resposta.
Para não perder o momento de atuar, fique sempre atento aos sintomas
que indicam a iminência de ocorrência do risco.
A Análise Qualitativa de Riscos deve ser efetuada durante todo o projeto, e é
por ela que você deve se pautar no desenvolvimento de um plano de resposta
aos riscos. Com este tipo de análise, é possível calcular a probabilidade de
ocorrência de um risco, avaliar suas conseqüências e corrigir distorções do
plano do projeto.
4.1 O que usamos para a análise qualitativa
Neste processo podemos utilizar:
• Lista dos riscos identificados;
• Conhecimento do status do projeto;
• Tipo de projeto;
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A Análise Qualitativa de Riscos visa à identificação do impacto dos riscos,
tendo em vista os objetivos do projeto e sua probabilidade de ocorrência.
Também classifica os riscos por prioridade, de acordo com os efeitos em
relação aos objetivos do projeto.
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4. Passo 2 - Análise Qualitativa de Riscos
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Anotações do Aluno
• Escalas de probabilidade e impacto.
Você já deve ter entendido o que significa lista de riscos identificados.
Abordaremos brevemente outras entradas:
Conhecimento do Status do projeto: Refere-se ao exame da fase do ciclo
de vida em que o projeto se encontra. À medida que avançamos, ocorrem
mudanças e podem emergir novos riscos, ou riscos já identificados podem
apresentar novas conseqüências.
4.2 Análise da probabilidade do risco
As ferramentas e técnicas da Análise Qualitativa de Riscos visam descobrir
a probabilidade de um evento de risco, e determinar seu impacto (ou
conseqüências), caso venha a ocorrer. Este processo irá definir as prioridades
dos riscos, identificando quais deles devem constar no Plano de Respostas
aos Riscos. Todos os dados coletados acerca dos riscos e sua probabilidade
devem ser os mais exatos possíveis. Também é importante coletar dados
isentos, para evitar com que você ignore inadvertidamente riscos de alta
probabilidade, ou com conseqüências graves.
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Escalas de probabilidade e impacto: Usadas para estabelecer e mensurar
a probabilidade de riscos e o efeito destes sobre os objetivos do projeto.
São predeterminadas pela empresa ou pela equipe do projeto, antes da
realização do processo de Análise Qualitativa do Risco.
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Tipo de projeto: Diz respeito à complexidade do projeto, e se você e
sua equipe têm experiência em projetos desta natureza. Se você estiver
envolvido em um projeto semelhante em tamanho e escopo a outros, em
que já trabalhou, terá uma idéia melhor da probabilidade de ocorrência dos
eventos de risco e suas conseqüências. Entretanto, ao participar de um novo
projeto de grande complexidade, ou ao utilizar uma tecnologia que não
domina, você disporá de menos informações em relação à probabilidade
destes eventos. Portanto, este tipo de projeto implicará mais incertezas que
aqueles de que já participou.
106
Anotações do Aluno
A finalidade deste processo é calcular a probabilidade de um evento de risco
e o seu impacto. A técnica utilizada é atribuir pontuação de probabilidade
e impacto aos riscos.
4.3 Probabilidade e impacto do risco
Esta técnica atribui probabilidades aos eventos de risco identificados, e
calcula seu efeito em relação aos objetivos do projeto. Estes métodos
de análise de riscos nos permitem determinar quais riscos demandam o
gerenciamento mais atento.
Durante a Análise Qualitativa de Riscos, basta atribuir ao risco um valor alto,
médio ou baixo. Estas atribuições incluem a probabilidade de ocorrência do
risco e a gravidade do impacto, isto se ele se concretizar. A próxima técnica,
a matriz de classificação por probabilidade e impacto, lida com esta questão
de modo mais completo.
A matriz de PI é determinada a partir da multiplicação de dois valores: o
valor da probabilidade do risco pelo valor de seu impacto (cada qual gerado
na escala correspondente).
A avaliação da probabilidade e impacto dos riscos costuma se dar por meio
de técnicas de opinião especializada e entrevistas. Além disso, algumas das
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As matrizes de probabilidade e impacto (PI) atribuem uma classificação
genérica a cada um dos riscos identificados no projeto, geralmente expressa
como alta, média ou baixa. Os riscos elevados correspondem a uma situação
vermelha, os médios a uma situação amarela, e os baixos a uma situação
verde. Este tipo de classificação é denominado de escala ordinal, porque
os valores são ordenados de forma descendente. (Na prática, os valores
ordinais também podem incluir uma classificação por posição, ou seja,
os riscos podem ser enumerados na ordem: primeiro, segundo, terceiro e
assim por diante).
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4.4 Matriz de classificação de riscos por probabilidade e impacto
107
Anotações do Aluno
ferramentas e técnicas indicadas no processo de Identificação de Riscos,
tais como: o brainstorming, as entrevistas e a técnica de Delphi, podem ser
empregadas na determinação desses dois fatores.
Veremos agora as escalas de probabilidade e impacto em maiores detalhes,
juntando tudo em seguida numa discussão final dos valores da matriz de
PI.
4.5 Escala de probabilidades
4.6 Escalas de impacto dos riscos
À gravidade do impacto do risco, chamada escala de impacto, é atribuída
um valor ordinal ou de escala cardinal. Os valores ou escalas cardinais são
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Por ser difícil avaliar a probabilidade de ocorrência de um risco, buscamos
opinião especializada de alguém com muita experiência no assunto. Em
outros termos, significa que procuramos adivinhar (ou pedimos que um
especialista adivinhe) a probabilidade de ocorrência de determinado evento
de risco. Nosso palpite se baseia em experiências anteriores em projetos
ou eventos de risco similares. O mais prudente é usar toda a experiência
da equipe e acreditar na intuição. Em projetos complexos, procuramos
envolver o maior número possível de especialistas cujas respostas devem ser
cuidadosamente ponderadas, de modo a chegarmos às melhores escalas e
valores de probabilidades possíveis.
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Uma probabilidade é a chance de um evento ocorrer. O exemplo clássico
é o de jogar uma moeda. Há 50% de probabilidade de dar cara e 50% de
probabilidade de dar coroa. Note-se que a probabilidade de ocorrência do
evento mais a probabilidade de sua não-ocorrência é sempre igual a 100%.
No caso da moeda, se há 50% de chance de dar cara, as chances de não dar
cara têm de ser também de 50%, de modo que os dois números somem 100.
As escalas de probabilidade são normalmente expressas como um número
entre 0,0 — ou seja, nenhuma probabilidade de ocorrência do evento - e
1,0 - ou seja, 100% de certeza de que o risco vai se concretizar.
108
Anotações do Aluno
expressos como números entre 0,0 e 1,0, podendo apresentar incrementos
iguais ou não.
O objetivo tanto das escalas de probabilidade quanto das de impacto é
desenvolver medidas predefinidas que determinem que valor atribuir a
determinado evento de risco. Se a sua empresa ainda não estabeleceu estes
critérios, você pode criar suas próprias classificações de impacto, logo no
começo do projeto.
Vejamos agora um exemplo de matriz. Você identificou um risco capaz de
afetar os custos do projeto que, segundo seus especialistas, aumentariam
até 11%. De acordo com a matriz de classificação do impacto dos riscos
na Tabela 6.1, este é um risco de impacto médio, com valor de 0,40. Grave
este número, pois vamos utilizá-lo na matriz de PI (junto com o valor da
probabilidade) para determinar, em seguida, o valor geral do risco.
Médio
Alto
Muito
Alto
0,05
0,20
0,40
0,60
0,80
Custo
Nenhum
impacto
significativo
desvio
inferior a
6%
desvio
desvio
desvio de 7%
de 13% a superior a
a 12%
18%
18%
Tempo
Nenhum
impacto
significativo
desvio
inferior a
6%
desvio
desvio
desvio de 7%
de 13% a superior a
a 12%
18%
18%
Nenhum
Qualidade
impacto
significativo
Impacto
Pouca
significativo
influência
produto
exigindo
Produto
o produto
deve ter
aprovação do
inutilizável
pode ser
retrabalho
cliente para
usado
utilizar
4.7 Determinação dos valores da matriz de probabilidade e impacto
A finalidade das matrizes de probabilidade e impacto (PI) é atribuir a cada
risco uma classificação genérica como alto, médio ou baixo. Para tanto,
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Baixo
Objetivo Muito Baixo
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TABELA 6.1 Matriz de Classificação de Impactos dos Riscos
109
Anotações do Aluno
multiplica-se a probabilidade pelo impacto do risco, como já dissemos.
Voltando ao exemplo anterior, sua equipe identificou um evento de risco
capaz de aumentar os custos do seu projeto. Calculando uma probabilidade
de ocorrência do evento de 0,2, temos 0,4 de impacto, caso o evento se
concretize. Multiplicando um pelo outro, chegamos a um valor geral de
risco de 0,08. A fórmula é a seguinte:
Probabilidade de 0,4 x impacto de 0,2 = 0,08 de risco geral.
Agora, temos de avaliar se 0,08 é um número alto, médio ou baixo. A
Tabela 6.2 mostra um exemplo de matriz de PI cujos valores e classificação
geral são determinados antes do começo deste processo, em geral, pelo
mesmo grupo de especialistas encarregados das escalas de probabilidade
e impacto.
Os valores atribuídos aos riscos determinam como será feito o Planejamento
de Respostas, naturalmente, riscos com alta probabilidade e impacto
elevado vão exigir novas análises e respostas formais.
Probabilidade
Valores dos riscos*
0,8
0,04
0,16
0,32
0,48
0,64
0,6
0,03
0,12
0,24
0,36
0,48
0,4
0,02
0,08
0,16
0,24
0,32
0,2
0,01
0,04
0,08
0,12
0,16
*A legenda da matriz de PI é a seguinte:
a-) sem formatação = valor baixo;
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TABELA 6.2 Exemplo de Matriz de PI
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Vejamos, primeiro, a coluna de probabilidades. Seu evento de risco tem
uma probabilidade de 0,2. Agora, acompanhe a linha até chegar ao risco
de 0,08. De acordo com os valores da sua matriz de PI, um valor de 0,08
para 0,2 de probabilidade fica dentro do limiar baixo, de modo que o risco
é classificado como baixo.
110
Anotações do Aluno
b-) negrito = valor médio;
c-) itálico e negrito = valor alto.
4.8 Classificação dos riscos
O objetivo da Análise Qualitativa de Riscos é classificar os riscos e determinar
quais requerem uma análise mais aprofundada e, posteriormente, planos
de resposta a riscos.
Como o próprio título sugere, os riscos identificados e avaliados durante
este processo são classificados por ordem de prioridade. Além da pontuação
obtida, podemos usar outros critérios como, por exemplo, o momento de
ocorrência do evento de risco (é preciso dar uma resposta imediata ao risco,
ou no futuro?).
• Determinar a probabilidade de atingir os objetivos do projeto;
• Quantificar a exposição do projeto ao risco e determinar o tamanho
das reservas de contingência de custos e prazos;
• Identificar riscos que requeiram maior atenção, quantificando sua
contribuição para o risco geral do projeto;
• Determinar metas de cronograma, custos ou escopo realistas e
viáveis.
Como a Análise Qualitativa, a Análise Quantitativa de Riscos verifica cada
risco e seu possível impacto sobre os objetivos do projeto. Você pode usar
estes dois processos para avaliar o risco ou apenas um deles, em função
da complexidade do projeto e da política organizacional relacionada ao
planejamento de riscos. Caso utilize ambos, o qualitativo deve anteceder o
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A Análise Quantitativa de Riscos avalia os impactos e quantifica a exposição
do projeto aos riscos por meio da atribuição de probabilidades numéricas
a cada um e aos seus impactos em relação aos objetivos do projeto. Para
tanto, são usadas técnicas como a Simulação de Monte Cario e a análise de
decisões. As finalidades deste processo são as seguintes:
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4.9 Passo 3 - Análise Quantitativa
111
Anotações do Aluno
quantitativo.
Para realizar a análise quantitativa, usamos os mesmos documentos da
análise qualitativa.
4.9.1 Técnicas usadas na Análise Quantitativa
Estas são também as técnicas empregadas na Análise Quantitativa:
• Entrevistas
• Análise de sensibilidade
• Análise da árvore de decisões
• Simulação
Procure familiarizar-se com estas técnicas na literatura especializada.
4.9.2 O que obtemos da análise quantitativa
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• Listas dos riscos quantificados, ordenadas por prioridade: Neste
processo, a lista ordenada por prioridades é semelhante àquela
produzida durante o processo da Análise Qualitativa de Riscos. A
lista de riscos abrange aqueles que apresentam o risco mais alto
para o projeto e seus impactos. Também lista os riscos com as
maiores oportunidades para o projeto.
• Análise probabilística do projeto: A análise probabilística do projeto
equivale aos resultados previstos no cronograma e aos custos do
projeto em decorrência das conclusões da análise de riscos. Estes
resultados incluem as datas de término e os custos previstos, bem
como o grau de certeza associado a cada um deles. Os graus de
certeza descrevem o nível de confiança no resultado. Por exemplo,
supondo que a data de término prevista no cronograma seja 12 de
julho e o nível de confiança seja 0,85, acreditamos que o projeto
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Os resultados do processo da Análise Quantitativa de Riscos são os
seguintes:
112
Anotações do Aluno
será finalizado dentro deste prazo e que existem 85% de certeza
de que esta data é exata.
• Probabilidade de cumprimento dos objetivos de custo e tempo:
As ferramentas e técnicas da Análise Quantitativa de Riscos também
permitem atribuir uma probabilidade para o cumprimento dos
objetivos de custos e tempo do projeto. Esta saída documenta tais
probabilidades e, como tal, requer um entendimento aprofundado
dos objetivos almejados e riscos do projeto atual.
• Tendências dos resultados da Análise Quantitativa de Riscos:
É provável que as tendências da Análise Quantitativa de Riscos
surjam à medida que você for repetindo os processos de análise
de riscos. Estas informações mostram sua utilidade à medida que o
projeto avança, evidenciando os riscos mais ameaçadores e criando
a oportunidade de se efetuarem outras análises, ou ainda de se
iniciar o desenvolvimento de planos de respostas aos riscos.
São usadas várias estratégias neste processo para reduzir ou controlar o
risco. É importante escolher a estratégia certa para cada risco, de modo que
o risco e seus impactos sejam tratados de forma eficaz. Após determinar a
estratégia a ser empregada, desenvolva um plano de ação para levá-la a
cabo, se o evento de risco se concretizar. Estabeleça também uma estratégia
secundária ou de reserva.
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O Planejamento de Respostas aos Riscos é um processo que especifica
as medidas a serem tomadas para reduzir ameaças, e tirar proveito das
oportunidades encontradas nos processos de análise de riscos. Este processo
engloba ainda a designação de áreas responsáveis ou uma equipe para a
execução dos planos de respostas aos riscos. Quanto mais eficazes os planos
de resposta aos riscos, maiores serão as chances de êxito no projeto. Procure
sempre elaborar planos de respostas para os riscos que combinarem alta
probabilidade de ocorrência com impacto significativo sobre o projeto. Não
é eficiente desenvolver planos de resposta aos riscos de baixa gravidade ou
impacto não-significativo.
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5. Passo 4 - Planejamento de Respostas aos Riscos
113
Anotações do Aluno
Este processo tem as seguintes entradas, em sua maioria já citadas ou
bastante objetivas. São elas:
• Lista de riscos, em ordem de prioridade;
• Lista de respostas possíveis;
• Sintomas de risco;
• Donos dos riscos;
• Tendências dos resultados nas análises qualitativa e quantitativa dos
riscos.
As ferramentas e técnicas deste processo abrangem as seguintes
estratégias:
• Prevenção;
• Transferência;
• Mitigação;
• Aceitação.
A prevenção de riscos implica evitá-los por completo, eliminando a causa dos
eventos de risco ou modificando o plano do projeto de modo a resguardar
seus objetivos contra tais eventos. Vamos supor que você vai empreender
uma viagem de carro de sua casa até um ponto turístico distante 200 km. O
noticiário informa que existe um trecho em obras em uma das rodovias que
você pretende utilizar. Para evitar o risco de atrasos, você muda seu plano
e decide usar outra estrada, assim evita ficar retido no trecho em obras, e
pode chegar ao destino na hora que deseja.
Com a prevenção contra o risco, você praticamente elimina o risco por meio
da eliminação de sua causa.
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5.1 Prevenção
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Vamos analisar cada uma destas ferramentas e técnicas com mais detalhes.
114
Anotações do Aluno
5.2 Transferência
A transferência do risco consiste em deslocar o risco e suas conseqüências
para terceiros. Ele não é eliminado, mas você se livra da responsabilidade
pelo seu gerenciamento. A maioria das empresas prefere não assumir o
risco alheio sem uma compensação financeira como medida de segurança.
Como esta estratégia afeta o orçamento, deve ser incluída nos exercícios de
estimativa de custos.
A transferência do risco pode se dar de várias formas, mas é mais eficaz
no caso de riscos financeiros. Este é o caso dos seguros, por exemplo. As
pessoas fazem seguros de automóvel para que, o custo do reparo das
Outro método de transferência do risco é a terceirização, que transfere
riscos específicos para o fornecedor, dependendo do serviço coberto pelo
contrato. O fornecedor aceita a responsabilidade pelo custo da falha, pelo
qual, mais uma vez, tem o seu preço: os contratados cobram por seus
serviços e, dependendo do tipo de contrato negociado, o custo pode ser
bastante alto. Outras formas de transferência abrangem as garantias, fianças
e bonificações por desempenho.
A mitigação do risco procura reduzir a probabilidade de ocorrência e o
impacto de um evento de risco para níveis aceitáveis. É uma estratégia
muito parecida com a direção defensiva: ao avistar um obstáculo na estrada,
você pensa nas suas opções e toma as medidas necessárias para contornálo, prosseguindo com segurança em sua jornada. Enxergar o obstáculo
(identificar o risco) permite reduzir a ameaça por meio do planejamento
de alternativas de modo a evitá-lo ou reduzir seu impacto, caso ele se
concretize (estratégias de mitigação).
A finalidade da mitigação é diminuir a probabilidade de ocorrência e o
impacto do risco até um nível que lhe permita absorver suas conseqüências.
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5.3 Mitigação
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avarias ou danos pessoais seja pago pela seguradora.
115
Anotações do Aluno
É mais fácil tomar providências para reduzir a probabilidade de risco e suas
conseqüências do que consertar um estrago.
5.4 Aceitação
Aceitação significa que você não vai criar nenhum plano para tentar evitar
ou mitigar o risco, preferindo aceitar as suas conseqüências. Esta decisão
é tomada porque a equipe não conseguiu elaborar nenhuma estratégia
adequada de resposta ou porque os custos da ação de prevenção são
maiores que o dano causado pelo evento de risco.
5.5 Planejamento de contingências
As reservas ou provisões para contingências são uma opção usada com
freqüência, e envolvem a manutenção de fundos para compensar eventuais
ameaças que atinjam o escopo, cronograma, custo ou qualidade do projeto
e não tenham como ser evitadas. Aí se inclui também a reserva de tempo e
recursos para lidar com os riscos.
5.6 Resultados do Planejamento de Respostas aos Riscos
O Planejamento de Respostas aos Riscos tem várias saídas:
• Plano de respostas aos riscos;
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A contingência entra em jogo quando o evento de risco acontece, o que
significa que os planos devem ser desenvolvidos e mantidos de prontidão
após a identificação e quantificação dos riscos.
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O planejamento de contingências consiste na definição de um plano de
ação para lidar com os eventos caso eles se concretizem. É diferente da
mitigação: esta visa à redução da probabilidade do risco e seu impacto, ao
passo que o planejamento de contingências não necessariamente procura
reduzir estes fatores, mas reconhece a possibilidade de concretização do
risco e nos prepara para reagir a eles.
116
Anotações do Aluno
• Riscos residuais;
• Riscos secundários;
• Acordos contratuais;
• Montante de reserva necessário para contingências;
• Entradas para revisão do plano do projeto.
Os três últimos itens são óbvios. Após a elaboração destas respostas, pode
ser preciso retornar a outros processos do Planejamento a fim de modificar
os planos do projeto, como conseqüência das reações aos riscos.
Examinaremos a seguir as três primeiras saídas deste processo.
O plano de respostas aos riscos especifica as providências a serem tomadas
para cada evento de risco. Este plano, também conhecido como PRR deve
incluir todos os riscos identificados, suas descrições e a área do projeto a
sofrer o impacto. Seus detalhes também podem descrever as causas do
risco, e como os objetivos do projeto serão afetados. Neste plano, são
indicadas as áreas da empresa ou os membros da equipe responsáveis pelo
gerenciamento dos riscos, assim como os detalhes das estratégias contra os
riscos (aceitação, prevenção, etc.).
Os planos de contingência, reservas e planos de retirada também fazem
parte do plano de respostas aos riscos.
5.6.2 Riscos residuais
Risco residual é, por assim dizer, um risco remanescente, aquele risco mínimo
que ainda permanece após a implementação de uma resposta a um risco,
corno a mitigação, por exemplo. A reserva de contingência existe para lidar
com situações desta natureza.
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Todas as respostas devem especificar o tempo e o custo necessários para
sua implementação.
Aula Nº 8 – Gerenciamento do risco em projetos
5.6.1 Plano de respostas aos riscos
117
Anotações do Aluno
5.6.3 Riscos secundários
Riscos secundários são aqueles que surgem em decorrência da
implementação de uma resposta ao risco. Ao fazer os seus planos contra
riscos, identifique e planeje respostas também para os riscos secundários
que podem sobrevir.
O gerenciamento do risco é um componente essencial na condução bem
sucedida de um projeto. É um processo que deve começar na concepção
do projeto, e continua até que o projeto esteja terminado e seus benefícios
previstos sejam alcançados.
A gerência de risco deve ser focalizada nas áreas de risco mais alto com
monitoração contínua de outras áreas do projeto de modo a identificar
novos riscos ou o aumento do grau dos riscos atuais.
O sucesso na estratégia de uma gerência de risco do projeto depende:
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Vimos que em todos os projetos, existem riscos, e o planejamento contra
eles é uma parte importante do processo de Planejamento do projeto. Ou
seja, o simples ato de identificar os riscos e planejar respostas pode diminuir
seu impacto, caso eles se confirmem. Não adote, portanto, a abordagem do
“o que os olhos não vêem, o coração não sente” no planejamento contra
riscos. Este definitivamente é um caso em que não ver pode acabar doendo
mais. Riscos identificados com facilidade e com respostas planejadas de
antemão, com certeza, não vão pôr seus projetos nem sua carreira a perder.
Já aqueles que você deveria ter detectado, mas ignorou, podem acabar
custando uma fortuna à organização, provocando atrasos no cronograma
ou até arruinando o projeto, além de ainda poderem acarretar custos
pessoais, já que não é fácil explicar prazos e orçamentos estourados no
currículo de ninguém.
Aula Nº 8 – Gerenciamento do risco em projetos
Síntese:
118
Anotações do Aluno
• Das habilidades e a experiência com que a equipe de projeto identifica
e avalia riscos, e também durante o planejamento eficaz para se
lidar com riscos;
• Do trabalho colaborativo da equipe de projeto e das áreas de negócio
para identificar e controlar riscos do negócio e do projeto;
• Do processo de gerência de risco ocorrer continuamente durante
todo o projeto;
• Do uso de uma metodologia apropriada da gerência de risco; e
• De relatórios regulares de desempenho para o tratamento do risco,
conforme o plano de gerenciamento realizado pela equipe do
projeto,
• De processos independentes para a garantia de qualidade.
a-) Passos principais para a identificação dos riscos do projeto:
b-) Passos principais para o desenvolvimento e execução do plano de
resposta aos riscos:
c-) Etapas principais na monitoração e atualização do perfil de risco do
projeto:
• Rever regularmente o perfil do risco;
• Monitorar a emergência de novos riscos;
• Atualizar o plano de tratamento do risco; e
• Relatar todas as mudanças ao patrocinador do projeto e outros
interessados.
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• Identificar as alternativas de tratamento do risco;
• Avaliar a eficácia de custo de cada tratamento;
• Documentar o plano de tratamento do risco.
Aula Nº 8 – Gerenciamento do risco em projetos
• Analisar causa, probabilidade e conseqüência de cada risco;
• Quantificar o impacto de cada risco; e
• Documentar o resultado da análise de riscos.
119
Anotações do Aluno
Referências Bibliográficas
HELDMAN, Kim. Gerência de Projetos: Guia para o exame oficial do PMI.
Rio de Janeiro: Editora Campus, 2005.
CLELAND David I., IRELAND Lewis R. Gerência de projetos. Rio de Janeiro:
Editora Reichmann e Affonso Editores, 2002.
Vários Autores. A Guide to the Project Management Body of Knowledge
(PMBOK). USA: Project Management Institute, 2004.
Kerzner H. Project Management: A Systems Approach to Planning,
Scheduling and Controlling. 6th Edition. USA: John Wiley & sons, 2000.
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KEELING, Ralph. Gestão de projetos: uma abordagem Global. São Paulo:
Editora Saraiva, 2002.
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