Revolução Francesa (1789 - 1799) Liberdade, Igualdade e Fraternidade Antecedentes A França mantinha a estrutura social do feudalismo (3 Estados): População total: 25 milhões de habitantes 1° Estado: clero (1% dos habitantes) 2° Estado: nobreza (2% dos habitantes) 3° Estado: burgueses, trabalhadores urbanos e camponeses (97% dos habitantes) O Terceiro Estado carregando o Primeiro e o Segundo Estados nas costas. O país enfrentava sérias dificuldades econômicas. Motivos: Guerra dos Sete Anos- 1756-1763 Guerra de Independência dos EUA (que deixou 1 bilhão de libras em dívidas à França) Gastos excessivos dos reis absolutistas Crise agrícola de 1785 à 1789 (secas e enchentes) Tratados de 1786 com a Inglaterra (importações de tecidos a taxas reduzidas levam a indústria francesa à falência) 1788 - Necker (economista e político) avalia o caixa francês: 503 milhões de libras de receita e 629 milhões de despesas Despesas: 26% com o exército 6% com o 1° e 2° Estados 2% com o 3° Estado 66% com as dívidas O clero e a nobreza eram isentos dos impostos Solução encontrada por Necker: Cobrar impostos da nobreza e do clero Jacques Necker As classes dominantes pressionaram contra o projeto e a situação política ficou tensa Os Estados Gerais Para votar o aumento dos impostos, o rei Luís XVI convocou a Assembléia dos Estados Gerais (que reuniu-se em 1789) Eleições em abril de 1789: 291 deputados eleitos para o clero, 270 para a nobreza e 578 para a plebe 05-05-1789: Abertura dos Estados Gerais A questão do voto: por Estado ou por cabeça? 20 de junho: o rei fecha os Estados Gerais →Assembléia da Péla:o 3° Estado proclamam a Assembléia Nacional Constituinte – 20-06-1789 Sessão inaugural dos Estados Gerais em Versalhes Juramento da Péla Burgueses montam a Guarda Nacional Reação do rei: ordena que 10 batalhões cercassem Paris – 5 mil homens Populares saem às ruas defendendo a cidade 14-07-1789: os parisienses tomam a Bastilha O Grande Medo: Servos atacam os nobres Reação da Assembléia:4 de Agosto: Aboliram-se os direitos feudais 26 de Agosto: Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão Agosto de 1790: “Constituição Civil do Clero” A Igreja passou a ser custeada pelo Estado. Seus membros passaram a ser eleitos pela população e não mais nomeados pelo Papa O patrimônio da Igreja (3 bilhões de francos) foram confiscados para servir de lastro aos “assignats” (papel moeda da revolução) Junho de 1791: O rei tenta fugir, mas é reconhecido por guardas em Varennes e reconduzido à Paris Cópia de um dos assignats Retorno de Luís XVI à Paris após sua desastrada tentativa de fuga Assembléia Legislativa (1791 - 1792) 1791: Foi finalizada a Constituição 3 poderes: Executivo (rei) legislativo (745 deputados) judiciário (juízes eleitos pelo povo) Divisão política: Direita: girondinos - representantes da alta burguesia Esquerda: jacobinos - representantes da média e baixa burguesia e pobres urbanos (sans-culotes) Centro: "grupo do pântano" - independentes 1792: Apoiadas pela nobreza francesa refugiada e pelo próprio rei Luís XVI, Áustria e Prússia invadiram a França Manifesto Brunswick: “Paris será aniquilada se o rei não recuperar o trono” Traição do rei – carta às tropas invasoras Liderados por Danton, Marat e Robespierre, jacobinos e sans-culotes organizaram um exército e venceram os invasores na Batalha de Valmy A Marselhesa Início da Convenção Girondina: E o rei? 10 de agosto: o rei é destituído por traição Danton Robespierre Marat A Batalha de Valmy La Marseillaise O hino nacional francês foi composto pelo oficial Claude Joseph Rouget de Lisle em 1792. Tradução: Avante, filhos da Pátria, O dia da Glória chegou. Contra nós, da tirania O estandarte ensanguentado se ergueu. O estandarte ensanguentado se ergueu. Ouvis nos campos Rugirem esses ferozes soldados? Vêm eles até aos nossos braços Degolar nossos filhos, nossas mulheres. Às armas cidadãos! Formai vossos batalhões! Marchemos, marchemos! Que um sangue impuro Ague o nosso arado A Convenção Jacobina-1792-94 A pressão popular fez com que se formasse uma nova Assembléia (eleita por sufrágio universal) para preparar outra constituição - A Convenção 20 de setembro: Os jacobinos proclamaram a 1ª República 21 de janeiro de 1973: O rei é Guilhotinado Iniciou-se o Período do Terror (1793 - 1794) Comitê de Salvação Pública, Comitês de Vigilância, Tribunal Revolucionário etc • REALIZAÇÕES JACOBINAS: • • • • • • Lei do Máximo - Tabelamento Voto Universal masculino Reforma Agrária Exército de um milhão de homens Educação Primária Gratuita Fim da Escravidão nas colônias A guilhotina desce sobre a cabeça de Luís XVI Entre 35.000 e 40.000 pessoas foram guilhotinadas durante o período do terror A Morte de Marat (1793) - Por Jacques-Louis David • Pressões dos Jacobinos da Comuna de Paris Danton, Desmoulans- sobre Robespierre • “Sem o Terror a Revolução acaba” • Planejamento do assassinato de Robespierre pela Comuna é denunciado • Danton e os membros da Comuna são executados na Guilhotina • Isolamento de Robespierre • Girondinos executam o Golpe do 9 Termidor • Execução de Robespierre A Convenção Termidoriana (1794 - 1795) elaborou a Constituição do Ano III - As leis do terror foram abolidas Eventos da noite de 9 Termidor Prisão de Robespierre Execução de Robespierre Diretório (1795 – 1799) Período Contrarrevolucionário Nova Constituição, a do ano III: Voto Censitário Poder executivo: Diretório – 5 membros Poder legislativo: Conselho dos Anciãos e o Conselho dos Quinhentos Acabam com os direitos conquistados Tentativas de golpes à direita (monarquistas ou realistas) e à esquerda (jacobinos) 1796: Conspiração dos Iguais, liderada por Graco Babeuf Graco Babeuf Burgueses mais lúcidos e influentes perceberam que com o Diretório não seriam capazes de resistir aos inimigos externos e internos 1799: Golpe do18 Brumário - Napoleão suprimiu o Diretório e instaurou o Consulado O Consulado- 1794-1799 Acreditava-se na necessidade de uma ditadura militar, uma espada salvadora, para manter a ordem, a paz, o poder e os lucros. O Consulado era representado por 3 elementos: Napoleão, Abade Sieyès e Roger Ducos Verdadeiramente, o poder concentrou-se nas mãos de Napoleão, o 1º Cônsul -ditadura CÓDIGO CIVIL NAPOLEÔNICO: consolidou as conquistas burguesas da Revolução Paz de Amiens Obras Públicas, Rearmamento, Escolas – Liceus, proíbe a disciplina História, indústria naval e de tecidos Napoleão Bonaparte 1804: Plebiscitos levam Napoleão ao título de “Imperador dos Franceses” 1805: Batalha Naval de Trafalgar 1806: Bloqueio Continental 1807: Invasão de Portugal e Espanha Império Napoleônico: Áustria, Holanda, Suíça, Itália, Bélgica e a Península Ibérica Crise de Abastecimento 1812: Guerra contra a Rússia – motivo e resultado 1814: Batalha das Nações “Exílio” na Ilha de Elba Retorno à França 1815: Governo dos Cem Dias Batalha de Waterloo - Bélgica Napoleão é preso na Ilha de Santa Helena e lá vem a falecer O que quer essa horda de escravos de traidores, de reis conjurados? Para quem (são) esses ignóbeis entraves Esses grilhões há muito tempo preparados? Esses grilhões há muito tempo preparados? Franceses! A vós, ah! que ultraje! Que comoção deve suscitar! É a nós que consideram retornar à antiga escravidão! O que! Tais multidões estrangeiras Fariam a lei em nossos lares! O que! Essas falanges mercenárias Arrasariam os nossos nobres guerreiros Arrasariam os nossos nobres guerreiros Grande Deus! Por mãos acorrentadas Nossas frontes sob o jugo se curvariam E déspotas vis tornar-se-iam Os mestres dos nossos destinos! Tremei, tiranos! e vós pérfidos, O opróbrio de todos os partidos, Tremei! vossos projetos parricidas Vão enfim receber seu preço! Vão enfim receber seu preço! Somos todos soldados para vos combater. Se tombam os nossos jovens heróis A terra de novo os produz Contra vós, todos prontos a vos vencer! Franceses, guerreiros magnânimos, Levai ou retende os vossos tiros! Poupai essas tristes vítimas A contragosto armando-se contra nós. A contragosto armando-se contra nós. Mas esses déspotas sanguinários Mas os cúmplices de Bouillé, Todos os tigres que, sem piedade, Rasgam o seio de suas mães! Amor Sagrado pela Pátria Conduz, sustém-nos os braços vingativos. Liberdade, liberdade querida, Combate com os teus defensores! Combate com os teus defensores! Sob as nossas bandeiras, que a vitória Chegue logo às tuas vozes viris! Que teus inimigos agonizantes Vejam teu triunfo, e nós a nossa glória. Entraremos na batalha Quando nossos anciãos não mais lá estiverem. Lá encontraremos as suas cinzas E o resquício das suas virtudes! E o resquício das suas virtudes! Bem menos desejosos de lhes sobreviver Que de partilhar o seu esquife, Teremos o sublime orgulho De os vingar ou os seguir.