INFORMAÇÕES ESSENCIAIS COMPATÍVEIS COM O RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO i) DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO KIOVIG 100 mg/ml, solução para perfusão. ii) COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Imunoglobulina humana normal (IVIg) Um ml contém: Imunoglobulina humana normal.................... 100 mg (pureza de pelo menos 98% IgG) Cada frasco para injectáveis de 10 ml contém: 1 g de imunoglobulina humana normal Cada frasco para injectáveis de 25 ml contém: 2,5 g de imunoglobulina humana normal Cada frasco para injectáveis de 50 ml contém: 5 g de imunoglobulina humana normal Cada frasco para injectáveis de 100 ml contém: 10 g de imunoglobulina humana normal Cada frasco para injectáveis de 200 ml contém: 20 g de imunoglobulina humana normal Cada frasco para injectáveis de 300 ml contém: 30 g de imunoglobulina humana normal Distribuição das subclasses de IgG (valores aprox.): IgG1 ≥ 56,9% IgG2 ≥ 26,6% IgG3 ≥ 3,4% IgG4 ≥ 1,7% O conteúdo máximo de IgA é de 140 microgramas/ml. Produzida a partir do plasma de dadores humanos. iii) FORMA FARMACÊUTICA Solução para perfusão. A solução é transparente ou ligeiramente opalescente e sem cor ou amarela clara. iv) INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS Terapêutica de substituição em adultos, crianças e adolescentes (0-18 anos) em: Síndromas de imunodeficiência primária com produção de anticorpos comprometida. Hipogamaglobulinemia e infecções bacterianas recorrentes em doentes com leucemia linfocítica crónica, nos quais os antibióticos profiláticos falharam. Hipogamaglobulinemia e infecções bacterianas recorrentes em doentes com mieloma múltiplo em fase de planalto sem resposta à imunização com pneumococos. Hipogamaglobulinemia em doentes após transplante alogénico de células estaminais hematopoiéticas (TCEH). SIDA congénita e infecções bacterianas recorrentes. Imunomodulação em adultos, crianças e adolescentes (0 – 18 anos) em: Trombocitopenia imune primária (TIP), em doentes com elevado risco de hemorragia ou antes de cirurgia para correcção da contagem de plaquetas. Síndroma de Guillain Barré. Doença de Kawasaki. Page1 Neuropatia motora multifocal (NMM). Informações Essenciais Compatíveis com o Resumo das Características do Medicamento - Kiovig – vs.007(JUL2011) POSOLOGIA E MODO DE ADMINISTRAÇÃO A terapêutica de substituição deve ser iniciada e monitorizada sob a supervisão de um médico com experiência no tratamento de imunodeficiências. Posologia A dose e o regime de dosagem dependem da indicação. Na terapêutica de substituição, a dosagem poderá ter que ser individualizada para cada doente dependendo da farmacocinética e da resposta clínica. Os regimes de dosagem apresentados a seguir são fornecidos como orientação. Terapêutica de substituição em síndromas de imunodeficiência primária O regime de dosagem deve atingir um nível mínimo de IgG (medido antes da perfusão seguinte) de pelo menos 5 a 6 g/l. Para que ocorra uma situação de equilíbrio, são necessários três a seis meses após o início da terapêutica. A dose inicial recomendada é de 0,4 – 0,8 g/kg, seguida de pelo menos 0,2 g/kg a cada três ou quatro semanas. A dose necessária para atingir um nível mínimo de 5 – 6g/l é da ordem dos 0,2 – 0,8 g/kg/mês. O intervalo entre doses, depois de atingido o estado estacionário, varia entre 3 a 4 semanas. Devem ser medidos e avaliados os níveis mínimos em conjunto com a incidência da infecção. Para reduzir a taxa de infecção, pode ser necessário aumentar a dose e tentar atingir níveis mínimos mais elevados. Hipogamaglobulinemia e infecções bacterianas recorrentes em doentes com leucemia linfocítica crónica, nos quais os antibióticos profiláticos falharam; hipogamaglobulinemia e infecções bacterianas recorrentes em doentes com mieloma múltiplo em fase de planalto sem resposta à imunização com pneumococos.; SIDA congénita e infecções bacterianas recorrentes A dose recomendada é de 0,2 – 0,4 g/kg a cada três ou quatro semanas. Hipogamaglobulinemia em doentes após transplante alogénico de células estaminais hematopoiéticas A dose recomendada é de 0,2 – 0,4 g/kg a cada três ou quatro semanas. Os níveis mínimos devem ser mantidos acima dos 5g/l. Trombocitopenia imune primária (TIP) Existem dois esquemas de tratamento alternativos: 0,8 – 1 g/kg administrados no primeiro dia; esta dose pode ser repetida uma vez no espaço de 3 dias 0,4 g/kg administrados diariamente durante dois a cinco dias. O tratamento pode ser repetido em caso de recidiva. Síndroma de Guillain Barré 0,4 g/kg/dia durante 5 dias. Doença de Kawasaki Devem ser administrados 1,6 – 2,0 g/kg em doses divididas no espaço de dois a cinco dias ou 2,0 g/kg em dose única. Os doentes devem receber um tratamento concomitante com ácido acetilsalicílico. Neuropatia motora multifocal (NMM) Dose inicial: 2 g/kg durante 2 – 5 dias. Dose de manutenção: 1 g/kg a cada 2 a 4 semanas ou 2 g/kg a cada 4 a 8 semanas. As recomendações de dosagem estão resumidas no quadro seguinte: Page2 v) Informações Essenciais Compatíveis com o Resumo das Características do Medicamento - Kiovig – vs.007(JUL2011) Indicação Terapêutica de substituição em imunodeficiência primária Terapêutica de substituição em imunodeficiência secundária Dosagem - dose inicial: 0,4 – 0,8 g/kg subsequentemente: 0,2 – 0,8 g/kg 0,2 – 0,4 g/kg SIDA congénita Frequência de Injecções a cada 3 – 4 semanas para obter um nível mínimo de IgG de pelo menos 5 – 6 g/l a cada 3 – 4 semanas para obter um nível mínimo de IgG de pelo menos 5 – 6 g/l a cada 3 – 4 semanas 0,2 – 0,4 g/kg Hipogamaglobulinemia (< 4 g/l) em doentes após transplante alogénico de células estaminais hematopoiéticas Imunomodulação: 0,2 – 0,4 g/kg a cada 3 – 4 semanas para obter um nível mínimo de IgG acima de 5 g/l ou 0,4 g/kg/d no primeiro dia, se possível repetida uma vez no espaço de 3 dias durante 2 – 5 dias Síndroma de Guillain Barré 0,4 g/kg/d durante 5 dias Doença de Kawasaki 1,6 – 2 g/kg em doses divididas durante 2 – 5 dias, em associação com ácido acetilsalicílico uma dose, em associação com ácido acetilsalicílico Trombocitopenia imune primária 0,8 – 1 g/kg ou 2 g/kg Neuropatia motora multifocal (NMM) dose inicial: 2 g/kg dose de manutenção: 1 g/k g ou 2 g/kg durante 2 – 5 dias. a cada 2 a 4 semanas ou a cada 4 a 8 semanas População pediátrica A posologia em crianças e adolescentes (até aos 18 anos) não é diferente da dos adultos, uma vez que a posologia para cada indicação é fornecida por peso corporal e ajustada ao resultado clínico das condições acima referidas. Modo de administração Por via intravenosa. A imunoglobulina humana normal deve ser administrada por via intravenosa a uma velocidade inicial de 0,5 ml/kg PC/h durante 30 minutos. Se bem tolerada, a velocidade de administração poderá ser gradualmente aumentada até ao máximo de 6 ml/kg PC/h. A informação clínica obtida de um número limitado de doentes indica também que doentes IDP adultos podem tolerar velocidades de perfusão até 8 ml/kg PC/h. Se for necessária uma diluição anterior à perfusão, KIOVIG pode ser diluído com solução de glucose a 5% para uma concentração final de 50 mg/ml (5% imunoglobulina). Page3 Qualquer acontecimento adverso relacionado com a perfusão deve ser tratado diminuindo a velocidade de perfusão ou interrompendo a perfusão. Informações Essenciais Compatíveis com o Resumo das Características do Medicamento - Kiovig – vs.007(JUL2011) vi) CONTRA-INDICAÇÕES Hipersensibilidade a imunoglobulinas humanas, especialmente em doentes que possuem anticorpos contra a IgA. vii) EFEITOS INDESEJÁVEIS Resumo do perfil de segurança As reacções adversas, tais como calafrios, dor de cabeça, tonturas, febre, vómitos, reacções alérgicas, náusea, artralgia, tensão arterial baixa e dor lombar moderada podem ocorrer ocasionalmente. As imunoglobulinas humanas normais podem provocar, raramente, uma queda súbita da tensão arterial e, em casos isolados, choque anafiláctico, mesmo quando o doente não tenha evidenciado hipersensibilidade em administrações anteriores. Casos de meningites assépticas reversíveis e casos raros de reacções cutâneas passageiras têm sido observados com imunoglobulina humana normal. Foram observadas reacções hemolíticas reversíveis em doentes, principalmente em doentes dos grupos sanguíneos A, B e AB. Raramente, podem ocorrer casos de anemia hemolítica com necessidade de transfusão, após a terapêutica com dose elevada de IVIg. Têm sido observados casos de aumento do nível de creatinina sérica e/ou falha renal aguda. Muito raramente: Reacções tromboembólicas tais como enfarte do miocárdio, apoplexia, embolismo pulmonar e trombose venosa profunda. Foram realizados dois ensaios clínicos com KIOVIG, em doentes com imunodeficiência primária (IDP), na Europa e EUA. No estudo europeu, 22 indivíduos com hipo e agamaglobulinemia receberam KIOVIG durante cerca de 6 meses. O ensaio clínico norte-americano foi realizado em 61 indivíduos com IDP que receberam KIOVIG durante cerca de 12 meses. Na Europa, foi realizado um ensaio clínico adicional em 23 doentes com púrpura trombocitopénica idiopática (PTI). Durante os estudos não foram observadas reacções adversas (RA) graves, com a excepção de dois episódios de meningite asséptica num doente do estudo IDP norte-americano que se considerou possivelmente relacionado com o medicamento. A maioria das RAs observadas foram de natureza moderada a leve. Nos estudos IDP europeus e norte-americanos a taxa total de RAs por perfusão foi de 0,27. Como seria de esperar devido a tão maior dosagem, a taxa de RA por perfusão foi maior (0,49) no estudo PTI; 87,5% destas RAs foram avaliadas como leves. As RAs registadas nos três estudos e no período de pós-comercialização estão sumariadas e classificadas, na tabela abaixo, de acordo com as classes de sistemas de órgãos e a frequência segundo a base de dados MedDRA. Apresentação tabelada das reacções adversas A tabela apresentada abaixo está de acordo com a classificação de sistemas de órgãos da MedDRA (CSO e Nível de Termo Preferencial). As frequências foram avaliadas de acordo com a seguinte convenção: muito frequente (≥1/10); frequente (≥1/100, <1/10); pouco frequente (≥1/1.000, <1/100); raro (≥1/10.00, <1/1.000); muito raro (<1/10.000); desconhecido (não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis). As reacções adversas são apresentadas por ordem decrescente de gravidade dentro de cada classe de frequência. Frequência das Reacções Adversas (RAs) Doenças do sangue e do sistema linfático Doenças do sistema imunitário Doenças endócrinas Termo preferencial na base de dados MedDRA Categoria de frequência da RA Bronquite, nasofaringite Sinusite crónica, infecção fúngica, infecção, infecção renal, sinusite, infecção do tracto respiratório superior, infecção do tracto urinário, infecção bacteriana do tracto urinário Meningite asséptica Anemia, linfadenopatia Hemólise Choque anafiláctico, reacção anafiláctica, hipersensibilidade Frequente Pouco frequente Raro Pouco frequente Desconhecido Desconhecido Doença da tiróide Pouco frequente Informações Essenciais Compatíveis com o Resumo das Características do Medicamento - Kiovig – vs.007(JUL2011) Page4 Classes de Sistemas de Órgãos (CSO) segundo a base de dados MedDRA Infecções e infestações Frequência das Reacções Adversas (RAs) Classes de Sistemas de Órgãos (CSO) segundo a base de dados MedDRA Perturbações do foro psiquiátrico Doenças do sistema nervoso Termo preferencial na base de dados MedDRA Categoria de frequência da RA Ansiedade Pouco frequente Dores de cabeça Tonturas, enxaqueca Amnésia, sensação de queimadura, disartria, disgeusia, insónia Ataque isquémico transitório, tremor Conjuntivite, dor nos olhos, inchaço dos olhos Vertigem Fluído no ouvido médio Taquicardia Afrontamento cutâneo, hipertensão Frio nas extremidades, flebite Muito frequente Frequente Pouco frequente Desconhecido Pouco frequente Frequente Pouco frequente Frequente Frequente Pouco frequente Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino Trombose de veia profunda, hipotensão Tosse, rinorreia Asma, congestão nasal, inchaço orofaríngeo, dor faringolaríngea. Desconhecido Frequente Pouco frequente Doenças gastrointestinais Embolia pulmonar, edema pulmonar, dispneia Diarreia, náusea, vómitos Dor abdominal Desconhecido Frequente Desconhecido Comichão, erupção cutânea, urticária Edema angioneurótico, urticária aguda, suores frios, contusão, dermatite, erupção cutânea eritematosa, erupção cutânea com comichão Hiperidrose Frequente Pouco frequente Dor nas costas, mialgia, dores nas extremidades Espasmos musculares Frequente Pouco frequente Pirexia Fadiga, doença semelhante à gripe, dor no local de administração, inchaço no local de administração, calafrios Comichão no local de administração, sensação de aperto no peito, sensação de calor, flebite no local de administração, reacção no local de administração, sensibilidade no local de administração, mal-estar, edema periférico, tumefação Muito frequente Frequente Afecções oculares Afecções do ouvido e do labirinto Cardiopatias Vasculopatias Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos Afecções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos Perturbações gerais e alterações no local de administração Exames complementares de diagnóstico Complicações de intervenções relacionadas com lesões e intoxicações Pouco frequente Dor no peito, arrepios Desconhecido Aumento da temperatura corporal Colesterol sanguíneo aumentado, creatinina sanguínea aumentada, ureia sanguínea aumentada, hematócrito diminuído, contagem de glóbulos vermelhos diminuída, taxa respiratória aumentada, contagem de leucócitos diminuída Teste de Coombs directo positivo, saturação de oxigénio diminuída Lesão traumática pulmonar aguda relacionada com transfusão Frequente Pouco frequente Desconhecido Desconhecido ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES ESPECIAIS DE UTILIZAÇÃO Determinadas reacções adversas graves podem estar relacionadas com a velocidade de perfusão. A velocidade de perfusão apresentada deve ser rigorosamente respeitada. Os doentes devem ser atentamente monitorizados e cuidadosamente observados quanto a quaisquer sintomas durante todo o período de perfusão. Algumas reacções adversas podem ocorrer com maior frequência no caso de uma elevada velocidade de perfusão Page5 viii) Desconhecido Informações Essenciais Compatíveis com o Resumo das Características do Medicamento - Kiovig – vs.007(JUL2011) em doentes que estão a receber imunoglobulina humana normal pela primeira vez ou, em casos raros, quando o medicamento de imunoglobulina humana normal é trocado ou após um longo intervalo de tempo desde a perfusão anterior. As complicações potenciais podem geralmente ser evitadas, garantindo que os doentes: - não são sensíveis à imunoglobulina humana normal, iniciando a perfusão do medicamento lentamente (0,5 ml/kg PC/h); - são cuidadosamente monitorizados quanto a quaisquer sintomas durante todo o período de transfusão. Em especial, os doentes que nunca receberam imunoglobulina humana normal, os doentes que estavam a receber um medicamento de IVIg alternativo ou quando existiu um período de tempo prolongado desde a última perfusão, devem ser monitorizados durante a primeira perfusão e durante a primeira hora após a primeira perfusão, de forma a detectar potenciais sinais adversos. Todos os outros doentes devem ser observados durante pelo menos 20 minutos após a administração. Em caso de reacção adversa, a taxa de administração tem de ser reduzida ou a perfusão interrompida. O tratamento necessário depende da natureza e da gravidade da reacção adversa. Em caso de choque, deve ser implementado o tratamento médico padrão para choques. Em todos os doentes, a administração de IVIg requer: hidratação adequada antes do início da perfusão de IVIg monitorização da produção de urina monitorização dos níveis séricos de creatinina evitar a utilização concomitante de diuréticos de ansa Se para doentes com diabetes mellitus, for necessário diluir o KIOVIG para concentrações mais baixas, a utilização da solução de glucose a 5% para a diluição deve ser reconsiderada. Hipersensibilidade As reacções de hipersensibilidade verdadeira são raras. Podem ocorrer em doentes com anticorpos anti – IgA. A administração de IVIg não está indicada em doentes com deficiência de IgA selectiva, nos casos em que a deficiência de IgA é a única anomalia preocupante. Em casos raros, a imunoglobulina humana normal pode levar a uma queda da tensão sanguínea com reacção anafiláctica, mesmo em doentes que tenham anteriormente tolerado o tratamento com imunoglobulina humana normal. Insuficiência renal aguda Foram notificados casos de insuficiência renal aguda em doentes submetidos a terapêutica com IVIg. Estas reacções incluem insuficiência renal aguda, necrose tubular aguda, nefropatia tubular Informações Essenciais Compatíveis com o Resumo das Características do Medicamento - Kiovig – vs.007(JUL2011) Page6 Tromboembolia Existe evidência clínica de uma associação entre a administração de IVIg e ocorrências tromboembólicas tais como enfarte do miocárdio, acidente vascular cerebral (incluindo apoplexia), embolia pulmonar e trombose venosa profunda, que se supõe relacionada a um aumento relativo da viscosidade sanguínea provocada pela grande quantidade de imunoglobulina administrada em doentes de risco. Deve-se ter prudência ao prescrever e administrar IVIg a doentes obesos e a doentes com factores de risco preexistentes para ocorrências trombóticas (como antecedentes de aterosclerose, vários factores de risco cardiovascular, idade avançada, débito cardíaco comprometido, hipertensão, diabetes mellitus e um histórico de doença vascular ou episódios trombóticos, doentes com distúrbios trombofílicos adquiridos ou inatos, afecção hipercoagulável, doentes com períodos prolongados de imobilização, doentes com hipovolemia grave, doentes com patologias que aumentem a viscosidade do sangue). A hiperproteinemia, o aumento da viscosidade sérica e a subsequente pseudohiponatremia relativa podem ocorrer em doentes a receber terapêutica com IVIg. Tal deve ser tido em consideração pelos médicos, uma vez que a introdução ao tratamento da hiponatremia verdadeira (isto é, diminuição de água livre) nestes doentes, pode levar a um aumento da viscosidade sérica e possível predisposição para acontecimentos trombembólicos. Para doentes em risco de reacções adversas tromboembólicas, a administração de IVIg deve ser feita na mais baixa taxa de perfusão e dose possíveis. proximal e nefrose osmótica. Na maioria dos casos, foram identificados factores de risco como insuficiência renal preexistente, diabetes mellitus, hipovolemia, excesso de peso, utilização concomitante de medicamentos potencialmente nefrotóxicos, idade acima dos 65 anos, sepsia ou paraproteinemia. Em caso de insuficiência renal, deve – s e considerar a interrupção do tratamento com IVIg. Estes casos de disfunção renal e de insuficiência renal aguda foram associados à utilização de muitos dos medicamentos IVIg comercializados contendo vários excipientes como sacarose, glucose e maltose e aqueles contendo sacarose como estabilizador responderam por uma parte significativa do número total. Nos doentes de risco, pode ser considerada a utilização de medicamentos IVIg que não contêm estes excipientes. KIOVIG não contém sacarose, maltose nem glucose. Em doentes com risco de insuficiência renal aguda, os medicamentos de IVIg devem ser administrados nas mais baixas velocidade de perfusão e dosagem possíveis. Lesão traumática pulmonar aguda relacionada com transfusão (TRALI) Foram registados casos de edema pulmonar não cardiogénico (Lesão traumática pulmonar aguda relacionada com transfusão, TRALI) em doentes administrados com IVIg (incluindo KIOVIG). Síndrome de meningite asséptica (AMS) Foi notificado um episódio de síndrome de meningite asséptica que ocorreu em associação com o tratamento com IVIg. A descontinuação do tratamento com IVIg resultou na remissão da AMS em vários dias sem sequelas. A síndrome surge, normalmente, entre as primeiras horas e os dois dias que se seguem ao tratamento com IVIg.Os estudos do líquido cefalorraquidiano são 3 frequentemente positivos com uma pleocitose até vários milhares de células por mm , predominantemente da série granulocítia e dos elevados níveis de proteínas até várias centenas mg/dl.A AMS pode ocorrer mais frequentemente quando associada com doses elevadas (2g/kg) do tratamento com IVIg. Anemia hemolítica Os fármacos de IVIg podem conter anticorpos de grupo sanguíneo passíveis de actuar como hemolisinas, levando ao revestimento in vivo dos eritrócitos com imunoglobulina, o que irá provocar uma reacção positiva de antiglobulina directa (teste de Coombs) e, raramente, de hemólise. A seguir ao tratamento com IVIg é possível desenvolver anemia hemolítica, devido ao aumento da sequestração de eritrócitos (GV). Os receptores de IVIg devem ser monitorizados relativamente a sinaise sintomas clínicos de hemólise. Interferência com testes serológicos Depois da perfusão de imunoglobulina, o aumento transitório de diversos anticorpos transferidos passivamente no sangue dos doentes pode resultar em resultados falsos positivos nos testes serológicos. A transmissão passiva de anticorpos a antigénios de eritrócitos, por exemplo antigénios A, B, D, pode interferir com alguns testes serológicos de anticorpos de glóbulos vermelhos, por exemplo o teste antiglobulina directo (TAD, teste de Coombs directo). Page7 Agentes transmissíveis KIOVIG é elaborado a partir de plasma humano. As medidas standard para a prevenção de infecções resultantes da utilização de medicamentos preparados a partir de plasma incluem a selecção de dadores, a triagem das doações individuais e dos pools de plasma quanto a marcadores específicos de infecção e a inclusão de etapas de fabrico eficientes na inactivação/remoção de vírus. Apesar disto, quando são administrados medicamentos preparados a partir de sangue ou plasma humanos, a possibilidade de transmissão de agentes infecciosos não pode ser totalmente excluída. Isto também se aplica a vírus desconhecidos ou emergentes e outros agentes patogénicos. As medidas tomadas são consideradas eficazes para vírus com envelope tais como HIV, HBV e HCV, e para os vírus sem envelope HAV e o Parvovírus B19. Existem evidências tranquilizadoras relativamente à ausência de transmissão do vírus da hepatite A ou do parvovírus B19 com as imunoglobulinas, admitindo – se também que o conteúdo em anticorpos traz uma importante contribuição para a segurança quanto a vírus. Informações Essenciais Compatíveis com o Resumo das Características do Medicamento - Kiovig – vs.007(JUL2011) Recomenda-se fortemente que sempre que KIOVIG é administrado a um doente, o nome e o número do lote do medicamento sejam registados, de forma a manter uma ligação entre o doente e o lote do medicamento. ix) INTERACÇÕES MEDICAMENTOSAS E OUTRAS FORMAS DE INTERACÇÃO Vacinas de vírus vivos atenuados A administração de imunoglobulina pode diminuir, por um período mínimo de 6 semanas e de até 3 meses, a eficácia de vacinas de vírus vivos atenuados como as do sarampo, rubéola, parotidite e varicela. Depois da administração deste medicamento, deve decorrer um intervalo de 3 meses antes da vacinação com vacinas de vírus vivos atenuados. No caso do sarampo, a diminuição pode persistir por até 1 ano. Assim sendo, os doentes que recebem vacinas contra o sarampo devem ter o seu nível de anticorpos testado. A diluição de KIOVIG com solução de glucose a 5%, pode resultar num aumento dos níveis da glucose no sangue. População pediátrica Não existem estudos de interacção com o KIOVIG na população pediátrica. CONDIÇÕES DE CONSERVAÇÃO Conservar no frigorífico (2°C – 8°C). Não congelar. Manter o frasco para injectáveis dentro da embalagem exterior para proteger da luz. Durante o prazo de validade o medicamento pode ser conservado à temperatura ambiente (não mais de 25º C) até 1 ano. A data de transferência para a temperatura ambiente e o fim do período de 1 ano devem ser registados na embalagem exterior. Uma vez colocado à temperatura ambiente o medicamento não poderá voltar para o frigorífico e deve ser rejeitado se não tiver sido utilizado no fim do período de 1 ano. - Classificação quanto à dispensa ao público: MSRM - Para mais informações deverá contactar o titular da autorização de introdução no mercado Page8 x) Informações Essenciais Compatíveis com o Resumo das Características do Medicamento - Kiovig – vs.007(JUL2011)