A Missa era a forma musical mais importante para os compositores

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MISSA
A Missa era a forma musical mais importante para os compositores da Ars Nova e Renascença.
Durante a Idade Média, a música tinha evoluído da monodia gregoriana para a polifonia vocal e
instrumental. Em termos modernos, diríamos que a missa era o contexto onde os compositores
aplicavam mais significativamente os seus esforços criativos.
Algumas missas caracterizavam-se por usarem um tema base - o cantus firmus - geralmente
tomado de empréstimo, e que funcionava como uma espécie de viga melódica sobre a qual se construía
o edifício polifônico. A fonte podia ser sagrada ou profana; depois era isorritmicamente tornada
irreconhecível e colocada, com o texto litúrgico, nas vozes interiores (tenor e alto) ao longo da missa,
unificando assim as várias partes: Kyrie, Gloria, Credo, Sanctus & Agnus Dei.
Guillaume Dufay (1397-1474)
Josquin Desprez (c.1440-1521)
Guillaume Dufay, um dos primeiros grandes mestres franco-flamengos, foi pioneiro no uso de
canções populares em missas de cantus firmus, como a missa L'Homme Armé, obra que sobreviveu
através de livros iluminados. Mas cinqüenta anos depois, já na era da música impressa, Josquin
Desprez - “o príncipe dos compositores” - inovou a tradição, alargando o cantus firmus às outras vozes,
em missas como L'Homme Armé, publicada em 1502 pelo editor Petrucci de Veneza.
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O Renascimento trouxe uma expressiva evolução tanto para a música sacra quanto para a
secular. Na música sacra os compositores concentravam seus esforços em missas e motetos.
As melodias do Canto Gregoriano tinham-se constituído no material básico das primeiras
composições polifônicas das missas, porém Guillaume Dufay (c. 1400-1474) e outros usaram canções
seculares com a mesma finalidade.
Músicos dos Países Baixos dominaram o cenário musical europeu durante a segunda metade do
séc. XV. O estilo polifônico estabelecido por Johannes Ockeghem (1425-1495) e Josquin des Près
(1440-1521) ampliou a dimensão sonora e persistiu até o início do séc. XVI; gradualmente, porém,
diversos estilos e formas nacionais começaram a surgir. Na Alemanha, o coral luterano estabeleceu
suas raízes, enquanto na Inglaterra o hino (o equivalente protestante do moteto latino) assumiu seu
lugar na liturgia da Igreja Anglicana.
A missa polifônica alcançou seu apogeu através da obra de três grandes compositores: o italiano
Giovanni Palestrina (1525-1584), o espanhol Luis de Victoria (1548-1611) e o flamengo Orlando de
Lassus (1532-1594). Em Veneza, um estilo multicoral mais rebuscado foi desenvolvido por Andrea
Gabrieli (1510-1586) e seu sobrinho e aluno Giovanni Gabrieli (1557-1612). Giovani Pierluigi da
Palestrinha indica os rumos da música na Igreja Católica, organizando e simplificando o contraponto.
No ambiente da Contra Reforma, Palestrina foi incumbido de escrever uma música que buscasse
uma maior compreensão do texto litúrgico.
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