Audiência Pública Primeira Infância diante do desafio do Zika vírus

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Audiência Pública
Primeira Infância
diante do desafio
do Zika vírus
Brasília, 6 de julho de 2016
O vídeo atingiu
950.000
usuários,
480.000 pontos
de vista e
3.500 ações em
mídia social.
Uma história de amor, solidariedade e de
superação.
Duda nasceu com microcefalia e
hoje recebe o amor de 3 mães.
Fonte: https://www.facebook.com/UNICEFBrasil/videos/vb.128850220504786/1074144479308684/?type=2&theater
Casos notificados e confirmados da Síndrome do ZIKAv no Brasil*
Fonte: Ministério da Saúde/BRZ (dados atualizados até 30/06/2016).
Primeira etapa de planejamento do projeto
Recife-PE, dias 18 e 19/04/2016
 Parceiros
• Ministério da Saúde
• OPAS/OMS, ONU Mulheres, UNFPA;
• Secretarias Municipais de Saúde,
- Recife-PE e de Campina Grande-PB,
• Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco,
• Universidades;
• Fundações; Associação de Assistência à Criança Deficiente AACD
• Serviços de saúde (Hospitais, NASF, Unidades Básicas)
• Mães e cuidadores de crianças com Síndrome Congênita
do ZIKA vírus (SCZv).
• Parceiro estratégico do UNICEF: Fundação Altino Ventura.
 Público da pesquisa
 Mães de bebês com microcefalia (SCZv)
2 Grupos de mães
1 Grupo de profissionais
 Profissionais de saúde
 Metodologia: Sala Espelho
Iniciativa:
 Principais achados: jornada das mães e suas crianças.
 Principais achados: jornada das mães e suas crianças.
Financeiro
Transporte
 Comprometimento do orçamento familiar
(medicamentos, leite e muitos deslocamentos, que
tomam o dia todo, todos os dias)
 A maioria precisou deixar de trabalhar para acompanhar
o bebê nos centros de atendimento
 Entre os mais frequentes nas discussões
 Direito ao passe livre ainda apresenta falhas
 Documento provisório do passe livre gera conflitos
(cobradores e motoristas se recusam a aceitá-lo)
 É no transporte público que as mães sofrem a maior
parte das situações de preconceito, tanto por
funcionários quanto por outros passageiros
 Principais achados
Confronto inicial
com a doença
“A médica disse: mãe se conforme, você tem uma bebê
especial, tem que se conformar e pronto. Mas a gente não
quer escutar que o nosso filho é doente, aleijado, é uma
geração perdida.”
 Principais achados:
Estigma e
Discriminação
“Teve um homem que falou que teve uma
praga de gafanhotos e que os bebês de
microcefalia são mais uma praga... Está
passando a novela ‘Os 10 Mandamentos’, eles
estão associando, dizem que nossos filhos são
uma das pragas que estão vindo.”
 Principais achados: Apoio familiar e social
 Marido é principal aliado
 Maridos são dependentes das esposas para cuidar dos
bebês com microcefalia
 Mães ficam sem tempo para cuidar dos outros filhos
 Estresse e fadiga física devido aos longos períodos nos
centros de atendimento, todos os dias; má
alimentação;
 Relatos de abandono (família, amigos e até dos
maridos)
 Há relatos de mães que abandonaram seus filhos
 Estigma e discriminação
 Principais achados
Apoio familiar
e social
“A gente está fora de casa de segunda à sexta, estamos nas
terapias, fono, fisio, estimulação visual, auditiva.”
“Meu filho faz 4 dias de terapia na semana em 3 lugares
diferentes.”
 Principais achados:
Desafios das mães
na rede de
atendimento
 Gostariam de mais reconhecimento dos centros de
atendimento (sentem que só se interessam pela pesquisa,
e não por seus filhos, e muito menos pelas mães)
 Alegam que não têm acesso a resultados de exames de
seus filhos
Photo credit: ©UNICEF/BRZ/Jorge Barbosa
 Principais achados:
Necessidades das
mães na rede de
atendimento
 Faltam centros de atendimento fora da capital
 Apoio às mães nos centros de atendimento com
alguém cuidando da criança para que possam ir
ao banheiro, almoçar etc.
 Atendimento rotineiro (clínico) às mães nos
mesmo locais em que levam os filhos (ou elas não
têm como ir ao médico) centralização em um
único local
 Necessidade de orientações mais precisas sobre
diagnóstico e tratamento
 Receber informações e materiais para estimular
bebês em casa
 Principais achados: conhecimento e informação
 Principais achados: conhecimento e informação
Cuidados em casa
 Falta conhecimento sobre o que é a doença
 Muitas informações imprecisas
 Não recebem orientações sobre alimentação (muitas
não amamentam)
 Não recebem informação sobre o que fazer em
emergências (por exemplo, convulsões)
 Faltam informações sobre estimulação em casa, o que
aumenta a necessidade de ir até os centros de
atendimento
 Principais achados: conhecimento e informação
Cuidados em casa
“Não consigo colocar em prática o que aprendo. Ele (bebê) fica
irritado ou não quer fazer o exercício”
“Deixo ela no tapetinho com alguns com os brinquedos e nosso
cachorrinho...”
Profissionais de saúde
 Principais achados
Confronto inicial
com a doença
 Despreparo dos profissionais
 Muitos ficaram emocionalmente abalados
“Eu não conseguia encarar essas crianças, não aguentava.
Eu saía e chorava, não conseguia colocar eles no colo. Teve
um dia que vimos 70 crianças, foi muito difícil.”
“A informação não é suficiente de maneira nenhuma. A
gente tem o básico, é em cima dele que a gente faz
algumas intervenções, a gente precisa de mais
capacitação”.
 Principais achados:
 Estabelecer relação de confiança entre profissionais e mães:
ter segurança com informações e aprender a falar a
linguagem das mães
 Afirmam que eles e a rede pública não estão preparados para
acolher e estabelecer relação de confiança com as mães e
Necessidades
gostariam de apoio
dos
profissionals
 Cursos de aperfeiçoamento para médicos direcionados a
questões específicas desses bebês e capacitação prática
 Agentes Comunitários de Saúde demandam mais treinamento
sobre o assunto (afirmam não ter recebido nenhum protocolo
sobre como tratar o tema)
 Integração entre profissionais de diversas áreas
 Principais achados:
Sugestões dos
profissionais
entrevistados
 Expandir geograficamente a rede de atendimento para as
regiões mais próximas das residências das famílias com
crianças com microcefalia
 Estabelecer como rotina a realização de Rodas de Conversa
para ajudar a superar a angústia e o estresse do seu trabalho
Estratégia
de apoio
a gestantes,
famílias e
cuidadores de
crianças com
SCZv e outras
deficiências
Objetivo geral
Elaborar, implementar e avaliar uma
metodologia de intervenção para a atenção
integral e humanizada de gestantes, famílias
e cuidadores de crianças com Síndrome
Congênita do ZIKAv e outras deficiências.
 Eixos estratégicos
1
2
3
Trabalho com as
gestantes,
famílias e
cuidadores
Trabalho com os
profissionais de
saúde, educação
e proteção social
Atenção integral
e integrada, e
atuação em rede
Resultados estratégicos do Projeto
I - Municípios de Recife/PE e Campina Grande/PB implementando
metodologia estruturada de intervenção para o trabalho com
gestantes com história sugestiva de infecção por Zikav, famílias e
cuidadores de crianças com Síndrome Congênita do Zikav (SCZv)
e outras deficiências.
II - Metodologia de intervenção baseada em evidências,
disseminada em âmbito nacional a partir da experiência piloto de
Recife-PE e Campina Grande-PB, disponível para profissionais de
saúde, educação, proteção, gestantes, famílias e cuidadores de
crianças com SCZv e outras deficiências.
Cristina Albuquerque
Chief of Child Survival & Development,
and HIV/AIDS
Tel: 61 3035 1965
E-mail: [email protected]
Todos juntos pelas crianças
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