simpósio internacional de ciências integradas integradas da unaerp

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SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS INTEGRADAS
INTEGRADAS DA UNAERP CAMPOS GURUJÁ
Intervenção Fisioterapêutica na
Cardiopatia Congênita
Elaine de Fátima da Silva
Graduando do curso de fisioterapia
UNAERP – Universidade de Ribeirão Preto – Campus Guarujá
[email protected]
Ivan dos Santos Vivas
Docente do curso de Fisioterapia
Unaerp – Universidade de Ribeirão Preto – Campus Guarujá
Este simpósio tem o apoio da Fundação Fernando Eduardo Lee
Resumo:
A Cardiopatia Congênita (CC), malformações do coração causadas por
fatores ambientais e anormalidades cromossômicas, quanto mais
precoce o aparecimento de um defeito no desenvolvimento da vida intrauterina, mais complexa a cardiopatia existente (REGENGA, 2000).
A Fisioterapia como parte importante na equipe multidisciplinar de uma
UTI, pode atuar tanto no pré-operatório como no pós-operatório da
Cardiopatia Congênita.
Palavras chave: Cardiopatia Congênita, Fisioterapia
Seção 4 – Trabalho de Conclusão de Curso – Fisioterapia.
Apresentação: pôster
1. Introdução
Perto de um em cada 100 recém-nascidos apresentam alguma anomalia
congênita do coração. Cerca de metade dos recém-nascidos afetados vem a
falecer no decorrer do primeiro ano de vida, seja em decorrência de uma
cardiopatia seja de alguma malformação congênita associada, a não ser que
recebam tratamento. O prognóstico é relativamente bom para os casos que
sobrevivem este período; entre os 5 anos
de idade e o início da idade adulta, a prevalência das CC se mantém em torno
de 3/1.000. A partir desta idade, as lesões menos graves começam a fazer
suas vítimas: os pacientes portadores de CC não corrigida dificilmente
sobrevivem além dos 40 anos. A maioria das CC são passíveis de correção
cirúrgica: Esta cura a lesão em alguns casos, mas outras vezes permanece
alguma anomalia residual que continua exigindo atenção. (DESMOND, 2000).
Em sua maioria as CC podem, por predisposição genética e também de
estímulos ambientais. Porém, algumas lesões cardíacas congênitas podem
estar relacionadas a anomalias cromossômicas, como em 90% dos casos de
pacientes com trissomia 18, em 50% dos pacientes com trissomia 21 e em 40%
dos pacientes de Síndrome de Tunner. As associações com fatores ambientas
conhecidos soma-se de dois a 4 % dos casos de CC, influências teratogênicas,
como diabetes melito materno, fenilcetonúrias, lúpus entre outros
(BERNSTEIN, 2009).
2. Embriologia
O primeiro grande sistema a funcionar no embrião é o sistema
cardiovascular. Na metade da terceira semana o coração
primitivo começa a aparecer. Esse desenvolvimento torna-se
necessário pelo rápido crescimento do feto, para que possa
continuar suficiente o aporte de oxigênio e as necessidades
nutricionais (MOORE, 2000)
Uns dos primeiros indícios crescimento do coração é o surgimento de
um par de canais endoteliais – os cordões angioblásticos – no período
da terceira semana. Estes se canalizam e formamos tubos endocárdicos
do coração, que se fundindo formam o coração tubular, no fim na
terceira semana. As primeiras batidas do coração iniciam-se a partir
dos 22 dias, com o fluxo de sangue iniciando-se durante a quarta
semana (MOORE, 2000).
Períodos que compreendem da terceira à sexta semana de gestação é
onde ocorrem os principais eventos da formação do coração. Sendo este
um período crítico, no qual pode-se desenvolver algum processo de máformação na diferenciação celular, que pode modificar estruturas
adjacentes e alterações na velocidade de e direção do fluxo de sangue
para vários órgãos e sistemas ( ABUD, 2000)
Durante a quinta semana formam-se septos no interior dos átrios e
ventrículos, subdividindo-se essas cavidades em duas. No fim da oitava
semana, o coração já apresenta estrutura que manterá até o
nascimento (DESMOND, 2000).
3. Divisão das Cardiopatias Congênitas
As CC podem se dividir em Cardiopatia Congênita Acianóticas:
Obstrutivas (estenose mitral, aórtica e pulmonar e Coarctação da
aorta).E com desvios de sangue da esquerda para a direita
(Comunicação interatrial, Comunicação interventricular e persistência
do canal arterial). E Cardiopatia Congênita Cianóticas: Com hipofluxo
pulmonar (Tetralogia de Fallot, atresia pulmonar, atresia da tricúspide e
anomalia de Ebstein). E com hiperfluxo pulmonar (trasposição das
grandes artérias, hipoplasia do ventrículo esquerdo, tronco arterial
comum e ventrículo único).
As CC Acianóticas tem como sua manifestação clínica insuficiência
cardíaca
congestiva,
dispnéia,
hepatomegalia,
taquicardia
e
cardiomegalia. As deformidades torácicas podem estar presentes nos
primeiros meses de visa nos pacientes com repercussão clínica devido a
cardiomegalia.
As CC Cianóticas com hipofluxo pulmonar tem como sinais e sintomas
mais evidentes a cianose por causa do shunt D-E, cansaço a pequenos
e médios esforços dependendo do grau da hipoxemia (algumas vezes
detectados durante as mamadas).
As CC Cianóticas com hiperfluxo tem como repercussão principal a
insuficiência cardíaca.
4.Tratamento
Dada a variedade de distúrbios de ordem congênita e o aprimoramento
da técnicas cirúrgicas, a sobrevivência tem aumentado e com ela o
número de crianças que portam seqüelas das correções cirúrgicas, seja
por dificuldade técnica da correção seja por complicações inerentes ao
pós-operatório.
As cirurgias são realizadas com anestesia geral, com entubação
orotraqueal e assistência da ventilação mecânica e algumas necessitam
de circulação extracorpórea e hiportemia para diminuir o consumo de
oxigênio (cirurgias com o coração aberto).
Existem as cirurgias cardíacas paliativas como: Cirurgia de BlalockTaussig, a de Fontan, de glenn, de Noorwood e a da atresia pulmonar.
A fisioterapia atua no pré-operatório, na avaliação da repercurssões
respiratórias das CC. E no pós-operatório visando estabelecer os
parâmetros da ventilação mecânica, verificar a expansibilidade da caixa
torácica, verificar logo que possível a radiografia do tórax e a parte
hemodinâmica da criança. Sendo o objetivo da fisioterapia após esses
procedimentos, a higiene brônquica e a redução do desconforto
respiratório, a fim de propiciar conforto a criança num pós-operatório.
Referências
JULIAN, Desmond G.; COWAN, J. Campbell. Cardiologia. 6. ed. São Paulo:
Santos, 2000.
MOORE, Keith L.; PERSAUD. Embriologia Clínica. 6 ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan 2000.
REGENGA, Marisa de Moraes. Fisioterapia em Cardiologia da unidade de
terapia intensiva à reabilitação. São Paulo: Roca, 2000.
ABUD, Kelly Cristina de Oliveira, Cardiopatia Congênita, In: SARMENTO,
George Jerre Vieira; PEIXE, Adriana de Arruda Falcão; CARVALHO, Fabiane
Alves de. Fisioterapia Respiratória e Neonatologia. Barueri: Manole, 2007.
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