TUMOR ESTROMAL GASTROINTESTINAL: RELATO DE CASO Lawrence Raizama Gonçalves Costa1 Massabiel Rocha Arnaud Segundo2 Rafael Eugenio Lazarotto2 Sâmia Everuza Ferreira Fernandes2 Wandeberg Gomes de Albuquerque3 RESUMO Os tumores estromais gastrointestinais são raros, e são as neoplasias mesenquimais mais comuns do tubo digestivo, ocorrendo, predominantemente, entre a 5ª e a 7ª década de vida. O relato de caso descreve um tumor que apresentou-se em uma paciente de 76 anos, com queixa de desconforto abdominal por um abaulamento em abdômen há 06 meses, e foi verificado a presença de massa de grande tamanho, sem relato de inapetência, dores ou obstrução. O diagnóstico do tumor estromal gastrointestinal foi sugerido inicialmente, mesmo com quadro clínico atípico, e confirmado com a localização e características morfológicas celulares típicas e imuno-histoquímica positiva para c-Kit (CD117), que usualmente não é possível por biópsias endoscópicas. O tratamento padrão para tumor não metastático é a ressecção cirúrgica completa da lesão, mais o tratamento adjuvante após ressecção, com o imatinib, para prevenir ou retardar a recidiva e consequentemente prolongar a sobrevida. Palavras-chave: Tumor Estromal. Neoplasias. Recidiva. 1 Acadêmico do Curso de Medicina da Faculdade de Medicina Nova Esperança-FAMENE. End.: Av. Olinda nº 407 João Pessoa-PB. CEP: 58039-120. Tel.: (83) 9920-2333. E-mail: [email protected]. 2 Acadêmica de Medicina do 11º período, da Faculdade de Medicina Nova Esperança - FAMENE. 3 Médico Cirurgião, Mestre e docente da Faculdade de Medicina Nova Esperança-FAMENE. Rev. Ciênc. Saúde Nova Esperança – Dez. 2014;12(2) INTRODUÇÃO Embora relativamente raros, os tumores estromais do trato gastrointestinal compreendem a maioria dos tumores mesenquimais do trato digestivo1 e constituem 5% de todos os sarcomas2. Ocorrem, predominantemente, entre a 5ª e a 7ª década de vida, sendo infrequente a ocorrência em idades extremas3. Tem distribuição similar entre homens e mulheres4. São derivados das células intersticiais de Cajal, localizadas ao nível do plexo mioentérico, entre a camada muscular longitudinal e a circular do trato gastrointestinal. As células de Cajal são responsáveis pela motilidade intestinal, sendo chamadas de células marca-passo do trato gastrointestinal. Essas células apresentam características imunofenotípicas e ultraestruturais, tanto de músculo liso quanto de diferenciação neural, e expressam o receptor Kit (CD117)5. Esses tumores expressam o receptor transmembrana da tirosinakinase CD 117 e CD 34 e mutações com ativação destes receptores proporcionadas pelo proto-oncogene Kit, fazem com que apareça neoplasia. O marcador CD 117 ou Kit, que apresenta mutação no GIST, provoca alterações morfofisiológicas específicas e inicia-se um processo de transmissão de sinais intracelulares através de múltiplas vias de transdução, com ativação da tirosinacinase, com desencadeamento do estímulo para a proliferação celular continuada e resistência à apoptose6. Grosseiramente, os turmores estromais, são descritos como massas bem delimitadas que surgem na lâmina própria. Por terem origem intramural, eles frequentemente se projetam exofítica e/ou intraluminalmente, podendo ulcerar a mucosa, e seu diâmetro pode chegar a 30 cm² 7. Eles podem se originar de qualquer local do trato gastrointestinal, do esôfago ao ânus. Em relação à distribuição, 50% a 60% das lesões são provenientes do estômago, 20% a 30% do intestino delgado, 10% do intestino grosso, 5% do esôfago e 5% de outros locais da cavidade abdominal8. Na região ano-retal são pouco frequentes, sendo ainda mais raros os que aparentam origem extragastrointestinal (por vezes designados como EGIST). Estes casos podem derivar dos epíplons, do meso-reto, colocando-se também a hipótese de origem no reto, havendo um crescimento extra-mural tão extenso que leva à sua separação. Nesta região têm um comportamento mais agressivo e maior taxa de recidiva, em grande parte devido à dificuldade da ressecção completa4. A apresentação clínica é variável e se correlaciona, principalmente, com a localização e tamanho da lesão. Lesões pequenas são geralmente achadas incidentalmente à laparotomia para tratamento de outras condições clínicas. Lesões maiores podem ser detectadas por achados radiológicos ou endoscópicos incidentais. Dependendo da sua localização e seu tamanho, podem iniciar com um quadro de obstrução intestinal. Dor, perda de peso e massas palpáveis estão associados com tumores grandes e que, muitas vezes, sugerem malignidade. Alguns tumores crescem rapidamente em relação ao suprimento vascular, leva a uma área de necrose, ulcerando a mucosa adjacente e causando quadros de melena e enterorragia9. O consenso atual é que o diagnóstico seja feito quando existirem quadro clínico, características morfológicas celulares típicas e imuno-histoquímica positiva para c-Kit (CD117)10. O tratamento padrão para pacientes com tumores estromais gastrointestinais não metastático é a ressecção cirúrgica completa da lesão, Rev. Ciênc. Saúde Nova Esperança – Dez. 2014;12(2) pois oferece a maior chance de cura. A descoberta do STI571 (imatinib) revolucionou o tratamento, por ser a primeira terapia a agir especificamente na alteração molecular responsável pela etiologia da doença. Recentemente, o imatinib passou a ser considerado para terapia adjuvante após ressecção completa do tumor primário11. antecedentes pessoais relevantes. Faz uso de Propanolol 40mg 2x/dia devido à cefaleia crônica e Gingo biloba 80mg 1x/dia. OBJETIVO Relatar um caso clínico de GIST de grande tamanho em paciente idosa do sexo feminino, que se apresentou com pouca clínica, “desconforto em abdômen, por haver uma elevação do abdômen em quadrante superior esquerdo”, assim como sua investigação e evolução. Exame físico Paciente se encontrava eupneica, afebril, anictérica, acianótica, normocorada e hidratada. Possuía ainda fácies atípica. Os exames clínicos dos aparelhos respiratórios e cardiovasculares não apresentaram alterações significativas. Apresentava abdômen globoso, assimétrico, indolor, com uma massa em QSE. Sinal de Murphy e Giordano (-), sem estigmas de doença hepática crônica. Nas extremidades, não apresentava edema de membros inferiores. RELATO DO CASO Anamnese Paciente de 76 anos, sexo feminino, parda, viúva, aposentada, segundo grau completo, natural e procedente de João pessoa-PB. Recorreu ao serviço ambulatorial com queixa de desconforto abdominal e abaulamento em abdômen em quadrante superior esquerdo (QSE) há 06 meses. A mesma nega presença de constipação intestinal, febre, perda de peso, náuseas e vômitos. Sem Exames subsidiários: 1. Tomografia computadorizada de abdome: Na TC do abdômen superior foi identificado um processo expansivo predominantemente cístico de contornos definidos, apresentando lesões vegetantes na parede interna e calcificações amorfas, no retroperitoneo ao nível do flanco esquerdo, medindo 12.0 x 9.0 cm e um cisto simples em rim direito (Figuras 1 e 2). Rev. Ciênc. Saúde Nova Esperança – Dez. 2014;12(2) Figura 1 - Identificado um processo expansivo de contornos bem definidos e calcificação no interior em retro-peritoneo de flanco esquerdo. Lesão cística em rim esquerdo. Figura 2 - Processo expansivo predominantemente cístico de contornos definidos, apresentando lesões vegetantes na parede interna e calcificações amorfas, medindo 12.0 x 9.0 cm. 2. Ultrassonografia de abdome total: No exame de ultrassonografia, foi identificada uma imagem hipoecogênica heterogênea, localizada em hipocôndrio esquerdo e médio 10.3 x 7.4 x 12.8 cm. 3. Exames laboratoriais: Hemograma, coagulograma, glicose, CEA e CA19.9. Exames Eritrocitos milhoes/mm3 Hemoglobina(g/dl) Hematócrito(%) VCM(fl) 4.36 13.3 39.4 90.4 Exames Segmentados (%) 56 Linfócitos típicos (%) 37 Plaquetas 177.000 Atividade de protrombina (%) 69.5 Rev. Ciênc. Saúde Nova Esperança – Dez. 2014;12(2) HCM(pg) CHCM(g/dl) RDW(%) Leucócitos(/mm3) Bastões (%) 30.5 33.8 11,6 5.900 0 Hipótese diagnóstica: Tumor mesenquimal do trato digestivo. Avaliação cardíaco: de risco cirúrgico ECG: apresentou bradicardia sinusal, frequência ventricular de 52 bpm e BRD. Conclusão: Risco cirúrgico classe I de Goldman/Destky. Recomendações: Suspender propanolol e gingo biloba, fazer profilaxia de tromboembolismo no POS. Conduta: Paciente foi submetida à laparotomia exploratória para exérese de tumor retroperitoneal + gastrectomia parcial. O exame histológico foi por cortes histológicos seriados, se identificou tumor de estroma gastrointestinal de baixo grau. A paciente evoluiu-se bem, com boa recuperação da cirurgia; recebeu alta no 4º dia de pós-operatório. DISCUSSÃO No referente caso, a apresentação tumoral em região de grande curvatura do estômago, corresponde à região de maior apresentação do tumor, com 50% a 60% na distribuição do trato gastrointestinal, o que possibilitou a escolha do tratamento, sendo a exérese do tumor mais gastrectomia parcial, que foi realizado sem intercorrências durante a cirurgia. O diagnóstico pré-operatório por endoscopia não é frequente, e o aspecto radiológico das lesões grandes se assemelha com sarcomas TTPA CEA (mcg/L) CA19.9 (U/ml) Glicose (mg/dl) 30.6 seg 0,95 37.3 94 retroperitoneais e não sinaliza ao médico a possibilidade de o tumor se originar no próprio trato digestivo11. O consenso atual é que o diagnóstico seja feito quando existirem quadro clínico, características morfológicas celulares típicas e imuno-histoquímica positiva para c-Kit (CD117). Dessa forma, o diagnóstico na prática diária deve ser suspeitado nos casos de tumores de células fusiformes, descobertos incidentalmente, ou após episódios de hemorragia digestiva, cujo exame histológico demonstre neoplasia fusocelular. Para a confirmação é mandatório o exame imuno-histoquímico com pesquisa do CD 117 (c-Kit)10. O diagnóstico é suspeitado histologicamente porque apresentam aparência uniforme dentro de três categorias: 1. Células fusiformes (70%); 2. Células epitelióides (20%); 3. Células fusiformes e epitelióides (10%). A imuno-histoquímica mostra muitos tumores estromais gastrointestinais com marcadores para músculo liso e outros com marcadores neuronais, ou com ambos os marcadores ou com nenhum marcador e, cerca de 60% a 70% mostram positividade também para CD34, apesar da positividade do kit (CD117)12. O exame radiológico não é específico e contrastado com bário pode mostrar massa com componente exofítico, com limites precisos por ser um tumor intramural e extramucoso9. A tomografia computadorizada (TC) com contraste oral e venoso é ideal para definir a extensão exofítica e intramural do tumor. Ocasionalmente, pode apresentar calcificação focal. Em Rev. Ciênc. Saúde Nova Esperança – Dez. 2014;12(2) tumores estromais gastrointestinais com áreas de necrose, há uma massa heterogênea com bordos elevados e com densidade variada, área central irregular com fluidos, ar e contraste oral, sem comprometimento linfonodal. A TC é essencial para o diagnóstico de metástases no fígado, pulmão, peritônio e lesões ósseas9. As metástases do tumor estromal gastrointestinal para peritônio e fígado podem ocorrer em até 38% dos casos, pulmão, mesentério, omento, ovário e bexiga são sítios menos comuns13. No caso da paciente, foi identificado um processo expansivo predominantemente cístico de contornos definidos, apresentando lesões vegetantes na parede interna e calcificações amorfas, medindo 12.0 x 9.0 cm. Não foi identificada metástase por imagem ou por avaliações locais no ato cirúrgico, o que sugere um melhor prognóstico quanto à presença de metástase, e por não existir um consenso definido. A presença da metástase inviabiliza a retirada completa do tumor e, em alguns casos, o tratamento é apenas paliativo. A metástase nodal é um evento infrequente, não havendo subsídio na literatura que corrobore a realização de linfadenectomia de rotina, salvo na presença de linfonodos macroscopicamente suspeitos2. Na Ressonância Magnética (RM), pode aparecer como uma massa heterogênea com áreas císticas ou necróticas. A massa tende a ser isointensa em relação ao músculo esquelético9. A ultrassonografia endoscópica tornou-se uma imprescindível modalidade de imagem para o diagnóstico clínico do tumor estromal gastrointestinal e sua diferenciação das outras neoplasias submucosas. Este tipo de tumor possui uma aparência hipoecóica e pode ser visto originado por quatro camadas endossonográficas hipoecóicas na muscular própria. Geralmente, apresenta-se como massa ovoide ou em formato elíptico e pode ser multilobular ou pediculado14. No exame de ultrassonografia, foi identificada uma imagem hipoecogênica heterogênea, localizada em hipocôndrio esquerdo e médio 10.3 x 7.4 x 12.8 cm. A biópsia no préoperatório, com uso de aspiração por agulha fina guiado por ultrassom, não é recomendado14. A predição do comportamento biológico do tumor estromal gastrointestina é problemática, os achados são conflitantes e não há consenso15. Mesmo que até o presente momento não exista um consenso quanto a sua diferenciação, alguns patologistas o classifica como baixo risco de malignidade (<1cm) e alto risco de malignidade (>5cm). Os tumores de intestino delgado se comportam mais frequentemente como mais agressivos que os de outros locais, entretanto, a malignidade depende da recorrência e 16 metástases . Tumores volumosos e com grande atividade mitótica estão associados com pior prognóstico independente do sítio no trato gastrintestinal. Alguns estudos demonstram recidiva em um tempo médio de recorrência entre 1,5 e 2 anos de pós-operatório17. No caso de nossa paciente, temos o intervalo de tempo de um ano, e até o momento com bons resultados no acompanhamento. O tratamento padrão em tumores estromais gastrointestinais não metastático é a ressecção cirúrgica completa da lesão, pois oferece a maior chance de cura. A ressecção cirúrgica deve ser feita de forma meticulosa, visando prevenir a rotura tumoral durante a ressecção, o que teria um impacto adverso no prognóstico11. O tipo de ressecção a ser empregada está na dependência da localização e do tamanho do tumor. Rev. Ciênc. Saúde Nova Esperança – Dez. 2014;12(2) As lesões com suspeita de invasão de órgãos adjacentes devem ser tratadas por cirurgia radical através da ressecção em monobloco do órgão acometido. É mandatório que a ressecção obtenha margens negativas checadas por exame de congelação intraoperatória, pois a presença de doença residual influencia negativamente a sobrevida16. A ressecção laparoscópica tem sido empregada, sendo descritas pequenas séries de casos no manejo de lesões menores que 3cm, conferindo vantagens como mínima manipulação tumoral18. Devido à ausência de tratamento alternativo efetivo para o tratamento dos tumores estromais gastrointestinais avançados, considerando a redução da mortalidade de 28% em 1 ano e 30% após 2 anos, ser bem inferior ao descrito na literatura, o uso do imatinib durante 1 ano deve ser indicado para os pacientes que tenham tumores irressecáveis, metastáticos ou 19,11 adjuvante . A resposta máxima ao fármaco surge aos 4-6 meses, se não houver resposta ao tratamento nesta fase, deve-se fazer nova intervenção cirúrgica. Tendo em conta a elevada taxa de recidiva em quem para o imatinib, é aconselhável o seu uso ininterrupto20. O tratamento de escolha para a paciente foi o padrão para um tumor estromal gastrointestinal não metastático, oferecendo a maior chance de cura. A prevenção da recidiva foi feita com Imatinib, que é sugerida devido à grande chance de recorrência do tumor, prevenindo ou retardando a recidiva, consequentemente, prolongando a sobrevida11. O prognóstico depende, principalmente, do tamanho do tumor, da presença de metástases da atividade mitótica e subtipo histológico do tumor estromal gastrointestinal21 CONCLUSÃO No relato de caso, foi descrito um tumor gastrointestinal de localização gástrica em local de maior prevalência, que se apresentou e comportou da forma esperada, descrito na literatura. As manifestações clínicas que foram inesperadas, surgiram por incômodo devido ao grande tamanho do tumor, apresentando desconforto abdominal e abaulamento em flanco esquerdo, principais queixas da paciente, contrariando a literatura. A suspeita diagnóstica veio pela localização, características dos exames de imagem e comprovado pelo histopatológico por cortes seriados, demonstrando tumor de estroma gastrointestinal de baixo grau. O prognóstico não é favorável por ser um tumor de grande tamanho, o que sugere tumor com poder de malignidade segundo aos registros de recorrência que estão entre 1,5 a 2 anos de pós-operatório, o que modificou o tratamento, prevenindo a recidiva com o uso de imatinib. A conduta tomada para a paciente foi baseada nos estudos atuais, que sugere a ressecção de tumor de retroperitoneo, gastrectomia parcial e imatinib no pós-operatório prevenindo recidiva. Rev. Ciênc. Saúde Nova Esperança – Dez. 2014;12(2) GASTROINTESTINAL STROMAL TUMOR: A CASE REPORT ABSTRACT Gastrointestinal stromal tumors are rare, and are the most common mesenchymal neoplasms of the digestive tract, occurring predominantly between the 5th and the 7th decade of life. The case report describes a tumor that appeared in one patient of 76 years, complaining of abdominal discomfort for a bulging abdomen 06 months ago, and it was verified the presence of a mass of large size, with no history of loss of appetite, or pain obstruction. The diagnosis of gastrointestinal stromal tumor was initially suggested, even with atypical clinical picture and confirmed with the location and morphological characteristics typical cellular and positive immunohistochemistry for c-Kit (CD117), which is usually not possible by endoscopic biopsies. The standard for non-metastatic tumor treatment is the complete surgical resection of the lesion plus adjuvant therapy after the resection with imatinib, to prevent or delay recurrence and hence prolonging survival. Keywords: Gastrointestinal stromal tumors. Neoplasms. Recurrence. REFERÊNCIAS 1. Graadt JF, Van Velthuysen MLF, Hogendoorn PCW. The histopathological differential diagnosis of gastrointestinal stromal tumors. 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