56 | EXTENSÃO E.F4 CIRCUITOS ELÉCTRICOS DE CORRENTE ALTERNADA | 57 1. Corrente alternada monofásica Existem geradores cuja força electromotriz varia de sentido ao longo do tempo. O sentido da corrente que originam num circuito vai, consequentemente, variar à medida que o tempo decorre (Fig. 4). A estes geradores dá-se o nome de geradores de corrente (ou tensão) alternada, muitas vezes identificados com as letras AC – do inglês “alternate current”. 1.1. Características da intensidade de corrente e da tensão num circuito de corrente alternada Em muitos geradores de corrente eléctrica, como as pilhas que utilizamos no dia-a-dia, a força electromotriz é constante ao longo do tempo. ALERTA Quando inseridos num circuito eléctrico, estes geradores originam uma corrente que é constante, isto é, a sua intensidade e sentido não variam com o tempo (Fig. 2). A estes geradores dá-se o nome de geradores de corrente (ou tensão) contínua, muitas vezes identificados com as letras DC – do inglês “direct current”. CPF45 © Porto Editora Os circuitos com um gerador de corrente ou tensão contínua também se chamam circuitos DC. Consequentemente, a tensão (ou diferença de potencial) entre os seus terminais também é constante. Fig. 4 – Num gerador de corrente alternada, o sentido da força electromotriz entre os seus terminais varia no tempo. Consequentemente, o sentido da corrente também vai variar com o tempo. É possível fabricar um gerador em que a força electromotriz varie, como indicado na figura 4. No entanto, de uma forma geral, a força electromotriz dos geradores de corrente alternada não varia com o tempo apenas no sentido, mas também na intensidade, podendo essa variação apresentar a forma triangular, em “dente de serra” ou sinusoidal (Fig. 5). (A) (B) (C) Fig. 2 – Num gerador de corrente contínua a força electromotriz é constante, dando origem a uma intensidade de corrente constante quando é inserido num circuito. A lâmpada possui resistência: Parte da energia fornecida pelo gerador é transformada em calor e outra parte transforma-se em energia luminosa. No circuito da figura 1, esquematizado na figura 2, a lâmpada acende-se quer a corrente eléctrica que a percorre possua o sentido indicado ou o sentido oposto (Fig. 3). Assim, se de algum modo a força electromotriz for sendo sucessivamente invertida ao longo do tempo, o sentido da corrente vai também inverter-se ao longo do tempo e a lâmpada manter-se-á acesa, podendo no máximo apresentar “piscadelas”, devido ao facto de a corrente se anular em alguns instantes de tempo (Fig. 4). Fig. 3 – A lâmpada vai acender-se independentemente do sentido da corrente que a percorre. Fig. 5 – Formas diferentes de força electromotriz alternada: (A) Triangular; (B) Em “dente de serra”; (C) Sinusoidal. A corrente eléctrica que percorre o circuito vai, então, variar também em intensidade e sentido. CPF45 © Porto Editora Fig. 1 – Exemplo de um circuito DC. De todas as formas possíveis, a forma sinusoidal é a mais importante, porque é a utilizada nas instalações eléctricas das fábricas ou das nossas habitações. Uma força electromotriz sinusoidal pode ser gerada através do movimento de um circuito num campo magnético constante (Fig. 6). Fig. 6 – Num circuito que gira numa região em que existe um campo magnético constante surge uma força electromotriz sinusoidal.