Programas 2015/16 Problemáticas dos Estudos Clássicos Cristina Pimentel - 1º Semestre O seminário apresenta uma linha orientadora dominante, que é a de despertar os estudantes para as várias questões metodológicas levantadas pelo trabalho científico na área dos Estudos Clássicos. Pretende-se, simultaneamente, que os alunos, ao iniciarem o 1º semestre, alarguem as suas perspectivas quanto a uma futura investigação graduada, permitindo-lhes perceber que há matérias a estudar além daquelas de que tiveram conhecimento durante o 1º ciclo. Em última instância, o objectivo deste seminário é confirmar os alunos na escolha de uma área de estudos pós-graduados - os Estudos Clássicos - e ajudá-los a encontrar um espaço próprio na sua investigação futura, nomeadamente pela definição de um tema de dissertação. Grego Avançado I Ana Alexandra Sousa – 1º Semestre Aprofundamento da sintaxe da frase e revisão da sintaxe dos casos a partir da leitura, análise gramatical e dialectal e tradução da Argonáutica, de Apolónio de Rodes e da IV Pítica, de Píndaro. Grego Avançado II Cristina Abranches Guerreiro – 2º Semestre Rever conhecimentos linguísticos, consolidar técnicas de tradução e avaliar as variantes de sentido resultantes de diferentes edições de texto são os principais objectivos do trabalho a desenvolver neste semestre. Textos a estudar: Tucídides, História da Guerra do Peloponeso, II, 34-58; VI, 53-59; Políbio, Histórias, XII, 25 d-e; 27-28. Latim Avançado I Ana Maria Lóio – 1º Semestre A unidade tem o objectivo de acompanhar o aluno nas diversas fases de trabalho de preparação de uma tradução que eventualmente se destina a ser publicada. Trabalhar-se-á com base na Aquileida de Estácio. Latim Avançado II Manuel Barbosa - 2º Semestre Tradução intensiva e comentário linguístico e estilístico de textos integrais neolatinos, em prosa e poesia. - Textos a traduzir: : 1) “De laudibus divae Elisabethae Lusitanorum Reginae”, oratio secunda habita ab Eduardo de Sande Conimbricae anno 1574n - BGUC, cod 993, fls. 161r-169v (edição provisória do docente); 2) Baptista Mantuanus, Adulescentia (écloga III: “Amintas”); 3) Poemas latinos inéditos sobre a batalha de Alcácer-Quibir - BGUC, cod 993, fls. 232r-234r; 462v-464v (edição provisória do docente) Tópicos de Literatura Grega A narrativa grega na época imperial Marília Futre Pinheiro – 2º Semestre A narrativa na Antiguidade tem vindo a despertar, nos últimos anos, um enorme interesse na comunidade escolar e científica internacional. Paulatinamente, tendo vindo a ocupar um lugar de relevo, não apenas no domínio da Antiguidade Clássica, mas também no da história cultural e literária europeias, estando na génese do que modernamente designamos por “romance”. Este seminário de Mestrado irá centrar-se num conjunto de obras que resultam do encontro de culturas, línguas, religiões, raças e mentalidades. Este conjunto de tópicos, que reflecte os principais vectores culturais da Época Imperial e que caracteriza o género, é também fulcral no debate cultural dos dias de hoje, tendo desempenhado igualmente um importante papel na história do romance moderno. Tópicos de Literatura Latina Humanismo e Renascimento em Portugal Ana María Tarrío -1º Semestre 0. Introdução. A corte manuelina e o vínculo com o humanismo italiano. I. Natureza e Biblioteca: ‘experiência’ e auctoritates no Renascimento Português. II. Os auctores e a pátria: a constituição do repertório simbólico patriótico. André de Resende e a ‘invenção’ da Lusitânia. III. Mundus Nouus e Utopia. As Descobertas portuguesas e o pensamento utópico renascentista. IV. O conquistador e o poeta. Calíope e a Musa leuis: a fuga e a demanda da épica na literatura quinhentista. V. Caminhos inexplorados na investigação do Renascimento Português. Historiografia Hispânica até 1200 Rodrigo Furtado - 2º Semestre Em 1970, a propósito da historiografia visigótica, Hillgarth dizia que ‘Spanish historians create no new models in historical writing’. No mesmo ano, Díaz admitia que nem sempre os Hispânicos anteriores ao ano 1000 ‘se sintieran con fuerzas para escribir’ história. Falta de originalidade ou de rasgo literário são características apontadas à historiografia ibérica da Alta Idade Média. E efectivamente, parecem faltar textos como os de Gregório de Tours, para a Gália, de Beda, para a Grã-Bretanha, ou de Paulo Diácono, para a Itália lombarda; ou na Hispânia não gostavam de história, ou não a sabiam escrever, ou preferiram gastar tempo e recursos noutros assuntos. Este seminário procura contrariar estas opiniões. Estudar-se-ão excertos de Orósio, Hidácio de Chaves, João de Santarém, Isidoro de Sevilha, Pelágio de Oviedo e Lucas de Tuy, e textos cronísticos anónimos. Discutir-se-ão ensaios de B. Lacroix, J. N. Hillgarth, M. C. Díaz y Díaz, G. Martin, J. Mattoso, F. Bautista, R. W. Burgess e M. Kulikowski Tópicos de Cultura Clássica História do Teatro: As metamorfoses da tragédia e as reinvenções do trágico José Pedro Serra – 1º Semestre Tentar-se-á delinear alguns dos principais rostos da tragédia e do trágico, auscultando grandes questões filosófico-literárias que aí se acolhem. Reflectiremos sobre o surgimento da tragédia na Atenas do século V a.C. integrando-a no contexto político, social, cultural e religioso que a envolve, auscultando as dúvidas e inquietações que a animam, observando os múltiplos aspectos que se prendem com a representação teatral. A partir do desenho do original rosto grego da tragédia, procuraremos acompanhar algumas das metamorfoses fundamentais deste género literário, não negligenciando as reflexões filosóficas que, ao longo dos séculos, incidiram sobre a tragédia e o trágico. Comunicação de massas no mundo clássico Rodrigo Furtado -1º Semestre 1. Comunicação, política e retórica: oralidade e política no mundo antigo; aprender a falar em público; da sofística aos manuais de retórica: da Retórica de Aristóteles aos tratados de Cícero. Retórica, política e sociedade. A nova retórica. 2. Comunicação, política e sociedade: campanhas políticas em Roma no final da República e no início do Império – eleições na Vrbs e eleições nos municipia; o Commentariolum petitionis de Quinto Cícero e a constituição eleitoral de uma elite; comunicar para pertencer à elite; o fenómeno dos grafitos políticos em Pompeios. 3. Comunicação, política e artes: cultura e comunicação na época de Augusto – a numismática augustana; a arte da época de Augusto – estudos de caso. Ciência, erudição e classicismo em Portugal nos séculos XVI e XVII Bernardo Mota – 1º Semestre O seminário descreverá e contextualizará o saber que um estudante dos séculos XVI e XVII adquiria ao longo do seu percurso escolar, a partir da apresentação e discussão de passos seleccionados dos manuais de estudo utilizados nas diversas instituições de ensino da época. Além disso, o seminário pretende utilizar estas obras para construir e apresentar uma perspectiva mais vasta sobre o papel do classicismo na construção da mentalidade ocidental moderna. Os tópicos a examinar incluem: estrutura dos cursos escolares e respectivos conteúdos; ensino do latim como língua viva; estudo das humanidades e da retórica; cursos de filosofia, teologia, medicina e leis; estudo dos autores antigos e construção de novos manuais de ensino; a promoção da ciência e da filosofia como estudos propedêuticos fundamental. Perfis da epopeia: de Homero às metamorfoses do género José Pedro Serra - 2º Semestre A anunciar Informações gerais de Mestrado na FLUL: http://www.letras.ulisboa.pt/pt/cursos/candidaturas-2015-2016/56-mestrados-2-ciclo Mestrado em Estudos Clássicos: http://www.letras.ulisboa.pt/pt/cursos/mestrados-2-ciclo/estudos-classicos Informações gerais de Doutoramento na FLUL: http://www.letras.ulisboa.pt/pt/cursos/candidaturas-2015-2016/57-doutoramentos-3-ciclo Doutoramento em Estudos Clássicos: http://www.letras.ulisboa.pt/pt/cursos/doutoramentos-3-ciclo/estudos-classicos