trabalho de economia a crise russa de 1998

Propaganda
TRABALHO DE ECONOMIA
A CRISE RUSSA DE 1998
Curso: Ciências contábeis (Unip – noturno)
Disciplina: Economia & Negócios
Profª: Rosely Gaeta
Anderson Dalava Lopes Pereira RA: A991AE-3
Denis Roberto Lopes RA: A78397-0
União Soviética (URSS)
Em 1917, na sequência da Revolução Russa, é introduzido pela primeira vez em
todo o mundo um regime de aspecto marxista (socialista revolucionário),
tendente ao estabelecimento de um dito Estado socialista. Durante mais de 80
anos, a Rússia esteve submetida a esse regime, que erradicou o capitalismo e
repartiu o antigo Império Russo em Repúblicas Socialistas Soviéticas, as quais
formaram a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) a partir de
1922. A Rússia tornou-se então numa destas repúblicas (como República
Socialista Federada Soviética da Rússia, ou RSFSR), detendo uma posição
hegemônica em função da sua história, língua (oficial em toda a União
Soviética, a par das línguas regionais) e capital (a capital da Rússia era também
a da União Soviética).
Mikhail Gorbachev
Mikhail Gorbachev, com 54 anos de idade, é eleito secretário geral do Partido
Comunista a 11 de Março de 1985. Sendo, efectivamente, o verdadeiro líder da
União Soviética.
Gorbatchev tenta reformar o partido, que dava então mostras de decadência, ao
apresentar o seu projecto que se resumia nas expressões glasnost
("transparência") e perestroika ("reestruturação") e que é apresentado no 27.º
Congresso do Partido Comunista Soviético em Fevereiro de 1986.
Boris Iéltsin
Foi o primeiro presidente da Rússia em 1991, após o fim da União Soviética,
e o primeiro eleito democraticamente na história daquele país governando entre
1991 e 1999 A sua eleição, em 1991, ficou em volta de muita expectativa e a 12
de Junho de 1991, Iéltsin ganhas as eleições com 57% dos votos.
Em 1994 ordenou a invasão da Chechénia, originando a primeira Guerra
Chechena, até chegar a um tratado de paz em 1996, violado pouco tempo depois.
Iéltsin foi o responsável por transformar a Rússia num Estado capitalista,
deixando de lado o socialismo.
A crise Russa
O colapso econômico da União Soviética veio no final dos anos 80. Em um
período relativamente curto de tempo, a economia da ex-URSS experimentou
mudanças muito importantes que foram feitas formal sua própria dissolução da
unidade política centralizadas no dia 8 de dezembro de 1991. Depois que a
ex-URSS levou a vários países independentes cada um com suas próprias
constituições, todos experimentaram uma contração muito forte de suas
economias na sua transição para o capitalismo.
Após a dissolução da URSS, a Rússia, o herdeiro natural do poder soviético,
tornou-se um país radicalmente diferente da antiga URSS. Em 1997 o PIB da
Rússia era algo mais do que a metade dos níveis de 1989.
Crise russa de 1998, também conhecida como a Moratória russa de 1998, foi a
crise que resultou em uma desvalorização do Rublo e na declaração da
moratória (interrupção dos pagamentos externos) até a renegociação da
dívida externa.
O rublo desvalorizou-se em 75%, o desemprego, em 1999, atingia ja 14,2% da
população economicamente ativa, e 35% dos russos viviam abaixo da linha da
pobreza
Causas estruturais da crise
A Rússia passou por uma profunda crise econômica nos anos 1990, com altas
taxas de endividamento, desemprego e inflação e baixos índices de crescimento
econômico (PIB). Em grande medida este processo foi resultado de uma
transição acelerada e mal sucedida de uma economia planificada para uma
economia de mercado, em meio ao colapso político da União Soviética. A crise
da economia planificada soviética tem início nos anos 1970, mas foi "maquiada"
com a alta no preço das comodities agrícolas e minerais, especialmente do
petróleo, após a crise petrolífera de 1973 e a crise petrolífera de 1979-1980.
Estes produtos eram exportados em grande quantidade pela então URSS, que
também havia aumentado as exportações militares aos países do Terceiro
Mundo. Com uma economia aquecida e excesso de moedas fortes nas contas do
país, os efeitos negativos da economia planificada não eram percebidos como
sérios. Entretanto, a queda no preço das commodities agrícolas, minerais e
energéticas (petróleo, gás natural) a partir de 1984-1985, deixou claro os limites
daquele modelo. A Perestroika era um plano ousado para realizar uma transição
controlada para uma economia de mercado, que fracassou devido ao colapso
econômico do país ainda nos anos 1980.
A crise econômica foi agravada pelo colapso político da URSS e a desintegração
territorial da União Soviética em 1991. A partir de 1992, a Rússia procura
implementar uma política de "choque" econômico em direção ao capitalismo de
mercado que foi desastroso, pois nem conseguiu reestruturar os setores
produtivos tradicionais nem implementar outros novos. A falência de milhares
de empresas levou ao aparecimento de milhões de desempregados,
acompanhado de altas taxas de violência urbana. O período pós-1992 foi de
grande turbulência econômica, quando o país mergulhou em profunda crise
econômica, apresentando taxas negativas de crescimento do PIB, altas taxas de
inflação e elevado desemprego. O consumo total de energia na ex-URSS caiu
em quase 50% quando comparada ao período soviético (até 1991). O
desemprego atingia 15% da população economicamente ativa, e 35% dos
russos passaram a viver abaixo da linha da pobreza.
O país havia conseguido eliminar a economia planificada do período soviético,
sem entrentanto, construir uma nova economia. A incapacidade de regulação do
Estado se fez sentir em todos os níveis. As máfias passaram vastas regiões do
país, enquanto o separatismo resultou em novos conflitos, como a Guerra da
Chechênia de 1994.
Causas conjunturais da crise
Em 1997, a Crise financeira asiática piorou sensivelmente a situação da Rússia,
basicamente devido à redução da oferta de crédito internacional e à queda no
preço das commodities (agrícolas, minerais e energéticas) exportadas pela
Rússia.
A escassez de crédito provocou os efeitos mais imediatos. Sem conseguir
novos empréstimos para pagar as dívidas com vencimento de curtíssimo
prazo, que ultrapassavam os US$ 40 bilhões, nem as de curto prazo, que
chegavam a US$ 80 bilhões (até o fim de 1999), a Rússia decretou uma
moratória da sua dívida externa e simultaneamente desvalorizou sua moeda, o
rublo.
Ao mesmo tempo, a crise asiática provocou uma curta recessão global, que
reduziu a demanda por commodities no mundo todo. O preço do petróleo
chegou a cair abaixo de US$ 10,00 durante algumas semanas de 1998 e se
manteve abaixo de US$ 15,00 até 1999. Isto reduziu sensivelmente o valor
das exportações russas.
A crise do Rublo
No dia 17 de agosto de 1998, estoura a "crise financeira" da Rússia. O governo
russo anuncia a desvalorização do rublo e uma moratória, que inicialmente
teria 90 dias de interrupção nos pagamentos externos.
A moeda sofreu uma forte desvalorização durante a crise russa de 1998, logo
após a crise financeira da Ásia; sendo que um rublo pós-1º de Janeiro de 1998
é igual a 1.000 dos rublos pré-1º de janeiro de 1998.
A Crise econômica da Rússia pós-soviética, a crise de 1998 e recuperação
econômica nos anos 2000
A crise foi agravada pela retomada dos confrontos na Chechênia e o início de
uma nova guerra entre os separatistas e o governo russo.
No ano de 1998 o PIB russo encolheu 4,9% e a inflação daquele ano atingiu
84%.
A crise leva à eleição de Vladimir Putin, que inicia um processo de
reorganização do Estado russo.
A partir de 1999, sob o governo de Putin, a economia russa começou a se
recuperar, mantendo um ritmo de crescimento econômico muito acelerado, ao
menos até a Crise global de 2008. Entre 2000 e 2008, o Produto Interno Bruto
cresceu em média, cerca de 7% ao ano.
Fontes: wikipedia.org, http://www.news-of-russia.info/russia/03.htm
Pontos negativos no Mundo e no Brasil
Os grandes investidores, que são os fundos internacionais e os grandes bancos,
procuraram compensar suas perdas na Rússia com a venda das ações e títulos
que detém em outros países, provocando uma queda nas bolsas de todo mundo à
medida que vendiam seus ativos e corriam para comprar dólares. Nestes
momentos de perda de confiança generalizada, os aplicadores preferem
converter seus recursos em moeda forte (dólares) e aplicar em países mais
seguros que oferecem menores riscos.
Diante disso, países ditos emergentes, como o Brasil, assistem a uma fuga de
investimentos estrangeiros, perda de reservas, desconfiança na capacidade do
país de honrar suas dívidas e sustentar sua política cambial.
No dia 10/09/98, a Bolsa de Valores de São Paulo fechou com uma queda de
15,82%, a maior desde março de 1990, época do confisco da poupança
promovido pelo governo Collor. Registre-se que esta queda foi mais séria à
medida que, pela primeira vez, foi acionado, por duas vezes, o " circuit break"
(mecanismo que interrompe o pregão para evitar quedas e, consequentemente,
perdas muito fortes dos aplicadores nas Bolsas de Valores). Isso nunca havia
acontecido, desde a sua criação em outubro de 1997. Assim, a Bolsa de Valores
de São Paulo (Bovespa) acumulou uma queda de 65%, desde 08/07/98, quando
chegou ao pico do ano. No ano de 1998 o decréscimo foi de 53% pelo índice
Bovespa. Estima-se que os investidores estrangeiros já haviam retirado cerca de
US$ 800 milhões da bolsa paulista na primeira quinzena de setembro.
Fonte :site:http://www.dieese.org.br/esp/real/crisereal.xml
Pontos positivos
A crise econômica de 1998 teve algo de positivo para o Ocidente, que via com
apreensão uma Rússia que exercita novamente os seus músculos. Nas últimas
semanas(outubro de 2008), a Bolsa de Valores de Moscou interrompeu o pregão
várias vezes. Houve fuga de capitais. Mais de 60% da capitalização do país se
evaporou. Além disso, o preço do petróleo está caindo – e a Rússia é
imensamente dependente dessa única commodity. Mas não é só isso. Pela
primeira vez, desde o começo do século XX, a Rússia tem de se preocupar com
o que os bancos europeus e americanos fazem. No tempo de Brejnev, o nível da
taxa Libor – que regula os empréstimos interbancários no plano internacional –
era a última preocupação dos soviéticos. Eles não estavam envolvidos nesse
jogo. Agora, contudo, se bancos não emprestam a outros bancos, o dinheiro não
chega aos negócios russos. O país se descobriu interligado ao sistema financeiro
internacional – e isso aumentou o poder de barganha do Ocidente.
Fonte: Revista Veja 22/10/2008
Download