Interferência do número de indivíduos amostrados na estimativa de

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55º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 55º Congresso Brasileiro de Genética • 30 de agosto a 02 de setembro de 2009
Centro de Convenções do Hotel Monte Real Resort • Águas de Lindóia • SP • Brasil
www.sbg.org.br - ISBN 978-85-89109-06-2
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Interferência do número de indivíduos amostrados na
estimativa de índices de diversidade genética, riqueza
alélica e taxa de endogamia de plantas
Costa, LS1; Stefenon,VM1
Universidade Federal do Pampa – Campus São Gabriel
[email protected]
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Palavras-chave: diversidade genética, amostragem, endogamia, heterozigosidade, riqueza alélica.
Estudos de diversidade genética em populações de plantas têm sido considerados altamente dependentes do
tamanho amostral. Propõe-se que amostras de pelo menos 100 indivíduos devem ser tomadas para representar
efetivamente a população estudada. Contudo, diferenças na estrutura populacional e reprodutiva do grupo estudado
também interferem diretamente nas estimativas. Este trabalho objetivou avaliar a interferência do tamanho
amostral em estudos de análise da diversidade genética, riqueza alélica e taxa de endogamia em populações de
plantas. Para isso, foram simuladas populações com diferentes estruturas populacionais e reprodutivas (indivíduos
dióicos/monóicos, cruzamentos completamente aleatórios ou com endogamia). As simulações, geradas pelo
programa Easypop, foram compostas por populações contendo 200.000 indivíduos, com informações para 10
locos com máximo de 40 alelos/loco. Cada população foi submetida a 20 gerações de cruzamentos (com/sem
endogamia) e analisaram-se as estimativas da última geração. Para cada população amostrou-se aleatoriamente
sub-sets com 50, 100, 500 ou 1000 indivíduos (100 repetições para cada sub-set). O programa Fstat foi utilizado para
a estimativa da heterozigosidade observada (HO), riqueza alélica (AR) e taxa de endogamia (F) da população total
e sub-sets. Em todas as simulações, a população total (200.000 indivíduos) apresentou heterozigosidade esperada
média (HE) igual a 0,975, valores médios de AR=40 e valores médios de F=0 nas populações com cruzamentos
totalmente aleatórios e baixa taxa de endogamia (10%), F=0,327 e F=0,592, para as populações com 50% e 80%
de cruzamentos endogâmicos, respectivamente. Comparando-se a população total de indivíduos dióicos com
cruzamentos aleatórios com os sub-sets de 50, 100, 500 e 1000 indivíduos, as estimativas de HO, AR e F não diferiram
significativamente (HO=0,975, AR=39 e F=0,001). Nas populações monóicas com baixa taxa de cruzamentos
endogâmicos, os resultados da comparação entre a população total e os sub-sets também não diferiu (HO=0,975,
AR=39 e F=0,001). Para a população de plantas monóicas com alta taxa de cruzamentos endogâmicos, 50% e 80%,
a heterozigosidade observada média não divergiu significativamente do valor esperado, no entanto, verificouse considerável perda de alelos, AR=35 e AR=33, respectivamente, e os valores médios de F não divergiram dos
valores observados no sub-set com 50 indivíduos. Os sub-sets com 100, 500 ou 1000 indivíduos das populações
com alta taxa de endogamia, não diferiram dos valores esperados. Estes resultados sugerem que amostragens
pequenas (1/4000 da população total) são suficientes para refletir a real diversidade genética em populações com
cruzamentos aleatórios ou com baixa taxa de endogamia. Entretanto, populações com taxa de endogamia mais
elevada, uma amostragem maior deve ser considerada, evitando perda de alelos raros.
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