Diversidade e estrutura genética de populações fragmentadas de

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51º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 51º Congresso Brasileiro de Genética • 7 a 10 de setembro de 2005
Hotel Monte Real • Águas de Lindóia • São Paulo • Brasil
www.sbg.org.br - ISBN 85-89109-05-4
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PALAVRAS-CHAVE: Pau-brasil, endogamia, diversidade genética e microssatélites
Melo, SCO; Leal, JB; Costa, ICS; Gaiotto, FA; Corrêa, RX
Departamento de Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Santa Cruz.
Diversidade e estrutura genética
de populações fragmentadas
de Caesalpinia echinata (pau-brasil) por
meio de marcadores microssatélites
O pau-brasil (Caesalpinia echinata Lam.), árvore símbolo do país, foi intensamente explorado, gerando
populações reduzidas a pequenos fragmentos de mata atlântica, ocasionando perda da diversidade
genética, principalmente por causa de deriva e endogamia, que alteram a estrutura genética das
populações. O fluxo gênico, fator responsável por homogeneízá-las, ficou seriamente comprometido
e, desde 1992, essa espécie encontra-se “em perigo“ de extinção. Porém, a espécie carece de dados
ecológicos e genéticos que auxiliem na elaboração de estratégias de conservação. Dessa forma,
objetivou-se quantificar a diversidade genética e avaliar sua distribuição em duas populações naturais
de C. echinata, provenientes de Porto Seguro e Jussari, Bahia, por meio de marcadores microssatélites
(SSR). Os dez pares de primers utilizados geraram, em média, 7,45 alelos por loco, revelando a alta
diversidade dos indivíduos. Os valores de diversidade gênica (He = 0,61) e a heterozigosidade observada
(Ho = 0,38) foram significativos, indicando um excesso de homozigotos. Além disso, as medidas de
estruturação genética (RST = 0,26 e FST = 0,31) demonstraram que há significativa divergência entre
as populações, o que foi confirmado pelo baixo fluxo gênico encontrado (Nm < 1). O índice de fixação
médio da população de Porto Seguro foi excepcionalmente alto (FIS = 0,59). Essas estimativas indicam
a necessidade de conservar as populações remanescentes, sendo que com base no tamanho efetivo,
deve-se conservar pelo menos 262 populações de mesma magnitude das que foram analisadas neste
estudo, para evitar a erosão genética no pau-brasil.
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