Introdução O ato de escrever é uma atividade que distingue o homem de todos os outros animais. Quando criamos palavras, também criamos imagens e mexemos com idéias, pensamentos e valores de muita gente. As reações podem ser expressas por gestos e esses podem ser tanto positivos como negativos. É importante lembrar que, sendo essa uma lei universal, vale igualmente quando escrevemos para comprar ou vender alguma coisa ou idéia. As palavras também são produtos que devem ser fabricados com cuidado. Quando escrevemos uma mensagem, com qualquer finalidade, devemos pensar principalmente no destinatário ou receptor da mensagem. A resposta do receptor ou destinatário depende muito do emissor ou remetente, daí a necessidade da mensagem estar sempre bem formulada. O significado das mesmas palavras pode ser muito diferente para cada indivíduo ou grupo. E a resposta às mensagens terá a marca dessa diferença, como se fosse uma impressão digital. A palavra chuva, por exemplo, pode causar uma reação positiva ou negativa de quem ouve ou lê. Um nordestino que sofre com a seca geralmente considera a chuva como um presente divino. Nos morros do Rio de Janeiro, a resposta certamente seria outra. As palavras são capazes de despertar pensamentos, imagens e as mais diversas emoções. Mas para isso é preciso saber dominá-las, e o melhor método para conhecê-las é através da leitura. Quando se escreve para vender qualquer idéia, produto ou serviço, o essencial é dizer a verdade. Nunca minta para o seu público em qualquer ramo da publicidade, mentir ou divulgar dados errados pode custar muito caro. No nosso país, a publicidade enganosa é controlada pelo Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária, o CONAR. É importante lembrar que nunca se deve subestimar o seu público ou cliente, tendo em vista que o nível médio de informação do consumidor em geral, inclusive no Brasil, teve um aumento significativo. Houve também um aumento no grau de exigência em relação aos produtos consumidos, em todas as faixas de renda. Não podemos deixar de dizer que a expansão dos meios de comunicação e dos serviços de proteção ao consumidor, inclusive através da mídia, tornou os compradores reais ou potenciais muito mais seletivos e exigentes. No Brasil, mais de 80% da população tem acesso à televisão. Além disso, os serviços de apoio ao consumidor, privados ou públicos, também se multiplicaram. Técnicas Básicas de Redação Este capítulo expõe as instruções gerais e específicas indispensáveis à preparação de uma boa redação. Como todo texto, a redação deve ter uma introdução ao assunto, em seguida, faça o desenvolvimento de suas idéias e finalmente chegue à conclusão ou desfecho. É importante lembrar que se deve anotar tudo o que vier à cabeça à medida que as idéias forem fluindo livremente. Depois, deve-se fazer uma seleção, organizar as idéias e finalmente preparar um roteiro com os principais pontos do que se pretende escrever. Não podemos deixar de dizer que o texto da redação deve ser claro, direto, preciso, objetivo e conciso. Use frases curtas e evite demasiadas intercalações ou ordens inversas desnecessárias. Todo texto deve ter uma ordem direta que conduzirá o leitor à essência deste de forma objetiva. Não dê atenção aos detalhes irrelevantes e vá diretamente ao que interessa. Para que a leitura seja mais fácil, os períodos devem ter no máximo duas ou três linhas. Já os parágrafos devem ter em média de cinco a oito linhas. Faz-se fundamental salientar que, para escrever um texto de maneira original e criativa para formar frases fluentes, bem estruturadas e de fácil assimilação, basta utilizar palavras conhecidas por todos. É bom lembrar que um texto simples não implica, necessariamente, a repetição de formas e frases desgastadas. Aconselhamos o não uso dos rebuscamentos, dos termos técnicos evitáveis, da erudição e dos pedantismos vocabulares. Além disso, deve-se evitar também o jargão, o coloquialismo, a retórica e o hermetismo. Jamais inicie os períodos ou parágrafos seguido, com a mesma palavra e nem repita a mesma estrutura de frase. Para uma melhor compreensão do texto, apenas use os termos técnicos essenciais, ou seja, aquelas estruturas que não podem ser substituídas. Todavia é fundamental que nesses casos se coloque o significado entre parênteses. Uma outra característica na montagem de um texto é nunca perder o universo vocabular do leitor, ou seja, jamais escreva o que você não diria. Um outro aspecto a considerar é a inclusão de palavras ou expressões de valor absoluto ou muito enfático, tais como certos adjetivos, superlativos e verbos. Deve-se ter uma especial atenção também com os termos coloquiais ou de gíria, estes apenas podendo ser usados em casos muito especiais. As palavras que irão formar o texto devem ser cuidadosamente selecionadas. Deve-se sempre desconfiar de sinônimos perfeitos ou de determinados termos que possam ser utilizados para todas as ocasiões. Normalmente há uma palavra que define uma situação. Faça o encadeamento dos leads de maneira harmoniosa com os parágrafos seguintes. Quando um parágrafo não está conectado com o seguinte, ele se torna difícil de acompanhar e chato de se ler. Para finalizar sugerimos após terminada a redação dos textos, a leitura silenciosa de todo o texto, corrigindo-o e fazendo as alterações necessárias. Correspondência Comercial Desde os tempos medievais a correspondência comercial é uma das grandes alavancas do capitalismo. Tal como hoje, a competição era acirrada e ganhava o mais bem informado sobre a política, a guerra, a paz e os negócios. Todavia a revolução nas comunicações neste século, apesar de ter facilitado a vida das empresas e dos usuários de produtos e serviços, não mudou a necessidade de informar e ser informado. Na verdade essa necessidade aumentou junto com o crescimento dos negócios e da competição. Uma carta comercial bem feita, além de ser um convite para uma leitura, também é uma vitrine para a empresa no mundo dos negócios. Em uma carta comercial é importante incluir as seguintes características: · ortografia e pontuação devem estar corretas · objetividade · um assunto por parágrafo · sem gírias e palavras complicadas · sem rasura · com cópias para arquivo · timbre ou cabeçalhos · data à direita, abaixo do timbre · destinatário à esquerda, com nome e endereço · linha de atenção · saudação abaixo do destinatário, à esquerda · texto · despedida · assinatura A sua carta não deve ser nem tão grande e nem tão pequena. Além de suprir com as informações necessárias, a carta comercial deve conter todos os pontos necessários em uma seqüência lógica, com cada idéia ou parte de informações ligadas. Não fuja da idéia principal. Uma carta comercial longa demais pode confundir o cliente e passar a imagem de falta de planejamento na sua empresa. Por outro lado, uma carta não é um telegrama, precisa conter todas as informações necessárias a cada cliente. É importante lembrar que a carta deve ser tão longa quanto o necessário, e irá depender do assunto que estiver sendo mencionado. Pode ser um assunto simples, como um agradecimento a um cliente, ou um assunto complicado, explicando como um grupo de seguro executa o seu trabalho. A questão é usar somente a quantidade de informação que for necessária. Uma carta pode ser planejada em quatro ou cinco parágrafos. Por exemplo: no primeiro parágrafo, acuse e agradeça brevemente o recebimento da carta do cliente. No segundo parágrafo, apresente o catálogo anexo e a indispensável lista de preços. Já no terceiro parágrafo, ajude o cliente a escolher, destacando produtos de acordo com o seu perfil. No quarto parágrafo, faça uma breve menção às garantias do seu produto e à reputação da sua empresa. Por fim, antes da saudação de despedida, estimule o cliente a manter futuros contatos. De um modo geral, toda carta comercial deve se basear nos seguintes pontos: · simplicidade: não complique a sua mensagem · cortesia: seja cortês, mesmo para cobrar uma conta · tom neutro: não use frase pomposas nem expressões vulgares · clareza: quem recebe sua mensagem deve entendê-la de imediato · correção: escreva corretamente e faça uma revisão do seu texto · ordenação: mantenha uma ordem lógica de idéias e propostas na seqüência de sua carta Geralmente, a correspondência comercial ainda sofre do estilo antiquado, o que só complica o entendimento da mensagem e passa ao leitor a sensação de estar lendo uma linguagem que ele não entende. Não podemos deixar de dizer que erros de pontuação e gramática devem ser checados atentamente para que não causem uma má impressão ao seu leitor. Correspondência Empresarial A correspondência empresarial é caracterizada pela correspondência interna e externa de uma empresa, tendo por finalidade documentar situações da empresa, estabelecer relações entre pessoas e organizações e promover a imagem das mesmas. O estilo da correspondência é que irá refletir a "personalidade" do texto. Por isso, precisamos produzir textos que reflitam a real imagem da nossa organização, valorizando-a perante os nossos leitores. Na correspondência empresarial é preciso tomar várias decisões para escrever um texto ou orientar alguém a escrevê-lo. Essas decisões variam em cada caso. Para decidir, é preciso pensar, em primeiro lugar, no receptor ou destinatário da correspondência. As palavras, os exemplos e as ilustrações que você vai escolher dependem disso. É importante lembrar que não se deve usar palavras nem citar fatos que possam causar rejeição no cliente. Também não é recomendável iniciar um texto de carta empresarial com uma negativa do tipo "não podemos" ou "lamentamos informar". Mesmo sendo necessário negar ou questionar alguma coisa, procure e ofereça alternativas. Seja positivo em tudo o que for dizer. Escolha as palavras com sentido afirmativo, com isso você amplia as chaves de manter o contato com o receptor ou destinatário, cliente, fornecedor ou grupo influente na sua área de atuação. Sabemos que para realizar um negócio é preciso que os parceiros estejam interessados. Não podemos agir como se os outros não existissem, o mesmo se aplica à correspondência empresarial. É importante lembrar que neste campo, qualquer tentativa de imposição é fracasso garantido. Dentre as características básicas do texto deve constar clareza e objetividade, evitando que o leitor seja obrigado a estudá-lo repetidas vezes para entender o que se está falando. Para obter clareza e objetividade, basta seguir duas normas básicas: · use palavras simples que o seu leitor conheça. Os termos genéricos servem apenas para obscurecer sua redação. As frases curtas e específicas tornam clara e objetiva sua redação. · associe qualquer idéia com a experiência do seu alvo, o leitor. Ele compreenderá melhor se puder relacioná-la a algo que lhe seja familiar. É importante lembrar que a clareza ao pensar e escrever é fundamental. Numa conversa oral, uma frase dúbia ou confusa pode ser facilmente esclarecida. O mesmo não acontece com uma carta. A única maneira de fazer suas idéias fluírem com suavidade é associá-las com lógica. Comece com uma idéia principal. A seguir, use a próxima e assim por diante. Existem algumas características negativas que são verdadeiras armadilhas e devem ser evitadas nos textos. Dentre elas podemos citar: ambigüidade (duplicidade de sentido), cacófato (duas palavras se unem formando um mesmo som), redundância (insistir demais sobre o mesmo assunto), arcaísmo (palavras fora de uso), má colocação das palavras, prolixidade (linguagem exótica, de difícil compreensão, que não comunica nada), pleonasmo (repetição desnecessária de algo), acúmulo de pormenores, clichês (emprego de frase comuns, "pré-fabricadas"), modismo (palavras que entram em moda e são repetidas sem pensar) e chavões como: "Venho por meio desta ...", "Venho pela presente...", "Outrossim ...", "Sem mais para o momento ...", "Aproveitamos o ensejo ..." Antecipadamente gratos", dentre outros. Não podemos deixar de dizer que na redação empresarial é preciso ter em mente que: o que é bom para literatura quase sempre não é bom para a empresa. Estilo exagerado, linguajar rebuscado, excesso de expressões somente prejudicam a linguagem administrativa. Faz-se fundamental salientar que ao tratarmos da correspondência empresarial temos que considerar dois aspectos básicos: o Texto e a sua Programação Visual. Em relação ao texto, a grande chave para a comunicação empresarial escrita está em: · usar frases curtas: num texto empresarial, uma frase deve ter no máximo 22 palavras. · usar ordem direta e simples: não se deixe levar por frases rebuscadas quando estiver usando construções simples e de maneira direta. Assim, você evitará erros de ortografia e de concordância. · ter sempre ao seu lado: um excelente dicionário e uma boa gramática, de fácil consulta. Separe as maiores dificuldades e deixe-as sempre à mão para consultas rápidas. Já em relação à programação visual, pode-se dizer que é responsável pela aparência do texto e os recursos não-verbais que utilizamos para conquistar o leitor. É, ainda, uma estratégia para o marketing e a administração do tempo empresarial. Para tornar a leitura o mais agradável possível, deve-se evitar o excesso de informação, palavras ou parágrafos em uma única página. É importante que o nome do destinatário, referência ou assunto do que trata a carta sejam facilmente localizados pelo leitor. Se você for usar um editor de texto eletrônico, procure utilizar os modelos e os formatos já disponíveis. Se este não for o caso, deve-se certificar de dar espaços razoáveis entre as palavras e as linhas. Correspondência Interna Na correspondência externa é fundamental uma maior ênfase na programação visual. São poucas as organizações brasileiras que atentam para a importância de tais aspectos. Todavia é inadmissível que as empresas continuem ignorando esta forma de valorizar suas instituições como um todo. Antigamente, usava-se a palavra estética para denominar o visual dos textos. Trata-se de um termo em desuso que já foi substituído por programação visual do texto. Vamos analisar os diversos erros da carta modelo: · de acordo com a leitura dinâmica, se gasta o dobro do tempo para ler um texto cujas palavras tenham suas sílabas separadas no final das linhas e que contenham parágrafos no meio da página. Com isso em uma programação visual atualizada não se faz o tipo de parágrafo padrão. Usa-se o chamado estilo blocado, no qual o texto é alinhado na margem esquerda e o que separa um parágrafo do outro é o espaço entre eles. A margem direita pode ter dois estilos: · a margem fixa, onde se finaliza todas as linhas do mesmo espaço. Neste caso, a margem deve ser feita com as próprias palavras, sendo que em nenhuma hipótese admite-se a utilização de sinais gráficos para compor a margem. · margem solta, que é a ideal para facilitar o entendimento do texto. Nela você estabelece um limite máximo para terminar as frases, sem necessidade de seguir um alinhamento. · em relação aos espaçamentos a serem utilizados, esses dependeram do tamanho do texto que você escreverá. Considerando um texto de tamanho normal, podemos admitir os seguintes espaços: - entre linhas: espaço um ou um e meio; - entre parágrafos: espaço dois ou três; - entre a data, destinatários, invocação e referência: três espaços; - entre referência e início do texto: três espaços; - entre final do texto e despedida: dois espaços; - entre despedida e nome do assinante: quatro espaços. Você poderá modificar esta sugestão conforme o tamanho do seu texto e do papel utilizado. É importante que o texto tenha uma aparência agradável, de fácil leitura e compreensão. · caso você envie anexos, cite-os após a assinatura, desde que já não o tenha feito no próprio texto da carta. · para um melhor controle das correspondências, follow-up, arquivo, etc; deve-se fazer a numeração das cartas, sendo a primeira coisa que aparece no texto. Faça uma numeração simples, seqüencial, iniciando no primeiro dia útil de cada ano. · no logotipo do papel da empresa existe o endereço e a localização da mesma. Portanto, é totalmente desnecessário repetir-se no corpo da carta o local onde nos encontramos. · jamais se coloca um zero à esquerda de outro número na data da carta. Isso significa uma descortesia ao leitor, uma vez que este zero nada mais é do que uma segurança nossa para que não ocorra modificação. Como o seu controle é feito por protocolo, correio, etc, ninguém poderá modificar esta carta. · em português, os nomes dos meses são escritos sempre em letras minúsculas. · se a carta é em atenção a alguém, tal indicação deve aparecer imediatamente após o nome da empresa. A forma de se colocar tal indicação varia entre os diversos autores: para alguns devese usar a palavra "atenção" e em seguida o nome da pessoa. Para outros, a própria indicação de um nome já deixa subentendido que a correspondência está para a sua atenção. Formalmente, os dois casos estão corretos. Você pode escolher o uso com que mais se identificar. É importante lembrar que caso a pessoa não tenha um título específico (doutor, professor, engenheiro, arquiteto, etc.), usamos o pronome de tratamento "senhor/senhora" como seu título. · o vocativo é a parte da carta na qual cumprimentamos o nosso leitor, o que fazemos por meio da expressão "prezado senhor" no singular ou no plural. A expressão mais íntima na correspondência empresarial é esta: "prezado senhor". Já se for a primeira vez que escrevemos a alguém, utilizamos apenas "senhor". Existe uma tendência em algumas escolas em eliminar-se o "prezado senhor" por considerá-lo um chavão. Todavia, não deixa de ser mais uma gentileza, um cumprimento ao nosso destinatário. No caso de já conhecermos o nosso destinatário e se a carta estiver no singular, poderemos adotar: "Prezado Sr.(nome)". Ao endereçar uma carta à empresa, todo texto irá no plural, mesmo que exista algum responsável pelo assunto. Já se a carta for dirigida a uma pessoa, em seu endereço profissional, o texto será no singular. · a "referência" colocada nas cartas tem por finalidade apresentar ao nosso leitor o assunto que será mencionado na carta, servindo ainda para localização em arquivo. Para se identificar a referência não se escreve REFERÊNCIA, REF.N/REF., ASSUNTO. Escreve-se o tema da referência em letra minúscula e destaca-se em negrito, sombreado ou tipo de impressão diferente. O título usado como referência deve ser objetivo e traduzir exatamente o assunto a ser tratado. Em geral usa-se a referência quando há um documento em questão, como uma nota fiscal, fatura, cheque, etc. · Numa correspondência empresarial, nunca se escreve números ou valores de duas formas. Trata-se de profunda descortesia com o leitor, já que você está partindo do princípio de que ele não entende de números nem de valores ou, pior ainda, que poderá modificar sua informação. Tal uso é adotado na correspondência oficial e na bancária. · a despedida da carta comercial deve ser feita com os termos "atenciosamente" ou "atentamente". O termo "cordialmente" é utilizado somente num assunto mais informal, convites e agradecimentos. · no lado esquerdo da carta deve constar a assinatura. Todavia caso a pessoa a assinar não consiga se habituar com tal procedimento, pode-se deixar a despedida e a assinatura do lado direito, sem prejuízo para a programação visual. · o nome da pessoa que vai assinar a carta e o seu cargo são escritos com letra minúscula, com exceção da primeira letra de cada nome, evidentemente. Correspondência Interna Nas empresas, as correspondências internas circulam basicamente por meios de memorandos ou notas internas ou comunicações internas. Sua finalidade tem como principal objetivo evitar que falhas nas comunicações verbais causem outros tipos de problemas. Baseado nisso, podemos afirmar que toda correspondência interna deve ser objetiva, sucinta, condensada e mais resumida do que qualquer outra. Toda comunicação informal do relacionamento diário é feita verbalmente. Portanto, na comunicação escrita interna devemos nos deter no estritamente necessário. O impresso padrão para comunicação interna é o que diz: DE/PARA. Neste deve estar explícitos a área de atuação emitente e receptora e o nome da pessoa que envia e recebe a comunicação naquela área. Com exceção das siglas, tudo deve ser escrito em letra minúscula. A data seguirá o mesmo padrão da correspondência externa, ou seja, sem colocar o nome do local pois todos já sabem onde estão. Na correspondência interna, a data pode ser escrita apenas com números: 30.07.77. Em relação ao texto, este deve ser o mais resumido possível, sem nenhum tipo de chavão. Não se utilizando expressões como "cordialmente", "atenciosamente", "atentamente". A forma mais indicada é "grato". Não há necessidade de se repetir o nome na assinatura, tendo em vista que o nome da pessoa que está enviando a comunicação já se encontra no cabeçalho da mesma, salvo casos especiais. É importante lembrar que não se utiliza carimbo em comunicações internas. Entre as comunicações internas podemos destacar: os memorandos, as atas de reuniões e as circulares. Os memorandos são as correspondências internas padrão. Já as atas de reuniões, assim como as correspondências empresariais, devem ser objetivas, concisas e claras. Evitando palavras desnecessárias. O texto da ata deve conter apenas as decisões e as responsabilidades de cada pessoa presente. A relação das pessoas presentes nas atas deve aparecer: em ordem alfabética, pelo nome que são tratadas na empresa, ou em ordem hierárquica, usando-se, também, o nome de que são tratados na empresa. Faz-se fundamental salientar que a ata será objeto de follow-up e acompanhamento por parte do seu gerente. Por outro lado, as circulares são utilizadas como uma comunicação unilateral, interna nas empresas. A circular tem por objetivo transmitir ordens, determinações, novos procedimentos, anunciar datas e eventos, promover serviços e produtos. Destina-se a várias pessoas ou a áreas de atuação e não exige resposta dos destinatários. Correspondência em Marketing Direto O marketing direto é utilizado em todos os ramos de atividade. No comércio, na indústria e em serviços. Tanto para consumidor final quanto para negócios entre empresas. Existem ramos que têm mais tradição no uso do marketing direto, como a venda direta de produtos e serviços ao consumidor. Mas, nos últimos anos, está havendo uma grande expansão do uso do marketing direto em todas as demais áreas. A alma do marketing direto é a mensagem promocional. Na organização do texto da mensagem, devese nortear por dois pontos fundamentais: o estudo do perfil do destinatário e o plano da mensagem. O sucesso da criação mede a eficácia da ação psicológica da mensagem. Por sua vez, a ação psicológica é a articulação dos componentes que efetivamente derrubam os obstáculos já descritos. São eles: · · · · · Atrair a atenção Despertar o interesse Provocar o desejo Conquistar a confiança Promover a ação A função do título é atrair a atenção, induzindo a leitura do texto. Essa função deve ser desempenhada rapidamente e com o máximo de ímpeto, pois, em média, apenas o título é cinco vezes maior do que as que lêem o corpo do texto. O título direto seleciona o leitor, informa sobre o produto, expõe uma vantagem e promete um benefício. O indireto provoca curiosidade, promete a solução de uma dificuldade, desperta o interesse pela leitura do texto. Ambos são utilizados com a mesma intensidade para captar os leitores e interessados potenciais no produto oferecido. Não se deve deixar de dizer nada no título que corra risco de excluir quaisquer leitores que possam se interessar pelo produto. A promessa central deve estar inserida no título, mesmo que seja longo. Pesquisas revelam que títulos de dez ou mais palavras, contendo dados noticiosos ou informativos, vendem mais mercadorias que títulos curtos. Não existem cabeçalhos ou chavões infalíveis. O que existe são palavras consagradas pela prática do marketing direto, tais como: agora, como, novo, qual, grátis, afinal etc. Depois de se conquistar a atenção do destinatário, na mensagem deve-se oferecer algo que desperte interesse para que o leitor continue a leitura. Na determinação do tema e na maneira de apresentá-lo e desenvolvê-lo está o ponto de partida para a redação do texto. O tema indica o que se deve dizer e como dizê-lo, de forma direta ou indireta e se em linguagem racional ou emotiva. O texto visa a um fim prático: vender o produto. O texto emotivo dirige-se ao conteúdo afetivo, emocional, atuando principalmente por sugestão. Em vez de falar objetivamente da mercadoria, salienta seus efeitos. A forma racional adapta-se melhor ao tema direto, a emotiva ao indireto. Em geral, as duas são usadas em conjunto pela predominância de um deles. O tema direto e a forma racional são mais aconselháveis se o produto é de uso corrente e é uma necessidade imprescindível ao consumidor, se tem em si mesmo fortes argumentos de venda, diretos e objetivos, como é o caso das revistas. Convencer somente não basta. Como uma das grandes tendências do ser humano é deixar sempre as coisas para o dia seguinte, é necessário fazer algo para combater a inércia mental, convidando-o à ação. Sob este aspecto é que se dá a grande vantagem do marketing direto, pois o cupom resposta está ali, ao alcance do consumidor. Um dos fatores mais importantes no marketing direto é a oferta, combinação de tudo que faz o cliente partir para a ação: preço, qualidades do produto, benefícios, períodos de experiência, garantias, testemunhos etc. Dentre as várias combinações utilizadas para tornar a oferta interessante estão: o brinde grátis, um prazo de experiência sem compromisso, a garantia de devolução do dinheiro se o produto não agradar, concursos com sorteios, etc. Além destes cinco pontos básicos, a mensagem deve apresentar características tais como: · · · · Clareza Simplicidade Concisão Brevidade Deverá haver perfeita ordenação de palavras nas frases, para que o pensamento de quem escreve seja transmitido claramente ao leitor, evitando superlativos, generalizações e lugares comuns. O estilo literário desvia a atenção do assunto. O texto deve ser escrito na linguagem que o público usa na conversa diária, com palavras curtas, parágrafos curtos e de maneira altamente pessoal. O tamanho do texto depende do produto. É uma medida de equilíbrio dizer o que se pretende com o menor número de palavras sem prejudicar o texto. Por outro lado, se o produto tem muitas qualidades diferentes a recomendá-lo, deve-se escrever um texto longo, pois, quanto mais tiver a dizer, mais venderá. Há uma crença falsa de que as pessoas não lêem textos longos. Ao contrário, cada texto deve ser uma conversa de venda completa do produto, pois a chance de sucesso cresce com o número de fatos comunicados sobre a mercadoria. Nesta ordem de idéia, uma mensagem com três páginas pode ser breve e outra com dois parágrafos pode ser longa. A melhor maneira de redigir uma mensagem é a de colocar-se na posição de quem vai receber e ler essa mensagem, dizendo o que interessa ao destinatário e não à empresa. Devem ser evitadas palavras desagradáveis como: eu, nós, nossos, meu, o meu, para nós, etc. Quando pronomes pessoais são utilizados, há a conotação de que o leitor está sendo relegado a um segundo plano. É a demonstração de superioridade da organização, totalmente negativa do ponto de vista do leitor. Portanto, é recomendável o uso de expressões como "seu", "sua", "o senhor", voltadas para o interesse do destinatário. Estímulos a comparações desagradáveis e desnecessárias devem ser evitados, mostrando apenas as vantagens dos produtos e serviços oferecidos, sem atacar ou menosprezar a concorrência. Não se deixe levar pela falsa premissa de que brasileiro não gosta de ler, aquele cliente que realmente está interessado em fazer um pedido lê tudo e, ainda muitas vezes, liga para obter mais detalhes. Quem não lê é quem não está interessado, lê superficialmente e coloca o material de lado. A verdade deve ser dita sem exageros e afetações, mas com entusiasmo, pois marketing direto é um negócio feito em confiança. A mala direta está dividida em carta, folheto e cartão-resposta. Mas o envelope não deve ser esquecido. É feito para ser aberto, devendo se destacar do restante da correspondência. Se não for pego depois de uma observação que dura exatamente cinco segundos, vai para a cesta de lixo. O tratamento dado ao envelope é o de atenção, pois deve ser pego e aberto. A carta deve ser escrita em tipo de máquina, pois cartas não são compostas de maneira a parecer o mais pessoal possível. O tipo deve ser grande e claro. O papel deve ser de qualidade se dirigido a grupos profissionais. Deve chamar atenção para o nome do produto, suas características, seu formato, aspectos técnicos de fabricação, acabamento, cores e matéria-prima utilizada. O que se está vendendo são os benefícios que o produto traz. Nas revistas, são os fatos e dados, a informação, a vantagem em se saber os assuntos e o progresso pessoal. Além da economia de tempo e dinheiro, de se aprender algo novo, de aprimorar seus conhecimentos etc. Enfim, dar informações, contar novidades e familiarizar o cliente com o produto do qual ele próprio possa ser um vendedor. Correspondência na Internet Todo executivo bem informado conhece o potencial da Internet como estimuladora de negócios. A rede mundial de computadores possibilita que a empresa se ligue diretamente a fornecedores, clientes e consumidores no mundo todo. Através dela é possível receber e fornecer informação. Também é possível vender, comprar, divulgar e atender, tendo isso de forma direta e instantânea, utilizando infra-estrutura universal e acessível. Num modelo de economia de espectro mundial, com ênfase na integração regional, a busca e a análise da informação passam a ter papel estratégico para negócios, pois, a partir daí, é que vão surgir as definições para novos produtos, novos mercados consumidores, novos serviços e principalmente o desenho de estratégias comerciais. Também no aspecto pessoal, a Internet tem relevante papel. Através dela, é possível a atualização de informações e a ampliação do conhecimento de forma dinâmica, desenvolvendo pessoas na organização. O ato de "navegar" pode constituir-se num excelente meio de apropriação de informação. A Internet possibilita, com sua estrutura, facilidades na busca e seleção de informação, servindo-se o usuário para tal, dos chamados "bancos de dados" ou "mecanismos de busca", que lhe permitem acessar, seletivamente, a informação desejada. Um outro aspecto importante é a possibilidade de uma nova forma de acesso às empresas, permitindo consultas sobre produtos, preços e informações técnicas, podendo ampliar o alcance de negócios. Como mídia, a Internet já assegurou a sua posição. Através das imagens dos seus sites, grandes corporações disponibilizam num out-door, 24 horas por dia, durante todo o ano, seus produtos, serviços ou oportunidades de negócios, além de assegurar uma presença institucional em alcance mundial, que pode ser vista na língua local ou em vários idiomas, conforme o desenho digital do site, permitindo ao usuário ou a empresa conhecer melhor seus clientes e até seus concorrentes. Daí a necessidade de se ter uma apresentação de forma clara e objetiva. Tendo em vista tamanha diversificação em termos de imagens e cores, para que o seu texto tenha a devida atenção, também, é preciso uma linguagem que não seja rebuscada e de difícil compreensão. As novas estratégias de negócios empregam o conceito de "agir localmente e pensar globalmente", ou seja, ampliar o potencial para colocar produtos ou serviços para novos consumidores e mercados e isso significa, cada vez mais, usar a informação globalizada. É importante lembrar que a Internet é um novo modelo de ação para diversas atividades empresariais e pessoais. Os debates eletrônicos na rede chegam a milhares de grupos. Dentre esses estão assuntos ligados ao comércio, à indústria, à tecnologia, ao ensino, à gestão de recursos humanos, à qualidade total, à astronomia, à física, enfim, a quase tudo. As listas de discussão como são conhecidas, aproximam pessoas e interesses. A Internet ainda é um modelo com muito a ser explorado. As teleconferências com transmissão de imagens, passando pela conversação telefônica via web, possibilitam que pessoas com tarifas de chamadas locais acessem outros países. O webmarketing, hoje, define as técnicas voltadas para o uso da Internet, numa área relevante para as empresas. A década de 80, que redefiniu estruturas internas e novos papéis para o trabalho, tem agora segmento na de 90 com uma nova preocupação das organizações: vender mais produtos e/ou serviços. Já não basta redução de custos ou enxugamento da folha, o momento exige mais negócios. A Internet pode ser trabalhada de diversas formas para negócios. Uma busca sobre um país, sua cultura, sua economia, suas cidades pode representar o início de um processo de vendas para produtos que ainda não estão disponíveis ali. Pesquisas indiretas podem ser realizadas via web, avaliando vantagens e desvantagens de atuação naquele país ou região. A web pode funcionar como um precursor de negócios, um meio de "chegar" sem estar lá. No que tange a sites empresariais, a web é uma mídia diferenciada que, pelo seu custo de implantação e manutenção, possibilita que empresas de variados perfis possam se utilizar dela. A mais modesta organização pode estar na Internet, ao lado de sua maior concorrente. Promoções, lançamentos de produtos, atendimento aos clientes, são algumas das ações que podem ser desenvolvidas num site. É preciso que os textos inseridos nos sites puxem a atenção dos "navegadores". E isso é possível com as definições dos assuntos por parágrafo, a objetividade, ortografia e pontuação devidamente corretas, sem gírias e palavras de difícil compreensão. Ingressar no mundo da informação virtual será um caminho para as organizações e pessoas que queiram buscar vantagens estratégicas. A Internet será o marco entre a sobrevivência e a extinção de quem não souber avaliá-la e utilizá-la, gerenciando informações e agregando valor ao seu negócio. DICAS PARA UTILIZAÇÃO DO CORREIO ELETRÔNICO Correio eletrônico é a forma de comunicação através das redes globais ou locais de informação. Com a disseminação da microinformática, esta forma de comunicação vem ganhando cada vez mais espaço. Apesar de seguir as principais regras básicas de redação, este tipo de mensagem possui algumas características que devem ser observadas: - Os dados necessários são nome do destinatário, endereço eletrônico e a referência ao tema da mensagem ("subject"). Obs.: o nome e endereço eletrônico do remetente serão enviados automaticamente pelo programa usado. - Ao contrário dos telegramas, as mensagens eletrônicas aceitam a pontuação normal e a diferenciação entre maiúsculas e minúsculas. Entretanto, o uso de acentos, sinais gráficos e "Ç" deve ser evitado. - Não envie mensagens usando apenas letras minúsculas, e principalmente, maiúsculas. Letras maiúsculas indicam uma grande ênfase ao que está escrito. Se a intenção for apenas chamar a atenção, você pode usar o caractere de sublinhado ou o asterisco, colocando-os no início e no fim da palavra (como as aspas). - Para melhor visualização, o ideal é que se pule uma linha entre um parágrafo e outro. - Para evitar confusão entre palavras com a mesma grafia, significado diferente e acento agudo na última letra, pode-se acrescentar a letra H para simbolizar o acento (exemplo: "poderá" fica representado por "poderah") - Ao determinar a referência (subject) da mensagem, procure ser claro e conciso, fazendo alusão direta ao tema mais importante de sua carta. - Ao enviar uma mensagem resposta (um "reply"), repita no "subject" o título da mensagem original, adicionando "Re:" em sua frente. Obs.: A maioria dos programas atuais fazem isso automaticamente. - Ao responder uma mensagem, e for necessário repetir partes da mensagem original, não inclua toda esta no seu texto de resposta. Corte o desnecessário, mantendo apenas o suficiente para indicar o que você está respondendo. - Evite os arquivos anexos (os "attachments"). É comum usuários de e-mail terem uma capacidade limite de estocagem no provedor, e arquivos enviados fora do corpo da mensagem, se não forem essenciais, podem ocupar toda a capacidade de armazenamento e evitar a chegada de novas mensagens. Administração do Tempo A melhoria de produtividade é, hoje, uma meta essencial a ser perseguida em qualquer atividade produtiva, tanto pelo seu alcance econômico - porque dela resulta redução de custos - como do ponto de vista social - pelos reflexos sobre a remuneração dos assalariados. Esta melhoria deve ser buscada em todos os níveis de uma organização, tanto no nível de produção propriamente dito - onde predominam os fatores mão-de-obra mais ou menos qualificada e maquinaria - como no nível de gerência, onde se situa a mão-de-obra, não só mais cara, mas também da qual dependem decisões vitais para todo o processo. Infelizmente, porém, nossa origem sócio-cultural, baseada até uma geração atrás em atividades predominantemente rurais, não desenvolveu na nossa sociedade a consciência da importância da eficiência gerencial. Todavia, o mundo globalizado em que estamos ingressando não comporta mais a administração contemplativa. O homem que dirige, não só enfrenta administrações cada vez mais complexas, como recaem sobre ele, a cada dia, maiores responsabilidades, com o agravante de contar com prazos de decisões cada vez mais apertados, resultantes da dinâmica comercial moderna. É importante lembrar que uma das chaves do controle do tempo é fixar prioridades para as tarefas. As mais importantes são aquelas que produzem mais e melhores resultados para a empresa. A tentativa de espremer uma massa crescente de tarefas no nosso limitado tempo diário não pode dar bons resultados. Por isso, é necessário fixar as prioridades e organizar cada conjunto de tarefas. Um dos princípios básicos de organização de tarefas para melhorar a administração do tempo é agrupar as tarefas ao longo do dia, em vez de dispersá-las. Fazendo esse procedimento, evita-se perdas de tempo, proporcionando uma jornada de trabalho muito mais proveitosa. Não podemos deixar de recomendar que se tenha o hábito de preparar ou ler as correspondências sempre na mesma hora do dia. Isto cria hábito, ajuda na organização e evita o stress. Uma das formas de melhor se administrar a correspondência é dividi-la em duas classes de prioridades: as correspondências de rotina e as especiais. As cartas de rotina devem ficar prontas no seu computador e você pode delegar a responsabilidade a sua secretária ou a um auxiliar. Em geral, só é preciso trocar nomes, datas e prazos. Já as correspondências especiais devem ser separadas por ordem de importância. Elas devem ser selecionadas de acordo com a urgência. REGRAS BÁSICAS DA LINGUA PORTUGUESA PONTUAÇÃO A pontuação é altamente importante para a fluência do texto, porque marca o ritmo das pausas. Mas é interessante notar que o uso dos sinais de pontuação constituem traços pessoais de quem escreve. Isso, no entanto, não impede a observação de algumas normas: PONTO Utiliza-se o ponto nas abreviaturas (V. Exa., Sr., V.Sa.) e para demonstrar que se chegou ao final de um período. DOIS PONTOS São empregados basicamente em três ocasiões: 1. Quando desejamos fazer uma enumeração. Ex: Os motivos são os seguintes: fome, medo e dor 2. Quando se pretende esclarecer algo. Ex: A questão seria decisiva: total impossibilidade. 3. Anteriormente a uma citação. Ex: Disse a vítima: nada poderia ter sido evitado. VÍRGULA A vírgula é utilizada em diversas situações: 1. Em caso de enumerações, a vírgula serve para separar termos de valor correspondente na oração. Ex: Bois, cães, gatos, porcos, são animais próximos do homem. 2. Quando queremos demonstrar que um verbo foi suprimido também utilizamos a vírgula. Ex: Uns esperam a vida, e outros, a morte 3. A vírgula é usada para separar o aposto. Ex: O leão, reis dos animais, acabou desmoralizado. 4. Usa-se a vírgula para separar adjuntos adverbiais, quando eles estão iniciando oração. Ex: Atingido o tempo, dispersam-se os candidatos. 5. A vírgula serve para separar algumas conjunções tais como: porém, entretanto, pois, logo etc. Ex: Estamos, pois, de acordo. 6. As orações intercaladas também são separadas com o auxilio da vírgula. Ex: Espere, falou o médico, o momento exato. PONTO E VÍRGULA Casos em que se usa ponto e vírgula. 1. Para separar séries, cujos termos são separados por vírgula. Ex: Mares, rios, lagoas; plantas, animais, insetos; ar, terra e fogo. 2. Quando queremos separar partes de um mesmo período, quando elas equivalerem em importância. Ex: As crianças brincam; os animais repousam; os adultos trabalham; todos se dedicam a alguma coisa. 3. Para se separar itens de uma lei ou decreto. Ex: Os documentos necessários são: I - carteira profissional; II - título eleitoral; e III - diploma de conclusão. OUTROS SINAIS DE PONTUACÃO 1.Ponto de Interrogação - usamos em frases interrogativas. Ex: Onde está a mercadoria? 2.Ponto de Exclamação - usa-se para expressar impulsos emotivos tais como espanto, raiva, admiração, alegria etc. Ex: Nossa!, Atenção!, Não diga! 3.Travessão - é usado antes das falas num diálogo. Ex: - Olá! Como vai? - Bem, e você? 4.Reticências - quando desejamos deixar o final de uma oração em aberto, o que normalmente ocorre por ironia e por antífrase. Ex.: Eu não queria dizer, mas... 5. Aspas - utiliza-se para limitar uma citação dentro de um texto. Ex.: "Oh! Deus onipotente" repetiu o padre. OBS: Com esse ato, deve ter "assegurado" o paraíso. APÓSTROFO E HÍFEN Esses dois elementos não são exatamente sinais de pontuação, porque se aplicam a vocábulos e não têm preponderância para o ritmo do texto. Contudo, é importante conhecer-lhes o uso: Hífen - é usado para unir palavras compostas, e na colocação de pronomes átonos. Ex: Guarda-chuva, mandaram-no Apóstrofo - usa-se para realizar contrações, principalmente, com a preposição "de". Ex: Pureza d'alma, d'Oliveira SEPARAÇÃO DE SÍLABAS Separar as sílabas constitui assunto bastante simples. Basta estar atento às seguintes normas: 1.Os Hiatos devem sempre ser separados. Ex. Re-estruturar, Sa-ir, Gra-údo. 2. Jamais se separa os Ditongos e Tritongos. Ex: Se-rei-a, Pa-ra-guai, Ó-pio 3. Separa-se as letras geminadas. Ex: Cor-rer, Coc-ção, Os-so 4. Se seguidos por consoante, os prefixos dis, in, ad, trans, ex, bis e sin mantêm-se. Ex: Ad-vocar, Dis-tender, In-tegrar, Trans-ferir, Bis-neto, Sín-deto PRONOMES DE TRATAMENTO Utilizar os pronomes de tratamento é relativamente fácil. O mais importante é estar atento à concordância que deve existir entre os pronomes pessoais e os possessivos que lhe são correspondentes. Acompanhemos o seguinte quadro: Pronome da 3a pessoa Você, o Sr., V. Exa, V.A., V.M., V.Ema, V. Revma, etc. Pedem o uso de Se, a Si, de Si, Consigo, Seu, Sua, Seus, Suas, Lhe. Lhes, O, A, Os, As Exemplos: Vocês podem aproximar-se. V.Em' se reportará ao fato. Pronomes da 2a pessoa do singular Tu Pede o uso de Te, a Ti, de Ti, Contigo, Teu, Tua, Teus, Tuas Exemplos: Tu sentar-te-ás ali. Conhece-te e a teus opositores Pronome da 1a pessoa do plural Nós Pede o uso de Nos, a Nós, de Nós, Conosco, Nosso, Nossa,.Nossos, Nossas Exemplos: Nós nos entregamos a excessos. Nós abdicaremos de nossos direitos. Pronome da 2a pessoa do plural Vós Pede o uso de Vos, a Vós, de Vós, Convosco,, Vosso, Vossa, Nossos, Nossas Exemplos: Vos entregastes a vossas fraquezas A vossos pais tudo deveis. O Pronome Consigo Os equívocos na utilização deste pronome são comuns. Por ser um pronome reflexivo da 3a pessoa, ele só pode se referir à pessoa que fala, jamais à pessoa com quem se fala. Dessa forma, será um uso correto do pronome: Ele levou a mágoa consigo. Em oposição a este caso, está inadequado o uso do seguinte exemplo: Nós iremos consigo à reunião. OBS: Neste caso, a frase correta seria: nós iremos com o senhor à reunião. REGRAS DE ACENTUAÇÃO Em língua portuguesa, os acentos gráficos podem ser tônicos, que implicam qual sílaba funciona como tônica, e prosódicos, através dos quais podemos discernir sobre a modulação das vogais. Em alguns casos, ambos os acentos podem estar ern um mesmo vocábulo. Vamos acompanhar as principais regras de acentuação. 1. Todos os vocábulos "proparoxítonos" são acentuados: Ex: Música, ártico, público 2. São acentuadas as palavras oxítonas que terminem em a, e, e o, ainda que estejam seguidas de s. Ex: Cará, café, avô 3. As palavras paroxítonas que terminem em i ou u, estejam ou não seguidas de s, recebem acento agudo se na sílaba tônica aparecerem a, e, o (abertos), i ou u. Ex: Júri, lápis OBS.: Se nas sílabas tônicas, estiverem e ou o (fechado) ou a, e e o seguidos de m ou n, será utilizado o acento circunflexo. Ex: Dândi, bônus 4. Quando aparecer u tônico, precedido de g ou q, ele deverá ser acentuado. Ex: Argúi, averigúe 5. Em palavras oxítonos terminadas em em ou ens, que contenham mais de uma sílaba, acentua-se o e. Ex: Também, reféns 6. O i e o u tônicos são acentuados.se não estiverem formando ditongo com a vogal anterior. Ex: Prejuízo, saúva, saí 7. São acentuados os ditongos éi, éu e ói. Ex: Quartéis, menestréu, idéia. 8. É acentuado o penúltimo o fechado do hiato oo, esteja ou não seguida de s, se a palavra for paroxítona. Ex: Magôo, vôos 9. Em palavras paroxítonas finalizadas em l, n, r e x, as vogais da penúltima sílaba são acentuadas. Ex: Âmbar, provável, pólen, córtex OUTRAS SITUAÇÕES DE ACENTUAÇÃO 1. A1ém de indicar a nasalização de uma sílaba, o til serve como acentuação tônica, exceto se houver outro sinal na mesma palavra. Ex.: Pões, pirão, xamã. OBS: Se a sílaba que contiver o til não for a tônica, esta deverá ser necessariamente acentuada. Ex: Órfão, órgão 2. O trema também pode ser considerado um acento, pois indica que o u, vindo após q ou g, forma um hiato com as vogais e e i. Ex: Tranqüilo, conseqüência, agüentar. OBSERVACÃO FINAL Algumas palavras são acentuadas para se diferenciarem, de outras com grafia idêntica. É o caso dos vocábulos citados abaixo: Ex: Às (substantivo masculino)- diferenciando-se de às (craseado) pára (verbo)- diferenciando-se de para (preposição) pélo (verbo) - diferenciando-se de pelo (contração por + o) USO DOS PRONOMES Na fala coloquial, é comum iniciarmos frases pelos pronomes me, te, se, lhe, lhes, nos, vos, o, a, os, as. Mas no bom uso escrito da língua portuguesa tal pratica não é aconselhável. Assim: Espero-a com ansiedade. E não A espero com ansiedade. A observação de alguns casos evitará esses equívocos: 1. Se o verbo vier precedido dos pronomes relativos quem, que, qual, cujo, onde, como e quando, o pronome deve ser usado antes dele. Ex: Aquele que se conscientiza evita erros 2. Essa mesma anteposição do pronome deverá ocorrer se for negativa a oração. Ex: Não o espere por muito tempo 3. Os pronomes devem estar situados depois do verbo, se este estiver no infinito, e se vier precedido de auxiliar. Ex: Desejamos conduzi-lo ao local exato 4. O pronome será usado depois do gerúndio, se este for seguido de particípio. Ex: As pessoas foram-se dispersando 5. Se os verbos estiverem conjugados no futuro do presente e no futuro do pretérito, deve-se usar os pronomes de forma mesoclítica. Ex: dir-te-ei ao invés de eu direi-te 6. O pronome oblíquo estará depois do verbo, sempre que os verbos estiverem no imperativo. Ex: Leve-o com você' Explique-se com clareza OBSERVAÇÃO: A ordem de colocação do pronome oblíquo será facultativa, quando o infinitivo estiver regido de outras preposições. Ex: Tentei precaver-me contra isso. ou Tentei-me precaver contra isso. USO DO PRONOME SE Muitas discussões entre os estudiosos têm sido provocadas graças à utilização do pronome se. Isso ocorre porque ele é uma variante do pronome ele, na maioria dos casos empregado como objeto direto. Mas o pronome se pode também desempenhar uma série de outras funções, como veremos a seguir. 1. Uso como objeto direto: Nos verbos pronominais, o se aparece como uma partícula intrínseca. Nesse caso, ele é inseparável do verbo e é comumente chamado de pronome reflexivo. Ex: O homem apoiou-se na grade. 2. Uso como objeto indireto: Já neste caso, o se será equivalente a si mesmo, para si mesmo. Ex: Ele arroga-se das obrigações. OBS: ele arroga a si mesmo... 3. Uso como pronome apassivador: O se é um pronome apassivador quando ele contribui para que uma oração, cujo verbo admite objeto direto, seja formulada na voz passiva. Ex: Vendem-se apartamentos. Neste exemplo, a oração também poderá ser apartamentos são vendidos. OBS: Se o verbo for transitivo indireto, isto é, se ele pedir um complemento preposicionado, não será possível construir a oração na voz passiva, uma vez que o sujeito é indeterminado. Nesta situação, o se é chamado pronome apassivador impessoal. Vamos alguns exemplos: Trafega-se em alta velocidade Assiste-se aos jogos regularmente. Para alguns gramáticos, o se usado como pronome apassivador impessoal deve ser considerado o sujeito da oração, já que ela não é realmente convertida em passiva. 4. Uso como partícula de realce 0 se, nesse caso, é utilizado apenas com o intuito de enfatizar uma determinada situação. Nessa circunstância, ele poderia mesmo ser dispensado. Ex: Elas foram-se em velocidade = Elas foram em velocidade. USO DO PRONOME LHE Sem dúvida, o pronome lhe reúne as maiores incidências de equívocos na sua colocação. Mas observando os casos que aqui apontaremos não se terá maiores problemas. Primeiramente, é preciso considerar que o lhe, um oblíquo da pessoa, equivale aos pronomes retos o e a. Sendo assim, o lhe só deve ser utilizado quando o verbo pedir objeto indireto. Vamos acompanhar alguns casos: 1. Enviei-lhe uma mensagem. O verbo enviar pede um objeto indireto (quem envia, envia algo a alguém). 2. Sou-lhe grato pelo auxílio. Nesse caso, o verbo ser está acompanhado de um termo no particípio, que pede um complemento indireto (ser grato). Se é grato a alguém, por isso o uso do lhe. Para uma melhor compreensão, vamos citar alguns exemplos onde, ao invés do lhe, devem ser empregados a ou o. 1.Prezo-o com todo fervor. O verbo prezar não pede complemento através de preposição. 2.Enganá-la seria um erro. Aqui, o pronome a (substituído pelo objeto la) completa o verbo enganar, que é transitivo direto. CASOS COMUNS DE EMPREGO ERRADO DO LHE 1. Fico feliz toda vez que lhe encontro. Encontrar pede objeto direto (encontrar alguma coisa). Por isso, o uso correto deveria ser fico feliz toda vez que o encontro. 2. Nós lhe tomamos em conta de responsável. Novamente, o equívoco neste caso se dá por que o verbo solicita um objeto direto. Nesse caso, o uso correto deveria ser nós o tomamos em conta de responsável. A CRASE Ocorre a crase quando dois sons vogais idênticos fundem-se em um só. Os casos mais comuns de crase são os da fusão da preposição a com o artigo a. Para empregar corretamente a crase, basta estar atento a algumas regrinhas: 1. Sempre que for possível empregar ao antes de um termo masculino, deve-se utilizar a crase, no caso feminino correspondente. Ex: Vamos à cidade (no caso masculino, poderíamos dizer vamos ao baile). 2. Antes de expressões de tratamento, jamais se deve empregar a crase. Vejamos alguns exemplos: O convite foi feito a Vossa Alteza. A carta se refere a Vossa Senhoria. OBS: A única exceção neste caso se encontra com os pronomes de tratamento senhora e senhorita, antes dos quais utilizamos a crase. 3. Quando um substantivo admitir o artigo, a crase devera ser empregada. Ex: Vou à França. OBS: Se o substantivo fosse, por exemplo, Minas Gerais, não seria utilizada a crase,já que não se diz a Minas Gerais é um grande estado. 4. Não se utiliza crase antes de termos de significação indefinida, tais como um, certo, qualquer, algum, cada etc. Ex: Não entregue a chave a qualquer pessoa. 5. Se a palavra casa estiver significando residência, e estiver precedida de verbo que indique movimento, não é prescrita a utilização da crase. Ex: Irei a casa logo que puder. 6. Também não se deve empregar a crase antes dos pronomes relativos que e cuja. Ex: Eis o local a que me reportei. 7. Não se deve usar a crase em expressões de palavras repetidas. Ex: Face a face, frente a frente. 8. Utiliza-se a crase, quando a palavra moda estiver oculta antes de um substantivo. Ex: Bife à milanesa (à moda de Milão). OBSERVACÃO FINAL: A crase pode ser facultativa se estiver precedendo a um pronome possessivo. Ex: Estou a sua disposição ou Estou à sua disposição. CASOS DE CONCORDÂNCIA 1. Do Verbo com o Sujeito Como regra básica está a concordância do verbo como sujeito (eu amo, eles amam). Observemos os casos de maior incidência de equívocos. a) se os sujeitos estiverem na 3a pessoa do singular, e forem precedidos por verbo, este deverá ficar na 3a pessoa do singular ou 3a do plural. Ex: Cairá o telhado e a parede com violência. ou Cairão o telhado e a parede com violência. b) o número do verbo será facultativo, se dois ou mais sujeitos estiverem unidos pela preposisão com. Ex: Dirija-se você com seus familiares ao local. Dirijam-se você com seus familiares ao local. c) também será facultativo o número do verbo, se os vários sujeitos estiverem interligados pela conjunção nem. Ex: Nem eu nem você merece o prêmio. ou Nem eu nem você merecemos o prêmio. d) o pronome relativo quem, quando se refere ao pronome da 1a pessoa do singular (sujeito), conduz o verbo a 3a pessoa do singular. Ex: Sou eu quem o diz. e) no uso das expressões um e outro e nem um nem outro o verbo vai tanto para o plural quanto para o singular. Ex: Nem um nem outro está convencido disso. ou Nem um nem outro estão convencidos disso. f) no caso de o sujeito ser um substantivo coletivo e estar seguido de complemento no plural, o verbo deverá ir para o plural ou para o singular, conforme o sentido. Ex: Um cardume de peixes surge de repente. Um cardume de peixes buscavam alimento. 2. Do Adjetivo com o Substantivo A concordância entre esses termos se dará em gênero e número. Os casos mais comuns são os seguintes: a) com adjetivos compostos apenas o segundo termo vai para o feminino. Ex: A filosofia austro-húngaro. A poesia luso-francesa. b) havendo substantivos de gêneros diversos, que estejam no singular, usa-se o adjetivo no masculino plural. Ex: A mente e o corpo contaminados. c) os nomes de cor que estejam seguidos de substantivo ou adjetivo não variam. Ex: Camisas azul-piscina, cabelos castanho-escuro. PLURAL DE SUBSTANTIVOS COMPOSTOS São muito comuns os deslizes cometidos na passagem para o plural dos termos compostos. Para evitá-los, é suficiente seguir os seguintes casos: 1. Apenas o último elemento varia a) nos compostos onde os termos se juntaram: Ex: Fidalgos, madrepérolas, aguardentes. b) em compostos formados com os termos grão, grã e bel: Ex: Grão-vizires, grã-cruzes, bel-prazeres. c) compostos que sejam formados de verbo + palavra invariável, seguida por substantivo ou adjetivo: Ex: Furta-cores, pára-raios, alto-falantes. d) nos com postos formados por três ou mais elementos, desde que o 2o elemento não seja uma preposição. Ex: Bem-te-vis. c) nos compostos onomatopaicos, isto é, que denotam sons de coisas: Ex: Reco-recos, Tim-tins. 2. Apenas o Primeiro Elemento varia a) nos substantivos compostos que contenham preposição, esteja ela evidente ou subentendida. Ex: Pés-de-moleque, mulas-sem-cabeça. b) em compostos, em que o segundo termo expressa idéia de semelhança ou fim. Ex: Navios-escola, peixes-boi (=semelhante a boi). 3. Lado em que ambos os termos variam Nos compostos que sejam formados de: a) dois substantivos - cartas-bilhetes b) substantivo + adjetivo - amores-perfeitos c) adjetivo + substantivo - segundas-feiras 4. Casos em que se admite mais de um plural Frutas-pão - fruta-pães Padres-nossos - padre-nossos Salvos-condutos - salvo-condutos 5. Os termos permanecem invariáveis: a) em frases substantivas: os disse-me-disse, os bumba-meu-boi b) em compostos de verbo e palavra invariável: os cola-tudo, os ganha-pouco. c) em compostos de verbo de sentido oposto: os leva-e-traz, os vai-volta. VERBOS IRREGULARES Verbos irregulares são aqueles que não obedecem ao padrão de conjugação. Não há, portanto, como estabelecer normas que facilitem seu uso. Apresentamos lista de verbos que mais causam embaraços na sua conjugação. Verbo Crer Ind. pres.: creio, crês, crê, cremos, credes, crêem Imperfeito: cria, crias, cria, etc. Pret. perf.: cri, creste, creu, cremos, crestes, creram. M.-q.-perf.: crera, creras, crera, etc. Subj. pres.: creia, creias, creia, creiamos, creiais, creiam Imperfeito: cresse, cresses, cresse, etc. Verbo Valer Ind. pres.: valho, vales, vale, etc. Pret. perf: vali, valeste, valcu, valemos, valestes, valeram. Subj. pres.: valha, valhas, valha, valhamos, valhais, valham Imperfeito: valesse, valesses, valesse, etc. Verbo Prover Ind. pres.: provejo, proviso provê, provemos, provedes, provêem. Pret. perf: provi, proveste, proveu, provemos, provestes, proveram M.-q.-perf: provera, proveras, provera, etc. Subj. pres.: proveja, provejas, proveja, etc. Imperfeito: provesse, provesses, provesse, etc. Fut. subj.: se eu prover, proveres, prover, etc. Verbo Ferir Ind. pres.: firo, feres, fere, ferimos, feris, ferem Imperfeito: feria, ferias, feria, etc. Pret. perf : feri, feriste, feriu, ferimos, feristes, feriram M.-q.-perf: ferira, feriras, ferira, etc. Fut. do pres.: ferirei, ferirás, ferirá, etc. Fut. do pretérito: feriria, feririas. feriria, etc. Imperativo: fere, feri. Subj. pres.: fira, firas, fira, firamos, firais, firam. Imperfeito: ferisse, ferisses, ferisse, etc. Fut. subj.: se eu ferir, ferires ferir, etc. Verbo Frigir Ind. pres.: frijo, freges, frege, frigimos, frigis, fregem Imperativo: frege, frigi. Subj. pres.: frija, frijas, frija, frijamos, frijais, frijam. Particípio: frigido e frito. Verbo Pedir Ind. pres.: pego, pedes, pede, pedimos, pedis, pedem. Subj. pres.: peça, peças, peça, peçamos, peçais, pegam Verbo Ir Ind. pres.: vou, vais, vai, vamos, ides, vão. Imperfeito. ia, ias, ia, íamos, íeis, iam. Pret. perf.: fui, foste, foi, fomos, fostes, foram. M.-q.-perf.: fora, foras, fora, fôramos, fôreis, foram Verbo Vir Ind. pres.: venho, vens, vem, vimos, vindes, vêm. Imperfeitos: vinha, vinhas, vinha, vínhamos, vínheis, vinham. Pret. perf.: vim, vieste, veio, viemos, viestes, vieram. M.-q.-perf: viera, vieras, viera, viéramos, viéreis, vieram. Imperativo: vem tu, vinde vós. Subj. pres.: venha, venhas, venha, venhamos, venhais, venham Imperfeito: viesse, viesses, viesse, etc. Fut. subj.: se eu vier, vieres, vier, etc. Verbo Pôr Ind. pres.: ponho, pões, põe, pomos, pondes, põem. Imperfeito: punha, punhas, punha. etc. Pret. perf : pus, puseste, pôs, pusemos, pusestes, puseram M.-q.-perf.: pusera, puseras, pusera, etc. Fut. do pres.: porei. porás, porá, etc. Fut. do pret.: poria, porias, poria, etc. Subj. pres.: ponha, ponhas, ponha, etc. Imperfeito: pusesse, pusesses, pusesse, etc., PLURAIS DE SUBSTANTIVOS QUE COSTUMAM CAUSAR DÚVIDAS abdômen - abdomens, abdômenes alão - alões álcool - álcoois aldeão - aldeões, aldeãos e aldeães alferes - alferes ancião - anciões, anciãos e anciães artesão - artesões bênção- bênçãos cânon -cânones capitão - capitães caráter - caracteres certâmen - certamens e certâmenes charlatão - charlatães cidadão - cidadãos corrimão - corrimãos cortesão - cortesãos cós- coses cristão - cristãos dólar- dólares ermitão - ermitães escrivão - escrivães faisão - faisões folião- foliões guardião - guardiões líquen - líquens. líquenes mal - males mel - meles, méis real – réis ureter - ureteres vilão - vilões c vilãos FEMININOS DE NOMES QUE CAUSAM EMBARAÇOS abade - abadessa aldeão - aldeã ancião - anciã ateu - atéia ator - atriz barão - baronesa bode - cabra cantor - cantora carneiro - ovelha castelão - castelã conde - condessa czar - czarina diácono - diaconisa duque - duquesa elefante - elefanta, aliá embaixador - embaixatriz ermitão – ermitoa escrivão – escrivã frade – freira frei – soror genro – nora gigante – giganta herói – heroína javali – javalina juiz – juíza ladrão – ladra macho, mulo – mula monge – monja pardal – pardoca, pardaloca, pardaleja perdigão – perdiz tabaréu - tabaroa CASOS ESPECIAIS DE COLETIVOS alcatéia - lobos arquipélago - ilhas banda - músicos bando - vagabundos cabido - cônegos cáfila - camelos cardume - peixes concílio - bispos conclave - cardeais congregação - professores elenco - atores enxame - abelhas fato - cabras malta - desordeiros matilha - cães quadrilha - ladrões rebanho - ovelhas repertório - peças de teatro resma - papel réstia - cebolas, alhos súcia - velhacos vara - porcos ALGUNS ADJETIVOS GENTÍLICOS OU PÁTRIOS Abissínia - abexim, abissínio Acádia - acadiano, acádio Águas da Prata - aquaplatense Alasca - alasquenho Algarve - algarvio Beirute - beritense Belém - belenense Belém (Judéia) - belemita Bizâncio - bizantino Braga - bracarense Brasília - brasiliense Buenos Aires - portenho Cádis - gaditano Cairo - cairota Ceilão - cingalês, cingalense Chaves - flaviense Chipre - cipriota Coimbra - conimbricense, coimbrão Coração de Maria - cordimariano Córsega - corso Douro - duriense Madagáscar - malgaxe Málaga - malaguenho Três Corações - tricordiano CASOS DE BARBARISMO Barbarismo é qualquer uso da língua, que se desvie da norma culta. Esses equívocos podem ser gráficos ou fonéticos. Observemos os mais comuns. EXEMPLOS DE BARBARISMOS GRÁFICOS Formas erradas - Formas certas abisolutamente – absolutamente ademitir – admitir adequerir - adquirir adevir - advir adevogado - advogado apropiado - apropriado areoplano - aeroplano arimética - aritmética beneficiência - beneficência bisorro besouro buletim - boletim cabelereiro - cabeleireiro carangueijo - caranguejo carramanchão - caramanchão celilóide celulóide corador - coradouro degladiar - digladiar dentrifício - dentifrício desiguinar - designar desinteria - disenteria dignatário - dignitário enguento - ungüento entravado - entrevado estalado (ovos) - estrelados exodo - êxodo exprobar - exprobrar fraticídio - fratricídio frustar - frustrar idoniedade - idoneidade ilucidar - elucidar inflingir - infligir iracivel - irascível largato - lagarto mindingo - mendigo mindoim - amendoim mortandela - mortadela obívio - óbvio opróbio - opróbrio paralepípedo - paralelepípedo piru - peru prescrutar - perscrutar previlégio – privilégio procastinar - procrastinar propietário - proprietário prostação - prostração rúbrica - rubrica (brí) sastifeito - satisfeito subistantivo - substantivo terebentina - terebintina EXEMPLOS DE BARBARISMOS FONÉTICOS Formas erradas - Formas corretas agape (gá) - ágape álea alea (Ié), - aléia alibi (bí)- álibi ambrosia (sí) - ambrósia ariete (ête) - aríete ávaro -avaro (vá) azíago - aziago (ágo) , bátavo - batavo (tá) boemia(í) - boêmia cafila (í) - cáfila cafrária - cafraria (rí) cúpido (amor) - cupido (pí) décano - decano (câ) élite - elite (Ií) estádia (permanência) - estadia (día) estrategia (í) - estratégia exodo(xô) - êxodo filântropo - filantropo (trô) flórido (em flor), - florido (ri) íbero - ibero (bé) improbo (pró) - ímprobo impúdico - impudico (dí) ináudito - inaudito (dí) incubo (ú) - incubo ínfido - infido (fi) interim (rim) - ínterim irrito - írrito levedo (vê) - lêvedo líbelo - libelo (bé) Lucifer (fér) - Lúcifer Luciferes (fé) - Lucíferes nóvel - novel (vél) ópimo - opimo{pí) pégada - pegada (gá) próvido (prevenido) - provido (ví) púdico pudico(dí) refem (ré) - refém rúbrica - rubrica (brí) simúlacro - simulacro (lá) válido (protegido) - valido (Ií) vênera - venera (né) APÊNDICE 1: TELEGRAMAS O telegrama é o meio de comunicação escrita que permite o envio de mensagens de forma bastante rápida. As partes do telegrama são: - Destinatário: consta de nome do destinatário, endereço completo, CEP, cidade e Estado. Muitas empresas possuem endereço telegráfico, que consiste em uma sigla, que em geral está indicada no impresso. Em caso do uso do endereço telegráfico, dispensa-se o nome do destinatário e endereço. Escreva apenas o endereço telegráfico, cidade e Estado. - Texto: deverá ser objetivo, claro e breve. - Remetente: consta de nome e endereço completo do expedidor, inclusive telefone. Também é importante atentar para as regras básicas de um telegrama: - Os dados necessários são: nome e endereço completo do destinatário, inclusive CEP; mensagem; nome e endereço do remetente. - O telegrama deve ser datilografado com letras maiúsculas, com o mínimo de espaço entre cada palavra. - Evite a palavra "não", substituindo-a por outras expressões. - Procure adotar palavras curtas, visto que o custo de um telegrama é calculado por palavras de até 10 letras. - Para diminuir o custo da mensagem, evite a colocação de artigos, conjunções e preposições. - Os acentos não aparecem nos telegramas. - Para evitar confusão entre palavras com a mesma grafia, significado diferente e acento agudo na última letra, pode-se acrescentar a letra H para simbolizar o acento. (Exemplo: "poderá" fica representado por "poderah"). - Caso a palavra seja grafada com TIL, substitua-o pela letra N. (Exemplo: "amanhã" fica representado por "amanhan "). - A fim de evitar confusão entre a conjunção E e a forma do verbo ser É, usa-se ET. - Os sinais de pontuação também não são usados em telegramas: devemos usar as abreviaturas correspondentes a cada sinal. A seguir temos a relação destas abreviatura: SINAL - ABREVIATURA Ponto final – PT Vírgula – VG Ponto e vírgula – PTVG Dois pontos – BIPTS Ponto de interrogação – INT Ponto de exclamação – ESCL Abrir aspas – ABRASPAS Fechar aspas – FECHASPAS APÊNDICE 2: FORMAS DE TRATAMENTO Destinatário Tratamento Forma No envelope Vocativo Presidente da república, da Câmara de Deputados, do Senado, do Supremo, do Tribunal Federal; Reitor de Universidade; Ministros de Estado; Senadores; Deputados; Oficiais Generais; Embaixadores; etc. Juízes de Direito Sacerdotes Excelência Sua ou Vossa Excelência Ao Excelentíssimo Senhor Senhor (+ título) Excelência Excelentíssimo Senhor Reverendo Padre Meritíssimo Juiz Bispos e Arcebispos Excelência Reverendíssima Sua ou Vossa Excelência Sua ou Vossa Reverendíssima Sua ou Vossa Excelência A Sua Excelência Reverendíssima Senhor (Arce) Bispo Excelentíssimo e Reverendo Reverendo Padre Cardeais Eminência Papa Santidade Reverendíssima D..., Bispo de... Sua ou Vossa Eminência Sua ou Vossa Santidade A Sua Eminência Reverendíssimo Senhor Bispo Senhor Cardeal A Sua Eminência Santíssimo Padre APÊNDICE 3: ABREVIATURAS Apartamento – ap. ou apto Remetente – Remet. Limitada - Ltda Sociedade Civil – S.C. Sociedade Anônima – S.A Exemplo – ex(s). Engenheiro – eng. Comandante – Com. General – Gen. (e não Gal.) Marechal – Mart. (e não Mal.) Coronel – Cel. Bacharel – Bel. Brigadeiro – Brig. Doutor – Dr. Doutora – Drª. Doutores – Drs. Ilustríssimo – Ilmo. Excelentíssimo - Exmo Júnior – Jr. Professor –Prof. Professora – Profª. Excelência - Exa. Digno, Dom - D. Dona – Dª. Digníssimo – DD. Eminentíssimo – Emno. Eminência – Emª. Irmão – Ir. Meritíssimo – MM. Padre – Pe. Post Scriptum (= depois de escrito) – P.S. Alteza Imperial – S.A. Sua Excelência – S.Exª. Sua Santidade – S.S. Sua Senhoria – S.Sª. Reverendíssimo – Revmo. Vossa Senhoria – V.Sª. (e não V.Sa) Vossas Senhorias – V.Ssª Responda por favor - *R.P.F. Répondez s'it vous plaít (= responda por favor) - *RSVP