Introdução à Astronomia Semestre: 2014 2014.1 1 Sergio Scarano Jr 22/10/2013 C Configurações Planetárias CS Exterior Interior C = Conjunção O = Oposição Q = Quadratura Oc. = Ocidental (W) Or. = Oriental (E) S = Superior I = Inferior ME = Máxima Elongação M.E.Or. M.E.Oc. CI T Q Or Q.Or. QO Q.Oc. O Distâncias para Planetas Interiores Observando sistematicamente p planetas interiores no exato momento do por ou do nascer do Sol ao longo do tempo é possível registrar um máximo afastamento dos mesmos em relação ao Sol. O mesmo pode ser feito em elongação g ç máxima ocidental ou oriental. Máxima elongação ocidental b Distância X: sen b = X / D X = D . sen b tempo X b Leste Oeste D T1PS Raio orbital de planeta interior Enunciado: Em sua máxima elongação, Vênus se encontra a 47o do Sol. Qual seu raio orbital? b = 470 D = 1 UA (S (Sol-Terra) lT ) Raio orbital X: X = D . sen b X P1 D b X = 1 . sen 470 X 1 * 0,73 X 0,73 UA T1 Planetas Exteriores Para obter distâncias de planetas p exteriores deve-se combinar informações de períodos orbitais de diferentes planetas e registrar eventos de conjunção e oposição. P2 T2 Y D t = t2 - t 1 b d c T1 P1 Terra A 360 o t b d=b-c cos d = D / Y Y = D / cos d Planeta T 360 o t c Lei de TitusTitus-Bode Conhecidas as distâncias, distâncias derivou-se uma lei empírica para as mesmas. mesmas D = 0,4 , + 0,3 , * 2n Mercúrio Vênus Terra Marte Asteróides Júpiter Saturno Urano Netuno Plutão utão n - 0 1 2 3 4 5 6 7 8 D 04 0,4 0,7 1,0 16 1,6 2,8 5,2 10 0 10,0 19,6 38,8 77,2 , D Real (UA) 0 39 0,39 0,72 1,00 1 52 1,52 2,8 5,2 9 54 9,54 19,2 30,06 39,4 39, Planeta Movimento Circular e a Gravitação Sergio Scarano Jr 28/11/2012 Definição de Velocidade Linear e Angular para o Movimento Uniforme em uma Circunferência Grandezas relacionadas ao movimento circular em termos escalares. T t Velocidade angular : v8 v1 v7 t d constante dt Velocidade linear: R 2 R v T R v6 v2 C 2 R v3 v5 Relação entre velocidade linear e velocidade angular: v4 2 T Em módulo: v = v1 = v2 = v3 = v4 = v5 = v6 = v7 v R Aceleração no Movimento Circular G Grandezas d relacionadas l i d ao movimento i t circular i l No espaço do movimento: T v v8 No espaço das velocidades: 2 R T v1 v7 R v6 v7 2 v a v 2R 2R v8 v6 v1 v5 C 2 R v2 v4 v3 a v5 2 v T v4 Em módulo: v = v1 = v2 = v3 = v4 = v5 = v6 = v7 v3 Direção e Sentido da Aceleração no Movimento Circular Sendo S d a velocidade l id d uma grandeza d vetorial, t i l o vetor t resultante lt t para aceleração é outro vetor, apontando para o centro da circunferência: Usando como exemplo a aceleração na posição 1: v7 v6 a1 t vv66 v5 v6 Posição 1 a=? v7 v7 v7 v8 v8 v6 v1 a1 v7 v5 v2 v4 v4 Note que a1 é perpendicular a v1 e aponta para o centro da trajetória circular. v3 v3 v2 v1 Exemplo de Exercício de Movimento Circular Johannes Kepler (1571 (1571--1630) A Astronomia marcou toda a vida de Kepler. Kepler Grande Cometa de 1577 Sequência de sólidos Platônicos - Octaedro (Mercúrio); - Icosaedro (Vênus) - Dodecaedro (Terra) - Octaedro (Marte); - Tetraedro (Júpiter); - Cubo (Saturno) Mysterium Cosmographicum. Tycho Brahe A “Guerra” de Kepler Contra Marte Sendo o planeta com mais dados observados por Tycho, Tycho Kepler se dedicou ao trabalho de determinar a distância ocupada por Marte em diferentes posições orbitais, usando configurações planetárias. Órbita de Marte segundo Kepler Diagrama polar da órbita de Marte segundo Kepler: Mo2 Mo1 Mo3 Mo7 Mo6 Mo44 Mo5 M Elipse ! Traçar uma elipse Comprimento p do barbante = 2.a Elementos de uma elipse B O A P f a F b B B’ f a·e a semi-eixo maior b semi-eixo menor f distância di tâ i focal f l e excentricidade e f/a Definição de uma elipse Q r’ r F’ F F Eli Elipse 2a r + r’ 2a Fator de contração (C) Uma elipse pode ser descrita como uma proporcionalmente achatada por um fator de contração. circunferência Q=B b r’ r O f f F’ F r + r’ 2a r = r’ r=a No triângulo OBF : b2 = r2 - f2 b2 = a2 - f2 f ae b2 = a2 - (ae)2 b2 = a2 - a2 e2 b2 = a2(1 - e2) b = a 11 e2 b = aC C 1- e2 Quadrante elíptico Pela simetria da elipse, elipse pode pode-se se trabalhar com apenas um quarto da figura e generalizar o resultado para os demais quadrantes. Y Y B B P P O O X X Elipse = Circunferência contraída Verificando que o fator de contração vale para qualquer ponto da elipse. y Para a circunferência: X2 + Y2 = a2 Circunferência Q’ Elipse a b Como x = X, então: x2 + Y2 = a2 x2 = a2 - Y2 http://nebula deanza edu/~bloom/mat http://nebula.deanza.edu/ bloom/mat Para a elipse: x2 / a2 + y2 / b2 = 1 Y Q h43/ellipse-derivation.pdf ((a2 - Y2 ) / a2 + y2 / b2 = 1 1 - Y2 / a2 + y2 / b2 = 1 y2 / b2 = Y2 / a2 y2 = Y2 (b2/ a2) y = Y (b/ a)) y x o x=X Q” b = aC y = Y (aC/ a) y = YC Primeira Lei de Kepler (1571 - 1630) Um corpo ligado a outro gravitacionalmente gira em torno dele numa órbita elíptica, sendo que um deles ocupa o foco da elipse. Semi eixo menor Semi-eixo maior Foco http://astro.unl.edu/naap/pos/pos.html Área de Uma Elipse de Forma Intuitiva Segunda Lei de Kepler (1571 - 1630) Um corpo ligado a outro gravitacionalmente gira em torno dele, dele com seu raio vetor varrendo áreas iguais em tempos iguais. t A A Foco (VA) = dA / dt Aelipse = ab T = Período P í d orbital bit l (VA) = ab / T http://astro.unl.edu/naap/pos/animations/kepler.html t Terceira Lei de Kepler r M ( r / r’ )3 = ( T / T’ )2 m T r’ m’ m T’ r3= kT2 Expressão correta: r 3 = [G/(42)] ( M + m ) T 2 ( r / r’ )3 = ( (M + m) / (M + m’) ) x ( T / T’ )2 Leis de Newton Sergio Scarano Jr 02/07/2013 Rotação da Terra, Composição de Movimentos e Inércia Se a Terra estivesse girando porque as coisas não são arremessadas de sua superfície? Inércia e a ação da gravidade (força gravitacional) combinadas contém a resposta desse dilema. Aceleração Centrípeta O que acontece t a um corpo posto t em movimento i t circular i l se a aceleração l ã que o mantém girando acaba? Velocidade ac ac Trajetória Tangente Trajetória Circular Trajetória Tangente Primeira Lei de Newton No livro N li seu livro li P i i i Mathematica, Principia M th ti N t Newton enunciou i a lei l i de d Inércia I é i baseado nos trabalhos de Galileu e René Descartes, que afirmava que um corpo preserva seu estado de movimento até que algo interfira no seu movimento. movimento Segunda Lei de Newton Defini-se D fi i f força F como a taxa t d variação de i ã da d quantidade tid d de d movimento i t p. A massa surge como uma constante de proporcionalidade e mede a resistência que um corpo impõe à mudança de seu estado de movimento. p F lim t 0 t dp F dt F ma 2ª Lei de Newton Condensa a parte Matemática da Dinâmica. Dinâmica dp F dt 1 aR m F ma (A aceleração resultante é inversamente proporcional à massa do corpo). a 1. A força da mão acelera a caixa; a 2 A mesma força sobre uma massa duas vezes 2. maior, causa metade da aceleração; a 3. Sobre uma massa três vezes maior, causa um terço da aceleração original. original 2ª Lei de Newton Condensa a parte Matemática da Dinâmica. Dinâmica F ma 1. A força da mão acelera a caixa; 2. Duas vezes a força produz uma aceleração duas vezes maior; 3. Duas vezes a força sobre uma massa duas vezes maior, maior produz a mesma aceleração original. original Terceira Lei de Newton A toda t d ação ã corresponde d uma reação ã de d mesma intensidade i t id d e de d sentido tid oposto. adaptado de R. Boczko