Desospitalização de pacientes em tratamento de

Propaganda
Desospitalização de pacientes em
tratamento de quadros infecciosos e a
transição para Home Care
João Paulo dos Reis Neto
[email protected]
Declaração de potencial
conflito de interesses
Res 1595/2000 Conselho Federal de Medicina (CFM) e RDC 102/2000 (ANVISA )
Agenda
 Custos assistenciais
 Histórico da desospitalização
 Aspectos conceituais
 Normas, legislação
 Indicações
 Avaliação da manutenção
 Indicadores de qualidade
 Dados do mundo real
 Demonstração de aplicativos de avaliação
Custos Assistenciais Elevados
progressiva sofisticação
tecnológica da saúde;
incorporação de
procedimentos terapêuticos
muito dispendiosos;
aumento do número de
pacientes idosos e crônicos;
custos administrativos
crescentes
Destinação dos Recursos
8,9%
Consultas
24,3%
Exames
51,9%
Internações
12,0% 3,0%
PQA
Outros
Honorários
11 %
Diárias
13 %
Equipamentos
8%
Gases
11 %
Materiais e
Medicamentos
39 %
OPME
8%
Desafio: Mudança no Modelo de Atenção à Saúde
PERFIL DO BENEFICIÁRIO
ASSINTOMÁTICO
SADIO
RISCO
Sem fatores
DOENTE
SINTOMÁTICO
DOENTE
SEQÜELADO
RISCO
DOENTE
DOENTE
DOENTE
SEQÜELA
Fatores, estado e
comportamento
Sem ter
conhecimento
Baixa / Média
Complexidade
Alta
Complexidade
Indicada
reabilitação
DOMICILIAR
OBJETIVOS
Estilo
de vida
Aderência
Hábitos saudáveis/Exames preventivos
MODELO DE ATENÇÃO
Promoção
da saúde e
qualidade vida
Gerenciamento de
fatores de risco
Aderência ao
tratamento
Reabilitação
Atenção
Domiciliar
GRANDES GASTADORES
Gerenciamento de doenças
Casos
Diretrizes baseadas em evidências :: Identificação da população (BI)
Tábuas de morbidade e risco :: Avaliação de resultados :: Educação da população
Histórico
 1880 - Holanda - Motivo: falta de vagas em




hospitais e de recursos
1a. e 2a. Guerras - Europa - Motivo: falta de vagas e
pessoal especializado
1940 - EUA - Motivo: extensão territorial e a pouca
densidade demográfica
Década de 60 - EUA - Incremento como alternativa
para viabilizar os custos
Década de 90 - Brasil - Motivo: redução dos custos
assistenciais
Histórico
EUA:
 Século XIX - Associação de Enfermeiras Visitantes
 1909 - Publicação da revista “Visiting Nursing Quartely”
 1912 - 1a. Associação do setor: The National Organization for Public
Health Nursing
 1947 - Dr. Bluestone (NY) - ass. domiciliar como extensão da IH
 1953 - Liga Nacional de Enfermagem
 1960 - Medicare / Medicaid (assistência à saúde dos idosos e
população de baixa renda)
Brasil: Lei 9.656, de 03/6/98-Art. 35 E:
 Veda a interrupção da internação hospitalar, salvo a critério do
médico-assistente
DESOSPITALIZAÇÃO PASSA A SER UMA NECESSIDADE
Atores
Médicos/Hospitais
Família
Empresa
Paciente
Plano
Desafio: aliar redução de custos à qualidade
Definição e objetivos
 É a transferência da estrutura hospitalar convencional -
acompanhamento médico, de enfermagem, medicamentos,
exames, etc.- para a casa do paciente, permitindo maior
interação dos familiares com o mesmo
 Promover assistência domiciliar dentro de uma visão holística do
paciente, dando continuidade ao tratamento, sem afastá-lo do
seu núcleo familiar e social
 Prática ou tendência mundial: qualidade e custos
Resoluções / Normativas
 Resolução CFM 1668/2003
 Resolução do COFEN 267/2001
 Resolução do COFEN 270/2001 – Empresas
 ANVISA - RDC nº 11 - 26/01/2006
 RN nº 211 de 11 janeiro de 2010
Prestadores de serviços: dispor de...
 atendimento médico emergencial
 acompanhamento psicológico (paciente e familiares)
 serviços de enfermagem, fisioterapia, de nutrição (enteral e




parenteral, inclusive), assistente social
terapêutica medicamentosa sob supervisão médica e de
enfermagem (inclusive quimioterapia)
exames laboratoriais e radiológicos simples (portáteis)
equipamentos médicos-hospitalares: materiais descartáveis,
medicamentos, cama fowler, dietas, monitores, respiradores,
bombas infusoras, nebulizadores, suportes para soros, cadeiras
de rodas, etc.
relatórios gerenciais de acompanhamento dos casos
Principais indicações
Teoricamente, qualquer paciente com indicação de internação
hospitalar em quarto/enfermaria, pode ser submetido a ID
 Clínica médica: doenças crônicas degenerativas; limitações por




seqüelas permanentes ou temporárias; reinternações freqüentes;
pacientes terminais; antibioticoterapia prolongada.
Clínica cirúrgica: neoplasia terminal; úlceras de decúbito;
deiscências; ostomizados.
Pediatria: doenças respiratórias crônicas; neoplasias; refluxo
esofágico.
Obstetrícia: doença hipertensiva específica da gravidez; aminiorrexe
prematura; placenta prévia.
Neonatologia: recém-nato de baixo peso; portadores de seqüelas
pós-parto; displasia bronco-pulmonar; mal-formações.
Benefícios
 redução de custos quando comparado a internação hospitalar;
 diminuição do número de diárias hospitalares;
 melhora da qualidade de vida do paciente e de seus familiares;
 diminuição dos riscos de infecção hospitalar e infecções




oportunistas;
fácil auditoria do prontuário domiciliar;
evita internações hospitalares de repetição;
valorização da imagem institucional;
diminui o problema da escassez de leitos hospitalares.
Atlas da Saúde de 2010 do IBGE: redução +60 mil leitos hospitalares nos últimos
10 anos e crescimento da população em +20 milhões no mesmo período
Critérios básicos
 ADMISSÃO



indicação de internação
domiciliar pelo médicoassistente
condições adequadas no
local de moradia do
paciente (as vezes algum
familiar em melhores
condições cede a
acomodação) e autorização
dos familiares
aprovação do programa de
tratamento pelo plano de
saúde
 ALTA
ID deixa de ser necessária
condições clínicas do paciente
surgimento de complicações (IH)
as condições do local deixam de ser
suficientes para suporte necessário
familiares ou paciente recusam-se a
continuar a internação
alta ou suspensão da internação
domiciliar pelo médico-assistente
o plano de saúde interrompe o
programa de tratamento
Autorizações de ID
 ID é um procedimento eletivo, portanto, deve ser
bem indicado, devidamente planejado e negociado
 Qual empresa acionar?
 Visita técnica ou de avaliação
 Documentação necessária:
anuência do médico-assistente
 plano de tratamento e orçamento
 comparativo de custos (IDxIH)
 autorização do paciente/família
 parecer do auditor
 autorização do plano/seguro

Avaliação da ID
 Cabe ao auditor acompanhar a ID, verificando,
dentre outros:
qualidade do serviço
 cumprimento do plano de tratamento
 alterações do plano de tratamento
 desmame da ID

Indicadores de Qualidade da Assistência Domiciliar - EQUIPE
 Nº de profissionais em todos os níveis, disponíveis
por paciente em atendimento.
 Nº de enfermeiros por cada grupo de 25 pacientes.
 Incidência de substituições de profissionais de
enfermagem das escalas.
 Taxa de absenteísmo do profissional de enfermagem.
Fonte: Braz, M. - PRONEP
Indicadores de Qualidade da Assistência Domiciliar - PROCESSO
 Tempo de espera para o Atendimento a emergências.
 Tempo de espera para remoção.
 Média de atrasos na entrega de
material/medicamentos nas residências.
 Média de atrasos na entrega das soluções manipuladas
nas residências
 Incidência de reposições programadas incompletas.
 Incidência de glosas.
Fonte: Braz, M. - PRONEP
Indicadores de Qualidade da Assistência Domiciliar - PACIENTE
 Perfil nutricional do paciente durante a internação






domiciliar.
Incidência de broncoaspirações em pacientes em uso de SNE
em I.D.
Incidência de úlcera de pressão durante a I.D.
Incidência de infecções oportunistas durante o período da
I.D.
Incidência de queda do leito.
Incidência de iatrogenias durante o atendimento domiciliar.
Incidência de reinternação hospitalar durante a I.D.
Fonte: Braz, M. - PRONEP
Prontuário domiciliar
 Válidas as regras para o prontuário hospitalar
 Destaque para a facilidade da auditoria
 Como boa norma, o plano de saúde deve ser
informado da evolução diária do caso (e-mail,
download de arquivo)
 Prescrição periódica e regimes horários
Desmame / Alta
 Importante: programação de comum acordo
entre os atores envolvidos
 Principal preocupação dos planos / seguros:
 dependência
do paciente/familiar
 conversão de ID para “cuidados domiciliares”
 demora do desmame
 tempo de permanência elevado
Boa norma: progressivo
Conclusões
 A ID, quando bem indicada, é uma alternativa importante
na viabilização das despesas com internação
 A ID, além do aspecto social (paciente e familiares),
valoriza a imagem institucional da empresa
 O auditor pode, e deve, interferir no incremento desta
modalidade de atendimento junto às operadoras de planos
e seguros-saúde
Dados do Mundo Real
Indicadores de Internação Domiciliar
Indicadores
Quantidade de Internações
Tempo Médio de Permanência
Custo Médio da Diária
Custo Médio por Dia Internação
Custo Médio por Internação
2009
2010
78
112
110,15
109,60
165,09
189,22
607,08
651,21
66.872,13 71.370,92
Hospitalar
Variação
44%
-1%
15%
7%
7%
2009  2010 (variação %)
TMPH
5,18  5,27 (1,7 %)
Custo Médio Dia
1.278,31  1.486,21 (16,2 %)
Custo Médio Internação
6.613,46  7.855,16 (18,8 %)
Despesas com Internação Domiciliar
Grupos de Despesas
ALUGUEIS E TAXAS
DIARIAS
EXAMES
GASOTERAPIA
HONORARIOS
MATERIAIS E MEDICAMENTOS
REMOCAO
OUTRAS
Totais
2009
Despesa R$ % do total
465.665
8,9%
1.418.472
27,2%
32.736
0,6%
401.710
7,7%
286.171
5,5%
2.596.310
49,8%
6.182
0,1%
8.779
0,2%
5.216.026
2010
Despesa R$ % do total
699.956
8,8%
2.322.638
29,1%
36.005
0,5%
481.856
6,0%
468.205
5,9%
3.954.824
49,5%
11.098
0,1%
18.962
0,2%
7.993.543
Dados da Pesquisa UNIDAS
Histórico de Demandas Jurídicas
Causas de Internação Domiciliar
Capítulo do CID 10
n
DOENCAS DO APARELHO CIRCULATORIO
DOENCAS DO APARELHO GENITURINARIO
DOENCAS DO APARELHO RESPIRATORIO
DOENCAS DO SISTEMA NERVOSO
DOENCAS SIST OSTEOMUSCULAR E TEC CONJUNTIVO
DOENCAS ENDOCRINAS, NUTRICIONAIS E METABOLICAS
DOENCAS INFECCIOSAS E PARASITARIAS
NEOPLASMAS (NEOPLASIAS - TUMORES)
TRANSTORNOS MENTAIS (E COMPORTAMENTAIS)
OUTRAS
47
6
19
9
4
5
4
6
6
6
Custo /
Internação
67.264,76
18.040,58
57.246,71
150.669,11
4.433,46
136.706,85
42.306,28
6.826,58
58.136,88
114.460,46
Custo /
Dia
578,17
563,77
621,54
664,72
394,09
1.717,42
798,23
585,14
426,43
795,53
TMPD
116,34
32,00
92,11
226,67
11,25
79,60
53,00
11,67
136,33
213,67
Causas Principais
AVC 72%
DPOC 33%
INFECÇÕES 56%
DIABETES 100%
Avaliação / Classificação da ID
 INTERMEDIATE TISS - therapeutic intervention scoring
system for non - ICU patients, TISS – Intermediário
 Instrumento da Fondation des Services d’aide et de soins
à domicile - FSAD – Genèbre, 2004
 Instrumentos utilizados pelas associações de Assistência
Domiciliar – ABEMID e NEAD.
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Tabela de avaliação de complexidade assistencial – ABEMID
Tabela de avaliação sócio-ambiental – ABEMID
Tabela de avaliação para internação domiciliar – NEAD
Tabela de manutenção em internação domiciliar – NEAD
Demonstração de Aplicativos
Obrigado !
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