Hanseníase - EnfConcursos

Propaganda
Hanseníase
Hanseníase
Série Como cai na Prova de Enfermagem?: Hanseníase
Olá, aqui é o Professor Elton
Chaves. Seguindo a nossa
série, hoje vamos falar sobre
Hanseníase e como ela é
cobrada em prova.
Vamos primeiro
recomendações:
às
nossa
1. A principal fonte de informação sobre esse assunto, em concursos
públicos, é o caderno de atenção básica do Ministério da Saúde, e
caso você queira se aprofundar pode estudar o " Estratégia Global
Aprimorada para Redução Adicional da Carga da Hanseníase", a
banca FCC costuma usar esse Guia de Diretrizes para questões
relacionadas à Hanseníase. Seguem os links:
a. Cadernos de Atenção Básica - n.º 21;
b. Estratégia Global Aprimorada para Redução Adicional da
Carga da Hanseníase
2. Outra parte importante do nosso estudo é a resolução de questões.
No nosso site você encontra milhares de questões de enfermagem e
com um diferencial: Você responde a questão e logo a após já pode
ver o comentário em vídeo: http://enfconcursos.com/questoes;
3. Temos também um curso completo de hanseníase para concursos
públicos no nosso Curso Completo de Enfermagem para Concursos
Públicos.
4. Esse ebook também tem um vídeo com dicas e resolução de
questões. Clique aqui e acesse.
Clique aqui e conheça o Curso Completo de Enfermagem para Concursos Públicos
2
Hanseníase
Hanseníase
A hanseníase é uma doença infecciosa e contagiosa causada por um bacilo
denominado Mycobacterium leprae. A hanseníase não é hereditária e sua
evolução depende de características do sistema imunológico da pessoa
que foi infectada.
Os sintomas da hanseníase incluem:
A transmissão da hanseníase é feita a partir de um bacilo chamado
Mycobacterium leprae, um parasita intracelular que apresenta
afinidadepor células cutâneas e por células dos nervos periféricos.
Os pacientes de hanseníase sem tratamento eliminam os bacilos através
do aparelho respiratório superior (secreções nasais, gotículas da fala,
tosse, espirro). O paciente em tratamento regular ou que já recebeu alta
não transmite. A maioria das pessoas que entram em contato com estes
bacilos não desenvolvem a hanseníase. Somente um pequeno percentual,
em torno de 5% de pessoas, adoecem. Fatores ligados à genética humana
são responsáveis pela resistência (não adoecem) ou suscetibilidade
(adoecem). O período de incubação da hanseníase é bastante longo,
variando de três a cinco anos.
É importante que se divulgue junto à população os sinais e sintomas da
hanseníase e a existência de tratamento e cura, através de todos os meios
de comunicação. A prevenção da hanseníase baseia-se no exame
dermato-neurológico e aplicação da vacina BCG em todas as pessoas que
Clique aqui e conheça o Curso Completo de Enfermagem para Concursos Públicos
3
Hanseníase
compartilham o mesmo domicílio com o portador da doença.
Classificação
A hanseníase é classificada de acordo com a resposta do nosso organismo
à presença do bacilo.
Hanseníase paucibacilar
São os pacientes com 5 ou menos lesões de pele, onde não se consegue
detectar a bactéria quando se retira amostras das lesões. Dentre as
pessoas que adoecem, algumas apresentam resistência ao bacilo, que
abrigam um pequeno número de bacilos no organismo, insuficiente para
infectar outras pessoas. Os casos Paucibacilares, portanto, não são
considerados importantes fontes de transmissão da doença devido à sua
baixa carga bacilar. São pacientes que apresentam resposta imune parcial
ao bacilo. Algumas pessoas podem até curar-se espontaneamente.
Hanseníase multibacilar
É a forma mais grave. Pacientes apresenta-se com 6 ou mais lesões de
pele, com amostras positivas para o bacilo de Hansen. São doentes com
sistema imune ineficaz contra a bactéria. Um número menor de pessoas
não apresenta resistência ao bacilo, que se multiplica no seu organismo
passando a ser eliminado para o meio exterior, podendo infectar outras
pessoas. Estas pessoas constituem os casos Multibacilares (MB), que são a
fonte de infecção e manutenção da cadeia epidemiológica da doença.
Paucibacilar
com poucos bacilos
Classificação
Multibacilar
Clique aqui e conheça o Curso Completo de Enfermagem para Concursos Públicos
com muitos bacilos
4
Hanseníase
Vamos responder uma questão sobre isso?
FCC - Tribunal Regional do Trabalho / 5ª Região - Analista Judiciário - Área Apoio
Especializado - Especialidade: Enfermagem - 2013
Uma pessoa com hanseníase apresenta, aproximadamente, oito lesões cutâneas ao
longo do corpo e tem baciloscopia positiva para esta doença. Visando o tratamento
desta pessoa com poliquimioterapia, a mesma recebe uma classificação operacional.
Nesta situação, é possível verificar que esta pessoa é classificada como
A) paciente paucibacilar.
B) paciente hansênico tipo I.
C) portador de hanseníase neural pura.
D) paciente multibacilar.
E) portador de eritema nodoso hansênico.
Comentário:
Hanseníase
paucibacilar
São os pacientes com 5 ou menos lesões de pele, onde
não se consegue detectar a bactéria quando se retira
amostras da lesões. São pacientes que apresentam
resposta imune parcial ao bacilo. Não conseguem destruílo, mas também não o deixam se alastrar pelo corpo.
Hanseníase
multibacilar ou
lepromatosa
É a forma mais grave. Pacientes apresenta-se com 6 ou
mais lesões de pele, com amostras positivas para o bacilo
de Hansen. São doentes com sistema imune ineficaz
contra a bactéria.
A forma multibacilar, como já explicado, ocorre naqueles pacientes que apresentam o
sistema imune incapaz de controlar a proliferação do bacilo da lepra. Formam-se
várias lesões avermelhadas, elevadas, e, em casos mais graves, em forma de nódulos
que podem ser deformantes. É muito comum o acometimento do lobo das orelhas e
do cotovelo.
Uma característica de todas as lesões da hanseníase é a perda da sensibilidade. No
início a dormência é restrita a lesão, mas se não tratada pode destruir nervos levando
a perda completa da sensibilidade e paralisia nos membros e face.
Resposta Correta: D
Clique aqui e conheça o Curso Completo de Enfermagem para Concursos Públicos
5
Hanseníase
Tratamento Quimioterápico
Algumas questões abordam o Tratamento Quimioterápico, e você
precisa conhecê-lo. O tratamento específico da pessoa com hanseníase,
indicado pelo Ministério da Saúde, é a poliquimioterapia padronizada pela
Organização Mundial de Saúde, conhecida como PQT, devendo ser
realizado nas unidades de saúde.
A PQT mata o bacilo tornando-o inviável, evita a evolução da
doença, prevenindo as incapacidades e deformidades causadas por ela,
levando à cura. O bacilo morto é incapaz de infectar outras pessoas,
rompendo a cadeia epidemiológica da doença. Assim sendo, logo no início
do tratamento, a transmissão da doença é interrompida, e, sendo
realizado de forma completa e correta, garante a cura da doença.
A poliquimioterapia é constituída pelo conjunto dos seguintes
medicamentos: rifampicina, dapsona e clofazimina, com administração
associada. Essa associação evita a resistência medicamentosa do bacilo
que ocorre com freqüência quando se utiliza apenas um medicamento,
impossibilitando a cura da doença. É administrada através de esquemapadrão, de acordo com a classificação operacional do doente em
Paucibacilar ou Multibacilar. A informação sobre a classificação do doente
é fundamental para se selecionar o esquema de tratamento adequado ao
seu caso.
Para crianças, a dose dos medicamentos do esquema-padrão é
ajustada, de acordo com a sua idade. Já no caso de pessoas com
intolerância a um dos medicamentos do esquema-padrão, são indicados
esquemas alternativos.
A alta por cura é dada após a administração do número de doses
preconizadas pelo esquema terapêutico.
Esquema Paucibacilar (PB)
Neste caso é utilizada uma combinação da rifampicina 300mg e
dapsona 100m g, acondicionados numa cartela, no seguinte esquema:
Clique aqui e conheça o Curso Completo de Enfermagem para Concursos Públicos
6
Hanseníase
• medicação:
- rifampicina: uma dose mensal de 600 mg com administração
supervisionada,
- dapsona: uma dose mensal de 100mg supervisionada e uma
dose diária auto-administrada;
• duração do tratamento: 6 doses mensais supervisionadas de
rifampicina.
• critério de alta: 6 doses supervisionadas em até 9 meses.
Esquema Multibacilar (MB)
É utilizada uma combinação da rifampicina, dapsona e de
clofazimina, acondicionados numa cartela, no seguinte esquema:
• medicação:
- rifampicina: uma dose mensal de 600 mg com administração
supervisionada;
- clofazimina: uma dose mensal de 300 mg com administração
supervisionada e uma dose diária de 50mg auto-administrada;
e
- dapsona: uma dose mensal de 100mg supervisionada e uma
dose diária auto-administrada;
• duração do tratamento: 12 doses mensais supervisionadas de
rifampicina;
• critério de alta: 12 doses supervisionadas em até 18 meses.
Clique aqui e conheça o Curso Completo de Enfermagem para Concursos Públicos
7
Hanseníase
Duração do tratamento e critério de alta
A administração da dose supervisionada deve ser o mais regular
possível. Entretanto, caso não seja possivel acontecer na unidade de
saúde no dia agendado, a medicação deve ser aplicada em domicílio, certo
que a garantia da administração da dose supervisionada e da entrega dos
medicamentos indicados para a automedicação é imprescindível para o
tratamento adequado.
A duração do tratamento PQT deve obedecer aos prazos
estabelecidos: de 6 doses mensais supervisionadas de rifampicina
tomadas em até 9 meses para os casos Paucibacilares e de 12 doses
mensais supervisionadas de rifampicina tomadas em até 18 meses para os
casos Multibacilares.
O paciente que completa o tratamento com a PQT não é mais
considerado como um caso de hanseníase, mesmo que permaneça com
alguma seqüela da doença. Todavia, deverá continuar sendo assistido
pelos profissionais da Unidade de Saúde, especialmente nos casos de
intercorrências pós-alta: reações e monitoramento neural. Em caso de
reações pós-alta, o tratamento PQT não deverá ser reiniciado.
É importante que durante o tratamento quimioterápico haja uma
preocupação com a prevenção de incapacidades e de deformidades, assim
como o atendimento às possíveis intercorrências. Nestes casos, se
necessário, o paciente deve ser encaminhado para unidades de referência
para receber o tratamento adequado. Sua internação somente está
indicada em intercorrências graves, assim como efeitos colaterais graves
dos medicamentos, estados reacionais graves ou necessidade de correção
cirúrgica de deformidades físicas. A internação deve ser feita em hospitais
gerais, e após alta hospitalar deverá ser dada continuidade ao seu
tratamento na unidade de saúde à qual está vinculado.
Clique aqui e conheça o Curso Completo de Enfermagem para Concursos Públicos
8
Hanseníase
Questões
FCC - Companhia de Saneamento Básico de São Paulo - Enfermeiro do Trabalho - 2014
As diretrizes operacionais da Estratégia Global Aprimorada para redução adicional da
carga da hanseníase (período do plano: 2011-2015) apontam para importância da
distinção entre uma recidiva e uma reação hansênica. Diversos critérios podem
ajudar a distingui-las, sendo que uma delas está descrita, respectivamente, em
A)
B)
C)
D)
E)
Comentário:
Segundo o Estratégia Global Aprimorada para redução adicional da carga da
hanseníase, indicado nessa aula como bibliografia para estudo, a reação hansênica
consiste no surgimento repentino de sintomas e sinais de inflamação das lesões
cutâneas em uma pessoa com hanseníase. Poderá haver vermelhidão, edema e,
ocasionalmente, as lesões cutâneas podem tornar-se doloridas. Novas lesões poderão
aparecer. Pode haver, também, edema, dor ou incômodo nos nervos, geralmente
acompanhados de perda da função. Às vezes a perda de função dos nervos ocorre sem
outros sinais de inflamação, fazendo com que ela seja bem menos óbvia – a chamada
“neurite silenciosa”.
Já a Recidiva é definida como a re-ocorrência da doença em qualquer momento depois
da conclusão do ciclo completo de tratamento com o esquema de PQT recomendado
Clique aqui e conheça o Curso Completo de Enfermagem para Concursos Públicos
9
Hanseníase
pela OMS. A recidiva é diagnosticada pelo surgimento de novas lesões cutâneas e/ou
um aumento do índice baciloscópico (IB) de duas ou mais unidades em qualquer sítio
em comparação com o IB do mesmo local no exame anterior.
Os fatores relacionados à recidiva na hanseníase são:








Persistência ou resistência do bacilo
Imunossupressão
Gravidez
Formas virchowianas avançadas do hospedeiro
Endemicidade do meio (reinfecção)
Diagnóstico tardio
Terapêutica inadequada ou irregular
Erros de classificação
A questão foi retirada da tabela contante das Diretrizes Operacionais:
Resposta Correta: A
FCC - Tribunal Regional do Trabalho / 6ª Região - Analista Judiciário - Área Apoio
Especializado - Especialidade: Enfermagem - 2012
Ao atender a paciente portadora de hanseníase, o enfermeiro deve investigar o
contato com familiares e orientar quanto ao modo de transmissão e o período de
incubação que estão corretamente descritos em:
A)
Clique aqui e conheça o Curso Completo de Enfermagem para Concursos Públicos
10
Hanseníase
B)
C)
D)
E)
Comentário:
O homem é considerado a única fonte de infecção da hanseníase. A transmissão se dá
por meio de uma pessoa doente (forma infectante da doença - MB), sem tratamento,
que elimina o bacilo para o meio exterior infectando outras pessoas suscetíveis.
Estimase que 90% da população tenha defesa natural contra o M. leprae, e sabe-se
que a susceptibilidade ao M. leprae tem influência genética.
A principal via de eliminação do bacilo pelo doente e a mais provável via de entrada
deste no organismo são as vias aéreas superiores (mucosa nasal e orofaringe), através
de contato íntimo e prolongado, muito freqüente na convivência domiciliar. Por isso,
o domicílio é apontado como importante espaço de transmissão da doença. A
hanseníase não é de transmissão hereditária (congênita) e também não há evidências
de transmissão nas relações sexuais
Devido ao padrão de multiplicação do bacilo, a doença progride lentamente. O
período de incubação, entre o contato com a pessoa doente e o aparecimento dos
primeiros sinais, pode levar em média 2 a 5 anos.
Resposta Correta: A
Clique aqui e conheça o Curso Completo de Enfermagem para Concursos Públicos
11
Download