Quimioterapia com sulfato de vincristina no tratamento do

Propaganda
Andrião, N.A. Quimioterapia com sulfato de vincristina no tratamento do Tumor Venéreo
Transmissível (TVT) de cadela: Relato de Caso. PUBVET, Londrina, V. 3, N. 16, Art#567,
Mai1, 2009.
PUBVET, Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia.
Disponível em: <http://www.pubvet.com.br/texto.php?id=567>.
Quimioterapia com sulfato de vincristina no tratamento do Tumor
Venéreo Transmissível (TVT) de cadela: Relato de Caso
Nicole de Almeida Andrião1
1
Aluna de pós-graduação em Medicina Veterinária - FCAV – UNESP –
Jaboticabal
RESUMO
O TVT é considerado uma neoplasia de células redondas que acomete a
mucosa genital externa de cães machos e fêmeas. Objetivou-se com o
presente artigo relatar um caso de TVT em cadela, em que o fármaco de
eleição fosse o sulfato de vincristina. O sulfato de vincristina foi utilizado na
dose de 0,3mL intravenoso uma vez por semana, durante seis semanas. O
proprietário interrompeu o tratamento antes que o tumor tivesse regressão
total, restando ainda duas aplicações de sulfato de vincristina. Como não
houve conclusão do tratamento, talvez o animal apresente recidivas com
lesões localizadas e sensíveis aos quimioterápicos ou resistência ao sulfato de
vincristina em futuras aplicações deste quimioterápico.
Palavras-chave: tumor venéreo transmissível; sulfato de vincristina; cão
Andrião, N.A. Quimioterapia com sulfato de vincristina no tratamento do Tumor Venéreo
Transmissível (TVT) de cadela: Relato de Caso. PUBVET, Londrina, V. 3, N. 16, Art#567,
Mai1, 2009.
Chemotherapy with vincristine sulfate in the treatment of
transmissible venereal tumor (TVT) of dog
Abstract
The TVT is considered a tumor of cells that round the external genital
mucosa of male and female dogs. The objective with the present article report
a case of TVT in the dog, where the drug of choice was the vincristine sulfate.
The vincristine sulfate was used in the intravenous dose of 0.3 mL once a week
for six weeks. The owner stopped the treatment before the tumor had
complete regression, leaving two additional applications of vincristine sulphate.
As there was no completion of treatment, the animal may present with
localized lesions and relapses sensitive to chemotherapy or resistance to
vincristine sulfate in future applications of chemotherapy.
Keywords: transmissible venereal tumor; vincristine sulfate; dog
INTRODUÇÃO
O TVT é considerada uma neoplasia de células redondas que acomete a
mucosa genital externa de cães machos e fêmeas, transmitido durante o coito,
brigas ou interações entre animais portadores e susceptíveis, através da
implantação de células tumorais. Este tumor apresenta-se como uma massa
ulcerada, avermelhada e friável com aspecto de couve-flor. Há relatos
referindo-se de localizações atípicas do TVT, mas metástases raramente
ocorrem.
O diagnóstico é feito através dos sinais clínicos, exames histopatológico e
citológico. O tratamento mais efetivo até o presente momento, tem sido o
tratamento quimioterápico com utilização do sulfato de vincristina, associada
ou não a outras drogas. O sulfato de vincristina é utilizado na dose de 0,50,7mg/m2
ou
0,025mL/kg
intravenoso
uma
vez
por
semana,
por
Andrião, N.A. Quimioterapia com sulfato de vincristina no tratamento do Tumor Venéreo
Transmissível (TVT) de cadela: Relato de Caso. PUBVET, Londrina, V. 3, N. 16, Art#567,
Mai1, 2009.
aproximadamente seis semanas. É necessária a monitoração do paciente com
hemograma antes da aplicação de cada tratamento quimioterápico.
REVISÃO DE LITERATURA
O tumor venéreo transmissível canino (TVT) apresenta sinonímia
de condiloma canino, granuloma venéreo, sarcoma infeccioso, linfoma
venéro, tumor de Stiker (LOMBARD e CABANIE, 1968). Atualmente, o
TVT, está incluído no grupo dos chamados “Tumores de Células
Redondas”, juntamente com os mastocitomas, carcinomas de células
basais,
linfomas
(incluindo
o
sarcoma
de
células
reticulares)
e
histiocitomas (DUCAN e PRASSE, 1979). O tumor venéreo transmissível
é a segunda neoplasia mais incidente em cães, menor somente que a
neoplasia mamária (NIELSEN e KENNEDY, 1990; MORALES e GONZÁLEZ,
1995; AMARAL, 2003).
O
TVT
é
uma
neoplasia
de
células
redondas
transmitida
naturalmente aos animais suscetíveis por um mecanismo raro, de
transplantação
de
células
tumorais
viáveis
(CHU
et
al.,
2001).
Comumente afeta a genitália externa de cães e é transmitido pelo coito
ou hábitos sociais como cheirar e lamber (MacEWEN, 2001). Outros
sítios primários de TVT relatados foram a cavidade nasal, oral, ânus,
tecido cutâneo e subcutâneo (BROWN et al., 1980). A incidência de TVT
se restringe à idade de maior atividade sexual e em países onde a
população canina não está sujeita a rigoroso controle epidemiológico
(ROGERS, 1997).
Na genitália de cães, o TVT pode permanecer por muitos anos com
crescimento lento ou inaparente (ALEXANDER et al., 1964), muito
embora possa apresentar-se invasivo e metastático (MOULTON, 1978).
Evidências
experimentais
indicam
que
cães
imunossuprimidos
mostraram uma alta incidência de metástases (COHEN, 1973). Em
animais
adultos
saudáveis
essa
neoplasia
pode
regredir
Andrião, N.A. Quimioterapia com sulfato de vincristina no tratamento do Tumor Venéreo
Transmissível (TVT) de cadela: Relato de Caso. PUBVET, Londrina, V. 3, N. 16, Art#567,
Mai1, 2009.
espontaneamente. A regressão com freqüência está associada ao edema,
hemorragia, infiltração de linfócitos e necrose da massa tumoral
(HIGGINS,
1966;
COHEN,
1978).
A
apoptose
ou
morte
celular
programada é um evento celular que também está envolvido como
mecanismo alternativo de regressão desse tumor (SANTOS, 2001).
Metástases do TVT foram identificadas na pele, lábios, linfonodos
inguinais, mucosa oral, fígado, rins, pleura, mesentério, esqueleto e
fossas nasais (LOMBARD e CABANIE, 1968; KORGER et al., 1991); nas
cavidades nasais (GINEL, et al., 1995); no cérebro e pituitária
(RICHARDSON, 1981); disseminadas na cavidade abdominal (VICENTE e
TONIOLLO, 1987); no baço (PRIER e JOHSON, 1964); globo ocular
(NAYAK e SAMADDAR, 1988), em conduto auditivo externo (TINUCCICOSTA, 1992) e no ovário e porção caudal da bexiga (MOYA, 2005).
Metástases em sitos extracutâneos são raras, afetando cerca de 1% dos
animais (CALVERT et al., 1982).
Um caso incomum de TVT, com acometimento intra-ocular e
metastáses nos linfonodos inguinais num cão Terrier brasileiro, foi
relatado (RODRIGUES, 2001).
O TVT pode existir como massa solitária ou lesões múltiplas, em
formato de couve-flor, ou como formas pendulares, nodulares, papilares
ou multilobulares. O tamanho do tumor pode atingir até 10 a 15cm
(ERÜNAL-MARAL et al., 2000). À palpação, o TVT é um tumor de
consistência firme, mas hemorrágico e friável, e a superfície quase
sempre exibe ulcerações (NIELSEN e KENNEDY, 1990; BATAMUZI e
BITTEGEKO, 1991; CHANG e YANG, 1996). As células características
deste tumor são redondas ou ovais, com diâmetro entre 14 e 30µm e
bordos citoplasmáticos bem delimitados. O núcleo, também redondo ou
oval, é frequentemente excêntrico, de tamanho variável, com cromatina
grosseiramente granular e com um ou dois nucléolos proeminentes. A
relação
núcleo/citoplasma
é
relativamente
alta
(WELLMAN,
1990;
BOSCOS et al., 1999). O citoplasma é discretamente basofílico e com
Andrião, N.A. Quimioterapia com sulfato de vincristina no tratamento do Tumor Venéreo
Transmissível (TVT) de cadela: Relato de Caso. PUBVET, Londrina, V. 3, N. 16, Art#567,
Mai1, 2009.
múltiplos vacúolos, pequenos e claros, que geralmente acompanham o
bordo celular. Anisocitose e anisocariose são observadas, bem como
eventual basofilia citoplasmática, hipercromasia nuclear e macrocariose
(ERUNAL-MARAL et al., 2000). A presença de figuras mitóticas e células
inflamatórias é outra característica desta neoplasia (WELLMAN, 1990;
BOSCOS et al., 1999; ERUNAL-MARAL et al., 2000; VARASCHIN et al.,
2001).
O histórico e o exame físico dos pacientes, freqüentemente,
constituem meios de diagnóstico para o TVT em cães (SOUSA, 2000). O
exame citológico é um exame complementar, simples, rápido, pouco
doloroso, minimamente invasivo e de baixo custo para o diagnóstico de
lesões neoplásicas no homem e nos animais (CARDOSO, 1983; DALECK
et al 1998a,b), inclusive o TVT. O diagnóstico citológico pode direcionar
o
tipo
de
tratamento
quimioterápico,
evitando
pré-cirúrgico,
também
cirúrgico,
radioterápico
procedimentos
ou
diagnósticos
desnecessários e arriscados (BOTTLES et al., 1986). A eficácia da
citologia para diagnóstico de neoplasias é de 90% (MacEWEN, 2001;
WRIGHT, 1989; KROGER, 1991; COWEL, 1989). Vários estudos têm
demonstrado a utilidade da citologia aspirativa com agulha fina (CAAF)
no diagnóstico de neoplasias (ROCHA, 1998a,b; ALLEMAN e BAIN,
2000), inclusive o TVT. Também é realizado o diagnóstico mediante
exame histológico (biópsia), em caso de dúvida neste, o diagnóstico
definitivo pode ser obtido por análise cromossômica (MAKINO, 1963;
MURRAY1969; YANG, 1987;). A citogenética pode ajudar no diagnóstico
definitivo do TVT canino porque a diferença de cariótipo é altamente
significativa entre as células normais e cancerígenas (BROWN, 1980;
FUGINAGA, 1989).
Condutas terapêuticas vêm sendo preconizadas para o TVT, entre
elas a criocirurgia (DASS e SAHAY, 1989; OLGIVIE, 1996), radioterapia
(SANTOS, 1988 e WHITE, 1991), ressecção cirúrgica (PANCHBHAI et al.,
1990) e quimioterapia antineoplásica (CAMACHO e LAUS, 1987; BHAT e
Andrião, N.A. Quimioterapia com sulfato de vincristina no tratamento do Tumor Venéreo
Transmissível (TVT) de cadela: Relato de Caso. PUBVET, Londrina, V. 3, N. 16, Art#567,
Mai1, 2009.
AHMAD, 1988; HOQUE et al., 1993 e ANDRADE et al.,1999). Apesar de
sua potencial natureza maligna, o tumor venéreo responde a diferentes
tipos de tratamentos, como radioterapia, crioterapia e quimioterapia,
esta última de maior eficácia, sendo o TVT mencionado como o tumor
mais responsivo à quimioterapia em oncologia veterinária, como foi
mencionado por GREATTI e citado por ERÜNAL-MARAL (2000). Embora
a quimioterapia seja muito utilizada, cabe relembrar que há muitos
efeitos tóxicos causados por estes agentes, tais como: neuropatia
periférica,
parestesia,
constipação,
alopecia,
fragilidade
vascular,
leucopenia, náuseas, vômitos, trombocitopenia, toxicidade cardíaca,
reações durante a administração, anemia, cistite hemorrágica, como
mencionado por MOYA e citado por OGILVIE, (1996).
No que se refere ao tratamento cirúrgico, raramente este é
empregado, a não ser em alguns pacientes com finalidade citorredutiva
prévia à terapia com fármacos antineoplásicos. O tratamento cirúrgico
não é bem aceito pelos proprietários dos animais devido às limitações
que este método impõe, tais como o alto índice de recidivas pós-cirurgia,
por tratar-se de um procedimento invasivo e traumático, elevado risco
de deformação cicatricial (principalmente na eletrossecção). A ressecção
cirúrgica é geralmente adotada em casos de emergência onde o tumor
possui
tamanho
aumentado
ou
quando
este
causa
obstrução
uretral.(SOUSA, 2000). A radioterapia e a criocirurgia, certamente não
são utilizadas rotineiramente devido aos altos custos (SOUSA, 2000). A
quimioterapia citotóxica constitui-se no método mais eficiente. Sendo
menos cruenta que o tratamento cirúrgico, apresenta menor número de
recidivas e, quando estas ocorrem, em geral, são lesões localizadas e
sensíveis aos antineoplásicos (CAMACHO e LAUS, 1987).
De acordo com ECKHARDT e BORDEN (1997) o uso de drogas
combinadas em vez de agentes isolados representa uma evolução
significativa no tratamento do câncer. Agentes quimioterápicos, isolados
ou associados, têm apresentado resultados, na maioria das vezes, muito
Andrião, N.A. Quimioterapia com sulfato de vincristina no tratamento do Tumor Venéreo
Transmissível (TVT) de cadela: Relato de Caso. PUBVET, Londrina, V. 3, N. 16, Art#567,
Mai1, 2009.
benéficos no tratamento do TVT que responde bem a quimioterápicos
como a vincristina. Uma recuperação de 90% pode ser esperada em cães
tratados com vincristina, na dose de 0,5-0,7mg/ m2 ou 0,025 – 0,05
mg/kg, por via intravenosa, uma vez por semana, durante quatro a seis
semanas.
Também
são
citadas
combinações
quimioterápicas
de
vincristina (como inibidor de mitose), ciclofosfamida (para interferir na
síntese do DNA), que provocam resposta nas metástases em linfonodos
regionais, com índice de cura de aproximadamente 100% (HILL, 1984).
A terapia com sulfato de vincristina na dose de 0,025mg/kg por via
intravenosa, a cada 7 dias determinou regressão do tecido tumoral após
a
segunda
administração
do
quimioterápico
(OLGIVIE,
1996;
MORRISON, 1998). Geralmente, após a quarta aplicação constata-se
regressão completa do tecido neoplásico, devendo a terapia ser
continuada com mais duas aplicações após o desaparecimento completo
das lesões. CALVERT et al. (1982) trataram 41 cães com vincristina e 39
tiveram completa regressão e recuperação, em média, com apenas três
sessões de quimioterapia. OLGIVIE (1996) constatou a cura de 90% de
cães com TVT com três aplicações de sulfato de vincristina. Em casos de
metástases deste tumor o tratamento com este fármaco também tem se
mostrado eficaz, como observado por MOYA (2005) em caso de
metástase no ovário e bexiga, e em médula óssea por OLIVEIRA (2006).
Com estes resultados, conclui-se que o sulfato de vincristina constitui
indicação eficaz para o tratamento de TVT, seja de ocorrência genital ou
não (MORRISON, 1998). É importante ressaltar que um tratamento
inadequado com o sulfato de vincristina, deixando resquícios do tumor,
pode
gerar
resistência
ao
fármaco
em
aplicações
posteriores
(GONÇALVES, 2004).
De acordo com ANDRADE et al. (1999) a ação da vincristina
resume-se no bloqueio da mitose e interrupção da metáfase. Os efeitos
colaterais mais observados, decorrentes da terapia com sulfato de
vincristina, são inapetência, alopécia pouco significativa, vômito, diarréia
Andrião, N.A. Quimioterapia com sulfato de vincristina no tratamento do Tumor Venéreo
Transmissível (TVT) de cadela: Relato de Caso. PUBVET, Londrina, V. 3, N. 16, Art#567,
Mai1, 2009.
(HOQUE et al., 1995). WHITE (1991) relatou toxicidade hematológica,
neurológica e dermatológica em cães tratados com sulfato de vincristina
bem como o discreto efeito colateral hematológico do sulfato de
vincristina, constatando moderada mielossupressão quando comparado a
outros citostáticos. Em relação à neurotoxicidade, WHITE (1991) e
MacEWEN (1996) observaram neuropatia periférica em alguns cães
submetidos à quimioterapia com este fármaco associado à ciclofosfamida
e
prednisona.
documentou
Com
respeito
a
dermatotoxicidade
discreta
alopécia
em
cães
tratados
WHITE
com
(1991)
sulfato
de
vincristina.
A vincristina, dentre outras drogas quimioterápicas, afeta a
fertilidade
em
humanos
(KUMI-DIAKA,
1993;
CLARK,
1995),
e
possivelmente em cães (YPSILANTIS, 2000). Segundo YPSILANTIS e
TSELKAS (2000) a administração de sulfato de vincristina em cães
machos com TVT causou uma alteração transitória moderada na
qualidade do sêmen durante o período de tratamento, de uma aplicação
por semana, durante 4 semanas, que foi restituída 15 dias após a última
aplicação. Este fato foi atribuído ao efeito direto da vincristina na reserva
de
espermatozóides
extra-gonadal
contida
no
epidídimo
e
ducto
deferente.
A
combinação
da
homeopatia
(Thuya
occidentalis)
com
a
quimioterapia (sulfato de vincristina) reduz o número de aplicações de
vincristina para duas, assim não predispondo o animal a efeitos clínicos
colaterais (MANHOSO, 1997).
É importante ressaltar que a vincristina é uma droga que causa
mielossupressão e, quando em contato com a pele e mucosas, provoca
irritação dolorosa, ulceração epitelial, câncer, entre outras alterações.
Para tanto são preconizadas normas de segurança pra o uso deste
quimioterápico,
visando
maior
segurança
na
manipulação
e
administração desta droga. Fazem parte dos equipamentos de proteção
individual luvas de látex cirúrgicas, máscara cirúrgica, óculos de
Andrião, N.A. Quimioterapia com sulfato de vincristina no tratamento do Tumor Venéreo
Transmissível (TVT) de cadela: Relato de Caso. PUBVET, Londrina, V. 3, N. 16, Art#567,
Mai1, 2009.
proteção e avental de algodão com manga longa ou avental de plástico
sem mangas (MORRISON, 1998; ANDRADE, et al., 1999).
Ainda como alternativas para quimioterapia antineoplásica, podem
ser empregados fármacos como clofibrato (BHAT e AHMAD, 1988),
ciclosfosfamida
(HOQUE
et
al.,
1993),
doxorrubicina,
sulfato
de
vinblastina e metrotexato (SINGH et al., 1996). Muitos desses fármacos
podem ser utilizados quando se pretende reduzir o tamanho do tumor
para posteriormente submetê-lo à exérese cirúrgica.
A doxorrubicina
pode ser administrada para tratar casos de TVT resistentes a vincristina,
sendo que a dose empregada nesse caso é de 30mg/m2 intravenoso, a
cada 21 dias. Geralmente, dois tratamentos são suficientes para induzir
remissão completa da neoplasia (MacCEWEN, 1996).
DESCRIÇÃO DO CASO
Espécie: Canina
Sexo: Fêmea
Idade: 7 anos (?)
Raça: SRD
21/09/2006
No dia 21/09/2006 o animal foi levado ao ENDOVET, Centro Médico
Veterinário, na cidade de Ribeirão Preto, SP. Na realização da anamnese
obtivemos como dado importante tratar-se de animal de rua, capturado para
realização de consulta veterinária. O Cliente relatou aumento de volume na
região vulvar com aspecto sanguinolento, sendo está a única alteração
observada no animal.
Ao exame clínico observou-se um aumento de aproximadamente 15cm
de diâmetro na região vulvar, apresentando-se como uma massa ulcerada em
aspecto de couve-flor, sanguinolenta e friável (Figura 1).
Andrião, N.A. Quimioterapia com sulfato de vincristina no tratamento do Tumor Venéreo
Transmissível (TVT) de cadela: Relato de Caso. PUBVET, Londrina, V. 3, N. 16, Art#567,
Mai1, 2009.
Como exames complementares realizou-se o hemograma , impressão sobre lâmina de
microscopia (“imprint”) e citológico (raspado).
Figura 1. Imagem fotográfica de TVT de cadela
de aproximadamente 15cm de diâmetro.
Exames complementares:
Hemograma:
Valores Normais
Eritrócitos
Hemoglobina
Hematócrito
Leucócitos
Neutrófilos
Bastonetes
Neutrófilos
Segmentados
Eosinófilos
Linfócitos
Monócitos
Basófilos
6,17 x 106/ mm3
13,8 g/dl
37,1%
5,3 x 103 / mm3
02
78
03
11
06
00
5,5 – 8,5 x 106
12 – 18g/dl
37 –55%
6,0 – 18,0 x 103 /
mm3
0–3
60 – 77
2 – 10
13 – 30
3 – 10
0–1
Andrião, N.A. Quimioterapia com sulfato de vincristina no tratamento do Tumor Venéreo
Transmissível (TVT) de cadela: Relato de Caso. PUBVET, Londrina, V. 3, N. 16, Art#567,
Mai1, 2009.
Citologia:
Presença de células arredondadas e volumosas, com núcleo arredondado ou
ovalado, com numerosas figuras mitóticas, citoplasma azul com vacúolos
claros bem definidos.
Diagnóstico: Tumor Venéreo Trasmissível
Baseando-se
no
histórico,
sinais
clínicos,
aspectos
macroscópios
e
microscópios bem característicos da lesão, firmou-se como diagnóstico
definitivo tumor venéreo transmissível.
Tratamento:
O tratamento de eleição foi sulfato de vincristina (Tecnocris), na dose
de0,5-0,7mg/m2 ou 0,025 – 0,05mg/kg, por via intravenosa, uma vez por
semana, durante quatro a seis semanas, com acompanhamento hematológico
semanal. Foi feito 0,3mL intravenoso no animal. O protocolo para aplicação da
vincristina foi canulação de uma veia com scalp, diluição de 0,3mL de sulfato
de vincristina com água para injeção, aplicação de soro fisiológico intravenoso
(antes
e
depois
da
aplicação
da
vincristina)
,
posteriormente
do
quimioterápico.
RESULTADOS
28/09/2006
No dia 28/09/2006 o animal retornou ao ENDOVET para observar a
evolução do tratamento e para nova aplicação da quimioterapia.
Andrião, N.A. Quimioterapia com sulfato de vincristina no tratamento do Tumor Venéreo
Transmissível (TVT) de cadela: Relato de Caso. PUBVET, Londrina, V. 3, N. 16, Art#567,
Mai1, 2009.
Ao exame clínico observou-se uma pequena diminuição do volume vulvar
e do sangramento. Não se constatou efeitos colaterais decorrentes da
quimioterapia com sulfato de vincristina.
Realizou-se o hemograma controle. Após hemograma foi feito 0,3mL
intravenoso de sulfato de vincristina.
Hemograma:
Valores Normais
Eritrócitos
Hemoglobina
Hematócrito
Leucócitos
Neutrófilos
Bastonetes
Neutrófilos
Segmentados
Eosinófilos
Linfócitos
Monócitos
Basófilos
5,68 x 106/ mm3
13,8 g/dl
37,1%
4,7 x 103 / mm3
02
70
04
11
13
00
5,5 – 8,5 x 106
12 – 18g/dl
37 –55%
6,0 – 18,0 x 103 /
mm3
0–3
60 – 77
2 – 10
13 – 30
3 – 10
0–1
05/10/06
No dia 05/10/2006 o animal retornou ao ENDOVET para observar a
evolução do tratamento e para nova aplicação da quimioterapia.
Ao exame clínico observou-se regressão considerável do volume vulvar e
diminuição do aspecto sanguinolento e friável.
Realizou-se o hemograma controle. Após hemograma foi feito 0,3mL
intravenoso de sulfato de vincristina.
Andrião, N.A. Quimioterapia com sulfato de vincristina no tratamento do Tumor Venéreo
Transmissível (TVT) de cadela: Relato de Caso. PUBVET, Londrina, V. 3, N. 16, Art#567,
Mai1, 2009.
Hemograma:
Valores Normais
Eritrócitos
Hemoglobina
Hematócrito
Leucócitos
Neutrófilos
Bastonetes
Neutrófilos
Segmentados
Eosinófilos
Linfócitos
Monócitos
Basófilos
5,91 x 106/ mm3
14,0 g/dl
42%
6,4 x 103 / mm3
03
62
06
20
09
00
5,5 – 8,5 x 106
12 – 18g/dl
37 –55%
6,0 – 18,0 x 103 /
mm3
0–3
60 – 77
2 – 10
13 – 30
3 – 10
0–1
13/10/2006
No dia 13/10/2006 o animal retornou ao ENDOVET para observar a
evolução do tratamento e para nova aplicação da quimioterapia.
Ao exame clínico observou-se diminuição muito significativa da região
vulvar.
O cliente optou por não relizar o hemograma controle. Foi feito 0,3mL
intravenoso de sulfato de vincristina.
20/10/2006
No dia 20/10/2006 o animal retornou ao ENDOVET para observar a
evolução do tratamento e para nova aplicação da quimioterapia.
Ao exame clínico observou-se a redução clínica do TVT (Figura 2).
Realizou-se o hemograma controle. Após hemograma foi feito 0,3mL
intravenoso de sulfato de vincristina.
Andrião, N.A. Quimioterapia com sulfato de vincristina no tratamento do Tumor Venéreo
Transmissível (TVT) de cadela: Relato de Caso. PUBVET, Londrina, V. 3, N. 16, Art#567,
Mai1, 2009.
Hemograma:
Valores Normais
Eritrócitos
Hemoglobina
Hematócrito
Leucócitos
Neutrófilos
Bastonetes
Neutrófilos
Segmentados
Eosinófilos
Linfócitos
Monócitos
Basófilos
5,74 x 106/ mm3
14,9 g/dl
41%
8,8 x 103 / mm3
00
79
07
06
08
00
5,5 – 8,5 x 106
12 – 18g/dl
37 –55%
6,0 – 18,0 x 103 /
mm3
0–3
60 – 77
2 – 10
13 – 30
3 – 10
0–1
Figura 2. Imagem fotográfica de TVT de cadela após
4ª aplicação de sulfato de vincristina.
26/10/2006
No dia 26/10/2006 o animal retornou ao ENDOVET para observar a
evolução do tratamento e para nova aplicação da quimioterapia.
Andrião, N.A. Quimioterapia com sulfato de vincristina no tratamento do Tumor Venéreo
Transmissível (TVT) de cadela: Relato de Caso. PUBVET, Londrina, V. 3, N. 16, Art#567,
Mai1, 2009.
Ao exame clínico observou-se a redução clínica drástica do TVT.
Atualmente a massa tumoral apresenta dimensão de 0,2cm de largura por 0,5
cm de comprimento.
O cliente optou por não relizar o hemograma controle. Foi feito 0,3mL
intravenoso de sulfato de vincristina.
03/11/2006
No dia 03/11/2006 o animal não retornou ao ENDOVET para observar a
evolução do tratamento e para nova aplicação da quimioterapia. Desta forma o
tratamento não foi concluído, restando ainda duas aplicações de sulfato de
vincristina.
DISCUSSÃO E CONCLUSÃO
O exame clínico com presença de massa ulcerada, em aspecto de couveflor, sanguinolenta e friável, como observado por NIELSEN e KENNEDY (1990),
BATAMUZI e BITTEGEKO (1991) e CHANG e YANG (1996), associado ao exame
citológico com presença de células arredondadas e volumosas, com núcleo
arredondado ou ovalado, com numerosas figuras mitóticas, citoplasma azul
com vacúolos claros bem definidos, fez com que o diagnóstico conclusivo fosse
de tumor venéreo transmissível.
O fato de tratar-se de animal de rua em um país sem controle
epidemiológico
rigoroso,
possivelmente
foi
fator
decisivo
para
sua
contaminação com TVT, já que segundo ROGERS (1997) a incidência deste
tumor está mais restrita nestes países.
Dentre os tratamentos efetivos para TVT, optou-se pelo uso do sulfato de
vincristina, pois se trata do fármaco de eleição citado na maioria das
literaturas,
apresentando
os
melhores
resultados
dentre
os
diversos
quimioterápicos utilizados, como também sugerido por CALVERT (1982),
OLGIVIE (1996) e MORRISON (1998). A dose administrada foi de 0,5mg/m2
Andrião, N.A. Quimioterapia com sulfato de vincristina no tratamento do Tumor Venéreo
Transmissível (TVT) de cadela: Relato de Caso. PUBVET, Londrina, V. 3, N. 16, Art#567,
Mai1, 2009.
intravenoso, aplicado semanalmente, durante seis semanas. No entanto, o
tratamento não pode ser concluído, já que não houve o retorno do cliente após
ter sido realizada a sexta aplicação do quimioterápico. Ápos remissão drástica
do tumor seriam realizadas duas aplicações do quimioterápico para conclusão
do tratamento, como indicado por SOUSA (2000).
Ao longo do tratamento o animal não apresentou efeitos colaterais ao
quimioterápico, como encontrado por WHITE (1991), HOQUE (1995) e
MacEWEN (1996). Foram observadas a cada aplicação regressão da massa
tumoral e desaparecimento dos sinais clínicos.
O hemograma monitorou o paciente no decorrer do tratamento, sendo
observado leucopenia após a primeira aplicação da vincristina, como também
relatado
por
OLGIVIE
(1996)
e
MANHOSO
(1997).
O
leucograma
foi
normalizado nas semanas seguintes do tratamento.
Como não houve conclusão do tratamento, talvez o animal apresente
recidivas com lesões localizadas e sensíveis aos quimioterápicos ou resistência
ao sulfato de vincristina em futuras aplicações deste quinioterápico, como
também reportou GONÇALVES (2004). Destacando-se assim a importância da
conclusão do tratamento.
LITERATURA CITADA
1. ALEXANDER, J,W.; BRAUNTEIN, H.; ALTIMEIER, W.A. Transplantion
studies of the venerial sarcoma of dogs. Journal Surgery Research, New York.
v.4, n.4, p.151-9, 1964.
2. ALLEMAN, A.R.; BAIN, P.J. Diagnosing neoplasia: the cytologic criteria for
malignancy. Veterinary Medicine, Kansas City, v.95, p.204-248, 2000.
3. AMARAL, A.S.; GASPAR, L.F.J.; SILVA, S.B.; ROCHA, N.S. Exame citológico
como método diagnóstico do tumor venéreo transmissível na região de Botucatu, Brasil
(Estudo retrospectivo: 1994-2002). Revista Portuguesa de Ciência Veterinária,
Portugal (Submetido à publicação, 2003).
4. ANDRADE, S.F.; OLIVEIRA, C.M.N.L.; LUIZARI, F.C.; BARBOUR, SANCHES,
J.C.; MENDONÇA, M.F. Clínica Veterinária, Ano 4, n.18,
p.32-33, 1999.
5. BATAMUZI, E.K.; BITTEGEKO, S.B.P. Anal and perianal
transmissible
venereal tumour in a bitch. Veterinary Record, v.129, p. 556, 1991.
Andrião, N.A. Quimioterapia com sulfato de vincristina no tratamento do Tumor Venéreo
Transmissível (TVT) de cadela: Relato de Caso. PUBVET, Londrina, V. 3, N. 16, Art#567,
Mai1, 2009.
6. BHAT, M.N.; AHMAD, S.I. Cell mediated immune response in transmissible
venereal tumor affected and clofibrate treated dogs. Mysore Journal of
Agricultural Sciences, v.22, n.1, p.88-90, 1988.
7. BOSCOS, C.M.; TONTIS, D.K.; SAMARTZI, F.C. (1999). Cutaneous
involvement of TVT in dogs: a report of two cases. Canine Practice, Santa
Barbara, v.24, n.4, p.6-11, 1999.
8. BOTTLES, K. et al. Fine needle aspiration biopsy. The American Journal of
Medicine, v.81, n.3, p. 525-531,1986.
9. BROWN, N. O.; CALVERT, C.; Mac. EWEN, E. G. Chemotherapeutic
management of transmissible veneral tumors in 30 dogs. Journal the American
Veterinary Medical Assocition, v.176, n.10, p.983-6. 1980.
10. CALVERT, C.A.; LEIFER, C.E.; MACEWEN, G. Vincristine for treatment of
transmissible venereal tumor in dog. Journal American veterinary Medical
Association, V.181, n.2, p.162-4, 1982.
11. CAMACHO, A. A; LAUS, J. L. Estudo sobre a eficiência da vincristina no
tratamento de cães com tumor venéreo transmissível. Ars Veterinária,
Jaboticabal, v. 3, n. 1, p. 37-42, 1987.
12. CARDOSO, P.L. Fine needle aspiration cytology in veterinary medicine.
Acta Cytologca, v.27, p.208-209, 1983.
13. CHANG, S.C.; YANG, C.H. Cytology of transmissible venereal tumours of
dogs. Taiwan Journal of Veterinary Medical Animal Husbandry, v.66,
n.4,p.307-314, 1996.
14. CHU, R.M.; LIN, C.C.; YANG, S.Y.; HSIAO, Y.W.; HUNG, S.W.; PAO, H.N.;
LIAO, K.W. Proliferation characteristics of canine transmissible venereal tumor.
Anticancer Research, Atenas, v.21, n.6, p.4017-4024, 2001.
15. CLARK, S.T.; RADFORT, J.A.; CROWTHER, D. et al. Gonadal function following
chemotherapy for Hogkin’s disease: a comparative study of MVPP and a seven drugs
hybrid regimen. J. Clin. Oncol., v.13, p.134-139, 1995.
16. COHEN, D. The transmissible venereal tumor of the dog- a naturally occurring
allograft. A Review. In: WEISS, D.W. (Ed.) Immunological parameters of host-tumor
relationships. New York: Academic Press, v.5.p. 14-19, 1978.
17. COHEN, D. The biological behavior of the transmissible venereal tumor in
immunossuppreased dogs. Eur. J. Cancer, v.9, p.253-258, 1973.
18. COWELL, R.L., TYLER, R.D. Cytology of cutaneous lesions. Veterinary
Clinics North America: Small Animal Pratice, Philadelfia, v.19, p.769-794,
1989.
19. DASS, L.L.; SAHAY, P.N. Surgical treatment of canine transmisible venereal
tumor a retrospective study. Indian Veterinary Journal, v.66, n.3, p.255-258, 1989.
Andrião, N.A. Quimioterapia com sulfato de vincristina no tratamento do Tumor Venéreo
Transmissível (TVT) de cadela: Relato de Caso. PUBVET, Londrina, V. 3, N. 16, Art#567,
Mai1, 2009.
20. DUNCAN, J.R.; PRASSE, K.W. Cytology of canine cutaneous round cell
tumors : mast cell tumor, histiocytoma, lymphosarcoma and transmissible
venereal tumor. Veterinary Pathology, v.16, p. 673-679, 1979.
21. ECKHARDT, S.; BORDEN, D. C. Terapias Sistêmicas . In: HOSSFELD, D. K.;
SHERMAN, C. D.; LOVE, R. R.; BOSCH, F. X. Manual de Oncologia Clínica.2ed.
Fundação Oncocentro de São Paulo: Springe- verlag, 1997, p. 125-42.
22. ERÜNAL-MARAL, N.; FINDIK, M.; ASLAN, S. Use of exfoliative cytology for
diagnosis of transmissible venereal tumour and controlling the recovery period in
the bitch. Deutsche Tierärztliche Wochenschrift, Hannover, v.107, n.5, p.175180, 2000.
23. FUGINAGA, T.; YAMASHITA, M.; YOSHIDA, M.C. et al. Chromosome analysis
of canine transmissible sarcoma cells. Journal Veterinary Medical Association,
v.36, p.481-489, 1989.
24. GINEL, P.J.; MOLLEDA, J.M.; NOVALES, M.; MARTIN, E.; MARGARITO, J.M.;
LOPEZ, R. Primary transmissible venereal tumor in the nasal cavity of a dog.
Veterinary record, v.136, n.9, p.222-223, 1995.
25. GONÇALVES, C.M.; MOMESSO, C.G. Resistência ao sulfato de vincristina em
cadela com tumor venéreo transmissível: Revisão literária e relato de caso. In:
Congresso Paulista de Medicina Veterinária, 6, 2004, Santos. Anais Eletrônicos, Santos,
2004. Disponível em: <http://spmv.org.br/conpavet2004/trabalhos-medpeq017.htm>.
Acesso em: 05 nov. 2006.
26. HIGGINS, D.A. Observations on the canine transmissible venereal tumor as seen
in the Bahamas. Vet. Rec., v. 79, p. 67-71, 1966.
27. HILL, D. L.; YANG, T. J.; WACHTEEL, A. Canine transmissible veneral sarcoma:
tumor cell and infiltrating leukocyte ultrastructure at different growth stages.
Veterinary Pathology, v.21, n.1, p.39-45. 1984.
28. HOQUE, M.; KUMAR, N.; SINGH, G.R.; CHARAN, K.; PAWDE, A.M. Efficacy of
vincristine in management of canine transmissible venereal tumour. Indian
Journal of Veterinary Medicine, v.13, n. 2, p.69, 1993.
29. HOQUE, M.; SINGH, G.R.; PAWDE, A. Electrosurgery versus scalpel surgery
in canine transmissible venereal tumor. Indian Journal of Veterinary Research,
v.4, n.2, p.51-54, 1995.
30. LOMBARD, Ch,; CABANIE, P. Le sarcome de Sticker. Revue Médicine
Vétérinaire, v.119, n.6, p.565-586, 1968.
31. KUMI-DIAKA, J. Subjecting canine
Theriogenenology, v.39, p.1279-1289, 1993.
semen
to
the
hypo-osmotic
test.
32. KROGER, D.; GREY, R. M.; BOYD, J. W. No unusual presentation of canine
transmissible venereal tumor. Practice- oncology, v.16, n.6, p.17-21, 1991.
33. MacEWEN, E G. Transmissible venereal tumor. In: WITHROW, S J; MacEWEN
EG. (Eds.). Small Animal Clinical Oncology. 3rd ed. Philadelphia: W. B. Saunders.
2001. p. 651-656.
Andrião, N.A. Quimioterapia com sulfato de vincristina no tratamento do Tumor Venéreo
Transmissível (TVT) de cadela: Relato de Caso. PUBVET, Londrina, V. 3, N. 16, Art#567,
Mai1, 2009.
34. MacEWEN, E.G. Transmissible Veneral Tumor. IN: WITHROW, J.S.;
MacEWEN,
E.G.
Small
Animal
Clinical
Oncology.
Philadelphia,
WB
Saunders,1996, p.533-537.
35. MAKINO, S. Some epidemiologic aspects of venereal tumours of dogs as
revealed by chromosome and DNA studies. Annals of the New York Academy of
Sciences, v.108, p.1106-1122, 1963.
36. MANHOSO, F.F.R.; SANTOS, P.C.G.; SILVA, E.L.; SANTOS FILHO, D.N.
Homeopatia e Quimioterapia no tratamento de tumor venéreo transmissível e seus
aspectos hematológicos. Pesqui. Homeopática; v. 12, n.2, p. 50-64, jul.-dez., 1997.
37. MORALES, S.E., GONZÁLES, C.G. The prevalence of transmissible venereal
tumor in dogs in Mexico City between 1985 and 1993. Veterinaria Mexico, v.26,
n.3, p. 273-275, 1995.
38. MORRISON, W.B. Cancer in dogs and cats: Medical
Management, Williams e Wilkings, New York, 359 p., 1998.
and
Surgical
39. MOULTON, J. E. Tumors of domestics animals. 3rd ed. Revised. V.10, p.498502, 1978.
40. MOYA, C.F.; LOPES, M.D.; PRESTES, N.C.; ARAÚJO, G.H.M.; RODRIGUES,
M.M.P. Tumor Venéreo Transmissível Canino: Revisão de literatura e descrição de caso
clínico. MEDVEP - Rev. Cientif. Vet. Pequenos Anim. Esti. v.3, n.10, p.138-44,
2005.
41. MURRAY, Q. M.; JAMES, H.; MARTIN, W. B. A study of the cytology and
Karyotype of the canine transmissible venereal tumours. Research in Veterinary
Science. v.10, p.565-568, 1969.
42. NIELSEN, S.W.; KENNEDY, P.C. (1990). Tumors of the genital systems.
In: Tumors in domestic animals. 3ª edição, 1990.
43. OLGIVIE, G.K., Chemotherapy IN WITHROW, J.S.; MacEWEN, E.G. Small
Animal Clinical Oncology, Philadelphia, W.B. Saunders, p.70, 1996.
44. OLIVEIRA, C.R.; OLIVEIRA, P.C.; BAHIENSE, C.R.; VILAR, T.D. Metástase
de tumor venéreo transmissível (TVT) em medula óssea de cão, In: 6ª
Conferência Sul-Americana de Medicina veterinária, 6, 2006, Rio de Janeiro. Anais
Eletrônicos,
Rio
de
Janeiro,
2006.
Disponível
em:
<http://www.confveterinaria2006.com.br/2006/Paginas/TrabalhosCientificos/met
atase.asp> Acesso em 09/11/2006.
45. PANCHBHAI, V.S.; KARKE, A.G.; KULKARNI, G.B.; KULKARNI, P.E. Use of
autogenous vaccine in transmissible canine venereal tumor. Indian Veterinary
Journal, v.67, n.10, p.983-984, 1990.
46. RICHARDSON, R.C. Canine transmissible venereal tumor. Compendium
Continuing Education Practice Veterinary, v.3, n.11, p.951-9, 1981.
47. ROCHA, N.S. Citologia aspirativa por agulha fina em medicina veterinária
(I). Cães e Gatos, São Paulo, n.75, p.15-16, 1998a.
Andrião, N.A. Quimioterapia com sulfato de vincristina no tratamento do Tumor Venéreo
Transmissível (TVT) de cadela: Relato de Caso. PUBVET, Londrina, V. 3, N. 16, Art#567,
Mai1, 2009.
48. ROCHA, N.S. Citologia aspirativa por agulha fina em medicina veterinária
(II). Cães e Gatos, São Paulo, n.79, p.14-16, 1998b.
49. RODRIGUES, G.N.; ALESSI, A.C.; LAUS, J.L. Tumor venéreo transmissível
intra-ocular em cão. Cienc. Rural, vol.31, no.1, p.141-143, jan./fev.2001.
50. ROGERS, K. S. TRANSMISSIBLE VENERAL TUMOR. Compendium
Continuing Education Practice Veterinary, v.19, n.9, p. 1036-45, 1997.
51. SANTOS, F.G.A.; VASCONCELOS, A.C.; MORO, L.; NUNES, J.E.S., PAIXÃO, T.A.
Apoptose no tumor venéreo transmissível canino:características morfológicas e
evidenciação bioquímica. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., Belo Horizonte, v.53, n.5,
2001.
52. SANTOS, J.A. Neoplasias In: SANTOS, J.A. Patologia Geral dos Animais
Domésticos (Mamíferos e Aves). Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 3ª.ed., 1988,
p.221-341.
53. SINGH, J.; RANA, J.S.; SOOD, N.; PANGAWKAR, G.R.; GUPTA, P.P. Clinicopathological studies on the effect of the different anti-neoplastic chemotherapy
regimens on transmissible venereal tumours in dogs. Veterinary Research
Communications, v.20, n.1, p.71-81, 1996.
54. SOUSA, J.; SAITO, V.; NARDI, A.B.; RODASKI, S.; GUÉRIOS, S.D.; BACILA, M.
Características e incidência do tumor venéreo trasmissível (TVT) em cães e eficiência da
quimioterapia e outros tratamentos. Archives of Veterinary Science, v.5, p.41-48,
2000.
55. VARASCHIN, M.S.; Wouters, F.; Bernins, V.M.O.; Soares, T.M.P.; Tokura,
V.N.; Dias, M.P.L.L. Tumor venéreo transmissível canino na região de Alfenas,
Minas Gerais: formas de apresentação clínico-patológicas. Clínica Veterinária,
ano 6, v.32, p.332-38, 2001.
56. VICENTE, W.R.R.; TONIOLLO, G.H. et al. tumor venéreo transmissível
(TVT) com metástases intra-abdominais. Ars Veterinária., v.3, n.2, p.223-2266,
1987.
57. WELLMAN, M.L. The cytologic diagnosis of neoplasia. Veterinary Clinics of
North America: Small Animal Practice, v.20, p.919-938, 1990.
58. WHITE, R.A. Manual of Small Animal Oncology. British Small Animal
Veterinary Association, London, 1991, 380 p.
59. WRIGHT, P. J. ; PARRY, B. W. Cytology of the canine reproduction system.
Veterinary Clinics of North America: Small animal Practice, Philadelfia, 1989, v.19,
p.851-874.
60. YANG, T. J.; CHANDLER, J. P.; DUNNEANWAY, S. Growth stage-dependent
expression of MHC antigens on the canine transmissible venereal sarcoma. Br. J.
Cancer. 1987,v.55, p.131-134.
61. YPSILANTIS, S.P.; TSELKAS, K. Semen quality during Vincristine treatment in
dogs with transmissible venereal tumor. Theriogenology, 2000, v.53, p.1185-1192.
Download