Anais do Conic-Semesp. Volume 1, 2013 - Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3. ISSN 2357-8904 TÍTULO: MARCADORES IMUNOLÓGICOS E GENÉTICOS DA DIABETES MELLITUS DO TIPO 1 CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: BIOMEDICINA INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS AUTOR(ES): THIAGO ANTUNES DA LUZ ORIENTADOR(ES): ALLYSSON COELHO SAMPAIO 1. RESUMO A DM do tipo 1 pode ser considerada uma das doenças crônicas mais comuns em crianças e adultos jovens. Suas alterações imunológicas e genéticas são de muita importância para um diagnóstico e tratamento preciso. Os marcadores imunológicos da DM1 podem ser celulares (antígenos celulares) e humorais (anticorpos x antígenos), e os genéticos constituem os genes ligados à predisposição à DM1. 2. INTRODUÇÃO A DM1 acomete cerca de 0,3% das populações caucasianas entre os 11 e 12 anos de idade. Entre 10 a 20 milhões de pessoas estão sendo afetadas pela doença na atualidade, em todo o mundo. Anualmente 60.000 crianças são diagnosticadas (SESTERHEIM; SAITOVITCH; STAUB, 2007). Moraes et al. (2010) nos revelam que as principais complicações dos diabetes resultam em acidentes vasculares encefálicos, isquemia do miocárdio, doenças arteriais periféricas e deficiência visual. Estas complicações ocorrem devido à doenças microvasculares e macrovasculares ocasionadas pela aceleração de formação de placas de ateroma dando origem a aterosclerose. 3. OBJETIVO O objetivo deste trabalho é determinar os principais marcadores imunológicos e genéticos do DMT1, para que se possam desenvolver melhores medidas preventivas ou seus tratamentos. 4. METODOLOGIA Este estudo, trata-se de uma pesquisa bibliográfica utilizando publicações científicas relacionadas das bases scielo, bireme, entre os anos de 2005 e 2012, utilizando as palavras chaves Diabetes tipo 1, Auto-Imunidade, Imunogenética, com a temática da descrição das alterações metabólicas provocadas por diabetes mellitus do tipo 1. 5. DESENVOLVIMENTO O termo tipo 1 da DM (DM1) indica deficiência absoluta de insulina pela destruição das células beta pancreáticas sendo necessário para tratamento a administração de insulina (MARASCHIN et al., 2010). 1 A DM1, segundo Witt et al. (2011), envolve a participação de vários fatores, como a suscetibilidade imunogenética, eventos ambientais e resposta auto-imune, com presença de anticorpos e/ou linfócitos autorreativos. Todo esse complexo de ação acarreta em altos níveis de glicose sérica, gorduras e proteínas devido à ação deficiente de insulina no organismo (SESTERHEIM; SAITOVITCH; STAUB, 2007). As principais estratégias de tratamento para DM1 são: administração de insulina,transplante de pâncreas e terapia celular com células-tronco (WITT et al, 2011). 6. RESULTADOS PRELIMINARES Existem vários mecanismos imunológicos relatados na patogenia da DM1. Como nos diz Fernandes et al. (2005), os principais marcadores imunológicos da DM1 são: Marcadores Celulares e Humorais. Além destes, existem vários marcadores genéticos; vários genes associados a susceptibilidade á doença. Marcadores celulares: como nos diz Witt et al. (2011), os linfócitos T (principalmente TCD4 e TCD8), as células apresentadoras de antígenos, como macrófago e células dendríticas têm sido definidas com participação nessa patologia. Em complemento, há a participação de moléculas de histocompatibilidade e as moléculas coestimulatórias. . Os Linfócitos T-CD4 ativados produzem reações inflamatórias e secreção de citocinas ocasionando a insulite e assim, a morte das células-beta. Os linfócitos T-CD4, auxiliam também ativando os linfócitos T-CD8 que são considerados os mais importantes na destruição autoimune, uma vez, reconhecer os antígenos pancreáticos ligado a moléculas de HLA de classe 1. Os linfócitos B, até mesmo em sua diferenciação para Plasmócitos, mesmo sendo célula de defesa, tem sua ação dentro dos mecanismos humorais que auxiliam na patogenia da DM1. (SILVA; MORY; DAVINI, 2008). Marcadores Humorais: os mais importantes são os auto-anticorpos específicos (produzidos pelos plasmócitos) para antígenos das ilhotas de Langerhans que reconhece receptores de membrana das células beta, e as citocinas pró-inflamatória decorrente de infecção viral são as mais relevantes (WITT et al., 2011). Encontramos também auto-anticorpos anti-insulina (IAA). Anticorpos anti-GAD (ácido glutâmico descarboxilase) são um dos principais auto-antígenos da DM1. Também existem outros marcadores humorais como auto-anticorpos anti-PTP (Protein Tyrosine Phosphatase) 2 das células beta, auto-antígeno IA-2 beta das quais estão sendo estudados. (SILVA; MORY; DAVINI, 2008). 7. FONTES CONSULTADAS WITT, A.R.S.; PACHECO, A.M.; BRATZ, F.; LAZZARI, M.B.; BUFFON, M.B.; LARA, G.M. Marcadores imunológicos da diabettes mellitus tipo I. Artigo Conhecimento Online. Ano 3, v.2, set., 2011. SILVA, M.E.R.; MORY, D.; DAVINI, E. Marcadores éticos e auto-imunes do diabetes melito tipo 1: da teoria a pratica. Arq. Brás. Endocrinol Metab. v.52, n.2, p.166-180, 2008. SESTERHEIM, P.; SAITOVITCH, D.; STAUB, H.L. Diabetes mellitus tipo 1: multifatores que conferem suscetibilidade á patogenia auto-imune. Scientia Medica. Porto Alegre. R.S. v.17, n.4, p.212 - 217, 2007. MORAES, A.M.; FREITAS, I.C.M.; GIMENO, S.G.A.; MONDINI, L. Prevalência de diabetes melittus e identificação de fatores associados em adultos residentes em área urbana de Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil, 2006: Projeto OBEDIARP. Cad. Saúde Pública. Rio de Janeiro, R.J. v.26, n.5, p.929 – 941, 2010. MARASCHIN, J.F.; MURUSSI, N.; WITTER, V.; SILVEIRO, S.P. Classificação do Diabete Melito. Arq. Bras. Cardiol. v.95, n.2, p.e40 – e47, 2010. FERNANDES, A.P.M.; PACE, A.E.; ZANETTI, A.L.; FOSS, M.C.; DONADI, E.A. Fatores imunogenéticos associados ao diabetes mellitus do tipo 1. Rev Latino-am. Enfermagem. V.13, n.5, p.743-749, 2005. 3