TARDE MARÇO / 2010 21 GEÓL OGO(A) JÚNIOR GEÓLOGO(A) CONHECIMENT OS ESPECÍFICOS CONHECIMENTOS LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES ABAIXO. 01 - Você recebeu do fiscal o seguinte material: a) este caderno, com os enunciados das 70 questões objetivas, sem repetição ou falha, com a seguinte distribuição: CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Questões 1 a 10 11 a 20 Pontos 0,5 1,0 Questões 21 a 30 31 a 40 Pontos 1,5 2,0 Questões 41 a 50 51 a 60 Pontos 2,5 3,0 Questões 61 a 70 - Pontos 3,5 - b) 1 CARTÃO-RESPOSTA destinado às respostas às questões objetivas formuladas nas provas. 02 - Verifique se este material está em ordem e se o seu nome e número de inscrição conferem com os que aparecem no CARTÃORESPOSTA. Caso contrário, notifique IMEDIATAMENTE o fiscal. 03 - Após a conferência, o candidato deverá assinar no espaço próprio do CARTÃO-RESPOSTA, a caneta esferográfica transparente de tinta na cor preta. 04 - No CARTÃO-RESPOSTA, a marcação das letras correspondentes às respostas certas deve ser feita cobrindo a letra e preenchendo todo o espaço compreendido pelos círculos, a caneta esferográfica transparente de tinta na cor preta, de forma contínua e densa. A LEITORA ÓTICA é sensível a marcas escuras; portanto, preencha os campos de marcação completamente, sem deixar claros. Exemplo: A C D E 05 - Tenha muito cuidado com o CARTÃO-RESPOSTA, para não o DOBRAR, AMASSAR ou MANCHAR. O CARTÃO-RESPOSTA SOMENTE poderá ser substituído caso esteja danificado em suas margens superior ou inferior BARRA DE RECONHECIMENTO PARA LEITURA ÓTICA. 06 - Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 alternativas classificadas com as letras (A), (B), (C), (D) e (E); só uma responde adequadamente ao quesito proposto. Você só deve assinalar UMA RESPOSTA: a marcação em mais de uma alternativa anula a questão, MESMO QUE UMA DAS RESPOSTAS ESTEJA CORRETA. 07 - As questões objetivas são identificadas pelo número que se situa acima de seu enunciado. 08 - SERÁ ELIMINADO do Processo Seletivo Público o candidato que: a) se utilizar, durante a realização das provas, de máquinas e/ou relógios de calcular, bem como de rádios gravadores, headphones, telefones celulares ou fontes de consulta de qualquer espécie; b) se ausentar da sala em que se realizam as provas levando consigo o Caderno de Questões e/ou o CARTÃO-RESPOSTA; c) se recusar a entregar o Caderno de Questões e/ou o CARTÃO-RESPOSTA quando terminar o tempo estabelecido. 09 - Reserve os 30 (trinta) minutos finais para marcar seu CARTÃO-RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no Caderno de Questões NÃO SERÃO LEVADOS EM CONTA. 10 - Quando terminar, entregue ao fiscal O CADERNO DE QUESTÕES E O CARTÃO-RESPOSTA e ASSINE A LISTA DE PRESENÇA. Obs. O candidato só poderá se ausentar do recinto das provas após 1 (uma) hora contada a partir do efetivo início das mesmas. Por motivos de segurança, o candidato NÃO PODERÁ LEVAR O CADERNO DE QUESTÕES, a qualquer momento. 11 - O TEMPO DISPONÍVEL PARA ESTAS PROVAS DE QUESTÕES OBJETIVAS É DE 4 (QUATRO) HORAS, findo o qual o candidato deverá, obrigatoriamente, entregar o CARTÃO-RESPOSTA. 12 - As questões e os gabaritos das Provas Objetivas serão divulgados no primeiro dia útil após a realização das mesmas, no endereço eletrônico da FUNDAÇÃO CESGRANRIO (http://www.cesgranrio.org.br). O H N U SC A R GEÓLOGO(A) JÚNIOR 2 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 1 Disponível em: http://csmres.jmu.edu A figura acima é uma síntese de todas as principais etapas do Ciclo de Wilson. Com base na figura, analise as afirmações a seguir. I - A formação inicial da suíte ofiolítica está compreendida no estágio 2 do ciclo de Wilson, em uma situação análoga ao que ocorre atualmente no Mar Vermelho. II - O estágio colisional entre dois continentes ocorre no estágio 6 do ciclo de Wilson, em um processo conhecido como peneplanização. III - A situação do Oceano Atlântico atualmente é bem representada pelo estágio 3 do ciclo de Wilson. IV - A cordilheira Andina atualmente encontra-se numa situação análoga ao estágio 6 do ciclo de Wilson. V - A cordilheira Himalaiana atualmente encontra-se em uma situação evolutiva comparável àquela compreendida no estágio 5 do ciclo de Wilson. Estão corretas APENAS as afirmações (A) I e II. (C) IV e V. (E) II, III e V. (B) I e III. (D) I, III e V. 2 O supercontinente Pangea iniciou o seu processo de fragmentação há cerca de 220 M.a., dividindo-se em dois outros continentes: um setentrional, chamado de Laurásia, e outro meridional, chamado Gonduana. Da mesma forma, há cerca de 140 M.a., o Gonduana se fragmentou e iniciou o processo de separação da África e da América do Sul. Esses dois eventos ocorreram, respectivamente, nos períodos (A) Carbonífero e Permiano. (B) Permiano e Triássico inferior. (C) Triássico inferior e Jurássico inferior. (D) Triássico superior e Cretáceo inferior. (E) Jurássico inferior e Jurássico superior. 3 GEÓLOGO(A) JÚNIOR 3 Com relação às margens continentais, considere as afirmações a seguir. I - As margens continentais ativas constituem um dos ambientes geológicos onde são formados prismas acrescionários que contêm melanges, ofiolitos, rochas basálticas e sedimentos. II - As margens continentais passivas se formam durante a ruptura dos continentes, e suas bacias marginais geralmente sofrem subsidência devido ao resfriamento litosférico e à carga sedimentar. III - As margens continentais ativas ocorrem em limites divergentes de placas tectônicas e são marcadas por sistemas de falhas verticais e deposição de espessa pilha sedimentar. IV - As margens continentais passivas formam-se a partir de movimentos distensivos na crosta e são marcadas por orógenos acrescionários e colisionais. Estão corretas as afirmações (A) I e II, apenas. (B) I e III, apenas. (C) II e III, apenas. (D) I, II e III, apenas. (E) I, II, III e IV. Considere a figura a seguir para responder às questões de nos 4 e 5. PONTE, F.C., DAUZACKER, M.V., PORTO, R.1978 (Adaptado). A figura mostra de forma ilustrativa as sequências sedimentares das bacias marginais brasileiras e os respectivos litotipos associados. GEÓLOGO(A) JÚNIOR 4 4 Quais são as fases de evolução tectônica das bacias marginais relacionadas às sequências descritas? (A) (B) (C) (D) (E) P Transição Pré-Rifte Rifte Marginal Aberta Pré-Rifte Q Marginal Aberta Rifte Pré-Rifte Transição Rifte R Pré-Rifte Transição Marginal Aberta Pré-Rifte Marginal Aberta S Rifte Marginal Aberta Transição Rifte Transição 5 Os ambientes deposicionais relacionados com as sequências descritas e respectivas fases de evolução tectônica são: a (A) Marinho Restrito (B) Plataforma Marinha Rasa (C) Deltaico Lacustre (D) Flúvio-Lacustre (E) Flúvio-Lacustre b c d e Plataforma Marinha Rasa Talude Flúvio-Lacustre Deltaico Lacustre Marinho Restrito Talude Litoral/Plataforma/Talude Marinho Restrito Marinho Restrito Deltaico Lacustre Litoral/Plataforma/Talude Marinho Restrito Litoral/Plataforma/Talude Plataforma Marinha Rasa Plataforma Marinha Rasa Flúvio-Lacustre Flúvio-Lacustre Talude Talude Talude f Deltaico Lacustre Deltaico Lacustre Plataforma Marinha Rasa Litoral/Plataforma/Talude Litoral/Plataforma/Talude 6 Grandes reservas de petróleo foram recentemente encontradas abaixo de uma extensa camada de sal que se estende ao longo de pelo menos 800 quilômetros entre os Estados do Espírito Santo e Santa Catarina. Considerando as propriedades e os mecanismos de formação dessas camadas, é INCORRETO afirmar que (A) as camadas de sal tendem a ser boas rochas selantes para reservatório. (B) os principais causadores do diapirismo são a sobrecarga sedimentar e as diferenças de densidade e viscosidade entre o sal e as encaixantes. (C) a tectônica de sal compreende mecanismos responsáveis pela deformação da camada de sal e pela formação de estruturas diapíricas de escala regional. (D) o sal tende a fluir de áreas de sobrecarga para áreas de menor sobrecarga, normalmente ocorrendo fluxo para os depocentros das bacias. (E) o relevo pós-halocinese pode condicionar a instalação de bancos carbonáticos na plataforma marinha. 5 GEÓLOGO(A) JÚNIOR 7 NICHOLS, G. Sedimentology & Stratigraphy, 1999. Blackwell Publishing, 355p. (Adaptado) As bacias sedimentares podem ser classificadas de acordo com o ambiente tectônico de formação. Na figura acima, estão expostos diferentes ambientes tectônicos nos quais determinadas bacias são encontradas. As bacias P, Q, R, S, T, U e V são denominadas, respectivamente, R Q P S T (A) Margem passiva Foreland Rift terrestre Oceânica Intracratônica (sag) (B) Oceânica Intracratônica (sag) Foreland Rift terrestre Margem passiva (C) Intracratônica (sag) Margem passiva Oceânica Rift terrestre Foreland (D) Oceânica Intracratônica (sag) Foreland Pull-Apart Rift terrestre (E) Margem passiva Foreland Rift terrestre Pull-Apart Antearco U Retroarco Antearco Retroarco Retroarco Oceânica V Antearco Retroarco Antearco Antearco Retroarco 8 Os esforços atuantes entre as placas de Nazca e a Sul-americana afetaram diretamente a estruturação da Bacia do Acre através de intenso tectonismo compressivo, conforme ilustrado na seção sísmica apresentada abaixo. Esses esforços foram responsáveis pela formação de que tipo de falhas geológicas de grande expressão? (A) Normais. (B) De empurrão. (C) Reversas. (D) Transcorrentes. (E) Lístricas. GEÓLOGO(A) JÚNIOR 6 9 As bacias brasileiras podem ser classificadas de acordo com o contexto tectônico em que se desenvolveram e com seus preenchimentos sedimentar-magmáticos. Qual dos seguintes tipos de bacias NÃO é observado em território nacional? (A) Sinéclise Paleozoicas. (B) Bacias Meso-Cenozoicas de margem compressiva. (C) Bacias Meso-Cenozoica de margem transformante. (D) Bacias de Antepaís Andino. (E) Riftes Mesozoicos Abortados. 10 Três tipos básicos de falhas são ilustrados na figura abaixo: reversa, transcorrente e normal. (a) sG = ? Falha reversa (b) sG = ? Falha transcorrente (g) sG = ? Falha normal sG sG sG A sobrecarga gravitacional ( s G), apresentanda por um eixo modelado nas situações ( a ), ( b) e ( ) da figura, é paralela a quais eixos do elipsoide de tensões (esforços compressivos máximo - s 1, intermediário - s 2 e mínimo - s 3)? (A) (B) (C) (D) (E) a sG = s2 s G = s1 s G = s3 s G = s3 s G = s2 b sG = s1 s G = s3 s G = s2 s G = s2 s G = s3 g sG = s 3 s G = s2 s G = s1 s G = s3 s G = s1 7 GEÓLOGO(A) JÚNIOR 11 Sistemas de falhas transcorrentes, sejam dextrais ou sinistrais, podem apresentar encurvamentos (bends) e recobrimentos (stepovers) entre seus segmentos, os quais constituem sítios transpressivos ou transtensivos locais. Tais sítios podem favorecer ou não a formação de bacias sedimentares. Twiss and Moores, 1992; Structural Geology. (Adaptado) Representa(m) corretamente as principais feições de contração e extensão (setas menores), verificadas nesses sistemas transcorrentes dextrais e sinistrais (setas maiores) APENAS a(s) situação(ões) (A) I. (B) III. (C) I e III. (D) II e V. (E) IV e V. 12 Nos dias 12/01/2010 e 27/02/2010, dois violentos terremotos, respectivamente, de magnitudes 7.0 e 8.8 na escala Ritcher, atingiram o Haiti e o Chile. Em relação a esses eventos, considere as afirmações a seguir. I - O terremoto do Haiti ocorreu na região limítrofe entre as placas tectônicas do Caribe e a Norte-americana, em uma situação onde predominam falhas transcorrentes, com movimentação lateral sinistral. II - Os terremotos do Haiti e do Chile ocorreram em limites de placas distintos, mas ambos foram diretamente relacionados à movimentação de blocos ao longo de falhas transformantes. III - O terremoto no Chile ocorreu no limite entre as placas tectônicas de Nazca e a Sul-americana em uma situação onde predominam falhas inversas. IV - O terremoto do Haiti ocorreu em uma zona de rifteamento intracontinental, motivo pelo qual o evento não produziu nenhum tipo de tsunami, diferentemente do que foi registrado no caso do terremoto do Chile. V - O terremoto do Chile ocorreu devido à movimentação de blocos ao longo de falhas normais de ampla extensão, o que gera tsunamis, tal como ocorreu também no grande terremoto da Indonésia, em 2004. Está(ão) correta(s) APENAS a(s) afirmação(ões) (A) II. (B) IV. (C) V. (D) I e III. (E) III e IV. GEÓLOGO(A) JÚNIOR 8 13 Estruturas do tipo duplex, na sua concepção mais simples e moderna, são complexos estruturais envolvendo fatias rochosas (horses) limitadas na base e no topo por falhas. Tais estruturas podem ser formadas sob regime(s) tectônico(s) (A) compressional. (B) extensional. (C) transcorrente. (D) compressional e extensional. (E) compressional, extensional e transcorrente. 14 A figura abaixo ilustra, em perfil, os principais elementos de um cinturão de cavalgamento. ARTHAUD, Michel H. Elementos de geologia estrutural. (Adaptado) Os elementos indicados pelas setas correspondem, respectivamente, a (A) (B) (C) (D) (E) (1) decollement retrocavalgamento cavalgamento piggy-back retrocavalgamento decollement (2) zona triangular klippe janela estrutural pop-up pop-up (3) klippe janela estrutural horst zona triangular klippe (4) rampa lateral decollement duplex decollement rampa frontal (5) leque imbricado leque lístrico decollement leque imbricado zona triangular 15 A Bacia do Recôncavo, que faz parte do Rifte Recôncavo-Tucano-Jatobá, é uma bacia marginal emersa do tipo III (Klemme, 1971) e IF (Kingston et alii, 1983), alongada no sentido N-S e limitada ao norte pelo Alto de Aporá. Seu arcabouço estrutural é caracterizado por um Graben (A) simétrico. (B) assimétrico, basculado para oeste. (C) assimétrico, basculado para leste. (D) assimétrico, basculado para norte. (E) assimétrico, basculado para sul. 9 GEÓLOGO(A) JÚNIOR 16 19 As bacias brasileiras podem ser classificadas de acordo com o contexto tectônico em que se desenvolveram e com seus preenchimentos sedimentar-magmáticos. Quais bacias abaixo são classificadas como Meso-Cenozoicas de margem distensiva? (A) Araripe, Ceará, Santos, Campos e Espírito Santo. (B) Alagoas, Sergipe, Pelotas, Campos e Santos. (C) Recôncavo, Tucano, Campos, Marajó, Santos. (D) Camumu, Barreirinhas, Solimoes, Pelotas, Santos. (E) Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar. A Bacia Potiguar apresenta três estágios tectono-sedimentares distinguidos cronologicamente, do mais antigo para o mais novo, de acordo com seu registro estratigráfico, em (A) Drifte, Transicional e Rifte. (B) Transicional, Rifte e Drifte. (C) Drifte, Rifte e Transicional. (D) Rifte, Transicional e Drifte. (E) Rifte, Drifte e Transicional. 20 A descoberta das grandes acumulações do pré-sal da Bacia de Santos inaugurou um novo modelo de exploração, semelhante ao que ocorreu na década de 1980 com a descoberta dos campos de Albacora e Marlim, localizados em águas profundas da Bacia de Campos. Essas descobertas nas bacias de Campos e Santos ocorreram, respectivamente, em rochas reservatório do tipo (A) turbiditos e folhelhos fraturados. (B) turbiditos e carbonatos. (C) folhelhos fraturados e metamórficas fraturadas. (D) carbonatos e folhelhos fraturados. (E) carbonatos e turbiditos. 17 A Bacia de Campos, localizada na margem continental do sudeste brasileiro, entre a costa norte do RJ e do ES, é a maior província petrolífera em operação no Brasil. Essa bacia tem a seguinte característica: (A) as trapas e estruturas encontradas nas unidades pós-rifte estão relacionadas à evolução da halocinese na bacia. (B) os folhelhos marinhos depositados no Carbonífero são muito fraturados e constituem as principais rochas reservatório da bacia. (C) os reservatórios mais significativos, tratando-se de volume, são os carbonatos da Formação Carapebus. (D) sua evolução tectônica compreendeu unicamente as fases rifte e drifte relacionadas ao rompimento do Pangea. (E) sua margem sudeste foi afetada por um grande aporte sedimentar relacionado ao soerguimento da Serra Geral e da Serra da Mantiqueira. 21 Baixo de Mosqueiro, Baixo de Piranhas-Timbó, Baixo de São Francisco e Alto de Pacatuba correspondem às principais feições estruturais da bacia sedimentar (A) do Recôncavo. (B) do São Francisco. (C) Camanu-Almada. (D) de Sergipe-Alagoas. (E) Paraíba-Pernambuco. 18 A Bacia de Pelotas é a mais meridional dentre aquelas desenvolvidas durante a formação do Oceano Atlântico Sul. Essa bacia caracteriza-se pela(o) (A) ausência de desenvolvimento de uma seção evaporítica aptiana importante devido às condições de mar aberto. (B) insignificante contribuição magmática em seu preenchimento. (C) desenvolvimento dos estágios iniciais sincrônicos ao da Bacia do Paraná no neocretáceo. (D) posicionamento entre o Alto de Cabo Frio e Alto de Florianópolis. (E) sistema petrolífero bastante profícuo, denominado Botucatu-Imbituba. GEÓLOGO(A) JÚNIOR 22 A Bacia de Sergipe-Alagoas representa a extremidade setentrional do grande rifte valley da costa leste brasileira, separada das bacias da costa equatorial pelo Alto de Pernambuco-Paraíba. O reservatório de maior continuidade, nessa bacia, é o formado pelos arenitos fluvioaluvionais jurássicos da Formação (A) Contiguiba. (B) Bananeiras. (C) Riachuelo. (D) Serraria. (E) Dardanelos. 10 23 27 Em novembro de 2007, a Petrobras anunciou a descoberta do megacampo de petróleo de Tupi, localizado em águas profundas da Bacia de Santos, em camadas sedimentares do pré-sal. Além do Campo de Tupi, existem indícios da existência de outros campos nas camadas do pré-sal, que estendem-se por 800 km e abrangem, além das áreas da Bacia de Santos, áreas das Bacias de (A) Pelotas e do Espírito Santo. (B) Pelotas e de Campos. (C) Pelotas e de Cumuruxatiba. (D) Campos e do Espírito Santo. (E) Campos e de Cumuruxatiba. São características relacionadas ao processo de geração de petróleo, EXCETO (A) o tipo de hidrocarboneto gerado depende da natureza da matéria orgânica e da história termal da bacia. (B) o querogênio é convertido em hidrocarbonetos por craqueamento térmico. (C) o início da geração significativa de óleo varia com o gradiente geotérmico, a profundidade e a duração do soterramento. (D) a formação da rocha geradora de petróleo depende da preservação da matéria orgânica, o que ocorre sobretudo em ambientes oxigenados. (E) a matéria orgânica, durante o soterramento, é convertida por processos bacterianos e químicos num polímero complexo denominado querogênio. 24 As Bacias do Solimões, do Médio e do Baixo Amazonas formam uma grande bacia sedimentar com cerca de 1.000.000 de km2. Geologicamente não existe separação entre essas bacias, tratando-se, apenas, de uma divisão geográfica e operacional. No entanto, a Bacia do Solimões é separada da Bacia do Médio Amazonas por um alto estrutural do embasamento cristalino denominado Arco de (A) Monte Alegre. (B) Caruari. (C) Iquitos. (D) Purus. (E) Gurupá. 28 A transformação termoquímica da matéria orgânica pode ser subdividida em diagênese, catagênese e metagênese. Durante a metagênese, ocorre (A) quebra das cadeias complexas de querogênio. (B) geração máxima de hidrocarbonetos líquidos. (C) transformação da matéria orgânica em querogênio. (D) craqueamento primário. (E) geração de gás. 29 25 As principais rochas geradoras da Bacia de Campos são folhelhos negros da Formação Lagoa–Feia, depositados na fase rifte. Segundo Tissot & Welbe (1984), o querogênio é classificado como: Na Bacia do Paraná constata-se a presença de bons reservatórios e de sequências com razoável potencial gerador de hidrocarbonetos. Entretanto, existe um fator limitante que dificulta a prospecção petrolífera nessa bacia. Esse fator limitante é causado pela presença de extensa camada de rochas (A) evaporíticas. (B) básicas. (C) arenosas. (D) alcalinas. (E) carbonáticas. 26 Exsudações de hidrocarbonetos líquidos e/ou gasosos observadas no solo, nos rios ou na superfície da água do mar, seguramente, indicam (A) acumulações econômicas de hidrocarbonetos em subsuperfície. (B) geração e migração de hidrocarbonetos. (C) presença de rochas geradoras verticalmente abaixo da exsudação de hidrocarbonetos líquidos em superfície. (D) presença de trapas estruturais em subsuperfície. (E) existência de falhas lístricas originadas em ambiente tectônico distensivo. Razão H/C Razão O/C Matéria orgânica precursora Tipo I Alta Baixa Algas de ambientes lacustres e marinho Tipo II Intermediária Intermediária Fitoplâncton, zooplâncton e bactérias comuns em ambiente marinho Tipo IIII Baixa Alta Plantas terrestres macrófitas Considerando o ambiente gerador e a alta produtividade de óleo da Bacia de Campos, a matéria orgânica da Formação Lagoa-Feia é, predominantemente, APENAS do(s) tipo(s) (A) I. (B) II. (C) III. (D) I e III. (E) II e III. 11 GEÓLOGO(A) JÚNIOR Considere a ilustração a seguir para responder às questões de nos 30 e 31. A ilustração representa uma seção estratigráfica em uma bacia produtora de petróleo. Dos dez poços perfurados nesse trecho da bacia, cada um interceptou, em subsuperfície, pelo menos uma acumulação de hidrocarbonetos. As acumulações são controladas por diferentes tipos de trapas geológicas. 30 Os poços 1, 2, 4 e 7 interceptam, do topo para a base do furo, ou seja, da menor para a maior profundidade, respectivamente, os seguintes tipos predominantes de trapas: Poço 1 (A) estratigráfica ® estratigráfica ® estratigráfica (B) estratigráfica ® estrutural ® estratigráfica (C) estrutural ® estratigráfica ® estratigráfica (D) estratigráfica ® estrutural ® estrutural (E) estratigráfica ® estratigráfica ® estratigráfica GEÓLOGO(A) JÚNIOR Poço 2 Poço 4 estrutural ® estrutural ® estratigráfica ® estratigráfica estrutural ® estrutural estrutural ® estrutural ® estrutural estrutural ® estrutural ® estrutural estratigráfica ® estrutural ® estratigráfica ® estrutural estrutural ® estratigráfica estratigráfica ® estratigráfica ® estratigráfica estrutural ® estrutural ® estrutural estrutural ® estrutural ® estratigráfica ® estrutural estrutural ® estrutural Poço 7 estrutural ® estrutural ® estratigráfica estratigráfica ® estrutural ® estrutural estratigráfica ® estrutural ® estrutural estratigráfica ® estrutural ® estrutural estratigráfica ® estrutural ® estrutural 12 31 34 Nos poços 3, 5, 7 e 9, as estruturas associadas, respectivamente, às letras P, Q, R, S foram formadas pelos seguintes processos: Considere as seguintes características da formação de estruturas sedimentares: (A) (B) (C) R Q Formação de recife Intrusão Halocinese Lutocinese Diapirismo Intrusão Lutocinese Halocinese Formação de recife Lutocinese Halocinese 2 Brechação Diapirismo infraformacional (E) Brechação Lutocinese Ressurgência Extrusão infraformacional - com sedimento de dimensão de areia fina e baixa velocidade de fluxo (~0,4 m/s); - com sedimento grosso e muito grosso e altas velocidades de fluxo (~0,8 m/s). Levando-se em conta o tamanho dos grãos transportados e a velocidade de fluxo, as características 1 e 2 contemplam, respectivamente, a formação de (A) camadas plano-paralelas e ripples. (B) dunas e ripples. (C) dunas e camadas plano-paralelas. (D) ripples e camadas plano-paralelas. (E) ripples e dunas. Intrusão (D) Lutocinese 1 S P Intrusão 35 32 As carapaças carbonáticas de micro-organismos podem ser preservadas ou não, dependendo da saturação de carbonato de cálcio na água do mar. A superfície denominada CCCD (Calcium Carbonate Compensation Depth) marca, especificamente, a profundidade (A) de maior concentração de carbonato de cálcio. (B) na qual há precipitação de carbonato de cálcio. (C) acima da qual nenhum componente carbonático é preservado. (D) abaixo da qual são desenvolvidos corais e estromatólitos carbonáticos. (E) abaixo da qual nenhum componente carbonático é preservado. Quando um climbing ripple é observado em um afloramento, conclui-se que (A) o ambiente de sedimentação era lacustre e, portanto, de baixa energia. (B) o ambiente era dominado por ondas, ou seja, movimento oscilatório da superfície da água. (C) os sedimentos transportados e que originaram a rocha são mais grossos que 0,9 mm. (D) as estruturas sedimentares se devem às altas velocidades do fluxo. (E) a taxa de adição de sedimentos pelo fluxo foi igual ou maior que a taxa de migração da ripple na direção do fluxo. 36 33 Diferentemente das rochas siliciclásticas, a classificação de rochas carbonáticas é mais complexa. Com relação aos carbonatos, é essencial considerar matriz, arcabouço, tipo, tamanho e arredondamento de grão, bem como bioconstruções. A esse respeito, analise as afirmações a seguir. Um delta é uma protuberância na linha da costa onde um rio adentra um oceano ou outro corpo de água. Genericamente, sobre essa feição geológica, considere as características a seguir. I - Sua porção distal é constituída por sedimentos relativamente mais grossos que a porção proximal. II - Sua porção distal é constituída por sedimentos relativamente mais finos que a porção proximal. III - Sua progradação é marcada pela geração de sucessões granocrescentes ascendentes. IV - Sua retrogradação é marcada pela geração de sucessões granocrescentes ascendentes. V - A taxa de sedimentos ejetados no sistema é maior que sua remoção por processos erosivos costeiros. I - A maior parte dos sedimentos carbonáticos tem origem alóctone. II - A maior parte dos sedimentos carbonáticos origina-se em águas rasas. III - Rochas carbonáticas com nome em que o sufixo é o termo esparito têm preenchimento intersticial microcristalino, com caráter de matriz / lama calcária. IV - Os bioclastos, oolitos e péletes (pelotilhas) estão entre os principais grãos carbonáticos. Está(ão) correta(s) APENAS a(s) afirmação(ões) (A) I. (B) IV. (C) II e IV. (D) I, II e III. (E) II, III e IV. Estão corretas APENAS as características (A) I e III. (B) I e IV. (C) I e V. (D) II e V. (E) II, IV e V. 13 GEÓLOGO(A) JÚNIOR 37 41 Os estromatólitos são registros fósseis importantes para o estudo da história evolutiva da Terra. No que diz respeito a esses organismos, uma de suas características é que eles são (A) exclusivos do período Cambriano. (B) exclusivos de ambiente marinho. (C) exclusivos de águas doces continentais. (D) comuns em águas profundas. (E) considerados os primeiros organismos a realizar a fotossíntese na Terra. Qual dos ambientes abaixo discriminados origina uma rocha reservatório com maior porosidade? (A) Campos de dunas eólicas. (B) Mar aberto. (C) Lagos. (D) Deltas distais. (E) Estuário. 42 A intrusão de soleiras e diques de composição basáltica em bacias intracratônicas é muito importante como fonte térmica para acelerar a geração de hidrocarbonetos. Todavia, datar a época de cristalização do magma ainda é um problema. Considere uma soleira de diabásio grosso, cujo magma original alojou-se em arenitos fluviais ricos em minerais pesados e micas e com eles foi contaminado. A temperatura dos arenitos antes do alojamento do magma era de 140 °C. Qual é o método mais preciso e confiável para datação do diabásio? (A) Traços de fissão em apatita do diabásio. (B) Ar-Ar no pó do diabásio. (C) U-Pb em zircões do diabásio. (D) U-Pb em baddeleyita inclusa em ilmenita magmática do diabásio. (E) Rb-Sr no pó e minerais do diabásio. 38 Em bacias evaporíticas, as sucessões de sais são indicativas das variações de salinidade ao longo do tempo geológico. Os compostos menos solúveis tendem a se precipitar primeiro. Ademais, a despeito da solubilidade, alguns sais são precipitados em maior quantidade, considerando a composição média da água do mar. Nesse contexto, dentre os sais relacionados abaixo, qual é mais rapidamente precipitado nesse ambiente? (A) Gipsita. (B) Halita. (C) Silvita. (D) Carnalita. (E) Taquidrita. 43 39 Com relação à estratigrafia de sequências marinhas de margem passiva, analise as afirmações a seguir. Os silicatos que sofrem hidrólise parcial dão origem aos argilominerais. Algumas argilas são constituídas pela superposição de lâminas tetraédricas de Si e octaédricas de Al, na proporção de 1 lâmina Si para 1 de Al (1:1) ou 2 lâminas de Si para cada lâmina de Al (2:1). Exemplos de argilas do tipo 1:1 e do tipo 2:1 são, respectivamente, (A) montimorilonita e esmectita. (B) esmectita e caulinita. (C) clorita e caulinita. (D) caulinita e clorita. (E) caulinita e esmectita. I - Quando fácies de ambientes marinhos são recobertas por fácies litorâneas e, em seguida, por fácies de ambientes parálicos, tem-se uma retrogradação. II - Saindo de um trato de sistema transgressivo para um trato de sistema de mar baixo, quando o mar recobre as planícies aluviais costeiras, depósitos subaéreos subjacentes são recobertos e retrabalhados, podendo ser removidos até 20m de sedimentos. III - Durante picos de transgressão, as porções distais da bacia podem ter taxas de sedimentação quase nulas, locais onde a bacia encontra-se “faminta”. IV - Arenitos praiais e de antepraia com estratificações cruzadas tipo hummocky são fácies comumente encontradas nos depósitos transgressivos, sobrepondo as fácies aluviais. 40 As rochas sedimentares podem ser classificadas de acordo com as porcentagens de feldspato, fragmentos líticos, quartzo ou, ainda, dependendo da porcentagem de matriz. Dentre as rochas classificadas dessa forma, estão: (1) arenito quartzoso, (2) grauvaca, (3) argilito e (4) arenito subarcósico. Para essas rochas, a sequência de porosidade, da maior para a menor, é: (A) 1 > 2 > 3 > 4 (B) 1 > 2 > 4 > 3 (C) 1 > 4 > 2 > 3 (D) 2 > 1 > 3 > 4 (E) 4 > 3 > 2 > 1 GEÓLOGO(A) JÚNIOR Estão corretas as afirmações (A) I e III, apenas. (B) II e IV, apenas. (C) III e IV, apenas. (D) I, II e III, apenas. (E) I, II, III e IV. 14 44 A figura acima ilustra clássicos padrões de empilhamento de parassequências. A observação desses empilhamentos permite as seguintes afirmações: I - (X), (Y) e (Z) correspondem, respectivamente, a conjuntos de parassequências progradacionais, agradacionais e retrogradacionais; II - o empilhamento (X) é típico do trato de sistemas de mar alto e do trato de sistemas de mar baixo final; III - o empilhamento (Z) caracteriza o trato de sistemas transgressivos; IV - o empilhamento (Y) é observado no trato de sistemas de margem de plataforma. Está(ão) correta(s) a(s) afirmação(ões) (A) I, somente. (B) II e III, somente. (C) II e IV, somente. (D) I, II, III, somente. (E) I, II, III e IV. 15 GEÓLOGO(A) JÚNIOR 45 NEAL, J.; RISCH, D., VAIL, P., 1993, Sequence Stratigraphy: A Global Theory for Local Success. Oil Field Review, 5(1), p-51-62. (Adaptado) Vail e colaboradores propuseram uma hierarquia de ciclos estratigráficos com base na duração de mudanças no nível do mar e na área de influência, conforme ilustrado na figura acima. São assinaturas dos ciclos de 2a e 3a ordem, respectivamente, (A) geração de novas linhas de costa (resultado de fragmentação continental) e oscilação da linha de costa, ora mar adentro e ora continente adentro, em escala continental. (B) geração de novas bacias sedimentares (resultado de fragmentação continental) e ciclos de sequências. (C) geração de sistemas transgressivos/regressivos em escala continental e ciclos de sequências. (D) geração de novas linhas de costa (resultado de fragmentação continental) e ciclos de parassequências. (E) ciclos de sequências e ciclos de parassequências. GEÓLOGO(A) JÚNIOR 16 47 46 Tempo 1 Na Bacia de Campos, depósitos turbidíticos eocretáceos preenchem cânions escavados durante a queda do nível do mar. Com relação aos turbiditos, são feitas as afirmações a seguir. 1 2 Nível do Mar I - No talude continental, correntes de turbidez dão origem a sistemas turbidíticos, tais como leques submarinos na interface talude/planície abissal. II - Em um sistema de trato de mar baixo final, o talude transforma-se no principal sítio de sedimentação, sendo caracterizado por um complexo sistema de leques submarinos, com canais overbank na parte proximal, colados a lobos turbidíticos distais. III - Uma sequência deposicional turbidítica característica é denominada sequência Bouma (1962) e inclui, do topo para base: areia com grânulos (intervalo maciço ou com gradação normal), arenito (laminações paralelas), arenito (laminações cruzadas), siltito laminado e pelito laminado. 4 F R (rise) (fall) 3 Queda Eustática Subida Eustática Está(ão) correta(s) a(s) afirmação(ões) (A) III, apenas. (B) I e II, apenas. (C) I e III, apenas. (D) II e III, apenas. (E) I, II e III. RIBEIRO, Severiano, H.J.P. Estratigrafia de Sequência – Fundamentos e Aplicações. São Leopoldo, EDUSINOS, 428p. (Adaptado) Em estratigrafia de sequências, o padrão estratal de deposição e a distribuição de litofácies são controlados pelas 48 variações eustáticas. Analisando a figura acima, referente Em ambientes aquáticos, os micro-organismos podem ser planctônicos ou bentônicos, de acordo com seu hábito. Qual(is), dentre as características abaixo, NÃO é(são) característica(s) dos organismos planctônicos? (A) Habitam preferencialmente a parte superior dos corpos aquosos, compreendida na zona fótica. (B) Habitam mares polares/subpolares e mares tropicais/ equatoriais. (C) Flutuam passivamente na massa d’água e são dispersos graças à ação de correntes. (D) Apresentam caráter cosmopolita, motivo pelo qual são utilizados em biocronoestratigrafia e cronocorrelações. (E) Apresentam forte caráter endêmico, motivo pelo qual são utilizados em interpretações paleoecológicas e paleoambientais e em correlações locais. aos elementos da curva eustática, conclui-se que I - as porções da curva indicadas pelos retângulos 1, 2, 3 e 4 representam, respectivamente, trato de sistemas de mar alto, trato de sistemas de mar baixo, trato de sistemas de mar baixo e trato de sistemas regressivo. II - os pontos de inflexão F e R representam, respectivamente, as menores e as maiores taxas de acomodação. III - na situação 4, tem-se um trato de sistemas composto por uma sucessão de parassequências progra- 49 dacionais. Palinomorfos incluem pólens, esporos, acritarcas, quitinozoários, tasmanitídeos e dinoflagelados. Ao caracterizar esses microfósseis, é INCORRETO afirmar que (A) apresentam dimensões entre 10-1000 microns. (B) podem estar relacionados a animais ou vegetais em ambientes marinhos e continentais. (C) são resistentes a processos destrutivos típicos de ambientes sedimentares. (D) são vulneráveis a oxidação e abundantes em folhetos negros. (E) são exclusivos de ambientes continentais. Está(ão) correta(s) a(s) afirmação(ões) (A) II, apenas. (B) III, apenas. (C) I e II, apenas. (D) II e III, apenas. (E) I, II e III. 17 GEÓLOGO(A) JÚNIOR 50 RIBEIRO, Severiano , 2001. (Adaptada). A figura acima ilustra uma seção estratigráfica esquemática e a relação entre as Sequências do Tipo 1 e do Tipo 2, delimitadas pelas discordâncias cabíveis. As linhas tracejadas e identificadas como “sim” e “st” correspondem, respectivamente, à superfície de inundação máxima e à superfície transgressiva. Com base nessas informações, a associação correta entre os números indicados na figura (1 a 5) e os possíveis Tratos de Sistemas (TS) deposicionais é 1 (A) (B) (C) (D) (E) TS de margem de plataforma TS de mar alto TS transgressivos TS de mar baixo TS de mar alto 2 3 4 5 TS de mar alto TS de mar alto TS transgressivos TS de mar baixo TS de mar baixo TS transgressivos TS de mar alto TS de mar alto TS de mar alto TS de mar alto TS de margem de plataforma TS de mar baixo TS de margem de plataforma TS de mar alto TS de margem de plataforma TS de mar baixo TS transgressivos TS de mar alto 52 51 Variações na diversidade de organismos que habitam a zona fótica podem dar indicações da oscilação do nível do mar. Considerando que, quando o mar está em posição relativa mais alta, essa zona fótica torna-se deficitária em nutrientes, conclui-se que em um mesmo contexto ambiental (A) períodos de transgressão são favoráveis à especiação (diversificação da comunidade). (B) períodos de regressão são favoráveis à especiação (diversificação da comunidade). (C) a diversidade máxima sugere uma posição de nível de mar baixo. (D) a posição relativa de mar alto favorece a proliferação de poucas espécies oportunistas. (E) a posição de mar baixo é favorável à especiação. Datações precisas bem como determinações paleoambientais têm sido realizadas com base em foraminíferos e são muito úteis no reconhecimento das rochas geradoras e armazenadoras de petróleo. Qual, dentre as características abaixo, NÃO pertence a esses microfósseis? (A) São organismos eucariontes unicelulares e heteróficos. (B) Compreendem espécies de hábito bentônico e planctônico. (C) Produzem uma carapaça, também denominada testa, de composição calcária. (D) Variam de 0,02 a 110 mm. (E) Surgiram no Paleoproterozoico e vivem até o presente. GEÓLOGO(A) JÚNIOR TS de margem de plataforma TS transgressivos 18 53 56 Um experimento de refração rasa foi utilizado para estudar uma camada de folhelho sobreposta a uma camada de arenito. Os coeficientes angulares das retas da onda direta e refratada são iguais a 0,0005 s/m e 0,0004 s/m, respectivamente. O coeficiente linear da reta da onda direta é igual a 0,006 s. Admitindo que a interface entre as camadas é plana, a espessura da camada de folhelho, em metros, é igual a (A) 10 (B) 15 (C) 20 (D) 25 (E) 30 125° 124° 0 70° 122° 123° Darnley Bay Q P 54 Ponto Médio Comum é uma das técnicas de aquisição mais utilizadas em sísmica de reflexão. Esta técnica permite 1000 69° I 0 0 0 km 25 25 - mapear as interfaces em subsuperfície, sem que haja a necessidade de efetuar correções estáticas e dinâmicas aos dados. II - amostrar várias vezes o mesmo ponto de reflexão, visando ao aumento da razão sinal/ruído após o empilhamento dos dados. III - obter um sismograma que realce as reflexões múltiplas, facilitando a interpretação geológica. IV - obter diretamente traços sísmicos de zero-offset que correspondam a reflexões com ângulo de incidência igual a zero. 500 KEAREY, P. An introduction to geophysical prospecting. 3a ed. 2002. Blackwell Science, 262 pp. A figura acima mostra uma anomalia gravimétrica circular na região norte do Canadá. O intervalo de contorno é de Está(ão) correta(s) APENAS as afirmação(ões) 250 unidades gravimétricas. Sobre essa anomalia, analise (A) (B) (C) (D) (E) as afirmações a seguir. II. IV. I e III. I e IV. II, III e IV. I - A fonte anômala possui densidade maior do que a da rocha encaixante. II - Não há ambiguidade na interpretação dos dados e, 55 portanto, existe um único modelo geológico que Um dos objetivos da sísmica de reflexão no contexto da exploração de hidrocarbonetos é o de determinar um modelo de impedâncias acústicas a partir dos traços sísmicos observados. Considere as etapas apresentadas a seguir. explica a anomalia observada. III - A resistividade da fonte anômala é menor do que a da rocha encaixante. IV - Dado que o valor máximo da anomalia é de cerca I II - Remoção de ruídos e determinação da wavelet. - Obtenção da refletividade por deconvolução e conversão tempo-profundidade. III - Cálculo da porosidade e do volume do reservatório. IV - Determinação da wavelet, cálculo de densidades e de velocidades. de 1000 unidades gravimétricas, a profundidade máxima da fonte anômala situa-se em torno de 500 km. Está(ão) correta(s) APENAS as afirmação(ões) (A) I. (B) I e II. Para cada traço sísmico, as etapas envolvidas no procedimento descrito são (A) I e II, apenas. (B) I e III, apenas. (C) II e IV, apenas. (D) III e IV, apenas. (E) I, II, III e IV. (C) I e III. (D) II e IV. (E) III e IV. 19 GEÓLOGO(A) JÚNIOR 57 Em linhas gerais, perfis de Raios gama (GR) medem a radiotividade natural das rochas. Os principais elementos responsáveis por tal radioatividade são potássio, urânio e tório. As curvas de Raios gama são expostas na escala de unidades API ( GR = API). Considerando o comportamento de uma sequência hipotética no perfil de Raios gama acima, as 7 rochas compreendidas nas camadas I a VII correspondem, respectivamente, a (A) (B) (C) (D) (E) arenito quartzoso calcário II argilito + arenito argilito + arenito arcóseo arenito quartzoso argilito argilito + arenito arcóseo I argilito GEÓLOGO(A) JÚNIOR III arenito quartzoso argilito IV arcóseo V calcário VI carvão calcário arcóseo folhelho betuminoso calcário carvão carvão arenito quartzoso argilito + arenito folhelho betuminoso folhelho betuminoso folhelho betuminoso arenito quartzoso carvão arcóseo 20 calcário VII folhelho betuminoso carvão argilito argilito argilito + arenito 58 A utilização do dipmeter Log em poços de petróleo permite inferir, de forma indireta, algumas características das feições litológicas e estruturais das camadas sedimentares em subsuperfície. A principal função do dipmeter é medir a magnitude e a direção da inclinação de feições geológicas e camadas sedimentares. Nos exemplos das figuras ilustradas abaixo, na COLUNA 1, é mostrada a plotagem do gráfico dip Log para três situações distintas de comportamento de estratos sedimentares. SCHLUMBERGER. Dipmeter Interpretation. Vol. 1. Fundamentals.1981.(Adaptado) A partir dessas informações, qual a correspondência entre as seções da COLUNA 2 e os gráficos dip Log da COLUNA 3? (A) (B) (C) (D) (E) SEÇÃO 1 dip Log (b) dip Log (a) dip Log (b) dip Log (a) dip Log (c) SEÇÃO 2 dip Log (c) dip Log (c) dip Log (d) dip Log (b) dip Log (a) SEÇÃO 3 dip Log (c) dip Log (b) dip Log (c) dip Log (c) dip Log (d) 21 GEÓLOGO(A) JÚNIOR 59 61 Fluidos de perfuração, também conhecidos como lama, são utilizados para auxiliar e facilitar a perfuração de poços. Dependendo das propriedades das rochas que estão sendo perfuradas, os fluidos penetram mais ou menos nas mesmas. Em uma determinada situação, um poço está sendo perfurado com água do mar. Em reservatórios areníticos de hidrocarbonetos, a curva de resistividade obtida na perfilagem indicará (A) resistividade da zona lavada > resistividade da zona virgem. (B) resistividade da zona lavada > resistividade da zona de transição. (C) resistividade da zona invadida > resistividade da zona virgem. (D) resistividade da zona de transição = resistividade da zona virgem. (E) resistividade da zona invadida < resistividade da zona virgem. COPPER, G.R.J. GravMap and PFproc: software for filtering geophysical map data. Comp.& Geosc., 1997, p. 23, 91-101. A figura acima mostra um mapa de anomalias magnéticas em uma região da África do Sul. O intervalo de contorno é de 100 nT. As regiões marcadas com as letras P e Q destacam duas anomalias geradas por duas fontes magnéticas diferentes em subsuperfície. Com relação ao mapa e a essas anomalias, conclui-se que a(s) (A) anomalia Q mostra que a inclinação magnética da região é de 10º. (B) fonte da anomalia Q é mais profunda do que a fonte da anomalia P. (C) fonte da anomalia P é mais profunda do que a fonte da anomalia Q. (D) resistividade da fonte da anomalia P é maior do que a resistividade da rocha encaixante. (E) duas fontes se situam na mesma profundidade. 62 Na interpretação de uma seção sísmica, dois horizontes sísmicos foram aproximados localmente pelos planos p 1: x – 2y + 2z = 2 e p 2: x – 2y + 2z = 2. O ângulo entre esses planos, em radianos, é (A) arccos(3/11) (B) arccos(1/9) (C) arccos(1/6) (D) arccos(3/7) (E) arccos(1/3) 63 O ponto R, contido no plano p : 4x – 2y + z = 0, cuja soma de suas distâncias aos pontos P = ( 2, 1, 0) e Q = (0, –1, –2) é mínima, é o ponto (A) (4, 2 , –1) (B) (2, 1 , 0) (C) (1, –1 , 0) (D) (0, –1 , –2) (E) (0, 1 , –2) 60 Para facilitar a interpretação de dados gravimétricos e magnetométricos, é comum a aplicação de algumas transformações lineares aos dados. Uma delas é o gradiente horizontal, que tem como característica principal (A) introduzir ruídos anelares aos dados. (B) realçar anomalias de longos comprimentos de onda. (C) realçar as anomalias direcionais de curtos comprimentos de onda. (D) fornecer diretamente o contraste de susceptibilidade magnética. (E) fornecer diretamente a inclinação magnética da fonte anômala. GEÓLOGO(A) JÚNIOR 64 A superfície esférica de centro C = (0, –1, 3) e raio r = 3 tem como equação geral: (A) x2 + y2 + z2 + y – 6z + 2 = 0 (B) x2 + y2 + 2y – 4z + 4 = 0 (C) x2 + y2 + z2 + 3y + 6z + 1 = 0 (D) x2 + y2 – z2 + y – 6z – 1 = 0 (E) x2 + y2 + z2 + 2y – 6z + 1 = 0 22 68 65 Considere um conjunto de n amostras que segue uma distribuição normal com média m = 100 e desvio padrão s = 15. Para um determinado estudo, devem ser selecionadas somente as amostras cujos valores se encontram no intervalo [82, 115]. A tabela dada apresenta alguns valores de escore z e da área sob a curva da distribuição normal padrão a partir de z = 0. Qual é a probabilidade de que uma amostra seja selecionada dentro deste intervalo? Considere a função f(x) = x3 – 3x + 2. Os valores de máximo e mínimo absoluto de f(x) no intervalo [0,3] são, respectivamente, (A) 21 e – 1 (B) 20 e 0 (C) 18 e – 2 (D) 17 e – 3 (E) 15 e – 5 z 0,8 0,9 1,0 1,1 1,2 69 0 0,2881 0,3159 0,3413 0,3643 0,3849 (A) 0,1587 (C) 0,5000 (E) 0,8413 0,01 0,291 0,3186 0,3438 0,3665 0,3869 0,02 0,2939 0,3212 0,3461 0,3686 0,3888 0,03 0,2967 0,3238 0,3485 0,3708 0,3907 0,04 0,2995 0,3264 0,3508 0,3729 0,3925 0,05 0,3023 0,3289 0,3531 0,3749 0,3944 Qual a soma dos 5 primeiros termos da sequência geométrica 5,10,...? (A) 77,5 (B) 80 (C) 155 (D) 160 (E) 635 (B) 0,3413 (D) 0,7262 70 66 Supondo que um pequeno conjunto de dados seja repre- O coeficiente de correlação r é uma medida da relação entre duas variáveis de uma dada população. A significância de r pode ser estimada de maneira simples pelo teste t, caso as seguintes premissas necessariamente tenham sido adotadas: (A) a quantidade de observações é igual para as duas variáveis e estas representam os mesmos pontos no espaço geográfico. (B) as duas variáveis possuem distribuição binomial e o número máximo de observações é igual a m/2, onde m é o tamanho da população. (C) as duas variáveis possuem distribuição normal e as observações são escolhidas aleatoriamente da população. (D) as observações possuem a mesma ordem de grandeza e não são relacionadas por uma função determinística. (E) as observações representam grandezas físicas diferentes e a covariância entre elas é diferente de zero. æ 0 1ö sentado pela matriz ç 1 2 ÷ , encontre seus valores singuè ø lares. (A) 3 e -1 (B) 1 + 6 6 e 12 2 (C) 2 e –1 (D) 1 e –1 (E) 1 + 8 8 e 12 2 67 Em uma camada de rocha reservatório de petróleo, foi estimado que 60% de seu volume apresenta porosidade acima de 20% e o restante do volume apresenta porosidade abaixo de 20%. De um conjunto de 6 amostras retiradas desta camada, qual a probabilidade aproximada de que 2 delas apresentem porosidade acima de 20%? (A) 0,91 (B) 0,87 (C) 0,42 (D) 0,31 (E) 0,14 23 GEÓLOGO(A) JÚNIOR