ANÁLISE DA CONJUNTURA ECONÔMICA BRASILEIRA: UM EXEMPLO A PARTIR DO EFEITO DA INFLAÇÃO SOBRE AS VARIÁVEIS EMPREGO, RENDA E BALANÇO DE PAGAMENTOS1 MEDEIROS, Flaviani Souto Bolzan2; PEREIRA, José Maria Dias3 1 Artigo apresentado à disciplina Análise da Conjuntura Econômica _UNIFRA Especialização em Finanças do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, RS, Brasil 3 Curso Ciências Econômicas do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, RS, Brasil E-mail: [email protected]; [email protected] 2 RESUMO O sucesso de uma empresa está relacionado à sua interação bem-sucedida com o mercado, pois a maior parte dos fatores que influenciam as decisões empresariais situa-se fora dos limites internos da organização, ou seja, as intervenções de ordem política interferem nas condições de competitividade. O estudo dessas variáveis nos permite entender melhor e fazer uma análise da conjuntura econômica e suas constantes mudanças. Nesse contexto, este estudo tem como objetivo relacionar o efeito da inflação nas variáveis emprego, renda e balanço de pagamentos. Destaca-se que a inflação brasileira, por sete anos consecutivos, encerrou o ano de 2011 dentro do regime de metas fixadas pelo Conselho Monetário Nacional. Mesmo em um cenário de menor crescimento da economia, o mercado de trabalho também mostrou bom desempenho, bem como a balança comercial do país, que atingiu em 2011 o maior valor de exportações e importações desde 1994, ano de implantação do Plano Real. Palavras-chave: Inflação; Plano Real; Variáveis Econômicas. 1. INTRODUÇÃO Globalização – a palavra mais comentada nos dias de hoje – está presente em todos os segmentos da economia e não seria diferente na área das empresas. Mas, além dela, há outras transformações ocorrendo e inúmeros desafios como as questões relacionadas ao meio ambiente, à inflação, o desemprego, as taxas de juros, bem como as políticas de outros países que afetam a economia como um todo. Na verdade, a maior parte dos fatores que influenciam as decisões empresariais situa-se fora dos limites internos da empresa, ou seja, estão ligados às decisões de ordem política nas áreas monetária, fiscal, cambial e renda, as quais interferem nas condições de competitividade e estão relacionadas com a sua sobrevivência e crescimento no mercado. No caso da variável inflação, problema que afetou durante muitos anos a economia brasileira, Margarido et al. (2004) argumenta que com a implementação do Plano Real, em julho de 1994, houve uma estabilização dos preços no país, após um longo processo de inflação crônica, que se acentuou na década de 1980 e primeiros anos da década seguinte. 1 Dessa forma, o presente artigo tem como objetivo relacionar o efeito da inflação nas variáveis emprego, renda e balanço de pagamentos através da análise com base em alguns indicadores da conjuntura econômica do Brasil. Justifica-se esse estudo porque uma análise dessa conjuntura possibilita entender melhor as flutuações das variáveis macroeconômicas que afetam a sociedade como um todo e, não apenas o planejamento das empresas, mas a vida das pessoas. 2. INFLAÇÃO Conforme Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. (2004) entende-se por inflação, um aumento generalizado e contínuo dos preços, onde um aumento do preço de algum bem ou serviço em particular não se constitui inflação, esta ocorre apenas quando há um aumento generalizado dos preços, ou seja, se a maioria dos bens e serviços tornam-se mais caros. Mendes (2004) menciona que a inflação no Brasil, a partir de 1983, passou a ser um problema crônico, sendo que de 1986 a 1991 foram tentados cinco planos para combatê-la, porém todos fracassados: Cruzado, Bresser, Verão, Collor I e Collor II. Basicamente, esses planos tinham em comum: o tabelamento, ou seja, o congelamento de preços e a economia fechada. O tabelamento gerava insatisfação por causa da falta de produtos porque não atendia as necessidades de todos os consumidores, criando assim condições para o ágio, isto é, preços cobrados pelos comerciantes acima do nível tabelado e, com a economia fechada os oligopólios, que significa poucas empresas dominando um determinado setor, faziam acordo para subir os preços, inviabilizando, assim, o plano de estabilização. O Plano Real foi o único que não se baseou em tabelamento, onde os preços foram controlados em função da abertura da economia, possibilitando as importações e, dificultando o repasse de preços para os consumidores (MENDES, 2004). Jaskulski (2010) afirma que a implantação do Plano Real foi determinante para a estabilização econômica do Brasil a partir de 1994, pois houve uma queda da inflação logo após o seu lançamento e esta perdurou com uma baixa porcentagem pelos anos seguintes. 2.1 Efeito da inflação sobre a distribuição de Emprego e Renda A inflação causa significativas distorções na alocação de recursos e, a persistência desses processos inflacionários implica, dentre outros fatores, redistribuição perversa de riqueza, redução do nível e alocação ineficiente dos investimentos produtivos. E a medida da inflação deve fornecer elementos para avaliar se os consumidores permaneceram em posições neutras, ganharam ou perderam com o processo inflacionário (TEIXEIRA, 2002). Segundo Vasconcellos (2011), uma das distorções mais sérias provocadas pela 2 inflação refere-se à redução do poder aquisitivo das classes que dependem de rendimentos fixos, encontram-se nesses casos os assalariados que, com o passar do tempo, vão ficando com seus orçamentos cada vez mais reduzidos até a chegada de um novo reajuste. Assim, os que mais perdem são os trabalhadores de baixa renda, pois não tem condições de manter uma aplicação financeira, já que tudo o que ganham gastam com a sua subsistência, percebe-se, portanto que a inflação é principalmente um imposto sobre os mais pobres. De acordo com Taylor (2007), assim como as demais variáveis, o desemprego também sofre flutuações, onde toda vez que a economia entra em recessão a taxa de desemprego sobe porque as pessoas são demitidas e fica difícil conseguir outro trabalho. A taxa de desemprego compreende o número de pessoas que estão desempregadas, expresso como percentual da força de trabalho, e esta, por sua vez, consiste naqueles que estão trabalhando ou procurando emprego. 2.2 Efeito da inflação sobre o Balanço de Pagamentos Mendes (2004) explica que o balanço de pagamentos de um país é um resumo contábil das transações econômicas que esse país faz com o restante do mundo, durante um certo período de tempo e seus três principais componentes são: a) a balança comercial que engloba os fluxos de exportações e importações; b) a balança de serviços que contempla os fretes e seguros, viagens internacionais e turismo e, rendas de capital como lucros e juros; e c) a balança ou movimento de capitais que inclui investimentos, empréstimos e financiamentos de curto, médio e longo prazos e também amortizações. No Brasil, o Balanço de Pagamentos é elaborado pelo Banco Central com base nos registros das transações efetuadas entre residentes no país e residentes em outras nações e, para a contabilização desses registros, adota-se a regra das partidas dobradas. Nesses registros, toda transação que cria um direito constitui um crédito, ou seja, no caso as exportações são lançadas como um crédito e, por outro lado, as importações são lançadas como um débito, assim como os juros pagos ao exterior. De modo geral, pode-se considerar que toda entrada de divisas corresponde a um crédito e toda saída a um débito (LOPES; VASCONCELLOS, 2009). Gomes e Sbardellati (2011) complementam que o balanço de pagamentos pode ser superavitário, deficitário ou equilibrado, isto é, superavitário quando a quantidade de divisas que entraram durante um determinado período de tempo (geralmente um ano) foram superiores à quantidade que saiu, aumentando assim as reservas do país; deficitário quando a quantidade de divisas que entraram durante um determinado período de tempo foram inferiores as que saíram, diminuindo as reservas do país e, equilibrado quando a 3 quantidade de divisas que saíram é iguais as que entraram, mantendo o nível de reservas do país inalteradas. Vasconcellos (2011) afirma que as elevadas taxas de inflação, em níveis superiores ao aumento de preços internacionais, encarecem o produto nacional relativamente ao produzido no exterior e, assim provocam estímulo às importações e desestímulo às exportações, diminuindo o saldo da balança comercial - exportações menos importações. 3. ANÁLISE DOS RESULTADOS DA PESQUISA DE DADOS EMPÍRICOS Neste trabalho foi realizada uma análise a cerca do efeito da inflação nas variáveis emprego, renda e balanço de pagamentos a partir dos dados obtidos no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Banco Central do Brasil (BACEN), Ministério da Fazenda e ainda no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). 3.1 Variação acumulada da Inflação entre 1994 a 2011 Observa-se na Tabela 1 o índice geral da inflação desde 1994, ano em que foi implementado o Plano Real, até o ano 2011 medida pela variação mensal do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Tabela 1: Variação (%) acumulada da Inflação Jul a 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Dez/94 18,57 22,41 9,56 5,22 1,65 8,94 5,97 7,67 12,53 9,30 7,60 5,69 3,14 4,46 5,90 4,31 5,91 6,50 Fonte: Adaptado do IBGE. Destaca-se na Tabela 1, que por sete anos consecutivos, a inflação brasileira, medida pelo IPCA, encerrou o ano de 2011 dentro do regime de metas para a inflação fixadas pelo Conselho Monetário Nacional. O regime de metas para a inflação, conforme explica Thá (2004), é um sistema de condução de política monetária relativamente simples, onde uma instituição designada estabelece uma meta para o aumento dos preços de uma economia ao longo de um intervalo de tempo pré-determinado e balizado por um determinado índice. As pressões inflacionárias do ano de 2011 tiveram causas predominantemente externas, sobretudo em decorrência de choques de preços de commodities, no fim de 2010 e o início do ano de 2011. Com isso, diversos países que adotam o sistema de metas de inflação registraram variações de preços acima dos limites estabelecidos (MINISTÉRIO DA FAZENDA, 2012). Na Figura 1, visualizam-se a partir do ano de 1999 as taxas de inflação medida pelo 4 IPCA, bem como a meta de inflação do governo e os limites superior e inferior da mesma de acordo com o Ministério da Fazenda (2012). Figura 1: Inflação IPCA. Fonte: IBGE e BACEN. Verifica-se na Figura 1, conforme as estimativas do Banco Central, que a variação do IPCA deve ficar em torno de 4,7% para o ano de 2012. Segundo Silva e Coronel (2010) o comportamento da taxa de inflação, durante o período de vigência do sistema de metas iniciado em 1999, com a posse de Armínio Fraga na presidência do Banco Central, a política monetária nos oito anos do governo Lula aparenta ter sido mais eficiente do que há dos quatro anos anteriores do governo Fernando Henrique Cardoso, caso se considere, como medida dessa eficiência, o desvio das taxas de inflação efetivamente registradas em relação às metas previamente estabelecidas. 3.2 Emprego e renda no Brasil No Brasil, de acordo com o Ministério da Fazenda (2012) a aceleração do crescimento nos últimos anos causou uma expansão significativa da renda per capita e, como resultado da política de valorização posta em prática pelo governo, o valor do salário mínimo obteve um aumento significativo. Na Figura 2, apresenta-se a variação do salário mínimo (em R$) do período de abril de 2002 a janeiro de 2012. Figura 2: Evolução do Salário Mínimo em R$. Fonte: Adaptado Ministério da Fazenda. 5 Constata-se na Figura 2 o aumento do salário mínimo no período de abril de 2002 a janeiro de 2012, sendo que em 2002 o valor do mínimo era de R$ 200 reais e, em janeiro de 2012 passou de R$ 545 reais para R$ 622 reais, portanto atingindo um aumento real de 66% e, um reajuste nominal de 211% entre 2002 a 2012. Entretanto, o país ocupa uma posição extremamente desfavorável no conjunto dos países quanto à distribuição de renda, apesar de se situar entre os países de renda per capita média, todos os indicadores apontam para uma enorme desigualdade de sua distribuição. Pode-se dizer que o Brasil, em função disso não é um país pobre, mas sim um país de muitos pobres. Assim, a desigualdade pode ser considerada o principal problema do país, e deve ser objeto da atenção especial das políticas públicas (DIEESE, 2005). No que tange a questão do desemprego, de acordo com o Ministério da Fazenda (2012) mesmo em um cenário de menor crescimento da economia, o mercado de trabalho mostrou bom desempenho, onde a taxa de desemprego atingiu o menor nível registrado pelo IBGE em dezembro de 2011, alcançando 4,7%. Consta na Tabela 2, o Índice da População Economicamente Ativa (PEA) no ano de 2011 nas seis principais regiões metropolitanas no Brasil (estimativas em %). Tabela 2: Taxa de atividade das pessoas de 10 anos ou mais de idade Regiões metropolitanas Ano/Mês Recife Salvador Janeiro 48,7 57,4 58,7 53,9 58,5 57,3 Fevereiro 49,0 56,5 59,9 54,2 59,1 56,9 Março 49,9 56,1 59,6 54,1 59,5 57,7 Abril 50,6 56,1 59,9 53,6 59,7 57,8 Maio 51,1 55,8 60,4 54,1 59,6 58,3 Junho 50,4 56,2 60,2 53,4 59,6 58,0 Julho 50,3 56,1 60,4 53,3 60,0 57,6 Agosto 50,2 55,8 60,2 54,6 59,8 58,1 Setembro 49,6 56,3 60,4 55,1 59,7 57,9 Outubro 49,4 55,6 59,7 55,5 59,5 57,4 Novembro 49,2 55,5 59,8 56,0 59,3 58,1 54,6 58,8 57,8 2011 Belo Horizonte Rio de Janeiro São Paulo Porto Alegre Dezembro 49,8 54,8 59,3 Fonte: Elaboração própria com base nos dados do IBGE. Com base nos dados da Tabela 2, que considera a taxa de atividade das pessoas de dez anos ou mais de idade, percebe-se que houve um recuo da taxa de desocupação nas regiões metropolitanas de Recife, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. Apenas em Salvador o desemprego aumentou, a taxa estimada em janeiro era de 57,4% e, encerrou o ano com uma taxa de 54,8%. 6 Segundo dados divulgados no Relatório de Inflação pelo Bacen (2012), o crescimento anual do emprego ficou em 2,0% em janeiro e, o número de pessoas ocupadas nas seis regiões atingiu 22,5 milhões em janeiro de 2012, ante 22,1 milhões em janeiro de 2011. Conforme o IBGE (apud Bacen, 2012) o rendimento médio real habitualmente recebido pela população ocupada cresceu 2,7% em janeiro em relação ao mesmo mês de 2011, com a massa salarial real 4,8% maior, na mesma base de comparação. 3.3 O saldo do Balanço de Pagamentos em relação às Exportações e Importações Na Tabela 3 apresenta-se a balança comercial do Brasil com seus respectivos fluxos de exportações e importações no período que compreende entre os anos de 1994 a 2011. Tabela 3: Balança Comercial (US$ - milhões) Data 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Exportações 43.545,162 46.506,283 47.746,727 52.994,340 51.139,862 48.011,445 55.085,595 58.222,643 60.361,785 73.084,140 96.475,238 118.308,387 137.807,470 160.649,073 197.942,443 152.994,742 201.915,285 256.039,575 Importações 33.078,690 49.971,898 53.345,768 59.747,227 57.714,364 49.210,313 55.783,342 55.572,176 47.240,488 48.290,216 62.834,698 73.605,509 91.350,841 120.617,446 173.106,691 127.704,937 181.768,427 226.243,409 Fonte: Elaboração própria com base nos dados do Ipeadata. Analisando as informações contidas na Tabela 3, observa-se que a balança comercial brasileira em 1994, ano de implantação do Plano Real, exportou US$ 43.545 milhões e as importações somaram US$ 33.078 milhões. Destaca-se que em 2011 foi o ano em que se atingiu o maior valor tanto de exportações quanto de importações pelo país, registrando US$ 256.039 milhões e US$ 226.243 respectivamente. De acordo com o Ministério da Fazenda (2012) esse incremento das exportações está relacionado à contínua diversificação de mercados compradores e à elevação dos preços das commodities e, já o expressivo valor das importações ocorridas, atingindo o maior resultado da série, é atribuído a compatível com a rota de crescimento trilhada pelo Brasil nos últimos anos. 7 Segue na Figura 3 a participação em % dos maiores parceiros comerciais do Brasil. Figura 3: Participação (%) dos parceiros comerciais. Fonte: Adaptado Ministério da Fazenda. Verifica-se na Figura 3 que a União Europeia e os Estados Unidos têm significativa participação do total exportado pelo país, onde em 1990 a União Europeia atingiu o percentual de 33,73% e no ano de 2011 o total de 20,68% e, os Estados Unidos nos mesmos períodos representaram um total de 24,17% e 10,08% respectivamente. Contudo, ressalta-se que a diversificação de mercados compradores tem sido crucial conforme afirma o Ministério da Fazenda (2012) para o aumento das exportações do Brasil, onde a participação percentual das exportações feitas para a China e para o Mercosul têm crescido em importância nos últimos anos. E, nos últimos vinte anos, a participação chinesa passou de 1,22% do total para 17,31%, ao passo que parceiros do Mercosul passaram de 4,20% para 10,88%. 4. Considerações finais Os estudos sobre os processos inflacionários, assim como as dificuldades encontradas para a estabilização dos preços vão além das aparências, mostrando a real situação do país naquele determinado momento. Assim sendo, com a realização desse estudo foi possível identificar que à inflação brasileira, medida pelo IPCA, manteve-se por sete anos consecutivos até 2011, dentro da meta para a inflação fixada pelo Conselho Monetário Nacional. Quanto à distribuição de renda, constatou-se que com a aceleração do crescimento nos últimos anos causou uma expansão significativa da renda per capita e, como resultado da política de valorização colocada em prática pelos últimos governos, o salário mínimo, atingiu um aumento real de 66% e, um reajuste nominal de 211% entre abril de 2002 a janeiro de 2012. Entretanto, o país ocupa ainda uma posição extremamente desfavorável no conjunto dos países quanto à distribuição de renda. 8 No que tange a questão do desemprego, mesmo em um cenário de menor crescimento da economia, o mercado de trabalho mostrou bom desempenho, onde a taxa de desemprego atingiu o menor nível registrado pelo IBGE em dezembro de 2011, alcançando 4,7%. E quanto ao balanço de pagamentos, em relação às exportações e importações, por sua vez, em 2011, atingiu o maior valor pelo país, onde esse incremento das exportações está relacionado à contínua diversificação de mercados compradores e à elevação dos preços das commodities e, já o expressivo valor das importações ocorridas, é atribuído ao crescimento trilhado pelo Brasil nos últimos anos. Concluiu-se, que com a implantação do Plano Real foi possível criar uma estabilização econômica no país, apesar de que muitos aspectos ainda precisam ser melhorados como a distribuição de renda, o Brasil tem demonstrado avanço em muitos setores o que tem permitido expandir suas atividades, possibilitando assim um maior crescimento econômico. REFERÊNCIAS BANCO CENTRAL DO BRASIL. Relatório de Inflação, v. 14, n. 1, mar. 2012. Disponível em: <http://www.bcb.gov.br/htms/relinf/port/2012/03/ri201203P.pdf>. Acesso em: 31 mar. 2012. DIEESE - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos. Salário mínimo e distribuição de renda. Nota Técnica, n. 6, out. 2005. Disponível em: <http://www.dieese.org.br/notatecnica/notatecSMDR.pdf>. Acesso em: 28 mar. 2012. GOMES, C. E.; SBARDELLATI, E. C. de A. Balanço de pagamentos brasileiro: uma breve análise de 1994 até 2010. In: SEMANA DO ECONOMISTA, 26., Universidade Estadual de Maringá – UEM, Maringá. Anais... Maringá, 2011. 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