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TÍTULO: FITOTERAPIA E EXERCÍCIO FÍSICO EM CAMUNDONGOS CHAGÁSICOS
CATEGORIA: EM ANDAMENTO
ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE
SUBÁREA: EDUCAÇÃO FÍSICA
INSTITUIÇÃO: FACULDADES INTEGRADAS PADRE ALBINO
AUTOR(ES): RÉGIS AUGUSTO SANTAGUITA RODRIGUES, NATÁLIA PEREIRA VIEIRA
ORIENTADOR(ES): IGOR AUGUSTO BRAZ, MANZÉLIO CAVAZZANA JÚNIOR
INTRODUÇÃO
A doença de Chagas continua sendo um grave problema de saúde pública
ocupando um importante lugar entre as endemias rurais, e por limitar muitas vidas
em plena idade produtiva. O desenvolvimento de uma droga anti-parasitária pode
surgir através de experimentos com produtos naturais ou sintéticos que tenham
similaridade com outros compostos de reconhecida atividade para outras doenças
ou através de alvos metabólicos específicos para um determinado parasito. Como
perspectiva para o tratamento experimental da doença de Chagas, vários alvos
estão sendo avaliados através de estudos metabólicos e bioquímicos do T. cruzi,
entre os quais a síntese de esteróis e enzimas essenciais ao desenvolvimento e
multiplicação desse parasito (Coura, 2007). Mesmo sendo uma doença conhecida
há mais de um século, até hoje o Benzonidazol é o único fármaco reconhecidamente
eficaz no tratamento e apenas nos estágios iniciais da doença. Apesar de ser uma
doença que afeta o miocárdio, são poucos os estudos que relacionam a prática
física em pacientes chagásicos com finalidade terapêutica, principalmente com
relação à sua qualidade de vida.
OBJETIVO GERAL
Avaliar a associação da fitoterapia e esforço físico na longevidade e qualidade de
vida em camundongos chagásicos.
Objetivos específicos

Testar atividade do extrato celular de jatobá em animais chagásicos
submetidos a esforço físico.

Avaliar a associação da fitoterapia e da terapia por atividade aeróbica na
qualidade de vida de animais chagásicos.
METODOLOGIA
Infecção dos animais: Foram utilizados grupos de 10 (dez) animais. A
administração de T. cruzi foi via intraperitonial sendo inoculadas 1x103 células na
forma tripomastigota.
1
Grupos: controle e experimental. Grupo I – não chagásico não submetido a
exercícios físicos. Grupo II – Chagásico submetido a exercícios físicos. Grupo III –
Chagásico, tratados com extrato de Jatobá e submetido a exercícios físicos.
Treinamento físico. Foi aplicado exercício de natação com água aquecida entre 3032ºC, durante oito semanas, sendo realizadas cinco sessões semanais, com
aumento gradual do tempo da sessão de treinamento até atingir trinta minutos.
DESENVOLVIMENTO
São estimados entre 12-14 milhões de indivíduos chagásicos em 19 países
americanos de colonização Ibérica, ocorrendo apenas casos esporádicos de
transmissão natural nos Estados Unidos (Morel, 1999).
Atualmente somos desafiados com dois problemas críticos: tratamento de
pacientes na fase crônica, e ocorrência de novos casos agudos em algumas regiões
da América Latina. Este fato, associado à falta de fármacos para o tratamento da
doença especialmente na fase crônica nos traz a necessidade de buscar novos
compostos ou pelo menos terapias que melhorem a qualidade de vida do paciente
chagásico. Em um estudo anterior verificamos que o extrato de Jatobá (Hymenaea
courbaril), aumenta a expectativa de vidas desses animais em mais de 100%.
Baseado nesses dados em conjunto com informações da literatura, adicionamos a
atividade física durante o tratamento com o extrato de jatobá e os resultados
preliminares mostram que a associação dessas terapias permitem ao camundongo
tratado uma capacidade aeróbica maior em relação ao camundongo chagásico não
tratado. Um dos problemas na pesquisa Doença de Chagas que utilizam
camundongos com modelo biológico está no fato da doença não cronificar nesses
animais levando-os a óbito em 15 a 20 dias, dificultando assim o acompanhamento
dos efeitos do tratamento. Com a adição do extrato celular, foi possível o
acompanhamento em mais de 60 dias e os camundongos submetidos a esforço
físico, ainda apresentam um aspecto saudável e uma parasitemia bem menor em
relação ao não tratado, sugerindo até o momento, que a atividade física aeróbica
controlada pode ser administrada com fins terapêuticos em animais chagásicos.
2
RESULTADOS PRELIMINARES
Número de sobreviventes após 20 dias
12
10
8
6
4
2
0
Chagásicos não
tratados
Chagásicos
tratados com
extrato vegetal
Saudáveis
FONTES CONSULTADAS
Amaral , A.C.F.; Ferreita, J.L.P. Coletânea de plantas de uso medicinal. FIOCRUZ,
Rio de Janeiro, BrasilAbfito, 2005
Coura JR 1997. Síntese histórica e evolução dos conhecimentos sobre a Doença de
Chagas. InDias JCP & Coura JR (orgs) Clínica e Terapêutica da Doença de Chagas:
uma abordagem prática para o clínico geral. Rio de Janeiro, Editora FIOCRUZ, pp.
469-486.
Morel CM 1999. Chagas disease: From discovery to control - and beyond: history,
myths and lessons to take home, Memórias do Instituto Oswaldo Cruz 94: 3-16,
suppl.
3
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