Transferência de embriões Vicente J.F. Freitas Biotecnologia da Reprodução Animal Laboratório de Fisiologia e Controle da Reprodução www.uece.br/lfcr Objetivos Apresentar os conceitos e métodos. Detalhar as etapas do processo de TE em diferentes espécies. Verificar os fatores que afetam o sucesso da técnica. Apresentar conclusões/considerações finais. Definição A TE ou inovulação é a prática da deposição do(s) embrião(ões) no estádio inicial de desenvolvimento no útero de fêmeas receptoras com intuito de obter uma prenhez. Premissas Respeitar o sincronismo do estádio do ciclo entre doadora e receptora. Assincronismo máximo de 24 h. Dia da colheita Doadora Receptora Resultado D7 Blastocisto D7 do ciclo é Taxa de prenhez D7 Blastocisto D8 do ciclo é Taxa de prenhez D7 Mórula inicial D7 do ciclo ê Taxa de prenhez Técnicas Espécie Via Transcervical Transcervical Cirúrgica(*) Semi-laparoscópica Bovinos Por via transcervical: - Identificar o ovário com pelo menos 1 boa ovulação - Transferir para o corno ipsilateral Equinos Por via transcervical: - Identificar o ovário com ovulação - Transferir para o corno ipsilateral Pequenos Ruminantes Pequenos Ruminantes Fatores para sucesso Qualidade dos embriões. Avaliação morfológica subjetiva (graus I a III) A taxa de prenhez cai conforme o grau do embrião: Grau Número I è Grau III de embriões transferidos. Fertilidade ao parto (%) Sobrevivência embrionária (%) Referência 1 embrião 2 embriões 1 embrião 2 embriões - - 52 65 Cognié et al. 2004 53 73 - - Rodriguez-Gonzalez et al. 2003 58 80 58 70 Ward et al. 2002 Fatores para sucesso Momento Tipo de embrião Intervalo colheita-transferência (h) Fresco <2h Criopreservado Mínimo possível Sincronia da inovulação. entre doadora e receptora. Máximo de 24 h Resposta ovulatória da receptora. Transferir para: pelos menos 1 CL Melhor taxa de prenhez: > 2 CL Não transferir para: receptoras com folículos grandes Fatores para sucesso Transferência de embrião em ovelha no dia 12 do ciclo estral Moor & Rowson (1966) ¤ Embrião no útero Ovário com CL ¢ Ovário sem CL + Permanência do CL - Luteólise Conclusões A espécie irá determinar o método a ser utilizado. A programação é importante para respeitar o sincronismo doadora-receptora. É necessário ainda desenvolver a técnica transcervical (nas espécies nas quais a mesma não é utilizada) para facilitar o processo.