Efeito da dexametasona nas taxas de prenhez de receptoras eqüinas 1 1 2 Guilherme D. F. Costa ; João Batista F. Costa Neto ; Ana Flávia de Carvalho ; Adauto de 2 Carvalho R. Filho . 1 2 Médico veterinário autônomo - [email protected]; Docente do Curso de Medicina veterinária da UNIfeob; 2 Devido ao manejo incorreto e aos critérios de seleção, por muito tempo considerou-se a espécie eqüina a espécie doméstica com maior taxa de infertilidade. A transferência de embriões é uma técnica muito utilizada visando um aumento da produção de potros por estação de monta. Sabe-se que o processo de implantação do embrião na receptora é um momento crucial no sucesso da transferência de embriões, e que este mesmo processo pode levar à uma resposta inflamatória e antigênica não desejada no útero da receptora, promovendo a perda embrionária e o insucesso desta técnica. Os corticóides são antiinflamatórios e levam a uma resposta imunossupressiva, utilizou-se como pressuposto a dexametasona na tentativa de aumentar o índice de prenhez de receptoras de embrião. O presente estudo teve como objetivos verificar se, após o uso desta droga, houve um aumento significativo no índice de prenhez das receptoras que receberam a corticoterapia e observar se esta mesma terapia influencia no índice de prenhez de éguas que já haviam sido avaliadas com confirmação de perdas embrionárias. As receptoras foram divididas em 2 grupos, Controle (n=47) e grupo tratado com Dexametasona (n=43). O grupo tratado recebeu duas doses de dexametasona de 0,05 mg/kg cada. Uma dose (IV) no momento da implantação do embrião (feita via transcervical) e outra dose (IM) 24 horas após a primeira. A confirmação da prenhez foi feita por ultra-sonografia e os dados compilados e tabulados para análise estatística (SAS, 1995) teste t student com 5% de probabilidade. Foram observados efeitos não-significativos (P>0,05) para tratamento, número de embriões transferidos e para interação entre tratamento e número de embriões transferidos, ou seja, os resultados do grupo tratado com dexametasona não diferenciaram dos resultados do grupo controle. Vários fatores podem ter sido responsáveis por esses resultados, como o baixo poder antigênico e inflamatório do embrião, mínima manipulação cervical e uterina e necessidade de uma sensibilização prévia dos animais. A corticoterapia empregada não promoveu o resultado esperado conforme embasamento científico de seus efeitos. Palavras-chave: égua - dexametasona – índice de prenhez -receptoras