Efeito do touro na sobrevivência in vitro de embriões bovinos após a

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56º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 56º Congresso Brasileiro de Genética • 14 a 17 de setembro de 2010
Casa Grande Hotel Resort • Guarujá • SP • Brasil
www.sbg.org.br - ISBN 978-85-89109-06-2
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Efeito do touro na sobrevivência in vitro de embriões
bovinos após a retirada de uma única célula na fase de
8 a 16 células
Elias, FP1; Vila, RA1; Renzi, A1; Lemes, RC1; Galerani, MAV1; Lôbo, RB1
Departamento de Genética – Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo
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Palavras-chave: blastômero, embrião, touro, blastocisto
Introdução: As biotecnologias reprodutivas têm despontado atualmente no cenário mundial como ferramentas
importantes para o desenvolvimento da pecuária já que permitem diminuir o intervalo de gerações, aumentar a
eficiência reprodutiva da fêmea, causando aceleração do processo de melhoramento genético dos rebanhos. Dentre as várias técnicas existentes, a biópsia embrionária vem sendo cada vez mais utilizada no mercado da produção
in vitro de embriões bovinos desde que foi mostrada a possibilidade de sexagem e de seleção de embriões por
marcadores moleculares. Objetivos: Este trabalho teve por objetivo avaliar o efeito do touro no desenvolvimento in
vitro de embriões no estágio de blastocisto após a retirada de 1 único blastômero na fase de 8 – 16 células durante
o período de pré-implantação. Métodos: Os oócitos grau I foram coletados de ovários provenientes de matadouro
e maturados em meio TCM199 com sais Earles, glutamina, NaHCO3, 22µg piruvato/ml, 83µg sulfato de amicacina/
ml, 10% SFB, 0,5µg FSH/ml, 50µg LH/ml e 1,0µg estradiol/ml, por 24 horas a 38,5 oC, 5% CO2 em atmosfera, sendo
que 172 oócitos formaram o grupo controle (intactos) e 180 oócitos formaram o grupo teste (biopsiados). Sêmen de
18 touros foi utilizado para a fertilização in vitro (FIV). Os espermatozóides viáveis foram obtidos por centrifugação
em gradiente de Percoll (45 e 90%) e utilizados para a fecundação in vitro com concentração de 2 milhões de sptz/ml
em meio TALP suplementado com 10µl heparina/ml, 22µl piruvato/ml, 83µl sulfato de amicacina/ml, 6µg BSA sem
ácidos graxos/ml e solução PHE. Após 12 horas, os supostos embriões foram transferidos para meio CR2 acrescido
de 10% SFB e 83µl sulfato de amicacina/ml. No terceiro dia de cultivo, embriões do grupo teste que se encontravam
com 8-16 células sofreram retirada de uma única célula com auxílio de micropipetas de um micromanipulador acoplado a microscópio invertido. Após 168h da FIV foi feita a classificação dos embriões viáveis em Be (blastocisto
eclodido), Bx (blastocisto expandido), Bl (blastocisto), Bi (blastocisto inicial) e Mórula. Para cada grupo foram coletados dados de três repetições. Resultados: O teste de Skapiro-Wilk mostrou que os dados transformados apresentam distribuição normal. A análise de variância (ANOVA) mostrou que houve diferença entre touros (F = 3.17; P <
0,01) quanto à fertilidade e no desenvolvimento de embriões no estágio de Bi (F = 1,86; P = 0,05) nos dois tratamentos,
não havendo variação entre as repetições. Conclusões: Assim, verificamos que os touros diferem entre si no desenvolvimento de embriões no estágio de blastocisto inicial e na sobrevivência de embriões biopsiados e isto pode ser
utilizado como um critério de seleção para a utilização desses animais na produção in vitro de embriões, de modo
que, esta característica pode ser um critério quando se deseja utilizar a prática da biópsia para seleção de embriões.
Agradecimentos: FAPESP, CNPq, PROEX
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