Revista 05.cdr

Propaganda
Editorial
Direção Administrativa
a
Com essa edição a Revista In Saúde entra no segundo ano
de atuação, trazendo a seu leitor informações atualizadas
nas mais diversas áreas da saúde, e contribuindo com o
conhecimento de profissionais e estudantes de variadas
especialidades.
Agradecemos a todos vocês a contribuição que nos deram
neste período e esperamos que continuem nos
privilegiando com suas contribuições para que façamos um
periódico melhor a cada edição.
Prof Maria da Glória Uchôa dos Santos
Enfermagem
Mestra em Administração Sanitária e
Hospitalar (Suficiência Investigatória - UNEX
Espanha)
a
Prof Ana Cristina de Oliveira Borba Paulino
Administração
Mestra em Administração Sanitária e
Hospitalar (Suficiência Investigatória - UNEX
Espanha)
a
Prof Maria Zilene Mendonça do Prado
Enfermagem
Mestra em Enfermagem – UFRJ
Coordenação Técnica
Boa leitura e bom proveito.
o
Prof Pedro Marcos Carneiro da Cunha Filho
Zootecnia – Mestre
Corpo Editorial
Prof Ms Pedro Marcos Carneiro da Cunha Filho
Ana Flávia de Oliveira Borba Coutinho
Cíntia Bezerra Almeida
Elry Medeiros Vieira Neto
Fernandes Antônio Brasileiro Rodrigues
Glaydes Nely Sousa da Silva
Gustavo Gomes Agripino
Ideltônio José Feitosa Barbosa
Isabela Albuquerque Passos
Jaqueline Oliveira de Paiva Ferreira
José Carlos da Silva
Luciana Teles Carneiro
Maria Carmen de Araújo Melo Jardim
Maria Clemilde de Sousa
Maria de Fátima Gabino Siqueira
Maria de Fátima de Oliveira Coutinho
Maria do Carmo Braga Alvariza
Maria Eliane de Araújo Moreira
Marinei Grotta
Rovênia Maria de Oliveira Toscano
Wilma Dias Fontes
Projeto Gráfico
Gleryston Farias
Informe 01
SAÚDE BUCAL E A PERSPECTIVA BRASILEIRA
Oral health and a brasilian perspective
Pedro Marcos Carneiro da Cunha Filho
Prof Ms da Faculdade Santa Emília de Rodat
O Brasil é um país de proporções continentais com mais de cento e vinte milhões de habitantes, que
apresenta uma destacada diferença sócio-econômica na população, onde o acesso aos cuidados odontológicos ainda é
destaque das classes de maior poder aquisitivo.
A inserção da Saúde Bucal na estratégia Saúde da Família representou a possibilidade de um maior acesso
da população carente aos cuidados odontológicos, entretanto ainda é uma perspectiva a longo prazo uma vez que o
número de consultórios odontológicos nas UBSF é muito pequeno em relação a população que necessita dessa
assistência.
Apesar do grande avanço que vem ocorrendo nos últimos anos acerca da saúde bucal brasileira, ainda
estamos longe do parâmetro considerado ideal. O Ministério da saúde publicou dados alarmantes no que se refere à
necessidade odontológica dos brasileiros. Cerca de quarenta e cinco por cento dos brasileiros não tem acesso a escova
de dentes, menos de vinte e dois por cento dos adultos possui gengiva sadia e três entre quatro brasileiros que chega a
terceira idade não possui nenhum dente funcional.
Recentemente o Ministério da Saúde Brasileiro traçou um dos mais amplos diagnósticos do perfil de saúde
bucal brasileira, constituindo a base para a implementação das principais estratégias propostas no Brasil Sorridente.
O Brasil Sorridente é um programa que engloba diversas ações do Ministério da Saúde e busca melhorar as
condições de saúde bucal da população brasileira. Pela primeira vez na história, o governo desenvolveu uma política
estruturada com o objetivo de ampliar e garantir a assistência odontológica à população. Até o lançamento do Brasil
Sorridente, em março de 2004, a atuação do governo federal com a saúde bucal se resumia ao repasse de recursos para
cada equipe de profissionais montada pelo município.
Foram avaliados neste programa 108.921 brasileiros, sendo 49.049 homens (45,03%) e 59.872 mulheres
(54,97%). Quase 27% das crianças de 18 a 36 meses apresentaram pelo menos um dente decíduo com cárie, e a
proporção chegou a quase 60% na faixa de 5 anos. Na dentição permanente, quase 70% das crianças de 12 anos e cerca
de 90% dos adolescentes (15 a 19 anos) apresentaram ao menos um dente com experiência de cárie.
Todos esses dados refletem uma realidade marcante no Brasil, uma exclusão social acentuada
pela patologia bucal apresentada pelos indivíduos de classe mais pobre e sem acesso aos cuidados odontológicos
necessários a saúde bucal. Sujeitos que apresentam dentes cariados, halitose, ausência dentária, entre outros
problemas bucais são isolados e descartados pela população como um todo, ocasionando problemas associados de
origem econômica, devido ao fato de não conseguir emprego por causa de sua saúde bucal e também cultural, com
características de intolerância e até mesmo hostilidade contra os indivíduos acometidos que apresentam esses
problemas.
Os Centros de Especialidades Odontológicas (CEO's) são uma das frentes de atuação do Brasil Sorridente. O
tratamento oferecido nos Centros é uma continuidade do trabalho realizado pela rede de Atenção Básica e no caso dos
municípios que estão na Estratégia Saúde da Família, pelas equipes de Saúde Bucal.
04
ANO II - Nº 5 - FEVEREIRO/2011
Os profissionais da Atenção Básica são responsáveis pelo primeiro atendimento ao paciente e pelos casos
de média complexidade são referenciados para o Centro de Especialidades Odontológicas (CEO).
Dessa forma, apesar de, nos últimos anos, ter ocorrido um grande avanço no que se refere ao cuidar da
saúde bucal do brasileiro, ainda necessita-se de um maior investimento em consultórios odontológicos e profissionais
qualificados, além de campanhas de conscientização e prevenção de afecções bucais tão características de nossa
população.
Literatura sugerida
BRASIL. Ministério da Saúde. Brasil sorridente. Disponível em:
http://portal.saude.gov.br/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=19578. Acesso em: 25 de fevereiro de 2011.
BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde Bucal.
http://189.28.128.99/dab/cnsb/outras_acoes.php. Acesso em: 25 de fevereiro de 2011.
Disponível
em:
Organização Pan-Americana da Saúde. Saúde bucal. Disponível em:
http://www.opas.org.br/sistema/fotos/bucal.pdf. Acesso em: 25 de fevereiro de 2011.
Pinto, V.G. Saúde Bucal no Brasil. Ver Saúde Pública do Brasil. São Paulo. 316-27. 2003.
05
Artigo 01
AIDS NO IDOSO
AIDS in the elderly
Cunha Filho, P. M. C.¹, Almeida, N.B².
1. Prof Ms Imunologia FASER ([email protected]).
2. Discente de Enfermagem FASER ([email protected]).
Resumo
A AIDS é a manifestação clínica avançada da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) e caracteriza-se pela
depleção das células com marcador fenotípico CD4+, principalmente os linfócitos T, o que leva à imunodepressão e ao conseqüente
desenvolvimento de doenças oportunistas e outras complicações, tais como complicações no sistema nervoso central. O principal
objetivo deste estudo é identificar a partir da literatura pertinente ao tema, a AIDS no idoso. Tratou-se de um estudo, com caráter
bibliográfico, baseado na literatura pertinente ao tema, desenvolvido no acervo bibliográfico da Faculdade Santa Emília de Rodat
(FASER), bem como em outras fontes, tais como revistas e sites indexados da internet, fundamentados á luz da literatura pertinente
ao tema. A referida literatura aborda que a Síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS/SIDA) não é mais apenas uma doença das
pessoas jovens. Reconhece-se cada vez mais que a AIDS não poupa o segmento idoso da sociedade. O número de casos confirmados
de AIDS em pacientes com idade acima de 50 anos cresce no Brasil como em nenhuma outra faixa etária. O tempo de sobrevivência é
muito mais curto nos pacientes idosos que nos pacientes jovens. A possibilidade de uma pessoa idosa ser infectada pelo HIV parece
ser invisível aos olhos da sociedade e dos próprios idosos, visto que a sexualidade nesta faixa etária ainda é tratada como tabu. Além
disso, o aumento da expectativa de vida, das oportunidades sociais e da disponibilização de medicamentos para disfunção erétil, tem
impulsionado a vida sexual do idoso. Conclui-se que, assim como a população jovem, a população idosa não estar isenta de contrair a
AIDS, e, portanto, não deve ficar isenta de programas voltados a promoção da saúde e prevenção de tal patologia.
Palavras chave: SIDA, idoso.
Abstract
AIDS is the clinical manifestation of an advanced infection caused by the human immunodeficiency virus (HIV) and is
characterized by depletion of cells with phenotypic marker CD4+, mainly T lymphocytes, leading to immunosupression and
consequently the development of opportunistic infections and other complications, such as complications within neural system. The
main objective of this study is to search the literature for information on the topic AIDS in the elderly. This was a study, with
bibliographical, based on literature relevant to the topic developed in bibliographic College of Santa Emilia Rodat (Faser), as well as
other sources such as magazines and web sites indexed, based in the light the literature concerning the matter. The literature deals
that the acquired immunodeficiency syndrome (AIDS) is no longer just a disease of young people. It is recognized that AIDS does not
spare the elderly segment of society anymore. The number of confirmed AIDS cases in patients above 50 years grows in Brazil as any
other age groups. The survival time is much shorter in the elderly than in younger patients. The possibility of an elderly person to be
infected with the HIV appears to be invisible to the eyes of society and older people themselves, as the sexuality in this age group is
still treat as taboo. Furthermore, the increase in life expectancy, social opportunities and the provision of medicines for erectile
dysfunction, has increased the sex life of the elderly. We conclude that, as young people, the elderly population may not be exempt
from contracting AIDS, and therefore should not be exempted from programs aimed at health promotion and prevention of the
condition.
Keywords: AIDS, elderly
06
ANO II - Nº 5 - FEVEREIRO/2011
Introdução
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera como pertencentes à terceira idade os indivíduos maiores de 60
anos. No entanto quando se trata da infecção pelo HIV, freqüentemente são referidos como idosos os indivíduos infectados acima
de 50 anos. Desde o início da epidemia, nos anos 80, a AIDS exige dos governos competência para levar a mensagem do sexo seguro
ao grupo aparentemente mais vulnerável. Foi assim com homossexuais, garotas de programa, usuários de drogas injetáveis, jovens
heterossexuais, e mais recentemente, com mulheres casadas. Agora a doença avança sobre uma parcela da população fisicamente
1, 10, 11
fragilizada e de abordagem mais complexa: os idosos.
.
A síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS/SIDA) não é mais apenas uma doença das pessoas jovens.
Reconhece-se cada vez mais que a AIDS não poupa o segmento idoso da sociedade. O número de casos confirmados de AIDS em
pacientes com idade acima de 50 anos cresce no Brasil como em nenhuma outra faixa etária. O tempo de sobrevivência é muito
6
mais curto nos pacientes idosos que nos pacientes jovens. .
A possibilidade de uma pessoa idosa ser infectada pelo HIV parece ser invisível aos olhos da sociedade e dos próprios
idosos, visto que a sexualidade nesta faixa etária ainda é tratada como tabu. Além disso, o aumento da expectativa de vida, das
2.9
oportunidades sociais e da disponibilização de medicamentos para disfunção erétil, tem impulsionado a vida sexual do idoso. .
Muitas vezes os idosos escondem sua condição de portadores da AIDS por vergonha e medo de não serem aceitos
pela família.
7.
Os serviços de saúde na sua maioria têm as ações de prevenção às Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST)
voltadas para a população jovem, sendo um desafio para os profissionais de saúde abordar esses temas junto aos idosos. No nosso
país mesmo apresentando leis que protegem a assistência ao idoso é possível observar que essa parcela da população continua
sendo ocultada pelos serviços de saúde, que tendem a valorizar apenas as morbidades mais freqüentes, esquecendo-se da
4.
vulnerabilidade que esse idoso tem de adquirir o HIV.
Objetivo
O principal objetivo deste estudo é identificar a partir da literatura pertinente ao tema, a AIDS no idoso.
Metodologia
Tratou-se de um estudo, com caráter bibliográfico, baseado na literatura pertinente ao tema, desenvolvido no
acervo bibliográfico da Faculdade Santa Emília de Rodat (FASER), bem como em outras fontes, tais como revistas e sites indexados
da internet, fundamentados á luz da literatura pertinente ao tema.
Discussão
A AIDS é uma doença causada pelo o vírus da imunodeficiência humana (HIV), ocasionando perda progressiva da
14.
imunidade celular e, conseqüentemente, o aparecimento de infecções oportunistas.
“Como em outras doenças infecciosas, nem todos os infectados adoecem, e os que adoecem apresentam período
de incubação de meses a anos”. A AIDS é caracterizada por uma série de infecções que acometem o indivíduo que está com as
07
defesas deprimidas. As mais comuns são: candidíase grave (na boca e esôfago), pneumonia por Pneumocisti carini, tuberculose,
4.
toxoplasmose, diarréia por Criptosporidium, dentre outras.
O agente etiológico é um retrovírus que causa no organismo disfunção imunológica crônica e progressiva devido ao
declínio dos níveis de linfócitos CD4, sendo maior o risco de o indivíduo desenvolver a AIDS. Como em outras doenças infecciosas,
nem todos os infectados adoecem e os que adoecem apresentam período de incubação de meses a anos. A transmissão do HIV
pode ocorrer pelo contato com vários líquidos corporais: o sangue, o sêmen, o líquido amniótico, o leite materno e as secreções
3.4.
vaginais.
O HIV pode ser transmitido pelo contato sexual entre homens, entre homem e mulher e entre mulheres. Na gestação
a transmissão ocorre de mãe com sorologia positiva para seus filhos. O aumento da expectativa de vida, das oportunidades sociais
e da disponibilização de medicamentos para disfunção erétil, tem impulsionado a vida sexual do idoso. Em conseqüência do
desenvolvimento de drogas contra a impotência sexual, homens mais velhos que por muitos anos estiveram incapazes de ter
3,2.
relações sexuais tornaram-se sexualmente ativos novamente.
O retrovírus que infecta e esgota os linfócitos T auxiliares CD4. Os linfócitos B secretam anticorpos nos líquidos
corporais humorais, e isso se da o nome de imunidade humoral. Os linfócitos T podem penetrar nas células vivas, um processo
denominado imunidade celular monócitos e macrófagos, cujo papel consiste em apresentar antígeno as células T, dessa forma
iniciando a resposta imunológica corporal, também são infectados pelo HIV. Uma vez dentro do organismo, o HIV adere-se mais
eficientemente a moléculas CD4, que se localizam predominantemente na membrana celular de linfócitos T4 auxiliares. Após
penetrar na membrana celular, o genoma do HIV e as enzimas são liberadas na célula e integradas ao genoma do linfócito. A
conseqüência desse processo de reprodução e a produção de muitos novos vírus de HIV e morte celular do linfócito T4 do auxiliar.
Com a invasão progressiva do HIV, a imunidade celular e a imunidade humoral declinam, e infecções oportunistas que caracterizam
4.
esta doença começam a surgir.
Pesquisas na área médica atribuíram o aumento da incidência de HIV/AIDS entre os idosos aos tratamentos
hormonais, às próteses e aos avanços da indústria farmacêutica, que estão ampliando a vida sexual da população idosa. Aliado a
isso, a população idosa carece de informações sobre a doença, tem preconceito contra o uso de preservativos, e faltam ações
5.
preventivas voltadas para esse grupo.
As mudanças do processo natural de envelhecimento entre as mulheres, como estreitamento vaginal, diminuição da
elasticidade e das secreções vaginais e o desgaste das paredes vaginais, são situações que favorecerem o risco da infecção pelo HIV
durante as relações sexuais. Essa situação, associada à ausência da percepção de risco, pode conduzir um número maior de
mulheres idosas a epidemia do HIV. No Brasil, dos 371.827 casos notificados de 1980 até junho de 2005, o número de pessoas entre
50 e 59 anos representou 6,2% da totalidade dos casos e em indivíduos com 60 anos ou mais 2,1% do total entre o sexo feminino e
12,1.
masculino.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base no Censo 2000, os idosos são 14, 5 milhões
de pessoas, 8, 6% da população total do País. Estima-se que nos próximos 20 anos, o número de idosos brasileiros poderá
ultrapassar os 30 milhões, representando 13% da população. O número de casos confirmados de AIDS em pacientes com idade
acima de 50 anos cresce no Brasil como em nenhuma outra faixa etária. Entre os homens, a expansão foi de 98% na última década.
1, 15.
Sobre a parcela feminina idosa, a epidemia avança dramaticamente: houve um crescimento de 567% entre 1991 e 2000.
A responsabilidade por isso se deve em parte a difusão dos fármacos para a disfunção erétil. Enquanto isso, as
campanhas de prevenção são estreladas por celebridades quase adolescentes. A concepção arraigada na sociedade de que sexo é
prerrogativa da juventude contribui para manter desassistida essa parcela da população. É preciso desmistificar a idéia de que só
8.
os jovens se contaminam com O HIV.
O fator de risco dominante entre idosos é o mesmo que para os outros grupos de idade: os comportamentos de risco,
como sexo desprotegido sem camisinha, sem preservativos. O preservativo, para este grupo etário, por ter sido pouco utilizado ao
longo de suas vidas, acaba por configurar dificuldade técnica na sua utilização. Alia-se ao seu conceito, meramente contraceptivo,
o receio de perda de ereções efetivas, que resulta no seu desuso. Múltiplos parceiros sexuais, infecções sexualmente
08
ANO II - Nº 5 - FEVEREIRO/2011
transmissíveis e o uso de drogas injetáveis.
13.
As manifestações clínicas da AIDS são disseminadas e podem afetar virtualmente qualquer órgão do sistema.
Doenças associadas com a infecção HIV e AIDS resultam de infecções, malignidade e/ou do efeito direto do HIV sobre os tecidos do
4.
corpo.
A evolução da doença pode ser dividida em três fases:
Infecção aguda que surge em algumas semanas após contaminação, com febre, calafrios, dores de cabeça, dor de
garganta, dores muscular pelo corpo, ínguas e manchas na pele que desaparecem em alguns dias;
Infecção assintomática: tem duração variável, de meses a anos;
Doença sintomática: manifestação mais grave da doença, aonde a pessoa vai perdendo a sua imunidade e vão
surgindo doenças oportunistas, tumores raros e outras formas graves de doenças.
A doença indicadora de AIDS mais comum na pessoa idosa é a pneumonia por Pneumocystis carinii. A síndrome de
consunção e a encefalopatia por HIV, também são comuns em pessoas idosas infectadas por HIV. O tempo de sobrevivência é muito
mais curto nos pacientes idosos que nos pacientes jovens. 4.
A infecção aguda do HIV pode se manifestar como uma doença viral inespecífica com alguns sinais e sintomas: febre,
mialgias, mal-estar, exantema, linfadenopatia e faringite, que podem persistir por cerca de duas semanas ou mais e, pode ser
resolvida mesmo sem tratamento. Diante de sintomas tão inespecíficos, o profissional de saúde acaba por realizar diagnóstico de
doenças mais específicas da idade como a gripe e as doenças crônicas.
Os idosos também apresentam elevado número de sintomas característicos de somatização, ou seja, sofrem mais
sintomas psicológicos e estresse, suportam menos os amigos e reduzem seu acesso à assistência de saúde e serviços sociais, devido
1.
ao estigma relacionado à AIDS.
Anamnese e atividade sexual pregressa. Exames laboratoriais são baseados na procura ativa de antígenos virais do
HIV- 1 e HIV- 2. Os principais são: ensaio imunoenzimático (ELISA); Ensaio de imunoeletrotranferência ou Western-blot Western4.
blot (WB); Teste tipo Dot- Blot.
A suposição de que os idosos não são sexualmente ativos impede freqüentemente um diagnóstico precoce de
infecção pelo HIV. Os idosos podem relutar em falar com os médicos sobre sua vida sexual e os médicos podem relutar em fazer
perguntas desse tipo. Isso resulta em negligenciar a possibilidade de essas pessoas terem entrado em contato com o HIV (Older
people, HIV and AIDS, 2002). Os profissionais de saúde não valorizam as queixas sexuais do paciente idoso, o que seria importante
para saber se a desinformação associada ao preconceito não está contribuindo para o desenvolvimento de prática tão
incompatível com a área da saúde. Na maioria dos idosos, o diagnóstico da infecção pelo HIV é feito quando procuram o tratamento
para uma doença relacionada ao vírus Diagnosticar a infecção por HIV nos idosos ainda é complicado, porque muitas vezes as
doenças oportunistas que se manifestam por conta do vírus são comuns nesta fase de vida. Esse grupo apresenta peculiaridades
epidemiológicas, que podem retardar o diagnóstico do HIV e apresentam um sistema imunológico mais envelhecido, que dificulta
a resposta imunológica ao HAART. O diagnóstico costuma ser tardio. Quando um idoso é internado por causa de uma pneumonia,
9,16.
ninguém suspeita de AIDS. A pneumonia é vista como uma doença da velhice.
Os idosos com AIDS, em comparação com os jovens, encaram o tratamento de forma diferente e exigem
preocupação redobrada dos médicos. Quem tem mais de 60 anos, em geral, fazem uso de algum tipo de medicamento para
doenças como hipertensão e diabetes. Na hora de receitar os remédios do coquetel para AIDS, o médico precisará tomar cuidado
para que não haja reação entre as drogas. O idoso é considerado mais exposto à intolerância e efeitos adversos, especialmente
5.
porque costumam apresentar níveis elevados de glicose e colesterol e outras doenças.
Infelizmente a medicina ainda não encontrou a cura para a AIDS. O que temos hoje são medicamentos que fazem o
controle do vírus na pessoa com a doença. Estes medicamentos melhoram a qualidade de vida do paciente, aumentando a
sobrevida. O medicamento mais utilizado atualmente é o AZT (zidovudina) que é um bloqueador de transcriptase reversa. A
09
principal função do AZT é impedir a reprodução do vírus da AIDS ainda em sua fase inicial. Outros medicamentos usados no
tratamento da AIDS são: DDI (didanosina), DDC (zalcitabina), 3TC (lamividina) e D4T (estavudina). Embora eficientes no controle do
vírus, estes medicamentos provocam efeitos colaterais significativos nos rins, fígado e sistema imunológico dos pacientes. 4.
No tratamento de apoio deve-se fazer uma dieta balanceada, exercícios físicos regulares, conforme a tolerância, com
4.
períodos adequados de repouso, orientar a família, cliente, amigos e parceiros sexuais sobre a transmissão da doença.
O tratamento varia de pessoa para pessoa e os coquetéis são indicados após uma análise do infectologista
responsável. Normalmente, uma pessoa idosa já toma remédios destinados a outros problemas como coluna, dores e
reumatismos, então é preciso ficar atento para que o uso do coquetel não interfira no remédio que a pessoa já vinha tomando
4.
anteriormente.
A dificuldade de tratar este grupo etário é a presença de doenças metabólicas e do próprio envelhecimento, que
comprometem a escolha da terapêutica antirretroviral promotora de efeitos colaterais, como toxidade mitocrondial e
lipodistrofia, o que agravaria as alterações preexistentes. Alia-se ao fato que muitos pacientes têm seu diagnóstico estabelecido
tardiamente, apresentando-se com doenças oportunistas, elevando-se, assim, os índices de morbi – mortalidade e dos
interferentes do próprio tratamento. O tratamento antirretroviral tem como objetivo a supressão completa da replicação viral com
4.
a finalidade de recuperar o sistema imunológico e evitar a progressão da doença.
Conclusão
O crescimento da população de idosos é um fenômeno mundial e está ocorrendo a um nível sem precedentes. É
necessário que os profissionais de saúde estejam atentos a essa parcela da população e que proporcionem espaços para abordar as
questões sobre sexualidade e DST/AIDS com os idosos.
Em decorrência do progressivo aumento do número de casos de HIV/AIDS nessa faixa etária, observa-se a
necessidade de estudar este novo contexto, com o intuito de fornecer subsídios para avaliação do desempenho profissional no
atendimento prestado e para a elaboração de medidas efetivas visando a promover melhor atendimento a essa população e seus
familiares.
Devido à complexidade que a sexualidade e a infecção pelo HIV envolvem principalmente na população idosa,
recomenda-se que a abordagem ao idoso aconteça através de uma equipe multiprofissional, proporcionando uma atenção
integral ao idoso infectado ou não pelo HIV.
A mídia, que utiliza jovens nas campanhas de prevenção, impede ao idoso a percepção de estar, também ele, sob
risco de contrair o vírus do HIV, afastando-o assim dessa realidade. Deve-se lembrar que o aumento da freqüência de práticas
sexuais entre os idosos deve estar associado a iniciativas de prevenção e de assistência para o controle de eventos relacionados à
exposição às doenças sexualmente transmissíveis.
É importante lembrar que a realização de ações de prevenção nas Unidades Básicas de Saúde, assim como a
capacitação de seus profissionais, possibilitará que um maior número de pessoas idosas sejam orientadas sobre o assunto. Devese enfatizar que o idoso deve ser acolhido sem discriminação, independente de sua condição, atividade profissional, orientação
sexual ou estilo de vida.
Referências
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Uma revisao. VITTALLE, Rio Grande, 20(1): 107-122 2008.
10
ANO II - Nº 5 - FEVEREIRO/2011
2. VIEIRA. E. B. Manual de Gerontorologia- um manual teorico-pratico, para profissionais, cuidadores e familiares. 2° ed. Rio de
Janeiro: Editora Revinter, 2004.
3. PASTORE A. R. Ultra-sonografia em ginecologia e Obstetrícia. Rio de Janeiro: Revinter, 2006.
4. SMELTZER, S.C; BARE, G. B. Tratado de Enfermagem Médico- Cirúrgica. 10° ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
5 . P R I L I P, N . B . A . A I D S a t i n g e i d o s o s . P o r t a l d o e n v e l h e c i m e n t o . 2 0 0 4 . D i s p o n í v e l e m :
http://www.portaldoenvelhecimento.net/pforum/aids2.htm. Acesso em: 28 mai. 2007.
6. SEFFNER. Atividade profissional e AIDS impacto das situações de morte civil e morte anunciada. Recuperado em 20 de julho de
2006: http: w.w.w.unilaselle.edu.br.
7. PERES BFA; GASPARINI SM. A Vivência do idoso no processo de envelhecimento e o HIV/AIDS: uma reconstrução dupla em suas
possibilidades e limites. R. Bras. AIDS, 2005.
8. VASCONCELOS. Perfil epidemiológico dos clientes HIV/AIDS na terceira idade. R Bras. Enf, 2001.
9. PIMENTA. Representações do HIV na Terceira idade e a vulnerabilidade no idoso. Univerdade da Paraíba, 2005.
10. WHO. HIV/AIDS and Older People. Second World assembly on Ageing. Madri. Espanha. 8–12. Abr. 2002. Disponível em:
http://www.who.int/hpr/ageing/hivimpact.htm. Acesso em: 25 jul. 2007b.
11. UNAIDS. OMS (2006). Relatório sobre a epidemia mundial da SIDA. Disponível em: www.unaids.org. Acesso em: 24 jul. 2007.
12. CECCATO, M.G.B.; ACURCIO, F.A.; BONOLO, P.F.; ROCHA, G.M.; GUIMARÃES, M.D.C. Compreensão de informações relativas ao
tratamento anti-retroviral entre indivíduos infectados pelo HIV. Caderno de Saúde Pública 2004; 20 (5): 1388-97.
13. IMPACT of AIDS on Older populations. Fact sheet. Abril. 2002. Disponível em: www.unaids.org. Acesso em: 24 jul. 2007.
14. SOUZA, M. Assistência de Enfermagem em Infectologia. São Paulo: Atheneu, 2004.
15. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em: http://www.ibge.gov.br. Acesso em: 24 jul. 2007.
16. BRASIL. Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico – AIDS e DST. Ano IV n. 1 – 01ª – 26ª de 2007 – semanas epidemiológicas.
Janeiro a junho 2007.
11
Artigo 02
HIPOGLICEMIANTES ORAIS NO TRATAMENTO DOS OVÁRIOS
POLICISTICOS
Oral hypoglycemic agents in the treatment of polycystic ovary
ESTEVAM. E.C ¹, MEDEIROS. D. B², MELO. J. K. L².
1. Prof Ms Farmacologia FASER ([email protected])
2. Discente de Biomedicina FASER ([email protected]; [email protected])
Resumo
A Síndrome dos Ovários Policísticos é uma doença endócrina complexa de etiologia ainda não totalmente esclarecida que acomete
mulheres em idade fértil, e consiste em pequenos cistos ao redor dos ovários. Caracteriza-se por irregularidade menstrual,
hirsutismo, acne, aumento de peso e a maioria das pacientes acometidas apresenta também resistência a insulina. Nos últimos anos
o tratamento com hipoglicemiantes orais vem sendo indicado para o tratamento de mulheres portadoras dessa síndrome. O
objetivo deste estudo é caracterizar a doença e esclarecer o motivo pelo qual hipoglicemiantes orais podem ser utilizados em seu
tratamento. A metodologia utilizada para realização do estudo partiu de um levantamento bibliográfico realizado na biblioteca da
FASER e em locais com acesso a internet, no período de abril de 2010. Os dados encontrados na literatura mostram que há um
aumento na produção da insulina devido a diminuição de sua ação nas células do organismo e este aumento leva a uma maior
produção de andrógenos (hormônios masculinos) pelos ovários. O diagnóstico se dá através da associação entre os sintomas
clínicos, irregularidades menstruais, hiperandrogenismo e ultrassonografia dos ovários. O tratamento geralmente consiste na
utilização de anticoncepcionais específicos e/ou um hipoglicemiante oral da classe das biguanidas ou das tiazolidinedionas.
Hipoglicemiantes orais são importantes no tratamento da síndrome por diminuir as taxas sanguíneas de glicose, controlando assim
os níveis de insulina no sangue e fazendo com que o organismo reduza sua produção de androgênios. Conclui-se, portanto que tanto
a participação da insulina no desenvolvimento dos sintomas quanto os efeitos sistêmicos dos hipoglicemiantes orais justificam a
utilização desta classe de fármacos no tratamento da Síndrome dos Ovários Policísticos.
Palavras-chave: Hipoglicemiantes orais, Ovários Policísticos; Insulina
ABSTRACT
The Polycystic Ovary Syndrome is a complex endocrine disease that affects women of childbearing age, and consists of small cysts
around the ovaries. It is characterized by menstrual irregularity, hirsutism, acne, weight gain and the majority of patients affected
has also insulin resistance. In recent years treatment with oral hypoglycemic agents has been indicated for the treatment of women
with the syndrome. The aim of this study is to characterize the disease and explain why oral hypoglycemic agents may be used in
their treatment. The methodology used for the study came from a literature review in Library Faser and in places with internet access
in the period from April 2010. The literature data show that there is an increased production of insulin due to a decrease in its action
on the body's cells and this increase leads to greater production of androgens (male hormones) by the ovaries. The diagnosis is made
through the association between clinical symptoms, menstrual irregularities, hyperandrogenism and ultrasound of the ovaries.
Treatment usually consists of using specific contraceptive and / or a class of oral hypoglycemic biguanides or thiazolidinediones. Oral
hypoglycemic agents are important in treating the syndrome by reducing the rates of glucose, thereby controlling insulin levels in the
blood and causing the body reduces its production of androgens. It follows therefore that the participation of insulin in the
development of symptoms and the systemic effects of oral hypoglycemic justify the use of this class of drugs in the treatment of
Polycystic Ovary Syndrome.
Key words: Oral hypoglycemic agents; polycystic ovary; insulin
12
ANO II - Nº 5 - FEVEREIRO/2011
Introdução
''A síndrome dos ovários Policísticos (SOP) significa o conjunto de alterações morfofisiológicas dos ovários,com
1
repercurssões a nivel do ciclo menstrual e da capacidade reprodutora da mulher''
A doença policistica do ovário constitui um grupo heterogêneo de sinais e sintomas sem traço patognomônico para
4
facilitar uma identificação positiva .
Essa síndrome foi descrita pela primeira vez em 1935 por, Stein e Leventhal com as clássicas características de ovários
policísticos, obesidade, amenorréia, infertilidade e hisurtismo.
“A etiologia da síndrome não é muito clara,coexistindo sob o mesmo quadro etiologias provavelmente diversas, como
5
resistência insulínica(RE) e hiperinsulinemia(HI),além de possíveis alterações hipotalâmicas.”
hiperinsulinemia estimula a produção excessiva de androgênios pelos ovários. O diagnóstico se dá através da
associação entre os sintomas clínicos, irregularidades menstruais, hiperandrogenismo e ultrassonografia dos ovários.
O tratamento geralmente consiste na utilização de anticoncepcionais específicos e/ou um hipoglicemiante oral da
classe das biguanidas ou das tiazolidinedionas.
Hipoglicemiantes orais são importantes no tratamento da síndrome por diminuir as taxas sanguíneas de glicose,
controlando assim os níveis de insulina no sangue e fazendo com que o organismo reduza sua produção de androgênios.
O objetivo deste estudo é caracterizar a Síndrome dos Ovários Policísticos e esclarecer o motivo pelo qual
hipoglicemiantes orais podem ser utilizados em seu tratamento.
A metodologia utilizada para realização do estudo partiu de um levantamento bibliográfico realizado na biblioteca da
FASER e em locais com acesso a internet, no mês de abril de 2010.
Resultados e Discussão
A síndrome dos ovários policísticos (SOP), também conhecida como Síndrome de Stein-Leventhal é a endocrinopatia
mais comuns entre as mulheres. Caracteriza-se por menstruação irregular (amenorréia), sinais clínicos ou bioquímicos
de hiperandrogenia e ovários policísticos.
Menstruação irregular
É uma das principais características. As menstruações vêm esporadicamente. Muitas vezes elas só aparecem quando as
pacientes recebem medicamentos para estimular. Esse sintoma é comum em grande parte das mulheres com essa
síndrome.
Obesidade
Pelo menos 50% das mulheres que sofrem de SOP estão acima do peso, e Indice de Massa Corpórea (IMC) está entre 25
ou 30. Esse é um fator fundamental para futuras complicações desta doença.
13
Infertilidade
Devido às alterações endocrinas, essas mulheres passam a ovular menos o e por isso podem ter dificuldade em
engravidar. Das causas de infertilidade, o fator ovulatório ocupa um lugar de destaque maior, devido a esta síndrome.
Além disso, mulheres que apresentam a síndrome de ovários policísticos têm um alto índice de aborto.
Hirsutismo
É o aparecimento de pêlos no corpo da mulher (face, tórax, glúteos, ao redor dos mamilos, região inferior do abdômen e
parte superior do dorso).
Acne
É um processo inflamatório da pele do rosto, caracterizada por erupções superficiais causadas pela obstrução dos
poros.
Resistência à insulina
A insulina é um hormônio responsável por facilitar a entrada da glicose na célula.Na SOP, existe um defeito na sua ação, o
que leva a um acúmulo de glicose no sangue. Como conseqüência pode surgir diabetes e um aumento da concentração
do hormônio no sangue. A resistência à insulina, é um exame muito importante tanto para o diagnóstico como para
avaliar as possíveis complicações futuras.
Tabela 1. Sintomas da síndrome de ovários policísticos de acordo com a literatura.
Adaptada de revisão de Goldzieher ,1981
SINTOMA
Sangramento
MÉDIA
(%)
Esterilidade
74
Hirsutismo
69
Amenorréia
51
Obesidade
41
uterino
29
difuncional
Virilização
21
Diagnóstico
O diagnostico é feito através da constatação do aparecimento de sinais e sintomas como: amenorréia, hisurtismo, acne,
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ANO II - Nº 5 - FEVEREIRO/2011
sinais de hiperandrogenismo e por meio de exame clinico, ultrassom ginecológico(ultrassonografia) e exames
laboratoriais.
Ovário Policístico
Ovário Normal
Figura 1 – Ovários norma e com policístico
Fonte: Gineco, 2010 (www.gineco.com.br,2010)
O ultrassom deve ser feito entre o terceiro e o quinto dia do ciclo menstrual e catracteriza-se pelo aparecimento de
múltiplos folículos ao mesmo tempo na superfície de cada ovário. É importante definir que esses resultados não se
aplicam a mulheres que estejam tomando anticoncepcionais orais. Se houver um folículo dominante ou um corpo lúteo,
é importante repetir o ultrassom em outro ciclo menstrual para realizar o diagnóstico 6.
Tratamento com Hipoglicemiantes Orais
É um tipo de tratamento que atua na SOP, para corrigir as alterações de curto prazo e prevenir as conseqüências de longo
prazo. Existem algumas drogas que atuam na resistência insulínica, aumentando a sensibilidade das células ao
hormônio. Os hipoglicemiantes orais mais utilizados são: metformina, troglitazona, rosiglitazona, pioglitazon e D-chiroinositol.
Existem estudos com a metformina mostrando diminuição dos níveis de insulina, dos androgênios plasmáticos e a
ocorrência de ovulação, comparados com o placebo. Alguns estudos mostram também perda de peso, o que poderia
influenciar nos resultados.
Os hipoglicemiantes orais são fármacos que tem a finalidade de baixar a glicemia e mantê-la normal (jejum 100 mg/dl e
pós-prandial 140 mg/dl). Podem agir estimulando a secreção de insulina (sulfoniluréias); reduzindo a absorção de
glicídios (inibidores alfa-glicosidase) ou diminuindo a produção hepática de glicose (glitazonas).
O mecanismo de ação exato da metformina não foi esclarecido, porém o fármaco diminui a produção hepática de glicose
e aumenta a sua captação periférica 2. O principal fator, pela atividade hipoglicemiante da metformina parece ser uma
redução da produção de glicose no fígado (neoglicogênese), além de diminuição da absorção de glicose no trato
gastrointestinal e aumento na resistência a insulina devido ao maior uso de glicose pelos músculos. “A taxa de
neoglicogênese de uma pessoa "média" com diabetes pode ser três vezes maior que a de uma pessoa sem a doença; a
15
7
metformina é capaz de cortá-la em mais de 30%'' .
A metformina também tem sido utilizada no tratamento do hirsutismo em mulheres com sindrome de ovários
policísticos ,podendo aumentar a fertilidade nessas mulheres,talvez ao reduzir os níveis de androgênio e ao aumentar a
2
sensibilidade à insulina .
Conclusão
A SOP é uma síndrome complexa que tem como origem mais provável a resistência à insulina. Por isto o foco do
tratamento deve ser o combate a esta alteração. Muitas pesquisas tem sido direcionadas com o objetivo de avaliar
outros fatores determinantes como o ambiental e o genético que poderão ter influência direta no tamanho dos ovários.
Dessa forma podemos concluir que tanto a participação da insulina no desenvolvimento dos sintomas quanto os efeitos
sistêmicos dos hipoglicemiantes orais justificam a utilização desta classe de fármacos no tratamento da síndrome dos
ovários policísticos.
Referencias
1 - BASTOS,C.A. Noções de Ginecologia 9º ed.São paulo.atheneu,1994
2-CRAIG,R.C ; STITZEL,E.R.Farmacologia moderna com aplicações clínicas.6º ed.Rio de Janeiro.Guanabara Koogan,2005.
3 - Goldzieher JW. Polycystic ovarian disease. Fertil Steril 1981; 35: 371-394.
4 -PEKHAM,M.B;SHAPIRO,S.S.Sinais e sintomas em ginecologia.cap 25 pag 318 a 319.(1995)
5 -SOGIMIG-sociedade de Obstetrícia e ginecologia de Minas gerais
Ginecologia & obstetrícia, 2º edição.(2000)
6 - GINECO. Ovários policísticos. Disponível em: www.gineco.com.br/ Acesso em: 02 setembro 2010.
7 – WIKIPEDIA. Metformina. Disponível em: <wwwpt.wikipedia.org/wiki/metformina> Acesso em: 02 setembro, 2010.
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ANO II - Nº 5 - FEVEREIRO/2011
Artigo 03
VACINA GÊNICA CONTRA A TUBERCULOSE:
UMA ALTERNATIVA VIÁVEL PARA OBTENÇÃO DA CURA.
Gene Vaccine Against Tuberculosis: A Viable Alternative To Obtaining
The Cure.
ESTEVAM. E. C.¹, FERREIRA. J. N.², NORONHA. R. C. M.², VILARIM. R. M.²
1.
Docente do Curso de Biomedicina Prof. Ms Farmacologia da FASER
([email protected])
2.
Discente do Curso de Biomedicina da FASER ([email protected];
[email protected]; [email protected])
Resumo
Há mais de um século cientistas de todo o mundo estudam as possibilidades de criação de uma vacina que aja de forma rápida e
eficaz contra a Tuberculose. Atualmente, o tratamento dessa doença é prolongado, já foram registrados casos onde o tratamento
durou cerca de cinco anos. Lamentavelmente isso leva muitos pacientes à desistência do tratamento, causando então um aumento
significativo de pessoas infectadas pelo bacilo, além da resistência aos antibióticos que este microrganismo desenvolve. A invenção
da Vacina Gênica partiu da necessidade de conter o alastramento do bacilo da tuberculose, o Mycobacterium tuberculosis, que, por
anos mata, aproximadamente, três milhões de pessoas em todo o mundo. O desenvolvimento dessa vacina de DNA deu-se início em
meados dos anos 90, coordenado pelo professor Célio Lopes, na Universidade de São Paulo. Foram mais de 10 anos de pesquisas e
tentativas para alcançar o resultado final, ou seja, a funcionalidade real da vacina que devido a sua ação, tanto de prevenção como
de cura, torna-se uma alternativa bem viável e eficaz contra a tuberculose.
Palavras-chave: Vacina Gênica, Tuberculose, Cura
Abstract
For over a century scientists around the world are studying the possibilities of developing a vaccine to act quickly and effectively
against tuberculosis. Currently, treatment of this disease is prolonged, there have been cases where the treatment lasted five years.
Unfortunately this leads many patients to the withdrawal of treatment, thus causing a significant increase in people infected with
the bacillus, in addition to antibiotic resistance that this organism develops. The invention of genetic vaccines came from the need to
contain the spread of the tuberculosis bacillus, Mycobacterium tuberculosis, which for years kills approximately three million
people around the world. The development of this DNA vaccine was initiated in mid-1990, coordinated by Professor Célio Lopes,
University of São Paulo. There were over 10 years of research and attempts to reach the final result, ie the actual functionality of the
vaccine due to its action, both of prevention and cure, it becomes a very viable alternative and effective against tuberculosis.
Keywords: Gene vaccine, Tuberculosis, Cure
INTRODUÇÃO
Desde o século XIX, quando o bacilo da tuberculose (Mycobacterium tuberculosis) foi descoberto, os cientistas tentam
erradicá-lo. Esse microrganismo tem infectado e matado milhões de pessoas por ano em todo o mundo. A cura dessa doença é de
difícil progressão devido à mutação do bacilo, além das dificuldades encontradas com o tratamento, que é prolongado, causando o
abandono do tratamento por muitos pacientes.
Em 1906 foi elaborada a primeira vacina contra a tuberculose, a BCG, com o intuito de curar a doença, mas não foi o que
17
aconteceu, a vacina não surtiu o efeito desejado, e a doença continuou se disseminando. Só depois de 1946 é que foi possível o início
da administração do antibiótico Estreptomicina para o tratamento da tuberculose, porém, em 1980 cepas do M. tuberculosis
desenvolveram resistência aos antibióticos, inviabilizando-os.
Breve histórico da tuberculose
Antes de ser descoberta, a tuberculose não era considerada uma única doença, devido à variação nos sintomas
apresentados pelos pacientes, até que no ano de 1839, o cientista J. L. Shoenlein considerou todos os sintomas pertencentes a uma
mesma doença, chamando de tuberculose, como a conhecemos até hoje. Apenas em 1882 foi identificado o bacilo Mycobacterium
tuberculosis, por Robert Koch, devido a isso, o bacilo da tuberculose é também conhecido como bacilo de Koch. A partir daí, deu-se
inicio as tentativas de erradicação do agente causador da doença 6.
Vacinas contra a tuberculose
Tuberculina
O primeiro “remédio” contra a tuberculose foi produzido também por Robert Koch, que o chamou de tuberculina, feito a
7
partir de extrato de glicerina com o antígeno do Mycobacterium tuberculosis . Porém, esse fármaco não surtiu efeito, e, portanto
não podia ser usado contra a tuberculose. Algum tempo depois um cientista chamado Von Pirquet aperfeiçoou esse experimento, a
partir daí a tuberculina vem sendo utilizada pra identificar pessoas que já tiveram contato com o bacilo.
BCG (Bacilo de Calmette e Guerin)
No ano de 1906 foi criada a primeira vacina que surtiu algum efeito no bacilo. A BCG (Bacilo de Calmette e Guerin) foi criada
por Albert Calmette e Camille Guerin e era feita a partir de linhagens atenuadas do Mycobacterium Bovino, a intenção era tratar e
prevenir a infecção pelo bacilo. A primeira aplicação em humanos deu-se em 1921, mas sua aplicação em recém-nascidos só foi
disseminada a partir do ano de 1942, sendo observado um aumento na imunidade contra o bacilo nas crianças vacinadas. Essa
vacina ao passar dos anos foi modificada na tentativa de melhorar sua eficácia, e, baseando-se no principio do uso de bacilos
atenuados do M. Bovino, foram feitas vários testes a fim de aperfeiçoá-la, utilizando-se de cepas purificadas do bacilo da
tuberculose bovino. A BCG vem sendo utilizada até hoje, mas sua eficácia ainda é contestada por muitos cientistas, devido ao fato da
mesma não conferir proteção definitiva contra a infecção pelo bacilo da tuberculose. Atualmente, no Brasil, a vacinação com a BCG
em recém-nascidos é obrigatória, mesmo essa vacina não conferindo imunidade, já que não induz a formação de células
imunológicas de memória, e sendo assim, com o passar dos anos a susceptibilidade de contrair a infecção aumenta. Porém, as
pessoas que já foram vacinadas correm menos risco de desenvolver a doença do que pessoas que nunca entraram em contato com a
vacina. Mas a desvantagem está no fato da BCG só poder ser aplicada em recém-nascidos, sendo então inviável a aplicação em
2
pessoas adultas, já que a mesma não confere imunidade suficiente .
Antibióticos
Apenas no ano de 1946 foi criado o primeiro antibiótico, a Estreptomicina, capaz de tratar pessoas com a tuberculose. Esse
antibiótico de pequeno espectro foi aperfeiçoado com o passar dos anos a fim melhorar sua eficácia clínica. Porém o grau de
toxicidade desse antibiótico é alto, e seu uso diminuiu com o passar dos anos.
18
ANO II - Nº 5 - FEVEREIRO/2011
Atualmente, o tratamento de pessoas tuberculosas consiste na administração de quatro antibióticos, Isoniazida,
Rifampicina, Pirazinamida, Etambutol e Estreptomicina, durante seis meses, seguindo a seguinte ordem:
Tabela 1 – Ordem de administração de antibiótico no tratamento da
tuberculose.
1º e 2º Mês
3º ao 6º Mês
Isoniazida + Rifampicina + Pirazinamida
Izoniazida + Rifampicina
Fonte: Dados da pesquisa, 2010.
Passados os seis meses da administração dos antibióticos descritos (Tabela 1), o paciente passa a tomar Etambutol ou
Estreptomicina. Esse tratamento pode durar até cinco anos, dependendo do nível da infecção apresentada pelo paciente 7.
Esse é um dos maiores motivos responsáveis pela desistência do tratamento, porque além do tempo, grande parte dos
pacientes tratados apresenta reações adversas como enjôos, vômitos, indisposição e mal estar em geral. Em casos mais graves, há
pacientes que já queixaram-se de efeitos como hepatoxicidade, zumbidos, neuropatia periférica dentre outros efeitos adversos.
O fato de o tratamento levar vários meses para ser concluído, além dos efeitos adversos apresentados, leva/ou vários
pacientes a desistência, e nesses casos, o bacilo adquire uma resistência aos antibióticos utilizados por esse paciente, tornando a
cura difícil de ser alcançada, além da disseminação de um bacilo mais resistente que o anterior resultando numa doença que por ano
mata mais três milhões de pessoas em todo o mundo. Só no Brasil, anualmente são registrados mais de 100.000 (cem mil) pessoas
7
doentes. Estima-se que 1/3 da população mundial esteja infectada pelo bacilo da tuberculose .
A oportunidade de cura
Após o fracasso da vacina BCG que viabilizaria a cura da tuberculose, além dos desenvolvimentos de cepas do M.
Tuberculosis mais resistentes, pesquisadores da Faculdade de Medicina da USP, sob coordenação do professor Célio Lopes Silva,
iniciaram estudos relacionados ao bacilo da tuberculose, seu comportamento frente à apresentação antigênica e quais as células
responsáveis pela resposta imunológica eficaz contra o bacilo. Após vários anos de pesquisa foi desenvolvida uma vacina de DNA, ou
vacina gênica, que possui mecanismos de atuação que possibilitam não apenas a cura de pacientes com a tuberculose, mas também
poderá prevenir surtos da doença na população. Além de também poder ser usada como terapia alternativa para pacientes coinfectados com o HIV considerando seu alto índice de efetividade. Essa vacina Gênica utiliza-se de um fragmento do DNA do bacilo
que é injetado em um plasmídeo, e inoculado no paciente. Esse plasmídeo apresenta o fragmento do bacilo, desencadeando uma
resposta imunológica específica contra o Mycobacterium tuberculosis. Ocorre então a destruição do bacilo, promovendo além da
cura, a prevenção da doença devido à produção de células de memória imunológica contra o bacilo da tuberculose 6,7.
A Vacina Gênica
O desenvolvimento da vacina gênica teve inicio no ano de 1990, através do professor Célio Lopes quando o mesmo esteve
fazendo seu doutorado em Londres. A pesquisa deu-se seguimento na USP com tentativas de identificar quais células seriam
responsáveis pela resposta antigênica ao bacilo, e de que forma essa resposta poderia ser desencadeada. A idéia é utilizar um vetor,
não patogênico, com um pedaço do código genético do bacilo, que codifica a proteína antigênica do bacilo. Esse vetor então
apresentaria o antígeno do bacilo da tuberculose ao sistema imunológico, sendo assim, ocorreria a estimulação de células
19
4
imunológicas que migrariam até o local de apresentação antigênica, dando inicio a uma resposta imunológica .
Para poder chegar a essa conclusão, o professor Célio Lopes estudou durante cinco anos o sistema imunológico, e quais as células
que deveriam ser ativadas para que a eficácia da resposta imunológica fosse garantida, já que os Linfócitos TCD4 que induziriam a
ativação dos Linfócitos B e conseqüentemente a produção de anticorpos não poderiam ser eficazes, considerando que o bacilo
1
esconde-se dentro das células . Sendo assim, a célula indicada seriam os Linfócitos TCD8, esses por sua vez poderiam destruir
4
apenas as células infectadas pelo M. Tuberculosis .
O segundo passo seria identificar o gene que codificasse a proteína antigênica do bacilo. Após a identificação do gene
responsável pela codificação da proteína antigênica, esse gene foi amplificado por PCR.
A partir daí, o próximo passo foi encontrar o vetor ideal que transportasse em seu código genético, o antígeno do bacilo da
tuberculose. Esse vetor teria que ser isento de patogenicidade, para não desencadear doença no individuo que recebesse o vetor.
Foi utilizada então a Escherichia coli, onde o gene codificador da proteína antigênica é inserido em um plasmídeo, que irá incorporar
o DNA do bacilo. Esse plasmídeo é então inserido na bactéria. Em seguida é feita a cultura das bactérias que se reproduzirão já com o
4
DNA do vacilo nos plasmídeos, que serão isolados e por fim se terá a vacina de DNA ou vacina gênica . Como pode ser observado na
figura 3.
20
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Após a identificação das células do sistema imunológico que seriam ativadas pra destruir o bacilo, a identificação do gene
responsável pela produção da proteína antigênica, e a escolha do vetor que seria utilizado, deu-se inicio os testes em animais de
laboratório.
Vantagens do Uso da Vacina Gênica
As principais vantagens do uso da vacina gênica são: não há perigo de contaminação, já que não será inoculado no paciente
nenhum bacilo atenuado, ou qualquer outro vetor virulento. Após a apresentação antigênica, seguida de estimulação da resposta
imunológica especifica, serão produzidas células de memória que desencadeará resposta imunológica especifica contra o bacilo
caso haja um segundo contato com M. Tuberculosis, proporcionando então proteção contra futuras infecções já que o paciente
estará protegido, devido a contínua formação de células de memória, logo não serão necessárias revacinações. Além disso, essa
vacina mostrou eficácia em qualquer estágio da doença, seja no inicio da infecção ou quando o bacilo já está disseminado por todo o
organismo. Porém outro fator muito importante na utilização da vacina gênica está no fato de pessoas infectadas pelo HIV também
poderem receber essa vacina, já que não será inoculado nenhum vetor virulento, e por menor que seja a imunidade desse paciente,
a resposta especifica contra esse bacilo será mais eficaz, pois não haverá infecção, e os linfócitos T CD8 não são atingidos pelo HIV.
Atualmente a Vacina Gênica encontra-se em fase de testes, ensaios Pré-Clínicos, ou seja, apenas em animais de laboratório. Nessas
cobaias a eficácia é de 100%. Os testes em humanos estão previstos para o ano de 2011 3.
Uma indústria farmacêutica, a Farmacore, juntamente com o IMPT (Instituto Milênio de Pesquisas em Tuberculose) deu
inicio a produção da vacina, apresentado resultados bastante satisfatórios. O fármaco produzido pela Farmacore tem por nome
DNA-hsp65 e sua produção em massa só poderá ser feita após os testes em humanos serem aprovados. Caso haja aprovação, a
21
liberação da vacina será feita em dose única. Se os testes em humanos forem bem sucedidos a vacina Gênica será a primeira vacina
6
terapêutica do mundo, utilizada não apenas para cura, mas também como preventiva .
Conclusão
A utilização da Vacina Gênica é, de acordo com as pesquisas do professor Célio Lopes, atualmente, a alternativa mais eficaz
contra a tuberculose. Seus efeitos vão além da prevenção, alcançando a cura, desde a menor infecção, até a cura de um paciente
imunodeprimido. Com isso concluímos que essa vacina é de extrema importância, e se aprovada a sua distribuição, os índices de
mortalidade pela tuberculose, assim como de pacientes infectados pelo HIV e também pela tuberculose cairá significantemente.
Favorecendo as classes mais pobres devido o seu baixo custo, e salvando a vida de milhões de pessoas que morrem por ano devido à
infecção pelo bacilo da tuberculose.
Referências
1.ABBAS, ABUL. K., LICHTMAN, ANDREW H., PILLAI, SHIV. Imunologia Celular e Molecular. Elsevier- 6ª Edição - Rio de Janeiro- 2008.
2 . B OA S a ú d e , 2 0 0 0 . B CG : Va c i n a co nt ra a t u b e rc u l o s e . D i s p o n í ve l at ravé s d a U R L :
http://boasaude.uol.com.br/lib/ShowDoc.cfm?LibDocID=3517&ReturnCatID=1765. Acesso em maio de 2010.
3.FILHO, Manoel Alves, Vacina de DNA é esperança no Tratamento da tuberculose, Jornal da UNICAMP, 26 de fevereiro de 2007.
Disponível através da URL: http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/jornalPDF/ju349pg07.pdf, Acesso em maio de 2010.
4.LOPES, Célio et. al. Vacina Gênica contra Tuberculose, Jornal do Brasil. São Paulo, Outubro, 1999. Edição nº 04. Disponível através
da URL: http://www.comciencia.br/reportagens/tuberc/tuberc1.htm. Acesso em abril de 2010.
5.NUSSBAUM. Robert L., MCINNES. Roderick R., WILLARD. Huntington F., Thompson & Thompson/Genética Médica - Guanabara
Koogan Edi - 6ª Edição – 2002
6.TORRE, Lucimara. Gaziola., Produção de vacina gênica em nanoestrutura lipossomal para a tuberculose. FAPESP – Biblioteca
Virtual. 2008 – 2010. Disponível em: http://www.bv.fapesp.br/projetos-pipe/2029/producao-vacina-genica-nanoestruturalipossomal-tuberculose/. Acesso em abril de 2010.
7.WIKIPÉDIA. Tuberculose, http://pt.wikipedia.org/wiki/Tuberculose. Acesso em abril de 2010.
8.COMCIENCIA. Tuberculose. Disponível em: < http://www.comciencia.br/reportagens/tuberc/tuberc3.htm, 2010>, Acesso em 05
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9 . S O B I O L O G I A . A m p l i f i c a ç ã o d o D N A d o b a c i l o . D i s p o n í v e l e m :
<http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Biotecnologia/PCR.php, 2010>. Acesso em: Abril de 2010.
10.REDETEC. Tuberculose. Disponível em: <http://www.redetec.org.br/inventabrasil/tuber.htm, 2010>. Acesso em: Abril de 2010.
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