VICE-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO E CORPO DISCENTE COORDENAÇÃO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA ARTROPODOLOGIA E MALACOLOGIA Rio de Janeiro / 2007 TODOS OS DIREITOS RESERVADOS À UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO Todos os direitos reservados à Universidade Castelo Branco - UCB Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida, armazenada ou transmitida de qualquer forma ou por quaisquer meios - eletrônico, mecânico, fotocópia ou gravação, sem autorização da Universidade Castelo Branco - UCB. U n3p Universidade Castelo Branco. Artropodologia e Malacologia. – Rio de Janeiro: UCB, 2007. 52 p. ISBN 978-85-86912-41-2 1. Ensino a Distância. I. Título. CDD – 371.39 Universidade Castelo Branco - UCB Avenida Santa Cruz, 1.631 Rio de Janeiro - RJ 21710-250 Tel. (21) 2406-7700 Fax (21) 2401-9696 www.castelobranco.br Responsáveis Pela Produção do Material Instrucional Coordenadora de Educação a Distância Prof.ª Ziléa Baptista Nespoli Coordenador do Curso de Graduação Maurício Magalhães - Ciências Biológicas Conteudista Janyra Oliveira Costa Supervisor do Centro Editorial – CEDI Joselmo Botelho ARTROPODOLOGIA E MALACOLOGIA Apresentação Prezado(a) Aluno(a): É com grande satisfação que o(a) recebemos como integrante do corpo discente de nossos cursos de graduação, na certeza de estarmos contribuindo para sua formação acadêmica e, conseqüentemente, propiciando oportunidade para melhoria de seu desempenho profissional. Nossos funcionários e nosso corpo docente esperam retribuir a sua escolha, reafirmando o compromisso desta Instituição com a qualidade, por meio de uma estrutura aberta e criativa, centrada nos princípios de melhoria contínua. Esperamos que este instrucional seja-lhe de grande ajuda e contribua para ampliar o horizonte do seu conhecimento teórico e para o aperfeiçoamento da sua prática pedagógica. Seja bem-vindo(a)! Paulo Alcantara Gomes Reitor Orientações para o Auto-Estudo O presente instrucional está dividido em cinco unidades programáticas, cada uma com objetivos definidos e conteúdos selecionados criteriosamente pelos Professores Conteudistas para que os referidos objetivos sejam atingidos com êxito. Os conteúdos programáticos das unidades são apresentados sob a forma de leituras, tarefas e atividades complementares. As Unidades 1, 2 e 3 correspondem aos conteúdos que serão avaliados em A1. Na A2 poderão ser objeto de avaliação os conteúdos das cinco unidades. Havendo a necessidade de uma avaliação extra (A3 ou A4), esta obrigatoriamente será composta por todos os conteúdos das Unidades Programáticas 1, 2, 3, 4 e 5. A carga horária do material instrucional para o auto-estudo que você está recebendo agora, juntamente com os horários destinados aos encontros com o Professor Orientador da disciplina, equivale a 60 horas-aula, que você administrará de acordo com a sua disponibilidade, respeitando-se, naturalmente, as datas dos encontros presenciais programados pelo Professor Orientador e as datas das avaliações do seu curso. Bons Estudos! Dicas para o Auto-Estudo 1 - Você terá total autonomia para escolher a melhor hora para estudar. Porém, seja disciplinado. Procure reservar sempre os mesmos horários para o estudo. 2 - Organize seu ambiente de estudo. Reserve todo o material necessário. Evite interrupções. 3 - Não deixe para estudar na última hora. 4 - Não acumule dúvidas. Anote-as e entre em contato com seu monitor. 5 - Não pule etapas. 6 - Faça todas as tarefas propostas. 7 - Não falte aos encontros presenciais. Eles são importantes para o melhor aproveitamento da disciplina. 8 - Não relegue a um segundo plano as atividades complementares e a auto-avaliação. 9 - Não hesite em começar de novo. ARTROPODOLOGIA E MALACOLOGIA SUMÁRIO Quadro-síntese do conteúdo programático.......................................................................................................... 11 Contextualização da disciplina.............................................................................................................................. 12 U NIDADE I CARACTERÍSTICAS GERAIS DE ARTHROPODA 1.1 - Anatomia .............................................................................................................................................................13 1.2 - Estrutura interna ............................................................................................................................................... 13 1.3 - Classificação ..................................................................................................................................................... 14 U NIDADE II SUBFILO TRILOBITA E UNIRAMIA 2.1 - Subfilo Trilobita .................................................................................................................................................15 2.2 - Subfilo Uniramia (Atelocerata) ........................................................................................................................15 U NIDADE III SUBFILO CHELICERATA 27 3.2 - Classe Pycnogonida ....................................................................................................................................... 27 3.3 - Classe Merostomata ........................................................................................................................................ 28 3.4 - Classe Arachnida ............................................................................................................................................ 28 3.1 - Características gerais ...................................................................................................................................... U NIDADE IV SUBFILO CRUSTACEA 4.1 - Características gerais ...................................................................................................................................... 31 4.2 - Classe Remipedia............................................................................................................................................. 31 4.3 - Classe Cephalocarida............................................................................................................................................. 31 4.4 - Classe Branchiopoda....................................................................................................................................... 31 4.5 - Classe Mallacostraca........................................................................................................................................ 32 4.6 - Classe Maxillopoda.......................................................................................................................................... 33 U NIDADE V FILO MOLLUSCA 5.1 - Características gerais....................................................................................................................................... 35 5.2 - Classe Aplacophora............................................................................................................................................. 35 5.3 - Classe Monoplacophora......................................................................................................................................... 36 5.4 - Classe Polyplacophora............................................................................................................................................ 36 5.5 - Classe Gastropoda............................................................................................................................................. 36 5.6 - Classe Bivalvia.................................................................................................................................................. 37 5.7 - Classe Scaphopoda.......................................................................................................................................... 37 5.8 - Classe Cephalopoda.......................................................................................................................................... 38 Glossário.....................................................................................................................................................................41 Gabarito...................................................................................................................................................................... 46 Referências bibliográficas..........................................................................................................................................48 Apêndice.....................................................................................................................................................................49 Quadro-síntese do conteúdo programático UNIDADES DO PROGRAMA 1 - CARACTERÍSTICAS GERAIS DEARTHROPODA 1.1 - Anatomia 1.2 - Estrutura interna 1.3 - Classificação 2 - SUBFILO TRILOBITA E UNIRAMIA 2.1 - Subfilo Trilobita 2.2 - Subfilo Uniramia (Atelocerata) 3 - SUBFILO CHELICERATA 3.1 - Características gerais 3.2 - Classe Pycnogonida 3.3 - Classe Merostomata 3.4 - Classe Arachnida OBJETIVOS • Conduzir o aluno ao conhecimento da morfologia de Arthropoda; • Permitir o entendimento da fisiologia do Filo; • Informar o aluno sobre a diversidade do Filo. • Transmitir ao aluno a noção da organização geral dos Subfilos Trilobita e Uniramia; • Transmitir ao aluno as características diagnósticas da Superclasse Myriapoda e sua diversidade; • Transmitir ao aluno as características diagnósticas da Superclasse Hexapoda e sua diversidade. • Proporcionar ao aluno o entendimento da diagnose do grupo; • Transmitir ao aluno as características diagnósticas das Classes. 4 - SUBFILO CRUSTACEA 4.1 - Características gerais 4.2 - Classe Remipedia 4.3 - Classe Cephalocarida 4.4 - Classe Branchiopoda 4.5 - Classe Mallacostraca 4.6 - Classe Maxillopoda • Proporcionar a diagnose do grupo; • Transmitir ao aluno as características diagnósticas das Classes. 5 - FILO MOLLUSCA 5.1 - Características gerais 5.2 - Classe Aplacophora 5.3 - Classe Monoplacophora 5.4 - Classe Polyplacophora 5.5 - Classe Gastropoda 5.6 - Classe Bivalvia 5.7 - Classe Scaphopoda 5.8 - Classe Cephalopoda • Levar o aluno a relacionar as principais características do grupo; • Transmitir ao aluno as características diagnósticas das Classes. 11 12 Contextualização da Disciplina O filo Arthropoda (arthros = articulado + poda = pé) contém a maioria da biodiversidade existente. Estão nesta categoria os insetos, crustáceos, aranhas, escorpiões, centopéias e outros animais menos conhecidos. É um dos filos mais importantes ecologicamente, pois domina todos os ecossistemas terrestres e aquáticos em número de espécies, de indivíduos ou ambos. Estão descritas cientificamente mais de um milhão de espécies de artrópodes (mais de 890.000 espécies apenas, segundo outros autores), ou seja, mais de 4/5 de todas as espécies existentes, desde formas microscópicas do plâncton, com menos de um quarto de milímetro, até animais de grandes dimensões. Se o número de espécies pudesse ser usado como indicador de sucesso de um grupo animal, os artrópodes poderiam ser considerados os dominadores do mundo, pois superam em diversidade todos os outros grupos animais reunidos. É, portanto, o maior dos grupos zoológicos, tanto em diversidade de formas como em número de indivíduos. A enorme variedade permite a sobrevivência dos artrópodes em todos os ambientes. É praticamente impossível encontrar um local não habitado por pelo menos um artrópode. Para que se tenha idéia da diversidade de habitats que apresentam, pode-se dizer que foram encontrados artrópodes em montanhas, em grandes altitudes, assim como em profundidades oceânicas. Há formas adaptadas para a vida no ar, na terra, no solo e em água doce e salgada. Tradicionalmente, acreditava-se que os artrópodes tenham evoluído a partir de animais tipo anelídeo poliqueta ou que tenha existido um ancestral comum aos dois filos. Apresentam sistema nervoso semelhante ao da escada de corda. Ambos possuem o corpo segmentado externamente – fenômeno denominado metamerização. Estudos genéticos recentes mostram que os filos mais próximos dos artrópodes são Onychophora e Tardigrada. UNIDADE I 13 CARACTERÍSTICAS GERAIS DE ARTHROPODA 1.1 – Anatomia Têm simetria bilateral e corpo segmentado com vários apêndices articulados. Os apêndices estão especializados para a alimentação, para a percepção sensorial, para defesa e para a locomoção. São estes “pés articulados” que dão o nome ao filo. Nos artrópodos, os segmentos ou metâmeros, durante o desenvolvimento embrionário, podem ser agrupados de acordo com a função exercida em regiões do corpo, denominadas tagmas, tipicamente: • Cabeça - tagma sensorial; • Tórax - tagma locomotor; • Abdômen – tagma visceral. Pode ocorrer junção de alguns tagmas: cabeça + tórax (cefalotórax) e tórax mais abdome (tronco). Todas as superfícies externas do corpo são revestidas por um exoesqueleto orgânico contendo quitina (especialmente), proteínas, ceras e lipídeos. Nos crustáceos, pode ser ainda mais endurecido por impregnação de carbonato de cálcio, formando uma carapaça. O exoesqueleto apresenta, externamente, tricobótrios que são pêlos e cerdas sensoriais e, internamente, dobras e pregas internas (apódemas), que servem de apoio aos músculos. O exoesqueleto fornece suporte ao corpo, permite à movimentação dos apêndices, apoio aos músculos e protege contra choques mecânicos e perda de água, o que explica seu sucesso em meio terrestre. No entanto, o exoesqueleto acarreta dificuldades pois é rígido, limitando o crescimento. Devido às dificuldades de crescimento impostas pelo exoesqueleto, os artrópodes necessitam realizar mudas periódicas (ecdise). Crustáceos e quelicerados realizam mudas ao longo de toda a vida, enquanto os insetos param de sofrer esse processo após a maturidade sexual. Processo de Ecdise ou Muda O exoesqueleto é dividido em três camadas: epicutícula, exocutícula e endocutícula. O principal hormônio envolvido é a ecdisona. O exoesqueleto velho é “solto” por enzimas e vai sendo dissolvido de dentro para fora (endocutícula), enquanto um novo é formado por baixo dele. A endocutícula é absorvida pela epiderme. Quando o novo está formado, o exoesqueleto velho (epicutícula e exocutícula) fendese em locais predeterminados e o animal emerge. Enchendo o corpo de ar ou água para expandir ao máximo, o animal espera que o novo exoesqueleto endureça, enquanto cresce. O período entre duas mudas é denominado instar e o material eliminado é denominado exúvia. 1.2 – Estrutura Interna Sistema nervoso ganglionar ventral e órgãos dos sentidos bem desenvolvidos. Apresentam antena que contém grande percepção olfativa e olhos compostos, permitindo respostas rápidas a estímulos. O sistema circulatório é aberto, composto por um vaso dorsal simples, com zonas contrácteis que funcionam como um coração tubular, donde o sangue (denominado hemolinfa com pigmento respiratório hemocianina) passa para uma aorta dorsal anterior. Após passar por este vaso o sangue espalha-se por espaços denominados hemoceles, banhando os tecidos. É importante esclarecer que o sangue distribui apenas os nutrientes, não tendo nenhuma relação com a oxigenação dos tecidos que é realizada, diretamente, pelo sistema respiratório. O sistema respiratório pode ser de diversos tipos, dependendo do meio em que o animal vive. Os artrópodes terrestres possuem canais ramificados de quitina, denominados traquéias, por onde o ar circula. As traquéias são túbulos que se comunicam com o exterior através de aberturas denominadas espiráculos, promovendo a troca de gases. Espécies aquáticas possuem brânquias, ligadas ao sistema de traquéias, enquanto outras respiram pela superfície do corpo. O celoma é reduzido e ocupado pelos órgãos reprodutores e excretores. Esse fato, possivelmente, está relacionado com o abandono da locomoção por pressão hidrostática existente em anelídeos. O sistema digestivo é completo com glândulas digestivas. Peças bucais formadas por apêndices modificados e adaptadas para diferentes tipos de alimentação. O sistema excretor é formado por túbulos de Malpighi, composto por uma rede de 14 túbulos mergulhados na cavidade celômica e em contato com o sangue, donde removem as excreções. Estes tubos comunicam com o intestino, onde lançam esses produtos, que são eliminados com as fezes. Dependendo da posição anatômica e do grupo taxonômico o sistema excretor pode ser denominado glândulas coxais, antenais ou maxilares. A reprodução pode ser sexuada ou assexuada. Os artrópodes apresentam sexos separados, com fecundação interna nas formas terrestres e interna ou externa nas aquáticas. Os ovos são ricos em vitelo e o desenvolvimento é quase sempre indireto, passando os animais por metamorfoses. 1.3 – Classificação ARTHROPODA Pés articulados e exoesqueleto quitinoso FILO SUBFILO Trilobita Chelicerata Crustacea Cefalotórax e abdome, quelícera e sem antenas Apêndice birreme, cefalotórax e abdome, mandíbula e dois pares de antenas SUPERCLASSE CLASSE Arachnida Pycnogonida Merostomata Remipedia Cephalocarida Brachiopoda Ostracoda Maxillopoda Mallacostraca Uniramia Apêndice em ramo único, mandíbula e um par de antenas Hexapoda Myriapoda Cabeça, tórax, abdome e três pares de pernas Cabeça, tronco e várias pernas Insecta Protura Diplura Colembola Exercícios de Auto-Avaliação 1) Quais as características diagnósticas de Arthropoda? 2) Quais as vantagens e desvantagens do exosesqueleto? 3) Explique como é feita a oxigenação dos Arthropoda. 4) Quais são os Subfilos de Arthropoda e suas características diagnósticas? 5) Diferencie as Superclasses de Uniramia. Atividades Complementares Pesquise sobre as vantagens e prejuízos que os Arthropoda trazem ao homem. Diplopoda Chilopoda Pauropoda Symphyla UNIDADE II 15 SUBFIL O TRIL OBIT A E UNIRAMIA SUBFILO TRILOBIT OBITA 2.1 – Subfilo Trilobita O vocábulo vem do latim trilobito = formado por três lobos + grego morpha = forma. Grupo que surgiu no período Cambriano e desapareceu no Permiano. Todos marinhos, com corpo dividido em três tagmas: cabeça, tórax e pigídio. Dois sulcos dorsais dividiam o corpo em três lobos. Cabeça com antenas, olhos compostos, boca e apêndices birremes. Tórax e pigídio com apêndices birremes contendo uma parte locomotora (telopodito), outra branquial (epipodito) e uma estrutura mastigadora na base (gnatobase). Deslocavam-se por rolamento do corpo. FONTE: http://www.upv.es 2.2 – Subfilo Uniramia (Atelocerata) Os uniramia são considerados classicamente como um subfilo do filo Arthropoda. São animais principalmente terrestres, caracterizados pela presença de apêndices não ramificados em animais mandibulados. O nome Atelocerata refere-se à perda de um par de antenas. Apresentam como características diagnósticas a presença de quatro apêndices cefálicos (um par de antenas, um par de mandíbulas e dois pares de maxilas), sistema respiratório traqueal, excreção por túbulo de Malpighi e ausência de carapaça. mas nefrídios saculiformes (glândulas coxais) de função incerta também estão presentes. O coração é um tubo dorsal que se estende por todo o comprimento do tronco e apresenta um par de óstios em cada segmento, mas artérias ramificadas raramente estão presentes. Superclasse Myriapoda Classe Chilopoda Agrupa animais segmentados com um elevado número de pernas, como as lacraias e gongôlos. São tradicionalmente divididos em quatro classes: Chilopoda (lacraias), Diplopoda (piolho-de-cobra), Puropoda e Symphila e agregam aproximadamente 13.000 espécies. Os membros dessa classe são conhecidos vulgarmente como centopéias ou lacraias. São animais alongados, achatados ou vermiformes com 15 ou mais pares de pernas (15 a 117 pernas). O corpo está dividido em duas regiões, cabeça e tronco. O tronco apresenta um par de pernas por segmento. A maioria das centopéias tem hábitos crípticos e/ou vida noturna. Esse hábito representa não somente uma proteção contra predadores, mas também contra dessecação. São predadores ativos, distribuídos por todo o mundo, que vivem principalmente em zonas úmidas e quentes, escondendo-se de dia e saindo à noite para perseguir suas presas, geralmente outros artrópodes, embora centopéias grandes possam capturar pequenos vertebrados, como rãs, aves, cobras etc. São animais ativos e correm muito. Apresentam corpo constituído por uma cabeça e um tronco (junção de tórax + abdome) alongado que contém muitos segmentos portadores de pernas. Na cabeça existe um par de antenas e olhos laterais simples. Esses estão constituídos por alguns omatídeos frouxamente agrupados, mas não existe cone cristalino. Symphila e Pauropoda não apresentam olhos. Há higrorreceptores e/ou quimiorreceptores denominados órgãos de Tömösváry, localizados na cabeça. Pode possuir glândula repugnante que secreta substância nociva para sua defesa. Sistema repiratório traqueal. Excreção ocorre pelos túbulos de Malpighi, Sistema nervoso não fortemente cefalizado. Os sexos são separados, a fertilização é interna e a transferência indireta de espermatozóides por espermatóforos está amplamente desenvolvida. Alimentam-se de aranhas, insetos e outros animais pequenos. Todos os quilópodes são venenosos, embora em graus variáveis. 16 Anatomia Externa A cabeça pode ser convexa ou achatada, com as antenas localizadas na margem frontal. A base da mandíbula é alongada e encontra-se na região ventrolateral da cabeça. Os lobos gnatais são portadores de vários dentes grandes e de uma espessa franja de cerdas. Debaixo das mandíbulas, há um par de primeiras maxilas, que forma um lábio inferior funcional. Um par de segundas maxilas sobrepõe-se ao primeiro. Cada primeira maxila tem um palpo curto. Cobrindo todos os outros apêndices bucais, há um grande par de garras de veneno, também chamadas de maxilípedes ou forcípula pois são, na verdade, os apêndices do primeiro segmento do tronco, envolvidos na alimentação. Cada garra é curvada em direção à linha mediana ventral, e termina num gancho pontiagudo, que é a saída do ducto da glândula de veneno, localizada dentro do apêndice. É a esses apêndices que se refere o nome Chilopoda. Atrás do primeiro segmento do tronco, que possui as garras de veneno, encontram-se 15 ou mais segmentos portadores de pernas. As coxas das pernas estão inseridas lateralmente em cada placa esternal. Entre o último segmento com pernas e o telson terminal, estão dois pequenos segmentos sem pernas - os segmentos pré-genital e genital. Além das garras de veneno, há outras adaptações para proteção. O último par de pernas nas centopéias é o mais longo e podem ser usadas na defesa através de “beliscões”. Alguns possuem glândulas repugnantes. Alimentação Acredita-se que a classe, como um todo, é predadora. Pequenos artrópodos formam a maior parte da dieta, mas algumas centopéias alimentam-se de minhocas, caracóis e nematóides. A presa é detectada e localizada por contato através das antenas, ou com as pernas e, então, é capturada e morta, ou atordoada com as garras de veneno. Certas espécies não se alimentam quando desprovidas de suas antenas. Após a captura, a presa é sustentada pelas segundas maxilas e garras de veneno, enquanto as mandíbulas e as primeiras maxilas desempenham a ação manipuladora requerida para a ingestão. O trato digestivo é um tubo reto, com o intestino anterior ocupando de 10 a 70% do comprimento, dependendo da espécie. O intestino posterior é curto. As secreções salivares são fornecidas pelas glândulas associadas em cada um dos apêndices alimentares. Grandes centopéias são freqüentemente temidas, mas o veneno da maioria delas, embora doloroso, não é suficientemente tóxico para ser letal ao homem. O efeito é geralmente similar à picada de uma vespa. Registros de mortes humanas causadas por Scolopendra gigantea não foram comprovados. A espécie Scolopendra heros, além da picada, faz pequenas incisões com suas pernas ao andar; quando o animal é irritado, derrama nessas feridas um veneno produzido perto das coxas, causando inflamação. Trocas Gasosas, Circulação e Excreção As trocas gasosas são efetuadas através de um sistema traqueal. Com poucas exceções, os espiráculos encontram-se na região pleural membranosa acima e logo atrás das coxas. Basicamente, há um par por segmento. O espiráculo, que não pode ser fechado, abre-se em um átrio revestido de pêlos cuticulares (tricomas) que podem reduzir a dessecação ou impedir a entrada de partículas de pó. Os tubos traqueais se abrem na base do átrio e terminam em pequenos tubos cheios de líquido que fornecem oxigênio diretamente para vários tecidos. Geralmente há um único par de túbulos de Malpighi, que consistem de um ou dois pares de tubos delgados ramificados. Os detritos passam do sangue, através das finas paredes dos túbulos, para o lúmen, e depois para o intestino. Grande parte dos detritos nitrogenados é excretada como amônia e não como ácido úrico. Os quilópodos requerem ambiente úmido para manter um balanço hídrico apropriado, pois o tegumento não possui a cutícula cerosa dos insetos e aracnídeos. Órgãos Sensoriais Alguns habitantes de cavernas não possuem olhos e outros quilópodos possuem de poucos a muitos ocelos. Em algumas espécies, os ocelos estão agrupados e organizados de modo que formam olhos compostos. Entretanto, não há evidência de que esses olhos compostos funcionem mais do que na simples detecção do claro e escuro. Muitos quilópodos são negativamente fototrópicos. Um par de órgãos de Tomosvary está presente na base das antenas. Cada órgão sensorial consiste de um disco com um poro central, para o qual convergem as extremidades de células sensoriais. Os poucos estudos sobre os órgãos de Tomosvary sugerem que eles detectam vibrações, talvez auditivas. O último longo par de pernas de muitos quilópodos tem uma função sensorial, elas estão modificadas para formar um par de apêndices anteniformes, dirigidos para trás. Reprodução e Desenvolvimento O ovário é um órgão tubular único localizado acima do intestino e o oviduto se abre numa saída mediana ventral do segmento genital posterior, sem pernas.A abertura feminina é ladeada por um pequeno par de apêndices, chamados de gonópodos. Nos machos há de 1 a 24 testículos, localizados acima do intestino médio. Os testículos estão ligados a um único par de ductos espermáticos que se abrem através de um gonóporo mediano no lado ventral do segmento genital. O segmento genital possui pequenos gonópodos. A transmissão de espermatozóides é indireta nos quilópodos, como nos outros miriápodos. Em geral, o macho constrói uma pequena teia de fios de seda secretada por uma fiandeira localizada no átrio genital. Um espermatóforo, de até vários milímetros, é colocado na teia. A fêmea apanha o espermatóforo e o coloca na sua abertura genital. Os gonópodos de cada sexo auxiliam na manipulação do espermatóforo. O macho geralmente só produz um espermatóforo ao encontrar a fêmea, e freqüentemente há um comportamento inicial de corte. Cada indivíduo pode apalpar a extremidade posterior do parceiro com as antenas enquanto o casal se move em círculos. Este comportamento pode durar até uma hora antes de o macho depositar o espermatóforo. O macho então “sinaliza” para a fêmea (ex.: mantendo as pernas posteriores ao lado do espermatóforo enquanto gira a parte anterior do corpo e toca nas antenas da fêmea). Ela responde rastejando-se em direção do macho e apanhando o espermatóforo. ventrais e dois pares de óstios cardíacos dentro de cada segmento. A cabeça tende a ser convexa dorsalmente e achatada ventralmente, com o epistômio e o labro estendendose para frente das antenas. Os lados da cabeça estão cobertos pelas bases convexas das mandíbulas muito grandes. Distalmente, a mandíbula porta um lobo gnatal que possui dentes e uma superfície raspadora. O assoalho da câmara pré-bucal é formado pelo primeiro par de maxila denominada gnatoquilário. O segundo par está ausente. O tronco pode ser achatado ou essencialmente cilíndrico. O segmento típico (diplossegmento) é coberto por um tergo dorsal convexo que, em muitas espécies, estende-se lateralmente como uma saliência, chamada carena ou paranoto. Ventrolateralmente, existem duas placas pleurais, e ventralmente, duas placas esternais. Também é comum a presença de uma placa esternal mediana. As placas esternais são portadoras de pernas. Os segmentos anteriores diferem consideravelmente dos outros e não são, provavelmente, diplossegmentos. O primeiro (colo) é desprovido de pernas e forma um grande colarinho atrás da cabeça. Os segundo, terceiro e quarto segmentos possuem apenas um par de pernas. O corpo termina no télson, no qual o ânus se abre ventralmente. O tegumento é duro, particularmente os tergitos e, como o tegumento dos crustáceos, está impregnado com sais de cálcio. FONTE: http://animaldiversity.ummz.umich.edu Classe Diplopoda O vocábulo vem do grego diplo = duplo; poda = pé, apêndice. Seus membros são conhecidos vulgarmente como piolhos de cobra, gongôlos ou imbuás. Esses artrópodos são encontrados em todo o mundo, especialmente nos trópicos. Em geral têm hábitos crípticos e evitam a luz. Vivem debaixo de folhas, pedras, cascas de árvores e no solo. Alguns habitam antigas galerias de outros animais, como minhocas; outros são comensais de ninhos de formigas. Um grande número de diplópodos habita cavernas. A maioria dos diplópodos tem cor preta ou marrom; algumas espécies são vermelhas ou alaranjadas, e não são raros os padrões manchados. Alguns diplópodos são luminescentes. Anatomia Externa Apresenta segmentos duplos no tórax (diplossegmentos) derivados da fusão de dois somitos originalmente separados. Cada diplossegmento tem dois pares de pernas, de onde deriva seu nome. A condição de segmentação dupla é também evidente internamente, pois existem dois pares de gânglios O tamanho dos diplópodos varia muito. Alguns são minúsculos, algumas espécies medem 2,0 mm de comprimento, outras medem menos que 4,0 mm, mas a maioria dos membros desta subclasse tem vários centímetros de comprimento. Proteção Para compensar a falta de velocidade na fuga de predadores, muitos mecanismos protetores evoluíram nos diplópodos. O esqueleto calcário protege as regiões superiores e laterais do corpo. E protegem a superfície ventral mais vulnerável, enrolando o tronco em espiral quando em repouso ou perturbados. As glândulas repugnantes estão presentes em muitos diplópodos. Geralmente, há apenas um par de glândulas por segmento, embora elas estejam totalmente ausentes em alguns deles. As aberturas se encontram nos lados das placas tergais, ou nas margens dos lobos tergais. Cada glândula consiste de um grande saco secretor, que se esvazia em um ducto para o exterior através de um poro externo. O principal componente da secreção pode ser um aldeído, quinona, fenol ou cianeto de hidrogênio. A secreção é tóxica ou repelente a pequenos animais, e em algumas espécies tropicais grandes é cáustica à 17 18 pele humana. O fluido é geralmente exsudado lentamente, mas algumas espécies podem liberá-lo como um jato de 10 a 30 cm de distância. Alimentação Quase todos os diplópodos são herbívoros, alimentando-se principalmente de vegetação em decomposição. O alimento é umedecido por secreções e mastigado ou raspado pelas mandíbulas. Entretanto, algumas famílias exibem um progressivo desenvolvimento de peças sugadoras, com degeneração das mandíbulas, culminando com a formação de um rostro perfurante para sugar seiva vegetal. Curiosamente, uma dieta carnívora foi adotada por algumas espécies, e as presas mais comuns incluem opiliões, minhocas e insetos. Como as minhocas, alguns diplópodos ingerem solo do qual a matéria orgânica é digerida. O trato digestivo é tipicamente um tubo reto com um longo intestino médio. As glândulas salivares se abrem na cavidade pré-bucal. O par anterior está localizado na cabeça, e o par posterior fica ao redor do intestino anterior. Trocas Gasosas, Circulação e Excreção Os diplópodos respiram por um sistema traqueal. Existem quatro espiráculos por diplossegmento, localizados logo na frente e lateralmente a cada uma das coxas. Cada espiráculo se abre em uma bolsa traqueal interna da qual surgem numerosas traquéias. O coração situa-se na parte posterior do tronco, mas na parte anterior uma curta aorta continua até a cabeça. Existem dois pares de óstios para cada segmento, com exceção dos segmentos anteriores, nos quais há um único par. Os túbulos de Malpighi surgem de cada lado da junção dos intestinos médio e posterior e freqüentemente são longos e enrolados. Como os quilópodos, os diplópodos não possuem uma epicutícula cerosa, e a maioria das espécies é muito sensível à dessecação. Os poucos quilópodos que vivem em áreas muito secas possuem sacos coxais que aparentemente absorvem água, como gotas de orvalho. Órgãos Sensoriais Os olhos podem estar totalmente ausentes ou pode haver de dois a 80 ocelos. Estes estão dispostos perto das antenas em uma ou várias fileiras, ou em grupos laterais. A maioria dos diplópodos é fototrópica negativa, e mesmo as espécies sem olhos têm fotorreceptores no tegumento. As antenas contêm pêlos tácteis e outras projeções supridas de quimiorreceptores. O animal tende a bater com as antenas no substrato enquanto move. Como nos quilópodos, os órgãos de Tomosvary estão presentes em muitos diplópodos e podem ter função olfativa. Reprodução e Desenvolvimento Um par de longos ovários tubulares fundidos encontra-se entre o intestino médio e o cordão nervoso ventral. Dois ovidutos se estendem para frente até o terceiro segmento, onde cada um se abre em um átrio ou vulva. As vulvas são bolsas protáteis que se abrem na superfície ventral, perto das coxas. Quando retraída, a vulva é coberta externamente por uma peça esclerotizada em forma de capuz, e internamente um pequeno opérculo cobre a abertura do oviduto. Na base da vulva, um sulco leva até um receptáculo seminal. Os testículos ocupam posições correspondentes às dos ovários, mas são tubos pares com conexões transversais. Na parte anterior do corpo, cada testículo se abre em um ducto espermático, que se dirige até um par de pênis, perto da coxa do segundo par de pernas, ou se abre em um único pênis mediano. A transferência de esperma nos diplópodos é indireta, por não haver introdução direta de peças do aparelho reprodutor masculino na fêmea. Entretanto, há necessidade de acasalamento, para que o macho “entregue” seu esperma à fêmea. As aberturas genitais são localizadas na parte anterior do tronco, entre o segundo e terceiro segmentos. Os órgãos copuladores geralmente são apêndices do tronco modificado (gonópodos). Na maioria dos diplópodos, um ou ambos os pares de pernas do sétimo segmento agem como gonópodos. Quando o macho carrega os gonópodos com espermatozóide, ele insere os dois pênis coxais do terceiro segmento através de um anel formado por estruturas em forma de foice chamadas telopoditos. Os machos comunicam sua identidade e intenção à fêmea de diversas maneiras. O sinal é táctil na maioria, quando o macho sobe no dorso da fêmea por meio de almofadas especiais das pernas. Contato das antenas, batidas com a cabeça e estridulação são outros métodos usados. Algumas espécies produzem feromônios que estimulam o comportamento de acasalamento. Durante o “acasalamento”, o corpo do macho está enrolado sobre ou estendido ao lado do corpo da fêmea, de modo que os gonópodos estão opostos à vulva, e o corpo da fêmea é sustentado pelas pernas do macho. Os gonópodos estão protraídos e os espermatozóides são transferidos através da ponta do telopodito ao interior da vulva. Os ovos dos diplópodos são fecundados no momento da postura e, dependendo da espécie, são produzidos de 10 a 300 ovos de uma só vez. Alguns depositam os ovos em grupos no solo ou húmus. 19 Livingstone.BIODIDATIC JW/95 FONTE: http://cas.bellarmine.edu Classe Pauropoda Vocábulo do grego pauro = pequeno + poda = pés. São pequenos, medindo menos de 2,0 mm, com corpo simples e mole. Vivem em solo úmido, húmus ou vegetação em decomposição. Tem um par de antenas ramificadas. Não tem olhos, porém tem um par de estruturas sensoriais que se assemelham a olhos (pseudóculo). O primeiro par de maxilas é transformado em gnatoquilário e o segundo par não existe. Também possui um colo. O tronco tem doze segmentos e alguns deles são parcialmente fusionados como diplosegmentos, pois cada dois segmentos são cobertos por uma placa tergal. Não tem sistema circulatório e respiratório. A fecundação é indireta através de espermatóforo. FONTE: http://www.ipm.uiuc.edu Classe Symphyla Vocábulo do grego sym = junto + phylon = tribo. São pequenos, medindo de 2,0 mm a 10,0 mm de comprimento, com corpo mole. Vive em solo úmido, húmus e entre raízes. Algumas espécies podem ser pragas de plantas. Também não tem olhos, as antenas são simples, tem órgão de Tömösvary bem desenvolvido. Dois pares de maxilas. O tronco possui 14 segmentos. Possui fiandeiras. Sistema respiratório reduzido, com apenas um par de espiráculos na cabeça. FONTE: http://biodidac.bio.uottawa.ca Superclasse Hexapoda São artrópodes mandibulados com apêndices unirremes e seis pernas. Tem corpo dividido em cabeça, tórax e abdome. A cabeça apresenta um par de antenas. Classificação As primeiras classificações de insetos dividiram a Classe Insecta em duas subclasses: Pterygota e Apterygota, insetos com e sem asa, respectivamente. Termo Apterygota introduzido por Aristóteles para insetos sem asas e mais tarde o nome foi utilizado para reunir Collembola, Protura, Diplura e Thysanura. Na década de 1970, a partir de estudos detalhados, a pesquisadora Manton considerou que a classe Insecta, da forma como era tratada, não formava um grupo monofilético, sugerindo o termo Hexapoda para incluir cinco subclasses. Nas últimas décadas do século XX, foi adotada a visão que os Collembola, Protura e Diplura formavam um grupo monofilético denominada Entognatha. Os entognatos apresentam crescimento das peças bucais por dobras orais da parede cranial e as mandíbulas e maxilas crescem, então, em bolsas internas. Apresentam túbulo de Malpighi reduzido e olhos compostos ausentes ou degeneradas. Por ter uma relação mais estreita, Collembola e Protura são reunidas na classe Ellipura ou Parainsecta. Entre os insetos ectógnatos, estudos posteriores mostraram que os membros da família Machilidae de Thysanura possuem mandíbulas monocondilares, isto é que se articulam com a cabeça em um único ponto, enquanto os membros da família Lepismatidae possuem mandíbulas dicondilares, ou seja, com dois pontos de articulação, portanto mais relacionado aos Pterygota. Em 1981, Hennig separou as duas famílias e utilizou o nome Archaeognatha para os Machilidae e Thysanura s. str. para Lepismatidae, Dycondylia foi criado para reunir Thysanura e Pterygota. Entre os pterigotos, são reconhecidos dois grupos: Paleoptera e Neoptera. Paleoptera reúne insetos alados mais primitivos como Efemeroptera e Odonata, com base nas ninfas aquáticas e asas incapazes de dobrar para trás no adulto. Neoptera são os que têm capacidade de flexionar as asas para trás. 20 Morfologia Um inseto tem o corpo dividido em três tagmas básicos: a) cabeça formada pela fusão de seis segmentos com os respectivos apêndices e órgãos sensoriais (olhos compostos e antenas); b) o tórax é formado por três segmentos (protórax, mesotórax e metatórax), cada um deles ligados a um par de pernas e os dois últimos ligados a um par de asas, cada um, sendo, por isso denominado pterotórax; c) o abdome, integrado por 10 a 12 segmentos. FONTE: http://www.consulteme.com.br/atropode/insetos.htm Cabeça Antenas - são apêndices que podem funcionar como órgão olfativo, auditivos, gustativos e tácteis. Uma antena típica apresenta três regiões distintas: escapo, pedicelo e flagelo. Sua forma varia de espécie para espécie. a) Filiforme – semelhante a um fio. Ex: baratas e esperanças; b) Clavada – dilatada na extremidade. Ex: borboletas. c) Setácea – em forma de seta. Ex: odonata; d) Lamelada – em camadas ou lamelas. Ex: besouro da família Scarabaeidae; e) Aristada – flagelo contendo um pêlo. Ex: moscas; f) Plumosa – semelhante a uma pluma. Ex: pernilongos g) Geniculada – flagelo dobrado em ângulo próximo a 90º. Ex: hymenoptera; h) Pectinada – semelhante a um pente. Ex: machos de Mariposa. Olhos – há dois tipos de fotorreceptores: olhos compostos ou simples. Os olhos compostos são formados por unidades denominados omatídeos que formam imagens. Os olhos simples são denominados ocelos e têm percepção apenas para claro e escuro. Aparelho bucal – conjunto de apêndices que funcionam na manipulação do alimento. Entre as peças de aparelho bucal. O tipo básico é o tipo mastigador, adaptado para ingestão de alimentos sólidos. O aparelho bucal é formado por um par de mandíbulas, dois pares de maxilas, labro (lábio superior), lábio (lábio inferior), epifaringe (abaixo do labro) e hipofaringe (em forma de língua). • Mastigador – mandíbulas fortes. Ex: barata, besouro, lavadeira, Louva-deus; • Picador – peças bucais modificadas em estiletes. Ex: cigarra, Pernilongo, piolho, mosquito, pulga etc; • Lambedor – peças bucais modificadas como esponja de absorção. Ex: mosca doméstica. • Sugador – peças bucais modificadas em espirotromba sugadora. Ex: borboleta. Tórax A parte superior é denominada tergo ou noto, a parte ventral, esterno e a parte lateral, pleura. O tórax está relacionado à locomoção. De acordo com a consistência, as asas são classificadas. • Élitro – mais rígida, serve para a proteção. Ex: segundo par de asas dos besouros; • Hemiélitro – metade é rígida como um élitro e a outra metade flexível como uma asa membranosa. Ex: segundo par de asas dos percevejos; • Membranoso – asa mole e flexível. Ex: moscas; • Tégmina – asa de consistência intermediária. Ex: barata. As pernas têm forma adequada ao tipo de função desempenhada. As partes da perna são: coxa, trocanter, fêmur, tíbia, tarso e garras. Os tipos de pernas são: • Cursorial – serve para andar ou correr. Ex: barata; • Saltatorial – Serve para saltar. Ex: gafanhoto; • Coletora – Serve para coleta de pólen, pois apresenta uma escavação onde essa substância é armazenada para o transporte. Ex: abelha; • Raptorial – serve para a captura de presas. Ex: louvadeus; • Natatorial – serve para a natação. Ex: insetos aquáticos; • Fossorial – serve para escavação. Ex: cachorrinho do mato. Abdome Caracterizado pela segmentação típica e ausência geral de apêndices locomotores. Constituído de 11 segmentos, sendo os terminais modificados para copulação ou postura de ovos. Ao longo do lado inferior do tórax e abdome, há pequenas aberturas, os espiráculos, ligados ao sistema respiratório. Na extremidade posterior, há três filamentos caudais, os dois laterais são os cercos e o central é o filamento mediano. Fisiologia e Anatomia Interna Quando as larvas vivem dentro de outros animais parasitando-o e levando-o a morte, temos o parasitóide. Apresentam sistema digestivo completo, consistindo de um tubo que vai de boca ao ânus, com glândulas anexas. Trocas Gasosas e Distribuição dos Gases FONTE:http://pt.wikipedia.org/wiki/Inseto#Anatomia_Interna Anatomia de um inseto A- Cabeça B- Tórax C- Abdómen 1. antena 2. ocelo (inferior) 3. ocelo (superior) 4. olho composto 5. cérebro (gânglios cerebrais) 6. protórax 7. artéria dorsal 8. tubos traqueais e espiráculos 9. meso-tórax 10. meta-tórax 11. asa (1ª) 12. asa (2ª) 13. intestino médio (mesêntero) 14. coração 15. ovário 16. intestino posterior (proctodeo) 17. ânus 18. vagina 19. gânglios abdominais 20. túbulos de Malpighi 21. tarsômero 22. garras tarsais 23. tarso 24. tíbia 25. fémur 26. trocanter 27. intestino anterior (estomodeo) 28. gânglios torácicos 29. coxa 30. glândula salivar 31. gânglio sub-esofágico 32. peças bucais Nutrição A maioria se alimenta de sucos e tecidos vegetais (fitófagos ou herbívoros, respectivamente). Outros são carnívoros, predadores, caçando outros insetos e animais. Os que sugam sangue são chamados hematófagos. Muitos são saprófagos, vivendo em matéria orgânica em decomposição, ou são coprófagos (alimentam-se de dejetos). Muitos são parasitas e outros sofrem hiperparasitismo, ou seja, são parasitas parasitados por outros parasitas. O sistema respiratório típico é o traqueal que permite rápida troca de gases sem perda de água. Entretanto, alguns organismos são aquáticos e apresentam adaptações para captura de gases nesse ambiente. Em alguns, o sistema traqueal é completamente fechado, sem espiráculos e os gases passam por difusão através da cutícula, internamente há uma rede de traquéias. Outros apresentam sistema brânquiotraqueal, com ramificações da parede do corpo formada por cutícula fina e ramificações do sistema traqueal. Os insetos aquáticos que apresentam espiráculos, para evitar entrada de água, apresentam pêlos ao redor do espiráculo que se fecham quando submersos ou apresentam sifão respiratório que mantém na superfície. É sempre bom lembrar que o sistema respiratório é responsável pela distribuição dos gases que não tem nehuma relação com o sistema circulatório. Sistema Circulatório Sistema circulatório aberto ou lacunar responsável pela distribuição de nutrientes e retirada de excretas. Sistema Excretor Os excretas são removidos do intestino através de túbulos de Malpighi. Ciclo de Vida dos Insetos Normalmente, ao eclodir do ovo, os insetos apresentam características diferentes do que se observa nos adultos e necessitam sofrer transformações para atingir essa fase. O conjunto de transformações sofrido por esses organismos é chamado metamorfose. Tipos de Metamorfose a) Ametábolo - eclodem do ovo igual ao adulto, necessitando apenas crescer sem metamorfose Ex: traças. b) Metamorfose Incompleta • Paurometábolo - assemelha-se ao adulto morfologicamente e biologicamente, com algumas diferenças como não desenvolvimento de asas e apêndices genitais. As formas imaturas recebem o nome de ninfa. Ex: percevejos, gafanhotos, baratas etc. 21 22 • Hemimetábolo - iguais aos paurometábolos, porém as formas jovens são aquáticas, recebendo o nome de náiades. Ex: libélulas. c) Holometábolo - eclodem do ovo com uma forma completamente diferente do adulto. Passam por fase de ovo, larva (que sofrem mudas) e pupa (onde sofrem profunda metamorfose originando o adulto). Ex: insetos das ordens Lepidoptera, Coleoptera, Hymenoptera, Diptera, Siphonaptera etc. Obs.: em lepidópteros, a pupa recebe o nome de crisálida. Classificação Taxonômica Entognatha a) Protura - vivem em locais úmidos, no solo, serrapilheira, musgos etc. Alimentam-se de matéria orgânica em decomposição. Não apresentam olhos compostos ou ocelos, cercos, antenas ou asas. Tem aparelho bucal sugador. Apresentam pseudóculos que são estruturas sensoriais semelhantes aos órgãos de Tomosvary. b) Diplura - vivem em locais úmidos, no solo, serrapilheira, sob tronco ou pedras etc. São carnívoros ou herbívoros. Não apresentam olhos compostos ou ocelos e asas. Tem aparelho bucal Mastigador. Apresentam antenas e cercos. c) Collembola - vivem em locais úmidos, no solo, serrapilheira, vegetação herbácea etc. Alimentam-se de matéria orgânica em decomposição. Não apresentam olhos compostos, cercos e asas. Porém, possuem ocelos e antenas. Têm aparelho bucal mastigador. Apresentam fúrcula para saltar e colóforo para aderir a superfícies lisas. Insecta Primitivos a) Archeognatha – apresentam padrão de mandíbula primitivo (monocondilar) e não possuem asas. São de vida livre, noturnos, escondendo-se sob cascas de árvore ou fendas, se alimentam de liquens e detritos vegetais. Possuem olhos compostos, ocelos, antenas e cercos. O aparelho bucal é mastigador e são ametábolos. b) Thysanura s. str. - apresentam padrão de mandíbula novo (dicondilar) e não possuem asas. São de vida livre, noturnos, escondendo-se sob cascas de árvore, pedras ou serrapilheira, se alimentam de papel, cola, ou tecidos (traças de livro). Possuem olhos compostos, cercos e antenas, mas não possuem ocelos. O aparelho bucal é mastigador e são ametábolos. Archeognatha (bristletails) Thysanura (silverfish) FONTE:http://www.ento.csiro.au/Ecowatch/Invertebrate_key/key_images Paleoptera a) Ephemeroptera - apresentam padrão de mandíbula novo (dicondilar) e possuem asas membranosas (asa anterior bem maior que posterior). São de vida livre, vivem poucas horas, apenas para o vôo de cópula e postura dos ovos, suas náiades têm hábito escavador. Possuem olhos compostos e ocelos, cercos longo e antenas. O aparelho bucal é mastigador nas náiades e vestigial nos adultos. São hemimetábolos. b) Odonata - apresentam padrão de mandíbula novo (dicondilar) e possuem asas membranosas sub-iguais. São de vida livre. Tanto adulto quanto imaturos (náiades) são vorazes predadores. Possuem olhos compostos e ocelos, cercos curtos, abdome longo e antenas pequenas. O aparelho bucal é mastigador. São hemimetábolos. a) Protura b) Diplura c) Collembola FONTE: http://www.ento.csiro.au/Ecowatch/Invertebrate_key/key_images Ephemeroptera (mayflies) a) Ephemeroptera b)Odonata FONTE:http://www.ento.csiro.au/Ecowatch/Invertebrate_key/key_image Neoptera Ortopteróides – Hemimetábolos ou Paurometábolos de aparelho bucal mastigador a) Plecoptera - apresentam padrão de mandíbula novo (dicondilar) e possuem asas membranosas alargadas e dobradas em leque. Vivem próximo à água doce e são bons caçadores, náiades herbívoras ou carnívoras. Possuem olhos compostos, cercos multisegmentados, pernas cursoriais e antenas longas. O aparelho bucal pode ser vestigial. b) Blattaria - apresentam padrão de mandíbula novo (dicondilar) e possuem asas anteriores tipo tégmina e posteriores membranosas. Vida noturna, escondendose em fendas, folhas, troncos. Possuem olhos compostos, cercos com um ou multisegmentos, pernas cursoriais e antenas longas. Corpo achatado dorsoventralmente. c) Isoptera - apresentam padrão de mandíbula novo (dicondilar), podem ou não possuir asas membranosas de mesmo tamanho e com uma fratura na base. São insetos sociais. Possuem olhos compostos, cercos curtos, pernas cursoriais e antenas curtas. h) Phasmatodea - apresentam padrão de mandíbula novo (dicondilar) e a maioria não possui asa, nos alados a asa é desenvolvida apenas nos machos (anterior tégmina e posterior membranosa). Vivem em folhagens e caule. Olhos compostos presentes, cercos curtos, pernas cursoriais e corpo semelhante a gravetos ou folhas. i) Embioptera - apresentam padrão de mandíbula novo (dicondilar), machos alados ou ápteros e fêmeas aladas. Vivem em galerias de seda construídas por eles. Olhos compostos presentes, cercos curtos, pernas cursoriais curtas e antenas. j) Zoraptera - apresentam padrão de mandíbula novo (dicondilar). Geralmente, não possuem asas ou apresentam asas membranosas com poucas nervuras. Vivem em ambientes terrestres, são gregários, vivem em colônias sob cascas de árvores, ninhos de cupins etc. Olhos compostos presentes, cercos curtos, pernas cursoriais curtas e antenas. k) Mantophasmatodea - apresentam padrão de mandíbula novo (dicondilar), não possuem asas. Vivem em ambientes terrestre, são predadores. Olhos compostos presentes e sem ocelos. Cercos não segmentados e antenas longas. Apenas duas espécies na Namíbia e Tanzânia. d) Mantodea - apresentam padrão de mandíbula novo (dicondilar) e possuem asas anteriores tégminas e posteriores membranosas. Fêmeas com asas reduzidas ou ausentes. Predadores se alimentam de insetos ou aranhas. Possuem olhos compostos, cercos curtos, pernas raptoriais e antenas curtas. e) Grylloblattodea - apresentam padrão de mandíbula novo (dicondilar) e não possuem asas. Vivem em ambientes frios e úmidos. Olhos compostos pequenos ou ausentes, cercos longos, segmentados e flexíveis, pernas cursoriais e antenas longas. Apenas doze espécies conhecidas. a) Plecoptera b) Blattaria f) Dermaptera - apresentam padrão de mandíbula novo (dicondilar), não possuem asas ou apresentam asas curtas, sendo as anteriores coriáceas e posteriores membranosas. Vivem em ambientes úmidos, são noturnos, se alimentam de matéria vegetal ou animal, viva ou morta. Olhos compostos presentes ou vestigiais. Cercos longos em pinça para defesa e para ajeitar a asa. Pernas cursoriais curtas e antenas longas. g) Orthoptera - apresentam padrão de mandíbula novo (dicondilar), possuem asas anteriores tipo tégmina e posteriores membranosas. Porém, há espécies braquípteras ou ápteras. Olhos compostos presentes, cercos não-segmentados, pernas posteriores saltatoriais e, nas paquinhas, pernas anteriores fossoriais, e antenas longas. Há duas subordens: Ensifera (grilo, esperança e paquinhas) – atritam uma asa na outra para estridular, tímpano na base da tíbia, grilos cantam de dia e noite e esperança a noite; e Caelifera (gafanhotos) estridulam com as pernas na asa, tímpano no primeiro segmento abdominal, só cantam de dia. c) Isoptera FONTE:http://www.ento.csiro.au/Ecowatch/Invertebrate_key/key_images d)Mantodea f)Dermaptera 23 b) Phthiraptera - apresentam padrão de mandíbula novo (dicondilar), asas secundariamente ausentes. Ectoparasitas de mamíferos, corpo dorsalmente achatado, olhos compostos reduzidos. Aparelho bucal mastigador ou sugador perfurante, pernas cursoriais com tarsos adaptados para agarrar e antenas curtas. 24 g) Orthoptera FONTE:http://www.ento.csiro.au/Ecowatch/Invertebrate_key/key_images c) Thysanoptera - apresentam padrão de mandíbula novo (dicondilar), possuem asas curtas, estreitas e franjadas ou ausentes. Vivem em folhagens, brotos, botões florais e frutos, fitófagos. Aparelho bucal sugador-raspador. Olhos compostos pequenos, pernas cursoriais e antenas curtas. d) Hemiptera - apresentam padrão de mandíbula novo (dicondilar), possuem asas membranosas ou asa anterior tipo hemi-élitro. Aparelho bucal sugador-picador. Olhos compostos presentes, pernas cursoriais, antenas longas ou curtas. Há três sub-ordens: Heteroptera com rostro surgindo na parte anterior da cabeça (Ex: percevejo), Auchenorryncha com rostro surgindo da parte posterior da cabeça (Ex: cigarra) e Stenorryncha com rostro surgindo entre as pernas (Ex: pulgão). e) Grylloblattodea h) Phasmatodea i) Embioptera FONTE: http://www.discoverlife.org/nh/tx/Insecta FONTE: http://www.ento.csiro.au/Ecowatch/invertebrate_key/key_images a) Psocoptera b) Phitiraptera j) Zoraptera c) Thysanoptera k) Mantophasmatodea FONTE: http://www.cals.ncsu.edu/course/ent425 Hemipteróides – Paraneoptera – Paurometábolos sem cerco a) Psocoptera - apresentam padrão de mandíbula novo (dicondilar), possuem asas membranosas que se ajustam em telhado, podendo ser braquíptero ou áptero. Vivem em folhagens, serrapilheira, produtos estocados, coleções entomológicas etc. Aparelho bucal mastigador. Olhos compostos forte ou fracamente desenvolvidos, pernas cursoriais, antenas longas e glândulas de seda labiais. FONTE:http://www.ento.csiro.au/Ecowatch/Invertebrate_key/key_images d) Hemiptera d.1) Hemiptera Heteroptera d.2) Hemiptera Auchenorryncha d.3) Hemiptera Stenorryncha FONTE: http://www.ento.csiro.au/Ecowatch/Invertebrate_key/key_images Endopterigotos - Holometábolos a) Strepsitera - apresentam padrão de mandíbula novo (dicondilar), possuem asas anteriores reduzidas e coriáceas e posteriores membranosas nos machos, fêmeas ápteras. Endoparasitas de Hemiptera e Hymenoptera, machos de vida livre quando adultos. Aparelho bucal mastigador reduzido. Olhos compostos e antenas presentes nos machos e pernas cursoriais. Fêmeas larviformes. b) Coleoptera - apresentam padrão de mandíbula novo (dicondilar), possuem anteriores em élitro e posteriores membranosas. Hábitos variados. Aparelho bucal mastigador. Olhos compostos, pernas cursoriais e antenas de forma variada. h) Diptera - apresentam padrão de mandíbula novo (dicondilar), possuem apenas o primeiro par de asas membranoso e funcional, o segundo é transformado em estrutura de equilíbrio denominado halter. Hábitos variados. Aparelho bucal lambedor ou sugadorpicador. Olhos compostos, pernas cursoriais e antenas variáveis. i) Trichoptera - apresentam padrão de mandíbula novo (dicondilar), possuem asas membranosas, anterior maior. Vivem próximo a riachos, larvas aquáticas que constroem “casas”. Aparelho bucal mastigador modificado para absorver fluidos. Olhos compostos, pernas cursoriais e antenas. j) Lepidoptera - apresentam padrão de mandíbula novo (dicondilar), possuem asas membranosas cobertas por escamas. Fitófagos. Aparelho bucal sugador com espirotromba. Olhos compostos, pernas cursoriais e antenas. Larvas com falsas pernas abdominais. k) Hymenoptera - apresentam padrão de mandíbula novo (dicondilar), possuem asas membranosas com nervação reduzida. Hábito variado. Aparelho bucal mastigador ou lambedor. Olhos compostos, pernas cursoriais, antenas longas e primeiro segmento do abdome associado ao tórax por uma constricção. c) Megaloptera - apresentam padrão de mandíbula novo (dicondilar), possuem asas membranosas similares com muitas nervuras. Vivem na vegetação marginal de riachos, larvas aquáticas e predadoras. Aparelho bucal mastigador. Olhos compostos, pernas cursoriais e antenas longas. d) Raphidioptera - apresentam padrão de mandíbula novo (dicondilar), possuem asas membranosas similares com muitas nervuras. Adultos predadores e larvas capturando pequenos insetos no solo. Aparelho bucal mastigador. Olhos compostos, pernas cursoriais, antenas longas e protórax alongado. e) Neuroptera - apresentam padrão de mandíbula novo (dicondilar), possuem asas membranosas similares com muitas nervuras. Vivem na habitat variado, larvas aquáticas, semi-aquáticas ou em casca de árvores. Aparelho bucal mastigador. Olhos compostos, pernas cursoriais e antenas longas. f) Mecoptera - apresentam padrão de mandíbula novo (dicondilar), possuem asas vestigiais ou ausentes. Se presentes, membranosas similares com muitas nervuras. Vivem na vegetação densa próxima a cursos d’água, larvas saprófagas. Aparelho bucal mastigador. Olhos compostos, pernas cursoriais, antenas longas e cabeça projetada formando um rostro. g) Siphonaptera - apresentam padrão de mandíbula novo (dicondilar), asas secundariamente ausentes. Ectoparasitas de aves e mamíferos. Aparelho bucal sugador-picador. Olhos compostos ausentes, ocelos laterais, pernas longas para o salto, antenas curtas e larva vermiforme. b) Coleoptera a) Strepsitera c) Megaloptera d)Raphidiopptera FONTES: http://www.ento.csiro.au/Ecowatch/Invertebrate_key/key_images http://www.hmyz.net/Raphidioptera.jpg e) Neuroptera g) Siphonaptera FONTE: http://www.ento.csiro.au/Ecowatch/Invertebrate_key/key_images 25 26 f) Mecoptera k) Hymenoptera FONTE: www.nhc.ed.ac.uk/images/collections/insecta/Mecoptera.jp FONTE:http://www.ento.csiro.au/Ecowatch/Invertebrate_key/key_images h) Diptera i) Trichoptera j) Lepidoptera FONTE: http://www.ento.csiro.au/Ecowatch/Invertebrate_key/key_images Exercícios de Auto-Avaliação 1) Quais as características diagnósticas de Uniramia? 2) Quais as características diagnósticas de Chilopoda? 3) Quais as características diagnósticas de Diplopoda? 4) Quais as características diagnósticas de Symphyla? 5) Quais as características diagnósticas de Pauropoda? 6) Quais as características diagnósticas de Insecta? 7) Caracterize as ordens mais comuns de insetos. Atividades Complementares Dê uma caminhada em uma área de mata, observando e coletando os insetos que encontrar. UNIDADE III 27 SUBFIL O CHELICERA TA SUBFILO CHELICERAT 3.1 - Características Gerais Esse subfilo inclui as classes Arachnida (aranhas, escorpiões, opiliões etc.), Merostomata (subclasse Xifosura - límulo e a extinta Eurypterida escorpiões marinhos) e Pycnogonida (aranhas-domar). Todos têm o corpo dividido em duas partes ou tagmas: • Prossoma, o anterior, composto do ácron presegmentar + oito segmentos – cefalotórax; • Opistossoma, o posterior, com 12 segmentos abdôme. Prossoma ou Cefalotórax Possuem seis pares de apêndices uniramosos (não ramificados): • Um par de quelíceras; • Um par de pedipalpos; • Quatro pares de pernas locomotoras. OBS: ao contrário dos restantes dos artrópodes, eles não têm mandíbulas nem antenas e, com exceção do limulo, possuem apenas ocelos. Sistema Digestivo Há intensa digestão extracorpórea, para posterior ingestão do material liquefeito. São generalistas. Há diversas estratégias de captura de presas. Sistema digestivo igual dos outros artrópodes, tendo, entretanto um estomodeu (tubo digestivo anterior) frequentemente composto por áreas especializadas (papo, moela ou órgão de bombeamento), um mesodeu para digestão química e absorção e um proctodeu para elimenação de dejetos. Sistema Circulatório Não existe muita diferença do plano básico dos artrópodes, porém o sistema arterial pode ser mais desenvolvido. O “sangue” possui capacidade de armazenamento e defesa contra microorganismos, além de poder ajudar no endurecimento da cutícula. Sistema Respiratório As trocas gasosas ocorrem através de brânquiasem-livro em xifosura, fornecendo grande contato entre o oxigênia da água do mar e as lamelas dessa estrutura. Em aranhas, traquéias e pulmões-livro são as principais estruturas. Em animais de pequeno porte, como ácaros, as trocas gasosas são através da cutícula. Sistema Excretor As principais estruturas de excreção são as glândulas coxais e os túbulos de Malpighi, embora em Pycnogonida a eliminação de excretas corra por difusão. Sistema Nervoso e Órgãos Sensoriais Mesmo plano básico de artrópodes. Como estruturais sensoriais, temos: cerdas (mecanorreceotoras), tricobótrios, órgão em fenda – liriformes (georreceptores, receptores de som, etc), ocelos (claro e escuro) e olhos compostos (visão em Xiphosura). Reprodução São dióicos. A presença de órgão masculino específico para cópula não é comum. Desenvolvimento direto, alguns ovíparos, outros ovovivíparos e víviparos. A transferência de espermatozóides pode se dar de forma indireta através de espermatóforo. 3.2 - Classe Pycnogonida Ocorrem em profundidades maiores que 3000 m e são abundantes em mares polares. São pequenos, com tagmatização diferente: a região anterior possui uma probóscide, a segunda região contém as pernas e um tubérculo dorsal, provavelmente, representa o opistossoma ou abdôme. Na probóscide há quatro olhos simples, os quelíforos, palpos, primeiro par de pernas locomotoras e ovígeras (pernas modificadas que carregam ovos). Na segunda região há o segundo e terceiro par de pernas e no opistossoma há o quarto par de pernas. FONTE:http://mek.oszk.hu/03400/03408/html/img/brehm 28 3.3 - Classe Merostomata São marinhos, possuem prossoma coberto por carapaça e o opistossoma pode ser dividido ou não em mesossoma e metassoma. Pedipalpo semelhante a perna locomotora e telso em forma de lança. Subclasse Eurypterida Grupo extinto que podia alcançar 3,0 m de comprimento. Último par de apêndices do prossoma alargado em remo. O opistossoma segmentado apresentava um mesossoma mais alargado com apêndicews e metassoma estreito. Quelíceras reduzidas em algums espécies e desenvolvidas em outras podendo ser queladas. FONTE: http://www.palaeos.com/Invertebrates/Arthropods/ Eurypterida/eurypt-morphology.gif&imgrefurl=http Subclasse Xiphosura São os límulos que vivem em águas calmas e rasas da costa do Atlântico Norte. A carapaça que recobre o prossoma tem forma de ferradura, apresenta 2 olhos compostos laterais, dois ocelos medianos. Seis pares de apêndices lamelares locomotores. Flabelo para limpar as brânquias. Opistossoma com 5 pares de brânquias-livro. FONTE: http://www.maine.gov/dmr/rm/aquarium/teachers_guide/horseshoe 3.4 - Classe Arachnida Possuem prossoma coberto por uma carapaça, ocelos e terrestres. principalmente por insetos e aranhas que capturam com os pedipalpos e matam com o ferrão. Ordem Scorpiones Apresentam o corpo alongado, dividido em prossoma e opistossoma (mesossoma e metassoma). No primeiro, encontramos um par de quelíceras e um par de pedipalpos bastante desenvolvidos que termina em forma de pinças. O abdome é formado por duas regiões distintas: uma porção anterior larga e achatada, constituída por sete segmentos que é denominado pré-abdome (mesossoma); e uma porção posterior, cilíndrica e estreita, formada por cinco segmentos, denominada pós-abdome (metassoma). Ventralmente, no segundo segmento ocorre uma placa sensorial denominada “pente”, com função sensorial. O último segmento do pós abdome recebe o nome de telson e sua extremidade distal termina em um ferrão onde desemboca a glândula de veneno (aguilhão). Habitam regiões quentes e secas, escondendo-se durante o dia em vários locais protegidos, saindo à noite para capturar suas presas representadas FONTE:http://ag.arizona.edu/pubs/insects/az1223 Ordem Uropygi São os escorpiões vinagre, pois eliminam um odor semelhante a ácido acético. Podem alcançar 8 cm. São noturnos e vivem sob pedras e serrapilheira. Prossoma coberto por carapaça, opistossoma dividido, metassoma com telso em forma de chicote. O primeiro par de pernas tem função sensorial e funciona como uma antena. Ordem Aranae Prossoma não dividido coberto por carapaça e concetado ao opistossoma por pedicelo. Maioria com oito olhos, queliceras com dente inoculador de veneno, com glândulas produtoras de seda e fiandeira. FONTE: http://www.bumblebee.org/invertebrates/images/spider. FONTE:http://www.nmpest.com/images/WhipscorpionT.JPG Ordem Schizomida Todos menores que 1,0 cm. Possuem prossoma dividido em propeltídeo coberto por caracpaça e dois segmentos (mesopeltídeo e metapeltídeo). Primeiro par de pernas sensitivas e glândulas repunantes. Ordem Ricinulei Têm menos de 1,0 cm de comprimento, vivem escondidos em tocas, grutas e serrapilheira. Prossoma coberto por carapaça largamente conectado ao opistossoma. Quelícera e pedipalpo pequenos. Ordem Pseudoscorpiones São os falsos escorpiões, porém não apresentam opistossoma alongado terminando em aguilhão. Pedipalpos quelados com glândulas de veneno. Menos de 7,0 mm de comprimento. Ordem Solpugida Vivem em desertos da América, África e Ásia. Prossoma dividido, quelíceras grandes, pedipalpos longos semelhantes a pernas locomotoras. FONTE: http://web.pdx.edu/~smasta/Images/schizomid72dpiHigh.jpg&imgrefurl Ordem Amblypygi Prossoma não dividido, coberto por carapaça e conectado ao opistossoma por pedicelo estreito. Pedipalpos grande não quelados, primeiro par de pernas anteniforme. Ordem Opiliones Possuem quelíceras pequenas, não queladas, pedipalpos e pernas longas. Apresentam glândulas secretoras de substância repugnante. Ordem Palpigradi Possuem prossoma dividido em proterossoma, coberto pelo propeltídeo seguido por dois segmentos conectados ao opistossoma por pedicelo estreito. São diminutos. FONTE: http://www.uvm.edu/pss/pss161/arthropods/opiliones.jpg 29 30 Ordem Acari São os ácaros e carrapatos. Muitos são parasitas, corpo globoso coberto por carapaça. Solpugidae Acari FONTE: http://palaeo.gly.bris.ac.uk/Palaeofiles/Fossilgroups/Chelicerata Pseudoscorpiones Palpigradi Amblipygi Ricinulei Exercícios de Auto-Avaliação 1) Quais as características diagnósticas de Chelicerata? 2) Quais as características diagnósticas de Pycnogonida? 3) Quais as características diagnósticas de Merostomata? 4) Quais as características diagnósticas de Arachnida? Atividades Complementares Monte os insetos coletados na atividade anterior. UNIDADE IV 31 SUBFIL O CRUST AC E A CRUSTA 4.1 - Características Gerais Grupo principalmente marinho, com alguns representantes de água doce e uma espécie terrestre (tatuzinho de jardim). São mandibulados e apresentam o corpo dividido em cabeça e tronco ou com tagmatização em cefalotórax e abdome. Há um escudo cefálico ou carapaça. Apresentam dois pares de antenas e dez ou mais pernas. Em muitos crustáceos, um a três segmentos torácicos anteriores se fusonaram com a cabeça, e esses apêndices foram incorporados como elementos bucais chamados maxilípedes. Os apêndices são birremes, compostos por um protopodito (parte proximal) e seguido de um bifurcação (endopodito e exopodito). Fisiologia semelhante ao plano básico dos artrópodes, com respiração branquial, sitema circulatório aberto com o sangue sendo oxigenado nas brânquias, sistema digestivo reto e completo e sistema excretor formado por glândulas antenais ou maxilares. São divididos em cinco classes: Remipedia, Cephalocarida, Branchiopoda, Malacostraca e Maxillopoda. 4.2 - Classe Remipedia Habita cavernas marinhas e tem até 30,0 mm de comprimento. Possuem o corpo dividido em duas partes: cabeça ou cefalon e tronco. O tronco tem 32 segmentos cada um com um par de apêndices birremes, em forma de remo e lateralmente dispostos. Maxílulas com veneno. FONTE :http:/science.kennesaw.edu/~jdirnber/InvertZoo/ LecArthropod/Remipedia.jpg 4.3 - Classe Cephalocarida Crustáceos pequenos que medem de 2,0 a 4,0 mm de comprimento, ocorrem desde regiões rasa até 1500 m de profundidade. Possuem cabeça coberta por escudo cefálico, um tórax e um abdome com um telso. Não possuem maxilípedes e nem olhos. Têm apêndices torácicos birremes e foliáceos (filópodes). FONTE: http://tolweb.org/Cephalocarida 4.4 - Classe Branchiopoda O número de apêndices e segmentos torácicos é variado, carapaça ausente em algumas espécies e presente em outras, assim como as maxilas e maxílulas que são reduzidas ou estão ausentes. Porém, têm apêndices corporais foliáceos (filópodes), o telso com ramos caudais e ausência de maxilípedes. Habitam ambientes efêmeros. Portanto, têm ciclo de vida curto. a. Ordem Anacostraca (Artemia) – menos de 1,0 cm e sem concha; b. Ordem Notostraca - mede de 2,0 a 10,0 cm, com concha nas costas; c. Ordem Diplostraca – mede de 0,5 a 3,0 mm. Concha formada por duas valvas, sua concha difere da concha 32 dos moluscos, pois é formada por proteínas, lipídios, quitina e carbonato de cálcio. Há um grupo que possui a concha dobrada dorsalmente em uma peça única, que deixa a cabeça exposta (Cladocera – pulga d’água) e outro grupo com concha articulada entre as duas valvas e que cobre todo o animal (crustáceos bivalves). a) Diplostraca FONTE: http://animaldiversity.ummz.umich.edu a) Anostraca b) Notostraca FONTE a:http://content.answers.com FONTE b: http://mek.oszk.hu/03400/03408/html 4.5 - Classe Mallacostraca Subclasse Phylocarida Marinhos de 5,0 a 15,0 mm, muitas espécies fósseis. Podem habitar ambientes hostis como fontes termais. Possuem filópodes torácicos e sete pleópodes (pernas abdominais). Alguns apêndices birremes e rostro articulado. raptorial quelada (portadora de pinça) utilizada para caçar, pois esse grupo é formado por excelentes predadores. Medem entre 2,0 e 30,0 cm. Suas brânquias estão localizadas nas pernas abdominais. a) Tamburutaca FONTE: http://www.crustacea.net FONTE: http://animaldiversity.ummz.umich.edu Subclasse Eumallacostraca b) Ordem Euphasiacea Não apresentam maxilípedes, possuem brânquias torácicas e pereópodes birremes, com exopoditos e cerdas alimentares. Semelhantes ao camarão, porém menores, medindo de 3,0 a 6,0 cm. São conhecidos como Krill. São bioluminescentes. São os verdadeiros Mallacostraca que são compostos pelas espécies conhecidas da população como, por exemplo, camarão, caranguejo, siri, lagosta etc. a) Ordem Stomatopoda São as conhecidas tamburutacas que possuem três pares de pernas torácicas (pereópodes), cinco pares de maxilípedes (apêndices para manipulação do alimento) e cinco pares de pernas abdominais (pleópodes). O segundo par de maxilípede é modificado em uma perna b) Krill FONTE: http://www-atdp.berkeley.edu c) Ordem Decapoda São os mais populares. Apresentam três pares de maxilípedes, cinco pares de pereópodes (o primeiro e o segundo podem ser quelados) e cinco pares de pleópodes. O nome da ordem deriva da quantidade de pernas (10 pernas). Há alguns grupos que possuem o abdome reduzido e dobrado sob o cefalotórax como caranguejo, siri e Tatuí. a 500,0 mm. Há grupos parasitas. Não possuem carapaça e são achatados dorsoventralmente. Tem um par de maxílipede (primeiro apêndice torácico) e sete pares de pernas (pereópodes). Os pleópodes (pernas abdominais) são transformados em brânquias ou pseudotraquéias. FONTE: http://www.atlantecologia.unito.it e) Amphipoda Não possuem carapaça, apresentam um par de maxilípedes, mas são achatados lateralmente e possuem brânquias no tórax. Seus dois primeiros pares de pereópodes são queladas. Variam de 1,0 mm a 25,0 cm. FONTE: http://a-bangladesh.com d) Ordem Isopoda Estão presentes em quase todos os ambientes e são os únicos crustáceos terrestres. Medem de 0,5 FONTE: http://www.aunj.org 4.6 - Classe Maxillopoda Possuem cinco segmentos cefálicos, seis torácicos e quatro abdominais. Apresentam olhos maxiopodianos. Devido a essas características, esse grupo é considerado neotênico, ou seja, pós-larvas que atingiram a maturidade sexual antes de adquirir características de adulto. 1) Subclasse Thecostraca (cracas) - contém cirros; 2) Subclasse Copepoda - muitos são parasitas; 3) Subclasse Ostracoda - contém concha com duas valvas, porém não apresentam linhas de crescimento. 2) Copepoda 1) Craca 33 34 3) Ostracoda FONTE 1 - http://animaldiversity.ummz.umich.edu FONTE 2 - http://www.fauna.is FONTE 3 - http://www.wigry.win.p Exercícios de Auto-Avaliação 1) Quais as características diagnósticas de Crustacea? 2) Quais as características diagnósticas de Remipedia? 3) Quais as características diagnósticas de Cephalocarida? 4) Quais as características diagnósticas de Branchiopoda? 5) Quais as características diagnósticas de Mallacostraca? 6) Quais as características diagnósticas de Maxillopoda? Atividades Complementares Etiquete os insetos coletados e organize-os em uma caixa entomológica. UNIDADE V 35 FILO MOLLUSCA 5.1 - Características Gerais Esses organismos representam um dos maiores e mais diversos filos de todo o reino animal. Junto aos artrópodes, estes possuem o maior número de animais descritos de todo o reino animal. O nome Mollusca é derivado da palavra em latim Molluscus, que significa mole. Uma das características mais distintas é um corpo interno mole que contrasta com uma concha exterior dura. São protostomados, de simetria bilateral e celomados (com celoma reduzido). A morfologia do ancestral era composta por uma concha, com apenas uma valva, um pé macio por onde se arrastava, uma parte visceral e um manto. O manto é a parte do organismo responsável por secretar a concha. Entre o manto e a massa visceral há uma cavidade chamada cavidade palial responsável pela respiração. Além de possuir um epitélio sensorial olfativo (o osfrádio), têm a abertura do intestino, sistema reprodutor e excretor. A estrutura do corpo desse filo é similar, todos os organismos possuem corpo não segmentado, composto por uma cabeça, um pé e uma massa visceral. A cabeça contém os órgãos do sistema sensorial, como olhos, estatocistos e tentáculos. Estatocistos são órgãos sensoriais de equilíbrio. O pé funciona na movimentação do organismo e a massa visceral contém os órgãos internos. Possuem cutícula ciliada e a epiderme contém glândulas produtoras de muco. São divididos em 8 (oito) classes, das quais três são os mais populares: os bivalves, os cefalópodes e os gastrópodes. As brânquias são denominadas ctenídeos e estão localizadas na cavidade palial, por onde a água passa, trazendo oxigênio, captado por seus filamentos, e sai carregando o gás carbônico, além dos dejetos, visto que o ânus também está localizado nessa região. Há um fluxo inalante (entrada de água) e um fluxo exalante (saída de água) dorsal às brânquias visando evitar poluí-las com os dejetos liberados. Nas lulas e polvos, a água é impulsionada por contrações musculares, permitindo o deslocamento por propulsão a jato. Nos organismos terrestres, cavidade do manto é vascularizada formando uma câmara como um falso pulmão. O sistema circulatório é aberto, exceto nos cefalópodes. O sistema nervoso é ganglionar. O sistema digestivo é completo, de boca a ânus. Na grande maioria dos grupos, há uma espécie de língua raladora denominada rádula. Outra estrutura comum é o estilete cristalino, que é um órgão afilado que auxilia na trituração do alimento. O sistema excretor é formado por um ou mais pares de metanefrídeos. Algumas espécies são filtradoras, ou seja, se alimentam de partículas dispersas na água. A concha é composta por três camadas: o periostraco, mais externo, a prismática (intermediária) e a nacarada, mais interna. O periostraco é a porção orgânica da concha, enquanto as outras duas camadas são formadas por carbonato de cálcio. A pérola é formada quando um corpo estranho penetra na cavidade do manto. O organismo, em uma reação de defesa, começa a secretar nácar sobre o invasor a fim de isolá-lo e, então, a pérola é formada. Os moluscos são encontrados em todos os ambientes. Existem moluscos vivendo em rios, lagos, mar e terra. Podem ser fixos, presos a algum substrato, caminhar ou nadar livremente. Podem ser carnívoros, parasitas, herbívoros ou necrófagos. 5.2 - Classe Aplacophora Essa classe é caracterizada por não ter concha. São moluscos marinhos de corpo alongado e cilíndrico. Possuem escamas ou espículas calcárias. Não possuem olhos, estatocistos, tentáculos ou nefrídeos. Possuem cabeça reduzida, rádula e brânquias. FONTE: http://www.manandmollusc.net 36 5.3 - Classe Monoplacophora São moluscos providos de concha única, marinhos e que vivem em grandes profundidades. Possuem órgãos repetidos em série. Sua cavidade palial se situa em torno do pé, formando um sulco lateral onde estão os ctenídeos. A cabeça é reduzida e sem olhos, há tentáculos em torno da boca que é provida de rádula. FONTE: http://cas.bellarmine.edu 5.4 - Classe Polyplacophora São organismos que apresentam o corpo achatado dorsoventralmente, coberto por sete a oito placas calcárias sobrepostas. O manto rodeia todo o corpo, formando um sulco ao redor do pé. As brânquias estão localizadas nessa região e cílios promovem a corrente de água, promovendo as trocas gasosas e a liberação de dejetos. A boca possui rádula. Não possuem estilete cristalino, porém apresentam as glândulas de açúcar responsáveis pela digestão da celulose. FONTE: http://animaldiversity.ummz.umich.edu 5.5 - Classe Gastropoda São moluscos com o corpo assimétrico formado por cabeça, massa visceral e pé. O pé está localizado na massa visceral originando o nome do grupo (pé no estômago). Podem ser marinhos, de água doce ou terrestres. A cabeça possui estatocistos, um ou dois tentáculos e um par de olhos. A maioria apresenta rádula e estilete cristalino. Sofrem uma torção de 90º ou 180º em razão da concha espiralada. Portanto, a cavidade palial se abre antes da cabeça. Possuem uma concha única e espiralada. A concha possui um eixo central denominado columela, em torno da qual se encontram as espiras e a abertura da concha, por onde saem o pé e a cabeça. Há um alongamento na espira maior formando uma cavidade sifonal para possibilitar a entrada e saída de água. No pé há um disco córneo que serve para fechar a concha quando o animal se retrai em defesa. Partes da concha FONTE: http://www.eumed.net 1) Subclasse Prosobranchia 37 Esses organismos apresentam concha espiralada e cavidade palial anterior à cabeça, olhos na base dos tentáculos, com a rádula podendo ou não estar presente. 1) Prosobranchia 2) Ophistobranchia 2) Subclasse Opisthobranchia Esses organismos apresentam cocha reduzida, interna ou ausente. Distorção dos órgão e cavidade palial do lado direito ou posterior à cabeça. 3) Subclasse Pulmonata 3) Pulmonata Esses organismos apresentam concha em espiral ou ausente. A cavidade palial é fechada e vascularizada formando um falso pulmão. Não há ctenídeos. FONTE 1: http://www.manandmollusc.net FONTE 2: http://www.biol.sc.edu FONTE 3: http://www.enchantedlearning.com 5.6 - Classe Bivalvia São organismos que apresentam concha por duas valvas que envolvem a massa visceral. As valvas são unidas por ligamentos na região dorsal e há músculos para sua abertura. O pé se projeta para fora da concha. Marinhos, fixos em substratos ou enterrados no fundo. Não possuem cabeça, rádula ou olhos. Os órgãos sensoriais estão espalhados pela massa visceral. As trocas gasosas são feitas no manto e nos ctenídeos. A água é impulsionada para dentro do sifão inalante pelos cílios e, após as trocas gasosas nas brânquias, sai pelo sifão exalante. Pode haver retenção de partículas alimentares nas brânquias, pois são animais filtradores, produzindo um muco que retém as partículas, conduzindo-as à boca. Há um estilete cristalino que gira, enrolando as partículas alimentares no muco para que sejam digeridas. A protuberância da concha é chamada umbo e as linhas concêntricas na superfície são as linhas de crescimento. Na parte interna da concha, há marcas das cicatrizes musculares e a linha palial que é a cicatriz formada pela massa visceral. Entre as valvas há dentes que evitam o deslizamento e abertura da concha. Partes da concha FONTE: http://www.phoenix.org.br 5.7 - Classe Scaphopoda Esses organismos apresentam uma única concha cônica, com duas aberturas, semelhante a um dente. Possuem uma estrutura semelhante a uma quilha próxima ao pé. Seu manto é dobrado e a massa visceral fundida. Suas trocas gasosas ocorrem através do manto, sem a presença de ctenídeos. Há tentáculos em torno do pé que servem para a captura de alimento (captáculos) que também têm função sensorial. Possuem rádula. FONTE: http://www.meer.org 38 5.8 - Classe Cephalopoda São organismos com o corpo constituído de cabeça fusionada à massa visceral, com pé transformado em braços e tentáculos. Podem atingir grande tamanho. A concha pode estar presente, interna ou externamente, ou ausente. A concha externa é constituída por câmaras cheias de gás que aumentam a capacidade de sustentação na água. Possuem sifão que expulsa a água da cavidade do manto possibilitando locomoção rápida por “propulsão a jato”. Essa circulação de água também possibilita as trocas gasosas, levando oxigênio às brânquias. Em alguns organismos, as brânquias podem ser vestigiais e as trocas gasosas serem feitas pela superfície corporal. 1) Coleoidea (Lula) FONTE: http://userwww.sfsu.edu São carnívoros predadores providos de bico córneo para dilacerar as presas. Os tentáculos e braços servem para a captura de alimento. Há rádula. Ao contrário dos outros moluscos, seu sistema circulatório é fechado, possibilitando oxigenação perfeita dos tecidos, visto que são ágeis e hábeis caçadores. Seu sistema nervoso é altamente desenvolvido e eles apresentam capacidade de aprendizado. Seus olhos são bem desenvolvidos e similares aos olhos dos peixes, formando imagens. Para a defesa, possuem cromatóforos que possibilitam troca de coloração fazendo com que o animal se confunda com o ambiente (camuflagem). Através da glândula de tinta, quando perturbado, o animal turva a água, possibilitando sua fuga do predador. 1) Coleoidea - Polvo FONTE: http://www.dnr.sc.gov 1) Subclasse Coleoidea Com concha reduzida e interna ou ausente. Ex: lulas e polvos; 2) Subclasse Nautiloidea Com concha externa e desenvolvida. Ex: nautilo; 2) Nautiloidea FONTE: http://www.earth.rochester.edu Exercícios de Auto-Avaliação 1) Quais as características diagnósticas de Molusca? 2) Quais as classes de Mollusca? 3) Quais as características diagnósticas de Aplacophora? 4) Quais as características diagnósticas de Monoplacophora? 5) Quais as características diagnósticas de Polyplacophora? 6) Quais as características diagnósticas de Gastropoda? 7) Quais as características diagnósticas de Bivalvia? 8) Quais as características diagnósticas de Scaphopoda? 9) Quais as características diagnósticas de Cephalopoda? Atividades Complementares Observe e compare um exemplar de polvo e de lula. 39 40 Se você: 1) 2) 3) 4) concluiu o estudo deste guia; participou dos encontros; fez contato com seu tutor; realizou as atividades previstas; Então, você está preparado para as avaliações. Parabéns! Glossário Abdome (Abdomen - Ing, Esp, Lat, Fra, Unterleib - Ale) - a última das três divisões principais do corpo dos insetos, vindo logo atrás do tórax, e onde se situa o ânus e o aparelho reprodutor. Quanto aos tipos podem ser séssil (aderente), livre e pedunculado. Abdome pedunculado - é quando a união entre o abdome e o tórax se faz por uma constrição pronunciada, formando um pedúnculo ou pecíolo. É característico em alguns Hymenoptera. Abdômen - ver abdome. Ácron - é a parte anterior não segmentada do corpo de um animal metamérico. Aguilão - ver ferrão. Alado (Alate – Ing; Ailé - Fra; geflügelt - Ale) - que possui asas. Ambulatória - ver pernas ambulatórias. Ametábolo - ver apterygota. Antena (Antenne - Ale; Antenna - Ing; Antenne - Fra; Antena - Esp; Antenne - Ita) - são apêndices formados por três partes distintas: escapo, pedicelo e flagelo, este último formado por uma série de artículos. As antenas são presentes sempre em par, em todos os insetos, por isto são denominados de díceros e, segundo o aspecto dos artículos (antenômeros), elas podem ser classificadas em: filiforme, moliniforme, clavada, capitada, imbricada, fusiforme, serreada, denteada, estiliforme, plumosa, flabelada, setácea, furcada, pectinada, lamelada, geniculada, aristada e composta. Sua função principal é sensorial, como: tato, olfato e audição. Anterolateral - Situado lateralmente e para frente. Áptero (Attero - Ita, Aptero – Esp, Flügellos - Ale Apterous - Ing, Aptère - Fra). (Do grego an, sem; pteron, asa) - que não possui asas. Apterygota - palavra latina, ver apterigoto. Asa (Aile - Fra; Wing - Ing; Flügel -Ale) - são apêndices torácicos laminados, membranosos, reforçados com veias e são articulados ao tórax, para locomoção aérea dos insetos. O par anterior chama-se mesotorácico ou asas I, e o posterior metatorácico ou asas II. Os insetos com apenas um par de asas funcionais são chamados de dípteros, os desprovidos de asas são ápteros e os que, apesar de as possuírem não as usam, são os aptésicos. Quanto aos tipos de asas temos: membranosas, tégminas, hemiélitros, élitros, balancins, pseudo-halteres, franjadas e lobadas. Balancins (Balanciers - Fra; Balancers - Ing; Schwingkölbchens - Ale) - é o primeiro par de asas atrofiadas com função de equilíbrio no vôo. São encontradas em Diptera. Braquíptero - que tem asas curtas que não cobrem o abdome. Cabeça (Cabeza - Esp; Head - Ing; Kopf – Ale) - é a porção anterior das três divisões principais do corpo dos insetos, que apresenta os olhos, as antenas e as peças bucais. Camuflagem - é um procedimento de dissimulação e ocorre quando um inseto possui a mesma cor (homocromia) e, ou a mesma forma (homotipia) das coisas do meio em que vive, podendo ser obtido pelo comportamento (como no caso do bicho-pau, que ao sopro do vento imita os movimentos de um galho real). Sin: mimecrismo. Casulo - é um envoltório tecido em seda, no interior do qual o inseto se empupa. Em sericultura, os casulos são classificados em: casulos de primeira qualidade, casulos de segunda qualidade e casulos duplos. Cerco - apêndice unitário ou em par, localizado no final do abdome, normalmente com função sensorial. Coprófago - é o inseto que consome alimentos de origem animal (zoófago), neste caso, excrementos (ver também alimentação). Sin: ontófago. Corbícula - é uma área lisa, na superfície externa da tíbia, do último par de pernas (pernas coletoras), marginada em cada lado por longos pêlos curvos, que servem como um cesto de pólen. Sin: cesto, corbelha. Coxa - é o primeiro segmento da perna, e se localiza basalmente às porções do tórax. Crisálida (Chrysalide - Fra, Crisalide - Ita) - a pupa de um borboleta. Cromatóforo - é a célula responsável pela mudança da cor, pela expansão ou aglutinação de pigmentos. Cutícula (Cuticule - Fra; Cuticle - Ing; Cuticula - Ale) - é a camada protetora externa da parede do corpo dos insetos e é formada basicamente de Quitina. Diapausa (Diapause - Ing, Fra, Ale) - período de parada do desenvolvimento, igual a atividade vital suspensa. Dimorfismo - quando ocorrem formas morfológicas diferentes numa mesma espécie. Sin: dimormia. Dimorfismo sexual - conjunto de diferenças entre macho e fêmea de uma mesma espécie gonocórica. Dióico - espécie diferenciada em macho e fêmea. Dorsal - relativo ao dorso. Dorso (Dorsum - Ing). (Do latim dorsum, atrás) - é a superfície superior, lado oposto ao ventre. Ecdise (Ecdysis - Ing) - é a porção do exoesqueleto despojada na muda. Ver muda. Eclosão (Eclosion - Ing) - é o aparecimento do adulto (imago) da pupa ou da última pele de ninfa. Sin: emergência. Élitro (Élytre - Fra; Elitre - Ita; Elytron - Ing; Deckflügel, Elytron - Ale) - primeiro par de asas endurecida e engrossada, coriácea ou córnea, encontrado em Coleópteros, Dermápteros e em alguns Hemípteros. Quando não recobrem totalmente o abdome, é chamado de braquiélitros. 41 42 Emergência - ver eclosão. Empupar - é a transformação em pupa. Encasulamento - é a confecção do casulo. Endocutícula - é a camada interna da cutícula. Endoparasita (Endoparasite – Ing) - um parasita que vive dentro do corpo do seu hospedeiro. Entomologia (Insektenkunde, Entomologie – Ale, Entomomlogy, Bugology - Ing) - é a parte da zoologia que estuda os insetos. Sin: insetologia Entomologista - ver entomólogo. Entomólogo - é o zoólogo que faz o estudo científico dos insetos. Sin: entomologista. Epicutícula - é a camada externa da cutícula. Epiderme - é a camada celular da parede do corpo, responsável pela secreção da cutícula. Escapo (Scape - Ing) - é o seguimento de base da antena. Está unido à cabeça na inserção antenal pelo bulbo condilar. Espiráculo (Spiracle - Ing) - são poros de respiração, aberturas do sistema traqueano, através dos quais ocorre a difusão de gases . Eles normalmente ocorrem no terceiro segmento torácico e em todo o abdome. Estádio - ver estágio. Estágio (Instar - Ing, Estadío, Estado - Esp) - no inseto imaturo, o primeiro estágio é a fase depois da eclosão, mas antes de sua primeira muda; O segundo estágio é depois da primeira, mas antes da segunda muda, etc. Sin: instar e estádio. Esternito (Sternite - Ing) - um esclerito na face ventral do segmento abdominal do corpo. Ou seja é a(metade inferior de cada um dos segmentos do abdominais. Estilete - estrutura semelhante a agulha, presente em peças bucais sugadoras. Estridular - produzir som, pelo atrito de duas estruturas ou superfícies. Sin: cricrilar. Som: cricrido, cricri. Exoesqueleto (Exoskeleton – Ing, Esoscheletro - Ita) - estrutura de sustentação externa, formada por peças de cutícula, presente em todos os artrópodes. Exúvia (Exuvie - Fra; Exuvia - Ing; Exuvie - Ale) - a pele abandonada de um inseto ou outro artrópode. Fêmur (Fémur - Esp, Femur - Ing) - é o terceiro segmento da perna, e se localiza entre o trocânter e a tíbia. Feromônio (Pheromone - Ing). (grego phereum, levar para; horman, excitar, estimular) - é um infoquímico mediador de uma interação entre organismos da mesma espécie (ação intraespecífica), produzindo uma resposta comportamental ou fisiológica adaptativamente favorável ao receptor, ao emissor ou a ambos os organismos da interação. Os principais feromônios são: feromônio de agregação, feromônio de alarme, feromônio marcador de trilha e feromônio sexual. Ferrão (Sting – ing, Aguijón – Esp, Aiguillon ou Dard - Fra, Werkzeug - Ale) - é o dardo dos insetos, uma estrutura normalmente oca, fina e dura, normalmente associada a uma glândula produtora de veneno, o que torna os insetos, assim equipados, peçonhentos, por poderem inocular seu veneno. É encontrado em Hymenoptera Aculeata, e é formado pela modificação do ovopositor, servindo para defesa ou agressão. Sin: aguilhão, dardo. Filófago - diz-se dos insetos que consomem alimento de origem vegetal, neste caso, folhas (ver também alimentação). Fossorial - são animais adaptados para escavar o solo, normalmente possuindo pernas fossoriais. Franjada - são as asas que possuem muitos e longos pelos em sua extensão, e são alongadas com poucas nervuras. Fúrcula - aparelho saltador bifurcado, presente no abdome dos Collembola. Gânglio - uma massa de corpos celulares de neurônios que serve como um centro de influência nervosa. Genitália - é o órgão copulador de alguns animais. Em insetos, a forma da genitália é freqüentemente usada para distinguir espécies próximas ou relacionadas. Habitat - significa o lugar ou tipo de local onde um organismo ou população ocorre naturalmente.(Convenção de Diversidade Biológica). Hematófago (Hématophage - Fra; Haematophagous - Ing; Hämatophag - Ale) - diz-se dos insetos que consomem alimentos de origem animal (zoófago), neste caso, o sangue (ver também alimentação). Hemiélitro (Hémiélytre - Fra; Hemelytron - Ing; Halbdecke, Hemielytron - Ale). (do latim Hemi-elytron ‘meio élitro’, plural hemi-elytra) - são asas anteriores que apresentam a parte basal coriácea chamada de cório e a parte apical membranosa chamada de membrana. É encontrada em percevejos. Hemimetabolia (Do grego hemi, meio; metabole, mudança) - são insetos com metamorfose simples, sem estágio de pupa. Os indivíduos se desenvolvem com mudanças graduais no tamanho e forma, do primeiro estágio de ninfa até a fase adulta. Sin: batmetabolia, hemimetábolo, hemimetamorfose. Hemimetabólico - inseto que apresenta hemimetabolia. Hemimetábolo (Hemimetabolous - Ing) - ver hemimetabolia. Hemimetamorfose - ver hemimetábolo. Hipermetabolia - é o tipo de metamorfose completa (holometabolia) que se caracteriza por dois ou mais tipos diferentes de larvas. Sin: hipermetabolia e hipermetamorfose. Ex: cantárida. Holometabolia (Do grego holos, inteiro; metabole, mudança) - insetos com metamorfose completa, com estágios de ovo, larva, pupa e adulto bem distintos. Holometábolo (Holométabole - Fra; Holometabolous - Ing; Holometabol - Ale) - ver holometabolia. Hospedeiro - organismo no qual vive(m) outro(s). Imago - inseto adulto, ou seja, pronto para a reprodução. Obs: ver pedogênese. Imaturo - inseto não completamente desenvolvido; uma larva ou ninfa. Inseto (Insekt – Ale, Insect – Ing, Insecto – Pot, Insetto – Ita, Insectu - Lat) - animais que pertencem à classe insecta. Coletivo: miríade, nuvem, praga, correição. Som: estridular, tritar, garritar, chiar, chirriar, sibilar, silvar, azoinar, zinir, zoar, zumbir, zunir, zunitar. Instar - ver Estágio. Lagarta (Caterpillar - Ing; Oruga - Esp; Raupe - Ale) - é a larva dos Lepidópteros. Larva (Do latim larva, fantasma. Plural, larvae) - inseto imaturo, entre a fase de ovo e a fase pupal, em insetos de desenvolvimento holometabólico. Às vezes usado para insetos com desenvolvimento hemimetabólico (por exemplo, usados para o primeiro estágio de térmitas). Mamangaba (Bourdon - Fra, Bumble bee - Ing, Hummel - Ale). (Ordem Hymenoptera, famílias Apidae, Anthophoridae e outras) - são as grandes abelhas solitárias ou sociais. Nidificam no solo ou em madeira seca. Algumas espécies são essenciais para a polinização de plantas, como os maracujás. Sin: abelhão bomboloni, mamangava, mangava, mangaba, mangagá, mangangá, mangangaba, vespa-de-rodeio, vespão. Decolagem de ninho cavado em árvore morta Metamorfose (Metamorfosi - Ita). (Do grego meta, mudança de; morphe, forma) - a transformação em forma ou substância durante as fases sucessivas do desenvolvimento. Alguns tipos de metamorfose são: ametabolia, paurometabolia, hemimetabolia, hipometabolia, holometabolia e hipermetabolia. Metamorfose direta - ver paurometabolia. Metamorfose gradual - ver paurometabolia. Míiase (Myiasis - Ing). (grego myia, mosca) - condição mórbida causada pela infestação, no corpo do hospedeiro, por larvas de dípteros (ver berne). Mimetismo - é a semelhança que assume ou possui certo organismo (mímico) a uma parte ou um todo de outro animal (modelo), para confundir seus predadores ou para predar, parasitar ou obter vantagem de outra espécie, podendo ser do tipo batesiano, mertesiano, muleriano ou wasmanniano. Mirmecologia - é o ramo da entomologia, que estuda as formigas. Mirmecólogo - é o entomólogo que faz o estudo científico das formigas. Muda (Écdisis ou Exuviosis - Esp; Ecdysis - Ing, Mue - Fra) - é a troca do exoesqueleto dos insetos (a porção despojada é chamada de ecdise) para que possam crescer e passar para novo estágio. Sin: ecdise. Náiade (Naiad - Ing). (Ordens Ephemerida, Plecoptera e Odonata) - por este nome são conhecidas as ninfas aquáticas dos insetos das ordens dos Efemerópteros e Plecópteros, que têm respiração por tráqueo-brânqueas, e também as larvas de Odonatos, que também são conhecidas por odonáiades. Natatória - é a perna que apresenta o fêmur, a tíbia e o tarso achatados e, geralmente, com as margens providas de pêlos e esporões. Exemplos: baratas d’água e besouros aquáticos. Navegação verdadeira (True navigation - Ing) - é a habilidade de um Necrófago. (Necrophagous - Ing). (Do grego nekros, mortos; phagein, come). Diz-se dos insetos que se alimentam de animal ou vegetal morto (ver também alimentação). Ninfa (Nymph - ing, Nymphe - Fra) - a fase imatura de um inseto hemimetabólico; normalmente se assemelha a uma versão em miniatura do adulto. Ocelado - que tem ocelos ou manchas ocelares. Ocelar - pertinente ao olho ou se parece com um olho. Ocellus - ver ocelo. Ocelo (Ocellus - Ing, Ocello - Ita). (Latim ocellus, olho pequeno. Plural, ocelli) - é um olho simples, ocorrendo normalmente em grupo de três, no topo da cabeça dos insetos. Olho simples - ver ocelo. Omatídeo - é a unidade fisiológica da visão, nos olhos compostos, e é constituído por córnea, cone cristalino, célula matiz da córnea, íris, retínula, rabdoma e membrana basal fenestrada. Externamente, é visto como uma faceta, que pode variar do circular ao hexagonal. Ovíparo - é o organismo que põe ovos. Sin: Oótoco. Ovipor - é o ato de por ovos. Sin: Ovipositar. Ovipositar - ver ovipor. Parasito (Parasite - Fra) - diz-se dos insetos que consomem alimentos de origem animal (zoófago). Neste caso, alimenta-se durante qualquer fase de sua vida, do hospedeiro, podendo ou não causar-lhe a morte. São divididos em endoparasito e ectoparasito (ver também alimentação). 43 44 Parasitóide (Parasitoïde - Fra) - é o inseto parasito cujos ovos são colocados em um hospedeiro vivo, no qual a larva se desenvolve, consumindo-o e eventualmente matando-o. Paurometabolia (Paurometabola - Ing). (Do grego pauros, pequenas; metabole, mudança) - é uma divisão da heterometabolia, onde o inseto recém eclodido se assemelha ao adulto, com a diferença da falta de asas e com órgãos sexuais imaturos. Sin: metamorfose gradual ou metamorfose direta. Ex: Isoptera e Hemiptera. Paurometabólico - inseto que se desenvolve por paurometabolia. Paurometábolo - ver paurometabólico. Pernas - são os apêndices torácicos responsáveis pela locomoção terrestre e/ou aquática nos insetos. Tipicamente, as pernas são compostas por coxa, trocânter, fêmur, tíbia, tarso e pós-tarso. Sin: patas. Pernas ambulatórias - são pernas que servem para correr ou andar, não possuindo qualquer modificação especial. São encontradas em baratas, moscas, formigas e vespas. Sin: pernas corredoras, pernas marchadeiras e pernas gressoras. Pernas coletoras - são pernas adaptadas para recolher e transportar grãos de pólen, possuindo uma estrutura denominada corbícula. Estão presentes em alguns himenópteros. Pernas corredoras - ver pernas ambulatórias. Pernas escansoriais - são pernas adaptadas para agarrar nos pêlos de hospedeiros de alguns insetos. Os piolhos são exemplos típicos. Pernas escavadoras - ver pernas fossoriais. Pernas fossoriais - são pernas que servem para escavar o solo. Sin: pernas escavadoras. Pernas nadadoras - ver pernas natatórias. Pernas natatórias - são pernas que servem para nadar. Possuem fêmur, tíbia e tarso achatados e, geralmente, com as margens providas de pelos e esporões. Sin: pernas nadadoras. Pernas preensoras - são pernas adaptadas para a captura de outros animais e insetos. Possuem o fêmur desenvolvido, provido de sulco no qual se aloja a tíbia que é recurvada. Pernas raptadoras - ver pernas raptatórias. Pernas raptatórias - são pernas adaptadas para a captura de outros insetos. Possuem o fêmur e a tíbia providos de espinhos e dentes que se encaixam perfeitamente. Sin: pernas raptadoras. Pernas saltadoras - ver pernas saltatórias. Pernas saltatórias - são pernas adaptadas para saltar. Possuem o fêmur e a tíbia intumescido devido à forte musculatura propulsora. Sin: pernas saltadoras. Praga - nome pelo qual é conhecido o inseto que compete com o homem por recursos naturais, consome suas lavouras, destrói suas propriedades ou ataca suas criações. Deve se ter em mente que os insetos praga têm atuação quanto maior e mais alterado for o ecossistema (por exemplo, na floresta tropical primária em que moro, a tão temida praga da formiga quenquém apenas presta um serviço natural, reciclando os nutrientes das folhas caídas com o auxilio de suas culturas de fungos, arejando as densas copas das árvores para aumentar a insolação nos estratos arbóreos inferiores. Pude observar uma aparente predileção pela planta parasita erva-depassarinho, família das lorantáceas, e suas sementes, o que é uma explicação para seu controle numérico e de tamanho. Por sua vez, a quenquém é controlada por seus inimigos naturais, tatus, moscas parasitóides etc). Predador (Prédateur - Fra) - diz-se dos insetos que consomem alimentos de origem animal (zoófago), neste caso, presas vivas. Pode ser um predador verdadeiro, parasitóide, parasita ou herbívoro que consome partes de plantas (ver também alimentação). Predatismo - é a interação desarmônica, na qual um indivíduo (predador) ataca, e devora outro (presa) de espécie diferente. Presa - organismo que é consumido e eventualmente morto por um predador. Pronoto - é a placa endurecida da parte dorsal do protórax. Protórax - o primeiro dos três seguimentos torácicos. Pseudo-halteres - são as asas anteriores atrofiadas dos machos de Strepsiptera. Pupa (Pupe - Fra) (Do latim pupa, menina. Plural pupae) é o estágio intermediário nos insetos holometabólicos, onde ocorre a metamorfose. Os tipos de pupa são: pupa livre ou exarada, pupa obtecta, que por sua vez se divide em obtecta nua e obtecta fixa-nua e, finalmente, pupa croactada. Puparium - palavra latina. Plural puparia. Ver pupário. Quelado - estrutura semelhante a pinça, com duas garras oponíveis. Quimioreceptor (Chemoreceptor - Ing). (Do grego chemeia, transmutação; latim recipere, para receber) - é um órgão sensitivo, adaptado para perceber sinais químicos. Raptatória (Raptatorial - ing) - primeiro par de pernas do louva-a-deus. O fêmur e a tíbia possuem perfeita adaptação, além de numerosos espinhos que auxiliam na apreensão do alimento. Rostro (Rostrum - Ing). (Do latim rostrum. Bico) - 1) Bico ou probóscide de inseto sugador; 2) Bico ou tromba do gorgulho (Ordem Coleoptera, Família Curculionidae). Saltatória - são as pernas posteriores dos gafanhotos, grilos, esperanças e pulgas. Possuem o fêmur e a tíbia bastante desenvolvidos e alongados. Saprófago (Saprophage - Fra) - diz-se dos insetos que se alimentam de materiais em decomposição, de origem vegetal ou animal (ver também alimentação). Subordem - a maior subdivisão de uma ordem, contendo um grupo de famílias aparentadas. Subclasse (Subclass - Ing) - a maior subdivisão de uma classe, contendo um grupo de ordens aparentadas. Subfamília (Subfamily - Ing) - a maior subdivisão de uma família, contendo um grupo de tribos ou gêneros aparentados. Os nomes das subfamílias são seguidos do sufixo -nae. Subfilo - a maior subdivisão de um filo, contendo um grupo de classes aparentadas. Subespécie - subdivisão de uma espécie, usualmente uma raça geográfica. As diversas subespécies de uma espécie não são muito diferentes umas das outras, apresentam formas intermediárias e são capazes de se reproduzir entre si. Superparasitóide (Superparasitoid - Ing) - 1) É um parasitóide que produz vários descendentes por hospedeiro individual; 2) É a oviposição em um hospedeiro previamente parasitado, por um parasitóide de mesma espécie; 3) É o parasitismo em um hospedeiro por mais larvas do que as que podem chegar até a maturidade. Tarso - é a porção da perna, logo após a tíbia. E possui mais de um segmento, em insetos. Tégmina - é a asa anterior espessada e coriácea. É encontrada nas ordens Blattodea, Mantodea, Orthoptera e Phasmida. Tergo - a superfície dorsal de qualquer segmento do corpo. Tíbia - é o quarto segmento da perna e se localiza entre o fêmur e o tarso. Torácico - 1) Pertencente ou relativo ao tórax. 2) Pertencente ou relativo aos torácicos. Torácicos - animais pertencentes aos artrópodes (arthropoda), crustáceos (crustacea) e cirrípedes (cirripedia), da ordem thoracica, que se caracteriza por ter o corpo revestido por um manto, com seis pares de apêndices no tronco. Ex: cracas. Tórax (Thorax - Ing) - uma das três divisões principais do corpo dos insetos. Fica situada entre a cabeça e o abdome; onde ficam as pernas e asas. Traquéia (Trachea - Ing). (Do latim trachia, traquéia. Plural, tracheae) - um dos tubos que penetram o corpo dos insetos e levam gases para os vários órgãos. São elásticos e espiralares. Eles são abertos ao ar pelos espiráculos. Trocânter - é o segundo segmento da perna e se localiza entre a coxa e o fêmur. Umeral - porção do corpo localizada anterior e basilar à asa. Úmero - o ângulo lateral do pronoto em hemiptera. Ventre (Venter - Ing). (Do latim, venter, barriga) - 1) O abdome. 2) A superfície ventral do abdome, ou seja, oposta ao dorso. Vísceras (Vicera - Ing). (Do latim vicera, intestinos) - são os órgãos internos do corpo. Vivíparo (Viviparous - Ing). (Do latim vivus, vivendo; parere, para procriar) - dá origem a formas jovens vivas, sem pôr ovos. 45 46 Gabarito ATENÇÃO: SÓ OLHE AS RESPOSTAS APÓS TER RESPONDIDO Unidade I 1) Pernas articuladas, tagmatização e exoesqueleto de quitina. 2) Protege contra choques mecânicos e desidratação, porém dificulta o crescimento fazendo com que o artrópode tenha que sofrer o processo de muda. 3) Através do sistema traqueal, as traquéias levam o oxigênio diretamente aos tecidos sem depender do sangue. 4) Trilobita – carapaça dorsal dividida em três lobos; Chelicerata – quatro pares de pernas, corpo dividido em cefalotórax e abdome e sem antenas; Uniramia – corpo dividido em cabeça, tórax e abdome, com um par de antenas; Crustacea – apêndices birremes, corpo dividido em cefalotórax e abdome e dois pares de antenas. 5) Myriapoda – corpo dividido em cabeça e tronco, muitas pernas; Hexapoda – três pares de pernas. Unidade II 1) Apêndices com ramo único, quatro apêndices cefálicos (um par de antenas, um par de mandíbulas e dois pares de maxilas), sistema respiratório traqueal, excreção por túbulo de Malpighi e ausência de carapaça. 2) Corpo dividido em cabeça e tronco, um par de pernas por segmento, achatado dorsoventralmente, presença de forcípula. 3) Corpo dividido em cabeça e tronco; dois pares de pernas por segmento e cilíndrico. 4) São pequenos, medindo de 2,0 mm a 10,0 mm de comprimento, com corpo mole. Não têm olhos, as antenas são simples, têm órgão de Tömösvary bem desenvolvido. 5) São pequenos, medindo menos de 2,0 mm, com corpo simples e mole. Têm um par de antenas ramificadas. 6) Tem asas, corpo dividido em cabeça, tórax e abdome. Possui um par de antenas. 7) Coleoptera – tem élitros; Diptera – tem apenas um par de asas; Hymenoptera – tem contricção entre abdome e tórax; Hemiptera – tem aparelho bucal picador; Lepidoptera – tem asas membranosas cobertas por escamas coloridas. Unidade III 1) Possuem quelícera, tem corpo dividido em cefalotórax e abdome, quatro pares de pernas e não têm antena. 2) São pequenos, com tagmatização diferente: a região anterior possui uma probóscide, a segunda região contém as pernas e um tubérculo dorsal, provavelmente, representa o opistossoma ou abdôme. 3) Possuem prossoma coberto por carapaça e o opistossoma pode ser dividido ou não em mesossoma e metassoma. Pedipalpo semelhante a perna locomotora e telso em forma de lança. 4) Possuem prossoma coberto por uma carapaça, ocelos e terrestres. Unidade IV 1) Possuem carapaça cálcarea, corpo dividido em cefalotórax e abdome, dois pares de antenas. 2) Possuem o corpo dividido em duas partes: cabeça ou cefalon e tronco. O tronco tem 32 segmentos cada um com um par de apêndices birremes, em forma de remo e lateralmente dispostos. Maxílulas com veneno. 3) Possuem cabeça coberta por escudo cefálico, um tórax e um abdome com um telso. Não possuem maxilípedes e nem olhos. Têm apêndices torácicos birremes e foliáceos (filópodes). 4) O número de apêndices e segmentos torácicos variado, carapaça ausente em algumas espécies e presente em outras, assim como as maxilas e maxílulas que são reduzidas ou estão ausentes. Porém, têm apêndices corporais foliáceos (filópodes), o telso com ramos caudais e ausência de maxilípedes. 5) Características variadas, é constituída dos crustáceos mais populares. 6) Possuem cinco segmentos cefálicos, seis torácicos e quatro abdominais. Apresentam olhos maxiopodianos. Unidade V 1) Animais de corpo mole, com padrão de corpo dividido em cabeça, massa visceral e pé. 2) Aplacophora, Monoplacophora, Polyplacophora, Gastropoda, Bivalvia, Scaphopoda e Cephalopoda. 3) Moluscos sem concha. 4) Moluscos com uma concha única. 5) Moluscos com uma concha dividida em oito valvas. 6) Moluscos, normalmente, com concha em espiral. Corpo dividido em cabeça, massa visceral e pé. 7) Moluscos com concha dividida em duas valvas. 8) Moluscos com concha cônica. 9) Moluscos com corpo divido em uma fusão de cabeça e massa visceral, com pé transformado em braços e tentáculos. 47 48 Referências Bibliográficas BRUSCA, Richard e BRUSCA, Gary. Invertebrados. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. GUIMARÃES, José Henrique; TUCCI, Edna Clara e BARROS-BATTESTI, Darcy Moraes. Ectoparasitos de Importância Veterinária. São Paulo: Plêiade, 2001. HENGGE, Ulrich; CURRIE, Bart; JAGGER, Gerold; LUPI, Omar e SCHWARTZ, Robert. Scabies: a ubiquitous neglected skin disease. Lancet Infect Dis 6:769-79, 2006. REY, Luis. Parasitologia. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. RUPPERT, Edward; FOX, Richard e BARNES, Robert. D. Zoologia dos Invertebrados. 7. ed. São Paulo: Roca, 2005. http://curlygirl.naturlink.pt/aracnideos.htm#introducao http://portal.prefeitura.sp.gov.br/secretarias/saude/vigilancia_saude/ccz/0031 http://www.acervosaber.com.br/curiosidades/insetos_aracnideos.htm http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=./urbano/index.html&conteudo=./urbano/pragas/piolhos.html http://www.estadao.com.br http://www.geocities.com/apotecionegro/arac.html http://www.geocities.com/apotecionegro/insetos.html http://www.saudeanimal.com.br/curiosidades_animais.htm http://www.ufrgs.br/para-site/Imagensatlas/Athropoda/Pthirus%20pubis.htm http://www.wikipedia.org http://www1.folha.uol.com.br/folha http://www.aries-online.de/.../bettwanzen.html http://www.hermann-levinson.de/bettwanze.htm http://www.ipm.ncsu.edu/AG369/notes/head_and_body_lice.html http://www.msd-brazil.com.../m_manual/mm_sec18_203.htm APÊNDICE – AVALIAÇÃO II MONTAGEM DE UMA COLEÇÃO ENTOMOLÓGICA Trabalho em grupo - Coleta de 15 ordens diferentes; - Três exemplares diferentes de cada ordem; - Montagem em alfinetes entomológicos – site http://www.entomologia.com; - Organização em caixas entomológicas; - Preservado com naftalina moída. PROCEDIMENTOS BÁSICOS PREPARAÇÃO: etapa em que os alunos coletam, a campo, os insetos solicitados, transportam, preparam, identificam e acondicionam para a apresentação. APRESENTAÇÃO: etapa em que os alunos apresentarão a coleção devidamente acondicionada. Consultar: ALMEIDA, Lúcia Massutti de et al. Manual de coleta, conservação, montagem e identificação de insetos. Ribeirão Preto: Holos, 1998. AZEVEDO-FILHO, Wilson Sampaio de & PRATES-JÚNIOR, Paulo Henrique de Souza. Técnicas de Coleta & Identificação de Insetos. Porto Alegre: Edipucrs. Cadernos Edipucrs, 2005. BORROR, D. J., DELONG, D. M. Introdução ao estudo dos insetos. Trad. D. D. Correa et al. São Paulo: Edgard Blücher, 1998. A coleção deverá ser entregue em caixa de papelão forrada, de tamanho adequado ao conjunto de materiais e com etiqueta de identificação na tampa. O relatório deverá estar dentro da caixa. DATA DA ENTREGA: Dia da avaliação 1 Montagem de Insetos Informações complementares retiradas do site: http://www.ufmt.br/famev/ento/montagem.htm. Os insetos coletados devem ser montados tão rapidamente quanto possível, para evitar que seus apêndices e outras partes do corpo endureçam na posição errada. Se o exemplar ressecar e endurecer, use uma câmara úmida para amolecê-lo. A câmara úmida é feita com um vidro de ± 5 litros de capacidade, com boca larga (vidros vazios de picles são perfeitos). No fundo do vidro, coloca-se uma camada de areia (± 3cm) misturada com bolinhas de naftalina trituradas (para prevenir mofo). A areia é umedecida e os insetos secos são colocados no vidro sobre uma folha de papel toalha; o vidro deve ser bem fechado; os insetos amolecem em cerca de dois dias, por causa da umidade. A montagem é feita com alfinetes entomológicos ou agulhas, nunca em alfinetes de costura, que variam em espessura de 000 até 10. Os mais usados são os de números 0 e 1. Saiba que os alfinetes comuns de costura enferrujam prontamente. 49 50 Aqui estão algumas regrinhas gerais que você deve observar ao montar seus insetos: • O inseto deve ser espetado em posição rigorosamente perpendicular ao alfinete; • Os apêndices, como antenas e pernas, devem ficar em posição simétrica; • As antenas, quando longas, devem ser voltadas para trás e circundar o inseto; • As pernas, principalmente a perna 3 em gafanhotos e esperanças, devem ficar distendidas e baixas, juntas do corpo; • As margens anais das asas anteriores de borboletas e mariposas devem fazer um ângulo de 90° com o eixo longitudinal do corpo; • As margens costais das asas posteriores de borboletas e mariposas devem fazer um ângulo de 90° com o eixo longitudinal do corpo; • As asas de um dos lados de gafanhotos, esperanças, grilos, louva-deus e baratas podem ser montadas abertas; • Os apêndices são mantidos no lugar durante a fase de secagem do exemplar através de alfinetes-guia, que JAMAIS deverão traspassar quaisquer estruturas do inseto. Os insetos são alfinetados em certos locais, dependendo da ordem a que pertencem: • Coleoptera: no élitro direito perto da base; • Hemiptera (Heteroptera): no escutelo; • Dermaptera: no meio do élitro direito; • Mantodea: no metatórax; • Demais ordens: no mesotórax. O bloco de montagem (veja figura abaixo) é usado para se obter altura uniforme dos exemplares e das etiquetas no alfinete. Nos espécimes de pequeno porte (até mais ou menos 5 ou 6 mm) ou delicados, os alfinetes, mesmo os mais finos, podem destruir o exemplar. Nesses casos, usa-se uma técnica chamada dupla montagem. A dupla montagem consiste em colar o inseto em um pequeno triângulo de papel cartão e depois alfinetar o triângulo. Deve-se tomar cuidado para que a quantidade de cola usada seja a mínima possível e não interfira com as estruturas diagnósticas do exemplar. Veja as ilustrações abaixo: A etiqueta deve ser impressa em computador Sugerimos 10 × 20mm ou ½ × 1" como tamanhos razoáveis. Etiqueta de procedência Etiqueta de identificação Borboletas e mariposas devem ter suas asas distendidas, o que pode ser conseguido com um bloco de montagem. Esse bloco (veja a ilustração) pode ser construído com isopor, cortiça ou uma madeira leve como a balsa ou a pita. O exemplar, depois de alfinetado, é colocado no bloco e as asas são montadas com tiras de papel manteiga presas por alfinetes. NUNCA atravesse as asas com alfinetes!!! 51 52 Conservação de Insetos Os insetos mortos a seco são guardados em caixas de madeira com tampa de vidro, ou em gavetas entomológicas construídas especialmente para esse fim. As caixas ou gavetas têm fundo de isopor para fixar os alfinetes. Para evitar bolor e ataque de outros insetos usa-se pastilhas de paraformol ou bolinhas de naftalina. A naftalina ataca o isopor se ficar em contato direto com ele. Por isso, deve ser colocada dentro de uma caixinha de papelão (o fundo de uma caixinha de fósforo). A caixa deve ser forrada com papel milimetrado (é um protetor perfeito).