Festival de Teatro de Almada arranca com programação de luxo 4

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Festival de Teatro de Almada arranca com
programação de luxo
4 de Julho, 2011por Telma Miguel
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É o grande acontecimento do Verão, o maior festival português de
teatro – movimentando cerca de 30 mil espectadores – e um dos mais
importantes da Europa. Este ano, a 28.ª edição do Festival de Teatro
de Almada, de 4 a 18 de Julho, exibe uma intensa programação de
luxo (há dias com 7 espectáculos em diferentes palcos) apesar dos
tempos de crise.
Como diz Joaquim Benite, o carismático encenador e director do
festival, num texto distribuído à imprensa «e assim – graças à crise –
o Festival de Almada torna-se provavelmente mais forte e combativo.
E prepara-se melhor para o futuro».
É com espírito de missão que a pequena equipa de Almada encara a
responsabilidade de montar um festival «com a mesma qualidade de
sempre, embora com menos cerca de 100 mil euros» (o valor exacto
deste ano, obtido com recurso a novos patrocínios, é de 580 mil
euros).
Ferruccio Soleri, o mítico Arlequim, actualmente com 82 anos, e que
desde 1963 interpreta a personagem, é o homenageado deste ano.
Retratos da Commedia Dell’Arte é a peça que traz ao Teatro Nacional
de São João (TNSJ), dia 13, ao CCB , a 14, fechando o festival, a 18,
em Almada. «Ele é o maior Arlequim do século XX, o maior
especialista mundial de Commedia Dell’Arte», considera Benite.
«O nome mais forte do festival» é, segundo o seu director, Patrice
Chéreau. O director do Théàtre de La Ville de Paris, e um dos maiores
encenadores franceses, traz I Am the Wind, de Jon Fosse (numa
colaboração com o londrino Young Vic) no dia 17, ao Teatro Municipal
de Almada. Nome sonante do cartaz é também Joël Pommerat. O seu
mais recente espectáculo, Círculos/Ficções, terá três actuações no
D.Maria II.
Solveig Nordlund encena Do Amor, a peça mais recente do sueco
Lars Noren, voltando assim ao autor com o qual se estreou como
encenadora. «É uma peça minimalista, sobre onde acaba e começa o
amor e sobre a importância de ter filhos», explica Solveig. Do Amor é
uma das 11 peças produzidas de propósito para esta edição, nas
quais se inclui a encenação por Joaquim Benite de A Rainha Louca,
de Alexandre Delgado.
Os 29 espectáculos programados (alguns repetem) desenrolam-se em
http://sol.sapo.pt/Common/print.aspx?content_id=23126
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14 palcos, incluindo, além das salas de Almada, vários teatros da
capital (como o D.Maria II ou o São Luiz) e o TNSJ. E pela primeira
vez o festival vai a Coimbra.
Mas apesar da diversidade, assegura Benite, o programa foi
desenhado para que um espectador ávido consiga ver todas as
peças. «No ano passado houve seis pessoas que nos garantiram que
viram o festival todo!». O preço do ‘passe’ é 70 euros, mais barato que
um festival de rock . E os desempregados não pagam nas salas de
Almada.
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Tags: Almada, Teatro, Cultura
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