MESTRADO-QUÍMICA-Camila Cíntia Sousa Melo Brito

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MESTRADO
QUÍMICA
ESTUDO TÉRMCO E ESPECTROSCÓPICO DO ÁCIDO FLUFENÂMICO E DOS FLUFENAMATOS DE METAIS
ALCALINOS NO ESTADO SÓLIDO
CAMILA CÍNTIA SOUSA MELO BRITO
O ácido flufenâmico (H-Flu) é um fármaco que já foi empregado no tratamento de inflamações de
pacientes, é um anti-inflamatório não esteroidal que inibi efetivamente as enzimas COX-1 e COX-2. O H
-Flu apresenta baixa solubilidade em água, e no processo de inibição da inflamação não distingui a
enzima COX-1 da COX-2, podendo assim provocar efeitos colaterais, tais como: gastrite e disfunção
renal, advinda da inibição da COX-1. A busca por novos materiais, principalmente na área farmacêutica é
importantíssima, pois, os novos materiais podem apresentar melhor farmacocinética,
biodisponibilidade, efeitos colaterais menores, e possível diminuição no custo de produção, portanto as
indústrias farmacêuticas investem em pesquisa de novos materiais, como por exemplo a associação de
íons metálicos ao princípio ativo, que pode potencializar novas propriedades farmacológicas. O presente
trabalho teve como objetivo estudar o comportamento do ácido flufenâmico (H-Flu) e quando associado
aos íons Mg (II), Ca (II), Sr (II) e Ba (II) com relação estequiométrica (2:1) no estado sólido. Para estudo
destes compostos foram empregadas as técnicas de TG-DSC simultâneo e Espectroscopia de Absorção
na região do Infravermelho com transformada de Fourier. O H-Flu, fornecido pela empresa Sigma
-Aldrich foi analisado sem a utilização de métodos de purificação. Os compostos de Mg (II), Ca (II), Sr (II),
e Ba (II), foram obtidos a partir da mistura estequiométrica do H-Flu neutralizado com solução aquosa
de (MgSO4, CaCl2, SrCl2 ou BaCl2). O estudo térmico do H-Flu através da curva TG-DSC do H-Flu permite
atribuir a estabilidade térmica do composto até 175°C, e evidência dois picos endotérmicos com
temperatura inicial em 132°C e 252°C, referente a fusão e a evaporação do H-Flu com perda de massa
(?mTG=98,30%). E indica que o sólido H-Flu é anidro. A atribuição dos eventos foi possível com o auxílio
de teste qualitativo (o H-Flu foi aquecido em tubo de ensaio). Os cálculos realizados a partir das curvas
TG-DSC dos flufenamato de magnésio, cálcio, estrôncio e bário com formação do resíduo MgO, CaO, SrO
e BaO possibilitaram sugerir a estequiometria Mg(Flu)1,5.1,5H2O, Ca(Flu)1,5.0,5H2O, Sr(Flu)1,5.1H2O e
Ba(Flu)1,5.0,5H2O, para os compostos sintetizados. Na curva TG-DSC foi observado a decomposição
térmica em etapas referente a desidratação dos compostos com (?mTG=5,7462% e ?mCalcd.=5,7305%;
?mTG=1,6925% e ?mCalcd.=1,9193%; ?mTG=2,7601% e ?mCalcd.=2,7604%; ?mTG=1,4707% e
?mCalcd.=71,3530%) respectivamente, e a decomposição térmica do ligante com (?mTG=86,8400% e
?mCalcd.=85,7245%; ?mTG=87,1075% e ?mCalcd.=86,1348%; ?mTG=77,3024% e ?mCalcd.=77,4067%;
?mTG=70,8119% e ?mCalcd.=71,3530%) respectivamente, sendo observados na curva DSC eventos
endotérmicos e exotérmicos. Os flufenamatos de Mg (II), Ca (II), Sr (II), e Ba (II) anidros apresentam
estabilidade térmica até a temperatura final de (240°C, 226°C, 255°C, e 245 °C) respectivamente, sendo:
Sr > Ba > Mg > Ca. No H-Flu são observados estiramentos relacionados ao ?C=O do grupo carboxílico, ?N
-H da amina secundária e C-C de anel, e dN-H no plano. Nos flufenamatos de Mg(II), Ca(II), Sr(II) e Ba(II)
apresenta bandas de ?asCOO e ?sCOO, respectivamente, substituindo o ?C=O do H-Flu.
PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE PÓS-GRADUAÇÃO
VI MOSTRA DA PÓS-GRADUAÇÃO/2014
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