CONSERVANTES FLORAIS E LONGEVIDADE EM LISIANTHUS, ORQUÍDEAS E GÉRBERAS DE CORTE Autor: Fernanda Schmitt Orientador: Renar João Bender Co-orientador: Valmir Duarte RESUMO As flores de corte são produtos altamente perecíveis, e sua vida pós-colheita deve ser prolongada ao máximo para garantir a fidelidade dos consumidores. Os objetivos deste trabalho foram avaliar a eficácia do uso de diferentes conservantes florais comerciais e da adição de sacarose, sob a longevidade de algumas flores de corte, além de visualizar os bloqueios dos vasos xilemáticos por bactérias em microscópio eletrônico de varredura (MEV). Foram utilizadas hastes de gérberas (Gerbera jamesonii) ‘Essandre’, ‘Red Explosion’e ´Issey’; Lisianthus (Eustoma grandiflorum); e orquídeas do grupo Oncydium ‘Aloha Iwanaga’ e do grupo Brassolaeliacattleya, ‘George King’. Os experimentos foram conduzidos em delineamento experimental inteiramente casualizado, com três ou cinco repetições, e unidades experimentais variando de uma a seis hastes florais. Foram aplicados tratamentos com soluções dos produtos comerciais Flower® e Flower Plus® a 0,75%, 1,0% e 1,5% (v/v); Florissant 500® (1 tablete por litro); sacarose a 2, 2,5 e 5%; adição de três isolados bacterianos (IB1, IB2 e IB3). As hastes foram avaliadas para longevidade determinada pelo número de dias de qualidade comercial da flor. Determinou-se também o pH da solução e a massa fresca relativa das hastes, a absorção de solução, conteúdo de substâncias de reserva e unidades formadoras de colônia (UFC)/g de tecido de haste. A longevidade das hastes não foi afetada por qualquer tratamento, mas a adição do conservante floral flower reduziu o número de bactérias no interior da haste. O uso de conservantes florais não afetou a quantidade de substâncias de reserva na haste, mas esta foi menor em hastes mantidas em vaso por sete dias do que em hastes vindas do campo. A adição de bactérias às soluções de vaso não provocou diferença na longevidade das hastes. Foi possível visualizar através de MEV bactérias desde a base, até 10 cm acima, mesmo em tratamentos com conservantes florais, sendo que na base visualizaram-se bactérias em todos os tecidos, e nas demais alturas, somente no xilema. No sexto dia após a colheita, foi possível detectar bactérias na altura de 25 cm a partir da base de hastes de gérberas. Conclui-se que há colonização ascendente do xilema por bactérias. Há a necessidade de mais estudos para determinar o conservante floral e concentração adequados para a melhor conservação de cada espécie de haste de flor de corte.