Programa Integral de Combate ao Fumo do HCor O Programa Integral de Combate ao Fumo desenvolvido pelo HCor tem duração de 8 semanas e consiste num pacote de exames, consultas e procedimentos. Existe um custo-padrão inicial, e os adicionais dependem de cada caso, pois podem envolver a necessidade de medicamentos e outros procedimentos não previstos no custo básico. Medicamentos: Os medicamentos serão prescritos pelo médico de acordo com cada caso, e devem ser adquiridos pelo paciente. Retornos: será realizado um retorno obrigatório 30 dias a contar da data de alta do paciente. Outros retornos poderão ser realizados até completar um ano de tratamento. Estes retornos serão cobrados à parte como consulta psicológica, de nutrição ou de fisioterapia, conforme o caso. Exclusão: serão excluídos os pacientes que tenham tido distúrbios psiquiátricos nos últimos 6 meses, ou que estejam em tratamento psiquiátrico. Também serão excluídos os pacientes que não estejam na fase de mudança de comportamento do hábito de fumar. 1ª semana: consulta com o psicólogo, com explicações completas sobre o desenvolvimento do programa. Será distribuído um questionário para avaliação do perfil do paciente e da sua atual fase de mudança comportamental. Também é feita uma explanação sobre os malefícios do consumo do tabaco sob os aspectos físicos e sociais. Entre a 1ª e a 2ª semana: o paciente deverá passar por uma consulta médica com o pneumologista, para avaliação clínica e liberação para o tratamento medicamentoso. O tratamento, geralmente, consiste na utilização de reposição de nicotina e no uso de antidepressivos específicos para combate da dependência química e psicológica. O diferencial desta abordagem é que cada paciente será avaliado e conduzido de acordo com as suas particularidades clínicas. Caso necessite de exames complementares, o médico fará a solicitação e o paciente poderá realizá-los através do seu próprio convênio médico. P r o g r a m a I n te g r a l d e C o m b a te a o Fu m o 3ª semana: pacientes em processo de cessação do uso do cigarro, introdução sobre as técnicas de autocontrole e a síndrome de abstinência e dificuldades inerentes ao processo de tratamento. 4ª semana: avaliação psicológica dos resultados da primeira semana sem o cigarro, ou com a redução do seu consumo, e apoio às dificuldades inerentes ao processo do tratamento. 5ª semana: avaliação e orientação nutricional para auxiliar no tratamento e prevenir o aumento de peso (opcional). 6ª semana: acompanhamento psicológico, com treino para evitar recaídas. 7ª semana: orientações da Fisioterapia para a realização de exercícios, visando ajudar no controle da abstinência e no condicionamento físico do paciente (opcional). 8ª semana: avaliação psicológica final e preparação para a alta. Rua Desembargador Eliseu Guilherme, 147 São Paulo - SP (próximo à Praça Oswaldo Cruz) CEP 04004-030 Telefones Geral: (11) 3053-6611 Pronto-Socorro: (11) 3889-9944 Central de Agendamento: (11) 3889-8811 Fax: (11) 3887-3363 www.hcor.com.br - [email protected] -4- -5- Responsável técnico: Dr. Luiz Carlos Bento de Souza – CRM 12.567. 2ª semana: o psicólogo realiza uma avaliação do perfil de fumante de cada um dos participantes do programa no grupo. Início da programação de cessação de uso do cigarro. Pneumologia Psicologia Nutrição e Dietética Fisioterapia Programa Integral de Combate ao Fumo Tabagismo: uma doença que merece e precisa de tratamento. A dependência química é um problema que normalmente se instala e se estrutura aos poucos na vida das pessoas. Entretanto, uma vez instalada, a sua eliminação costuma ser difícil e demandar longo tempo, desejo real do dependente e preparo dos familiares, amigos e demais envolvidos nesse processo, para que os resultados sejam alcançados. Os problemas com o consumo de tabaco envolvem pessoas muito jovens, que começam a fumar como forma de sociabilização, por influência de amigos e propagandas na mídia, contestação aos pais, desejo de experimentar, autoafirmação ou outros motivos. Com o tempo, uma parte dessas pessoas acaba por sentir a necessidade de manter o consumo desses produtos, viciandose. Elas passam por diversas fases, que às vezes levam a um processo de busca de ajuda, momento importante, pois é a etapa em que os familiares e amigos podem efetivar o apoio para a recuperação do paciente. O serviço de tratamento da dependência de nicotina do HCor é um trabalho multidisciplinar coordenado pelo Setor de Psicologia do hospital, envolvendo toda uma equipe, composta por médicos, nutricionistas, fisioterapeutas e psicólogos. como outras dependências, o tabagismo é uma doença progressiva, crônica e recorrente. O processo da dependência envolve vários fatores ambientais, biológicos e psicológicos. Fatores não-farmacológicos são importantes para a determinação dos problemas relacionados ao uso de tabaco e a sua prevalência, mas os fatores farmacológicos são aqueles que, de fato, acabam por definir a tolerância e a dependência da substância. Estima-se que 60% daqueles que venham a fumar por mais de seis semanas irão continuar fumando por mais 30 anos. Embora o primeiro uso do cigarro seja tipicamente marcado por efeitos desagradáveis, como dor de cabeça, tonturas, nervosismo, insônia, tosse e náusea, estes efeitos diminuem rapidamente. Isto possibilita novas tentativas, até que se desenvolva tolerância à droga, estabelecendo um padrão típico de consumo diário. Num período que pode ser de apenas alguns meses, muitos fumantes já começam a apresentar os primeiros sintomas de uma síndrome de abstinência. Ou seja, a dependência está instalada. Alguns dados estatísticos sobre o tabagismo Dados da OMS divulgam que: ■ o tabaco mata, hoje, 1 em cada 10 adultos no mundo (10%); ■ em 2030, a proporção será de 1 a cada 6 adultos (17%); ■ o cigarro é responsável pela morte, a cada ano, de 4 milhões de pessoas em todo o mundo; ou seja, 1 a cada 8 segundos; ■ em 2020, 7 de cada 10 mortes causadas pelo tabaco ocorrerão nos países em desenvolvimento (70%); ■ o cigarro é responsável por: • 90% dos casos de câncer de pulmão; • 80% dos casos de enfisema pulmonar; • 25% dos casos de enfarte; • 40% dos casos de bronquite crônica; • 40% dos casos de acidente vascular cerebral. O tabagismo O tabagismo é considerado doença pela Organização Mundial da Saúde, pois o cigarro causa tanto dependência física como psicológica. O cigarro contém pelo menos 4.720 componentes químicos, sendo que a nicotina é a responsável pela adicção e 39 outros são cancerígenos, como o monóxido de carbono e o alcatrão. Sua atuação no organismo é capaz de estimular, deprimir ou perturbar o sistema nervoso central e outras partes do corpo humano. A nicotina exerce a sua ação no sistema nervoso central através dos receptores nicotínicos. A maioria desses receptores está distribuída por todo o cérebro e na coluna vertebral. O uso freqüente do tabaco leva ao desenvolvimento de tolerância e dependência. Assim -1- Outros problemas que ocorrem com os tabagistas: ■ a mulher fumante e que usa anticoncepcional aumenta em 8 vezes o risco de enfarte do miocárdio; ■ o tabagismo acelera o processo de envelhecimento; -2- ■ a potência masculina e a fertilidade feminina são afetadas; ■ crianças nascidas de mães fumantes costumam apresentar peso abaixo do normal; ■ o fumo causa mau hálito e aumenta a incidência de cáries dentárias; ■ o fumo provoca o aumento dos processos alérgicos e infecções das vias respiratórias. O processo de parar de fumar Parar de fumar não é uma decisão simples e súbita, que transforma um fumante regular em um não-fumante. Até que um indivíduo realmente resolva parar de fumar, ele percorre um caminho sutil, cheio de idas e vindas. Veja abaixo os estágios da motivação normalmente seguidos pelos fumantes. 1º - pré-contemplativo: o indivíduo não pretende parar de fumar nos próximos 6 meses. São pacientes que negam os malefícios do tabaco à saúde. 2º - contemplativo: o indivíduo pretende seriamente parar de fumar nos próximos 6 meses mas, na verdade, está ambivalente. Inicia e busca formas de ajuda. 3º - preparação para a ação: pretende seriamente parar de fumar ao longo do próximo mês. Já começa intuitivamente a usar técnicas comportamentais para livrar-se do vício. Adia o primeiro cigarro do dia, diminui o número de cigarros fumados e procura ajuda especializada. 4º - a ação: o indivíduo pára de fumar. 5º - manutenção - até 6 meses após o indivíduo ter abandonado o tabaco: este período não ocorre passivamente, apenas deixando as coisas como estão. O indivíduo utiliza mecanismos comportamentais de adaptação ao meio sem cigarro, e deve alterar os seus hábitos rotineiros, como evitar a ingestão de café, fazer atividades físicas, entre outros. Recaída A força de vontade e a motivação, o apoio de familiares e de amigos, estar bem do ponto de vista emocional. Tudo isso poderá evitar uma recaída. Em resumo: parar de fumar não é fácil. Dos 1,2 bilhão de fumantes no mundo, 70% gostariam de parar, mas somente 5% conseguem sozinhos. Isso indica que o processo exige, normalmente, algum tipo de orientação e apoio profissional, médico e/ou psicológico, sem dispensar o apoio dos familiares e amigos. -3-