PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS CENTRO DE ESTUDOS AVANÇADOS E FORMAÇÃO INTEGRADA ESPECIALIZAÇÃO EM FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA E NEONATAL DA UTI À REABILIÇÃO NEUROLÓGICA KIARA TEIXEIRA TIAGO DE MELO SÍNDROME DE WERDING HOFFMANN: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES INTERNADOS NAS UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA DO DISTRITO FEDERAL Brasília 2012 KIARA TEIXEIRA TIAGO DE MELO SÍNDROME DE WERDING HOFFMANN: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES INTERNADOS NAS UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA DO DISTRITO FEDERAL Artigo apresentado ao curso de Especialização em Fisioterapia Pediátrica e Neonatal da UTI à Reabilitação Neurológica do Centro de Estudos Avançados e Formação Integrada, chancelado pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Orientador: Prof. Dra. Silvana Alves Pereira Brasília 2012 CONTEÚDO RESUMO ................................................................................................................................... 4 ABSTRACT................................................................................................................................6 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 8 CASUÍSTICA E MÉTODOS ..................................................................................................... 9 RESULTADOS ........................................................................................................................ 10 DISCUSSÃO ............................................................................................................................ 12 CONCLUSÃO .......................................................................................................................... 14 APÊNDICE I............................................................................................................................15 APÊNDICE II...........................................................................................................................16 REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 17 RESUMO Síndrome de Werding Hoffmann: Perfil Epidemiológico dos Pacientes internados nas Unidades de Terapia Intensiva do Distrito Federal Introdução: A síndrome de Werding-Hoffmann é um tipo de atrofia muscular espinhal (AME) e caracteriza-se pela atrofia muscular secundária à degeneração de neurônios motores localizados no corno anterior da medula espinhal1,2. O diagnóstico da AME é dado pelo quadro clínico, pelos resultados da eletroneuromiografia (ENMG), da biópsia muscular e da investigação genética1. São classificadas em 4 grupos de acordo com a idade do início das manifestações clínicas. As crianças acometidas pela AME apresentam atraso no seu desenvolvimento motor. O cognitivo permanece preservado, assim como a sensibilidade e o controle esfincteriana3. Os sinais clínicos são hipotonia, paresia, arreflexia, amiotrofia e miofasciculação. A evolução com disfagia, aspiração pulmonar e óbito por insuficiência respiratória ocorre dois a três anos de idade na ausência da ventilação mecânica3. Objetivo: O objetivo deste estudo é analisar o perfil epidemiológico das crianças com diagnóstico de Werding Hoffmann internadas no Distrito Federal. Métodos: O estudo foi realizado com os pacientes que possuíam diagnóstico de Síndrome de Werding Hoffmann internados no Distrito Federal. No período de fevereiro à março de 2012, foram armazenados os dados que caracterizasse o perfil epidemiológico dos pacientes inclusos no estudo através de um questionário realizado com os responsáveis e com informações obtidas nos prontuários. Variáveis como: sexo, idade, data do aparecimento dos primeiros sintomas da patologia, manifestações clínicas e tempo de internações na unidade de terapia intensiva foram colhidos com o questionário. Os dados foram armazenados em planilhas e são apresentados em termos descritivos e estatísticos. Resultados: O Distrito Federal possui 5 pacientes com diagnóstico de Werding Hoffmann, todos eles internados no Hospital Regional de Santa Maria. Dos cinco pacientes analisados, três eram do sexo masculino e dois do feminino. A menor idade encontrada entre as cinco crianças avaliadas foi de dois anos e a maior idade foi de 8 anos. Duas crianças apresentaram seus primeiros sintomas após o parto, uma aos quatro meses e duas aos cinco meses de idade, todas foram entubadas logo após o aparecimento dos sintomas por evoluírem com Insuficiência Respiratória. Essas três crianças que apresentaram os sintomas na lactência internaram com diagnóstico de pneumonia e durante a internação foi realizado o diagnóstico de Werding Hoffmann. Todas as crianças 4 estão traqueostomizadas e em uso de prótese ventilatória a mais de 12 meses. Todas as crianças apresentavam hipotonia global, hipotrofia muscular e arreflexia osteotendinosa profunda. O tempo de internação médio entre as cinco crianças avaliadas foi de três anos e sete meses. Conclusão: Verificamos em nosso estudo que todas as crianças com diagnóstico de Werding Hoffmann do Distrito Federal estão internados no HRSM, a pelo menos 25 meses, apresentam entre dois a oito anos, estão todas traqueostomizadas e em uso de prótese ventilatória. Palavras-chave: Werding Hoffmann; terapia intensiva; atrofia muscular espinhal; perfil epidemiológico. 5 ABSTRACT Werding Hoffmann syndrome: epidemiological profile of patients admitted to the intensive care unit of the Distrito Federal Introduction: The syndrome of Werding-Hoffmann is a type of spinal muscular atrophy (SMA) and is characterized by muscle atrophy secondary to degeneration of motor neurons located in the ventral horn espinhal1,2. The diagnosis of AME is given by clinical examination, the results of electromyography (EMG), muscle biopsy and research genética1. They are classified into four groups according to age at onset of clinical manifestations. Children affected by SMA have delayed motor development. The cognitive remains preserved, as well as sensitivity and control esfincteriana3. Clinical signs are hypotonia, paresis, areflexia, amyotrophy and miofasciculação. The evolution with dysphagia, aspiration, and death from respiratory failure occurs two to three years of age in the absence of ventilation mecânica3. Objective: The objective of this study is to analyze the epidemiological profile of children diagnosed with Werding Hoffmann admitted in the Distrito Federal. Methods: The study was conducted with patients who had a diagnosis of syndrome Werding Hoffmann admitted in the Distrito Federal. From February to March 2012, were stored the data to characterize the epidemiological profile of patients included in the study through a questionnaire conducted with officials and obtained information from medical records. Variables such as gender, age, date of onset of symptoms of the pathology, clinical manifestations and time of hospitalization in the intensive care unit were collected with a questionnaire. The data were stored in spreadsheets and are presented in descriptive and statistical. Results: The Distrito Federal has five patients diagnosed with Werding Hoffmann, all at the Hospital Regional de Santa Maria. Of the five patients analyzed, three were male and two females. The lowest age found among the five children studied was two years older and was 8 years. Two children had their first symptoms after birth, one to four months and two to five months of age, all were intubated immediately after the onset of symptoms to evolve with respiratory insufficiency. These three children who showed symptoms in lactência hospitalized with pneumonia and was performed during hospitalization diagnosis Werding Hoffmann. All children are tracheotomy and use of ventilatory assistance to more than 12 months. All children had global hypotonia, muscle atrophy and areflexia osteotendinosa deep. The average hospital stay among the five children studied was three years and seven months. Conclusion: We found in our study that all children diagnosed with Werding Hoffmann Distrito Federal 6 HRSM are admitted to, at least 25 months, have between two to eight years, are all use of tracheostomy and ventilatory assistence. Keywords: Werding Hoffmann, intensive care, spinal muscular atrophy; epidemiological profile. 7 INTRODUÇÃO A síndrome de Werding-Hoffmann é um tipo de atrofia muscular espinhal (AME) que tem origem genética e caracteriza-se pela atrofia muscular secundária à degeneração de neurônios motores localizados no corno anterior da medula espinhal1,2. O diagnóstico da AME é dado pelo quadro clínico, pelos resultados da eletroneuromiografia (ENMG), da biópsia muscular e da investigação genética1. São classificadas em 4 grupos de acordo com a idade do início das manifestações clínicas. A tipo I também conhecida como Werding Hoffmann é a forma infantil e mais grave diagnosticada até os 6 meses de idade. A tipo II é a forma infantil crônica, iniciada entre o 6 e 12 meses, no tipo III conhecida como doença de Kugelberg- Welander entre os 2 e 15 anos e o tipo IV apresenta início na vida adulta3,4,5,6. As crianças acometidas pela AME apresentam atraso no seu desenvolvimento motor, sendo este mais grave quanto mais baixo for o grau da classificação. Porém o cognitivo permanece preservado, assim como a sensibilidade e o controle esfincteriano3. A atrofia muscular tipo I (Werding Hoffmann) é uma doença autossômica recessiva dos lactentes que apresenta degeneração dos neurônios motores da ponta anterior da medula espinhal3. Doença autossômica recessiva ligada ao cromossomo 5, relacionada ao gene da proteína de sobrevivência do neurônio motor (SMN)1. A síndrome é caracterizada por fraqueza progressiva e simétrica dos membros, tronco e segmento cefálico (exceção de músculos oculares) e o movimento pode ser encontrado nos pequenos músculos das mãos e pés3. Os sinais clínicos são hipotonia, paresia, arreflexia, amiotrofia e miofasciculação. A síndrome de Werding Hoffmann é uma desordem genética rara e hereditária, possui uma incidência de 1 em 8000 a 1 em 10000 nascimentos7,2. A evolução com disfagia, aspiração pulmonar e óbito por insuficiência respiratória ocorre dois a três anos de idade na ausência da ventilação mecânica3, possuindo desta forma um alto índice de mortalidade. Porém com o avanço da assistência em UTI principalmente no sistema cardio-respiratório estas crianças vem aumentando sua sobrevida nos leitos hospitalares, discordando desta forma, da literatura que trás uma sobrevida abaixo das encontradas nas UTIs. O objetivo deste estudo é analisar o perfil epidemiológico das crianças com diagnóstico de Werding Hoffmann internadas no Distrito Federal. 8 CASUÍSTICA E MÉTODOS O estudo foi realizado com os pacientes que possuíam diagnóstico de Síndrome de Werding Hoffmann internados no Distrito Federal. Foram incluídas no estudo as crianças que possuíam diagnóstico clínico confirmado por avaliação clínica, eletroneuromiografia e biópsia muscular. Foi entregue aos responsáveis pelas crianças um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (APÊNDICE I), foram excluídas do estudo as crianças que os responsáveis não concordaram com a participação dos seus filhos na pesquisa, não assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, crianças portadoras da Síndrome de Werding Hoffmann associada à alguma outra síndrome e pacientes que foram a óbito durante a pesquisa. Todos os pacientes com diagnóstico de síndrome de Werding Hoffmann do Distrito Federal estavam internados na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), localizado na cidade satélite de Santa Maria, DF. No período de fevereiro à março de 2012, foram concluídos os dados que caracterizasse o perfil epidemiológico dos pacientes inclusos no estudo através de um questionário (APÊNDICE II) realizado com os responsáveis e com informações obtidas pelos pesquisadores nos prontuários. Variáveis como: sexo, idade, idade em que o paciente começou a apresentar os primeiros sintomas da patologia, manifestações clínicas e tempo em que o paciente se encontra internado em uma unidade de terapia intensiva foram colhidos com o questionário. Os dados foram armazenados em planilhas e são apresentados em termos descritivos e estatísticos. 9 RESULTADOS O distrito Federal possui 5 pacientes com diagnóstico de Werding Hoffmann, todos eles internados no Hospital Regional de Santa Maria e todos foram inclusos na pesquisa, todas as mães assinaram o termo de consentimento, autorizando a realização da pesquisa. Dos cinco pacientes analisados, três eram do sexo masculino e dois do feminino, três nasceram de parto cesárea e dois de parto normal. A menor idade encontrada entre as cinco crianças avaliadas foi de dois anos e a maior idade foi de 8 anos, dois pacientes tinham dois anos de idade, um três anos, um cinco anos e um oito anos. Duas crianças apresentaram seus primeiros sintomas após o parto, uma aos quatro meses e duas aos cinco meses de idade, foram entubadas logo após o aparecimento dos sintomas e estão traqueostomizadas e em uso de prótese ventilatória. As cinco crianças estão em uso de prótese ventilatória por mais de 12 meses. Todas as crianças apresentavam hipotonia global, hipotrofia muscular e arreflexia osteotendinosa profunda. Três crianças ainda apresentavam movimentos voluntários distais discretos nos dedos e duas crianças apresentavam total ausência de movimentação. Os exames complementares que diagnosticam as patologias não foram encontrados nos prontuários, três crianças as mães não souberam informar sobre a realização dos exames, uma criança diagnosticou a patologia com estudo do DNA e outra com eletroneuromiografia e estudo do DNA. Uma criança apresentava mais de um caso de Werding Hoffmann na família, entretanto este paciente não foi internado no HRSM e foi a óbito aos sete meses. O tempo de internação médio entre as cinco crianças avaliadas foi de três anos e sete meses. Uma criança está internada há um ano e um mês, uma há um ano e cinco meses, uma há três anos, uma há cinco anos e uma a sete anos e oito meses. A internação primária nem sempre foi dentro da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), três crianças foram internadas na unidade de cuidados intermediários ou enfermarias e posteriormente foram transferidas para UTI. A tabela 1 apresenta os dados descritos acima de todas as crianças avaliadas no estudo. 10 Variáveis Sexo Idade idade aparecimento dos sintomas Tipo Werdinig Hoffmann idade 1° internação manifestações clinicas na 1° internação tempo de internação em TI tempo de internação em TI do HRSM criança 01 criança 02 M F 2a 2a 5m 5m I I 5m 11 m Pnm Pnm 1ae6m 1ae1m 1ae6m 11 m criança 03 criança 04 criança 05 M 3a 0m I 0m IRp 3a 2a F 5a 0m I 0m IRp 5a 11 m M 8a 4m I 4m Pnm 7ae8m 11 m Onde: M = masculino; F = feminino; a = anos; m = meses As cinco crianças apresentadas estão internadas na mesma unidade de terapia intensiva. Todas possuem visitas diárias de familiares e direito a um acompanhante (pai ou mãe) em tempo integral. Todas possuem televisão, recebem tratamento de fisioterapia, fonoaudiologia e psicologia (familiares). 11 DISCUSSÃO A UTI do HRSM é composta por 21 leitos, sendo onze agudos e dez crônicos, as crianças que ocupam os leitos crônicos possuem patologias com prognósticos de vida limitante, destas cinco possuem o diagnóstico de Werding Hoffmann, quatro possuem Paralisia Cerebral do Tipo Espástica, uma Malformações Múltiplas e Insuficiência Respiratória Crônica, uma Síndrome Pós-Parada Cardiorrespiratória e uma Broncodisplasia Pulmonar – Pré-Matura com Peso Muito Baixo. A Síndrome de Werding Hoffman foi descrita originalmente pelos neurologistas Guido Werding e Johann Hoffmann no final do século XIX3. É uma doença neuromuscular (Amiotrofia Espinhal Infantil – AEI) que atinge os neurônios motores do corno anterior da medula espinhal8 e dos núcleos motores de alguns nervos cranianos (VII e XII)8,9, é a segunda forma mais frequente de doença neuromuscular da infância, só perdendo para Distrofia Muscular de Duchenne8,9. Verificamos em nosso estudo que todas as crianças com diagnóstico de EAI internadas no HRSM são do tipo I. A classificação da AEI é dependente da idade de início e do grau de comprometimento motor, é dividida em três formas clínicas: AEI tipo I (Werding Hoffmann), com início dos sintomas até o 6 meses de vida, AEI tipo II, início antes dos 18 meses de vida, AEI tipo III início após os 18 meses de idade8, A AEI tipo I é a forma mais grave da doença, as crianças deste grupo não desenvolvem a capacidade de sentar, ficar de pé ou deambular, geralmente ocorrendo o óbito antes do dois anos de idade, por intercorrências respiratórias associado à paralisia dos músculos intercostais ou bulbares8. Em nosso estudo as crianças estão além das expectativas de vida encontradas na literatura, três crianças convivem com a patologia a mais de dois anos. Acreditamos que tal característica seja justificada pela qualidade de serviços encontrados dentro da UTI. Todas as crianças de nosso estudo estão internadas dentro da UTI por mais de 12 meses. A UTI do HRSM é composta por 21 leitos, 20 médicos plantonistas, 9 fisioterapeutas, 3 fonoaudiólogos, 1 psicólogo, 5 nutricionistas, 12 enfermeiros e 62 técnicos de enfermagem. O tratamento compreende medidas de suporte geral, profilaxia de contraturas e infecções, fisioterapia motora e respiratória, dieta hiperproteica e normocalórica e acompanhamento psicológico10. As crianças que possuem um bom tratamento completo, com equipe multidisciplinar tende a um melhor prognóstico. 12 Na doença de Werding Hoffman, todos os músculos são acometidos pela atrofia neurogênica ou secundária, sendo poupado diafragma, músculos das extremidades e músculos oculares. Em 30% dos casos, encontram-se fasciculações. A fraqueza muscular é de predomínio proximal e há rápida instalação de deformidades torácicas (forma de sino) e contraturas musculares8. As contraturas mais encontradas em nosso estudo é a de flexão de joelhos e contratura em plantiflexão dos pés, pelo encurtamento da cadeia posterior dos MMII além da deformidade torácica. Os sinais clínicos da doença de Werding Hoffman são hipotonia, paresia, arreflexia amiotrofia e miofasciculações1. As crianças apresentam déficit motor grave, associado a hipotonia simétrica importante, com acometimento dos músculos do quadril, cintura escapular, pescoço, membros superiores e inferiores, as extremidades tornam-se flácidas encontrando-se as inferiores em rotação externa e as superiores em abdução, ao contrário das grandes articulações que frequentemente estão contraídas10. Todos estes sinais foram encontrados nas crianças do estudo. Nestas crianças apenas a função motora encontra-se afetada, sensação e intelecto são preservados, logo, encorajar carícias e interação são importantes para o bem-estar da criança e dos parentes7. Todas as crianças do estudo possuem contato visual como piscar, desvio do olhar e nistagmo optocinético e recebem estímulos sensoriais realizados pela equipe multiprofissional, principalmente fisioterapia e psicologia, duas vezes por dia, sete dias na semana pela equipe da fisioterapia e pela equipe da psicologia intermitente. As condutas fisioterapêuticas possuem o objetivo de evitar a imobilidade, contraturas e deformidades osteomioarticulares, manterem a função existente, vias aéreas íntegras e evitar complicações respiratórias e motoras9. 13 CONCLUSÃO Verificamos em nosso estudo que todas as crianças com diagnóstico de Werding Hoffmann do Distrito Federal estão internados no HRSM, três são do sexo feminino e duas do masculino, duas crianças possuem dois anos de idade, uma três, uma cinco e uma oito, todas iniciaram os sintomas da patologia antes do 5 meses de idade, classificando-as como Síndrome de Werding Hoffmann tipo I, possuíam idade inferior a onze meses na primeira internação, três foram internadas por desconforto respiratório desenvolvido por Pneumonia e duas por Insuficiência Respiratória desenvolvida após o parto. Todas possuem tempo de internação em UTI superior a 12 meses, sendo o maior tempo sete anos. Quatro crianças possuem onze meses de internação na UTI do HRSM e uma um ano e seis meses, todas são traqueostomizadas e estão em uso de prótese ventilatória. 14 APÊNDICE I Termo de Consentimento Livre e Esclarecido - TCLE O(a) Senhor(a) está sendo convidada a participar do projeto: SÍNDROME DE WERDING HOFFMANN: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES INTERNADOS NAS UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA DO DISTRITO FEDERAL. O nosso objetivo é Traçar o perfil epidemiológico dos pacientes portadores da Síndrome Werding Hoffmann da nas unidades de terapia intensiva do Distrito Federal. O(a) senhor(a) receberá todos os esclarecimentos necessários antes e no decorrer da pesquisa e lhe asseguramos que o nome do paciente o qual você é responsável, não aparecerá sendo mantido o mais rigoroso sigilo através da omissão total de quaisquer informações que permitam identificá-lo(a) A sua participação será através de uma entrevista realizada pelos pesquisadores na Unidade de terapia intensiva Pediátrica na data combinada. Não existe obrigatoriamente, um tempo pré-determinado, para responder a entrevista. Será respeitado o tempo de cada um para respondê-la. Informamos que a Senhor(a) pode se recusar a responder qualquer questão que lhe traga constrangimento, podendo desistir de participar da pesquisa em qualquer momento sem nenhum prejuízo para a senhor(a). Os resultados da pesquisa serão divulgados na Instituição CEAFI podendo ser publicados posteriormente. Os dados e materiais utilizados na pesquisa ficarão sobre a guarda do pesquisador. Se o Senhor(a) tiver qualquer dúvida em relação à pesquisa, por favor telefone para Kiara no telefone: 81156040. Este documento foi elaborado em duas vias, uma ficará com o pesquisador responsável e a outra com o sujeito da pesquisa. ______________________________________________ Nome / assinatura: ____________________________________________ Pesquisador Responsável Nome e assinatura: Brasília, ___ de __________de _________ 15 APÊNDICE II FICHA DE AVALIAÇÃO (PERFIL EPIDEMIOLÓGICO) 1. Qual o sexo do paciente? ( ( ) Feminino ) Masculino 2. Qual a idade do paciente? 3. Com quantos anos o paciente começou a apresentar os primeiros sintomas da patologia? 4. Quais as manifestações clínicas apresentadas pelo paciente? 5. Há quanto tempo o paciente está internado em uma unidade de terapia intensiva? 16 REFERÊNCIAS 1. Araújo AP de Q-C, Ramos VG, Cabello PH. Dificuldades diagnósticas na atrofia muscular espinhal. Arq Neuropsiquiatr. 2005; 63(1): 145-149. 2. 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