Uma luz se apaga na terra e uma estrela se ascende no céu Di Carrara, é artista plástico e professor de arte Quando qualquer pessoa morre, o mundo fica mais pobre. Mas quando essa pessoa é Nanzita, não só o mundo, mas cada um de nós fica paupérrimo. Há seres cuja particularidade os diferencia dos demais, pela luz e sensibilidade que irradiam. Pelo poder de estimular a beleza e retirar poesia das coisas simples. Nanzita era muito maior do que seu corpo frágil e sua fala serena. Tinha um olhar que ia além do horizonte. E foi com ele que ela viu o mundo e os seres que a rodeava: cada qual sua grandeza – todos com o mesmo valor. Seu olhar levou para as telas a vida: seja ela dos pássaros, dos animais, das flores, da sua gente, da sua (e nossa!) Cataguases. Com Cairu, que resgatou sua arte e fez explodir, construiu um patrimônio de valor inestimável. E fez escola. E fez discípulos. E colocou a nossa cidade no roteiro das artes. Sim, estamos menores, mais pobres e mais escuros, porque sua luz se apagou. Mas o céu se enriqueceu: as noites são mais claras, porque Nanzita é uma estrela de primeira grandeza numa constelação onde figuram Portinari, Guignard, Panceti, Emeric Marcier, Di Cavalcanti, Djanira... Memorial Nanzita Das 8h às 11h – Das 13h às 17h Avenida Astolfo Dutra, nº 176, Cataguases – MG e-mail: [email protected] Tel.: (032) 3421-1046 – (032) 3422-1996 - (032) 9984-3623