exercicio de isostretching e estabilizacao segmentar na

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FACULDADE CATÓLICA SALESIANA DO ESPIRITO SANTO
GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA
GUSTAVO ZANOTTI PIZOL
MAXSSUEL RODRIGUES OLIVEIRA
EXERCÍCIO DE ISOSTRETCHING E ESTABILIZAÇÃO
SEGMENTAR NA LOMBALGIA CRÔNICA: UM ESTUDO
COMPARATIVO
VITÓRIA
2011
1
GUSTAVO ZANOTTI PIZOL
MAXSSUEL RODRIGUES OLIVEIRA
EXERCÍCIO DE ISOSTRETCHING E ESTABILIZAÇÃO
SEGMENTARNA LOMBALGIA CRÔNICA: UM ESTUDO
COMPARATIVO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao
Departamento de Fisioterapia da Faculdade
Católica Salesiana do Espírito Santo, como
requisito parcial para obtenção do grau de
Bacharel em Fisioterapia.
Orientador (a): Profº Rodrigo Daros Vieira.
VITÓRIA
2011
2
GUSTAVO ZANOTTI PIZOL
MAXSSUEL RODRIGUES OLIVEIRA
EXERCÍCIO DE ISOSTRETCHING E ESTABILIZAÇÃO
SEGMENTAR NA LOMBALGIA CRÔNICA: UM ESTUDO
COMPARATIVO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Católica
Salesiana do Espírito Santo, como requisito obrigatório para obtenção
de título de Bacharel em Fisioterapia.
Aprovada em __ de ____________ de 2011, por:
____________________________________________
Profº Rodrigo Daros Vieira, FCSES
Orientador
____________________________________________
Profº Emerson Vescoci Rosa
____________________________________________
Profº Dr João Luiz Coelho de Faria
3
DEDICATÓRIA
Aos nossos pais, os quais nos
apoiaram muito e pelo exemplo
de vida e família.
Aos amigos por terem a
paciência e o companheirismo
quando necessário.
4
AGRADECIMENTOS
Agradecemos aos nossos familiares e amigos que nos apoiaram e
incentivaram durante toda a nossa formação acadêmica, aos professores que foram
de fundamental importância nessa jornada e aos pacientes que tornaram esse
trabalho uma realidade.
5
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 –Efeitos da técnica de Isostretching sobre a dor e incapacidade funcional
em pacientes com lombalgia crônica ....................................................................... 50
Tabela 2–Efeitos da técnica de Estabilização Segmentar sobre a dor e incapacidade
funcional em pacientes com lombalgia crônica ........................................................ 51
6
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1– Comparação dos valores entre os grupos, antes e após o tratamento,
relacionado à dor....................................................................................................... 52
Gráfico 2 – Comparação dos valores entre os grupos, antes e após o tratamento,
relacionado à incapacidade funcional ...................................................................... 52
7
LISTA DE FIGURAS
Figura 1–Coluna vertebral, vista anterior, lateral esquerda e posterior .................... 19
Figura 2–Distribuição das trabéculas vertebrais....................................................... 21
Figura 3–Núcleo pulposo (N) e Anel fibroso (A) ....................................................... 23
Figura 4–Vértebra lombar (L2), vista posterior ......................................................... 25
Figura 5–Símbolo do método Isostretching .............................................................. 37
8
LISTA DE ABREVIATURAS
ADM - Amplitude de Movimento
AVD’s - Atividades de Vida Diária
CCF - Cadeia Cinética Fechada
CCA - Cadeia Cinética Aberta
CDB - Correntes Diadinâmicas de Bernard
CIF - Classificação Internacional de Funcionalidade
DD - Decúbito Dorsal
DL - Decúbito Lateral
DV - Decúbito Ventral
EVA - Escala Visual Analógica de Dor
IMC - índice de Massa Corpórea
IS - Isostretching
FTL - Fáscia Tóraco-Lombar
LLA - Ligamentos Longitudinais Anterior
ML - Multífido Lombar
MMII - Membros Inferiores
MMSS - Membros Superiores
OMS - Organização Mundial de Saúde
PGs - Proteoglicanos
PIA - Pressão Intra-Abdominal
SNC - Sistema Nervoso Central
TrA - Transverso Abdominal
UBP - Unidade de Biofeedback Pressórica
9
RESUMO
Introdução: A dor lombar pode ser caracterizada por um quadro de desconforto e
fadiga muscular localizada na região inferior da coluna vertebral, sendo um
importante problema de saúde pública presente em todas as nações
industrializadas. No Brasil, cerca de 10 milhões de brasileiros ficam incapacitados
por causa desta morbidade e pelo menos 70% da população sofrerá um episódio de
dor na vida. Entre os métodos fisioterapêuticos, o isostretching (IS) proporciona
flexibilidade e fortalecimento à musculatura, aprimorando o controle postural através
de exercícios em contração antagonista e alongamento isométrico da musculatura
agonista. Outro método fisioterapêutico utilizado para tratamento da lombalgia
crônica encontra-se o conceito da estabilização segmentar lombar (ESL),
caracterizada pela contração isométrica da musculatura estabilizadora profunda do
tronco, o transverso abdominal e multífido lombar. Objetivo: Comparar o tratamento
composto do método Isostretching e da técnica de Estabilização Segmentar
executados em grupos distintos em pacientes com lombalgia crônica, através de
dois questionários, um para identificação da dor e outro para incapacidade funcional,
aplicados antes do início da primeira sessão e ao final do tratamento para
reavaliação. Materiais e métodos: A pesquisa se caracterizou como um ensaio
clínico comparativo, prospectivo e randomizado de caráter controlado, desenvolvida
com 12 participantes com idades entre 18 a 45 anos que apresentaram diagnóstico
médico de dor lombar crônica com mais de três meses de duração. Os participantes
foram divididos em dois grupos, composto de 6 pacientes cada. O tratamento foi
aplicado em duas sessões semanais, durante seis semanas, totalizando 12 sessões.
Estes foram avaliados quanto à dor (Escala Visual Analógica da dor) e incapacidade
funcional (Índice de Incapacidade de Oswestry), antes e após a intervenção
fisioterapêutica. Resultados: Para as variáveis dor e incapacidade funcional os dois
tratamentos apresentaram melhoras significativas (p<0,001). Na comparação entre
os grupos, a ES apresentou ganhos mais significativos na intensidade da dor
(P=0,03). Em relação à incapacidade funcional, não houve diferença significativa
entre os grupos (p=0,36). Conclusão: Ambas as técnicas foram eficazes na redução
da dor e da incapacidade funcional, sendo que o grupo de ES apresentou uma
redução significativamente maior no quadro álgico em comparação com o grupo de
IS.
Palavras chaves: Lombalgia crônica, Fisioterapia, Isostretching, Estabilização
Segmentar.
10
SUMÁRIO
1.0 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 12
2.0 OBJETIVO ......................................................................................................... 17
2.1 OBJETIVOS GERAIS ...................................................................................... 17
2.2OBJETIVOS ESPECIFICOS ............................................................................. 17
3.0 JUSTIFICATIVA ................................................................................................. 18
4.0 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ......................................................................... 19
4.1 COLUNA VERTEBRAL: UMA VISÃO GERAL ................................................. 19
4.2COLUNALOMBAR ............................................................................................ 24
4.3MUSCULATURA LOMBAR ............................................................................... 26
4.4DOR LOMBAR CRÔNICA................................................................................. 28
4.5ETIOLOGIA E FATORES DE RISCO ............................................................... 29
4.6PREVALÊNCIA E EPIDEMIOLOGIA ................................................................ 31
4.7REVISÃO DA LITERATURA: TRATAMENTOS ................................................ 33
5.0 ISOSTRETCHING .............................................................................................. 36
5.1HISTÓRICO ...................................................................................................... 36
5.2 PROPOSTA E PRINCÍPIOS BÁSICOS ........................................................... 37
5.3PRÁTICA........................................................................................................... 40
6.0 ESTABILIZAÇÃO SEGMENTAR LOMBAR ...................................................... 41
6.1HISTÓRICO E PRINCÍPIOS ............................................................................. 41
6.2PRÁTICA........................................................................................................... 44
7.0 MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................. 46
7.2LOCAL .............................................................................................................. 46
7.3PARTICIPANTES .............................................................................................. 46
7.4PROCEDIMENTOS .......................................................................................... 46
11
7.4.1SELEÇÃO DOS PARTICIPANTES ........................................................... 46
7.4.2AVALIAÇÕES ................................................................................................ 46
7.4.3CRITÉRIOS DE INCLISÃO E EXCLUSÃO ................................................ 47
7.4.4TERMO DE CONSENTIMENTO ................................................................ 47
7.4.5RONDOMIZAÇÃO DOS PARTICIPANTES ............................................... 47
7.4.6AVALIAÇÃO DA DOR E DA INCAPACIDADE FUNCIONAL ..................... 47
7.4.7TEMPO DE TRATAMENTO ....................................................................... 48
7.4.8GRUPOS DE TRATAMENTOS (APÊNDICE 5) ......................................... 48
7.5INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO .................................................................. 48
8.0 RESULTADOS .................................................................................................... 50
8.1ANÁLISE ESTATÍSTICA ................................................................................... 50
8.2 ANÁLISE DAS TÉCNICAS ANTES E APÓS O TRATAMENTO ...................... 50
8.3 ANÁLISE ENTRE OS GRUPOS ...................................................................... 51
9.0 DISCUSSÃO ....................................................................................................... 53
10.0 CONCLUSÃO ................................................................................................... 56
11.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................. 57
12.0 APÊNDICE 1 ..................................................................................................... 69
13.0 APÊNDICE 2 .................................................................................................... 71
14.0 APÊNDICE 3 .................................................................................................... 72
15.0 APÊNDICE 4 .................................................................................................... 73
16.0 APÊNDICE 5 .................................................................................................... 76
12
1.0. INTRODUÇÃO
A coluna vertebral constitui o eixo central do corpo humano, sustentando o
indivíduo contra o efeito da gravidade durante toda a sua vida. Este segmento
corporal está submetido ao suporte de diferentes cargas e mudanças posturais,
levando com frequência o desalinhamento dessas peças, caracterizando a grande
incidência de dores na coluna da população (REIS, 2005; CARVALHO, 2006).
A dor lombar pode ser caracterizada por um quadro de desconforto e fadiga
muscular localizada na região inferior da coluna vertebral (IMAMURA, 2001), sendo
um importante problema de saúde pública presente em todas as nações
industrializadas (DANNEELS, 2001),afetando, com maior frequência, a população
em seu período de vida mais produtivo, resultando em custo econômico substancial
para a sociedade, entre eles estão: à ausência no trabalho, encargos médicos e
legais, pagamento de seguro social por invalidez, indenização ao trabalhador e
seguro de incapacidade (BRIGANO, 2005).
No Brasil, cerca de 10 milhões de brasileiros ficam incapacitados por causa
desta morbidade e pelo menos 70% da população sofrerá um episódio de dor na
vida (MOTA, 2008).Nos Estados Unidos, é um problema de alto custo médico e
social, sendo causa de perda de 1400 dias de trabalho por mil habitantes por ano.
Na Europa é a mais freqüente causa de limitação em pessoas com menos de 45
anos e a segunda causa mais frequente de consultas médicas (CAVANAUGH, 1994).
A dor crônica é classificada por um sintoma que se mantém além do tempo
fisiológico de cicatrização de determinada lesão, ou por permanecer por mais de três
meses(IASP, 1986; GUREJE, 1998), sendo que a lombalgia crônica se classifica por
duração superior a 12 semanas (IMAMURA, 2001).
Em 85% dos indivíduos portadores de lombalgia a causa responsável pela dor
não é identificada, entretanto, dentro dos fatores de risco, encontram-se os
individuais como a fraqueza dos músculos abdominais e espinais, má postura, a
altura, o ganho de peso, a obesidade e a falta de condicionamento físico. Dentro dos
ocupacionais, encontramos o levantamento de peso gerando sobrecargas na coluna
lombar, deslocamento de objetos pesados e permanecer sentado por longos
períodos (IMAMURA, 2001).
13
A estabilização da coluna é composta por três subsistemas: o passivo, no
qual consiste articulações, ligamentos e vértebras; o sistema ativo, constituído de
músculos e tendões; e o controle neural, formado por nervos e sistema nervoso
central. Estes três elementos possuem uma grande integração, e a redução da
função de um dos subsistemas pode sobrecarregar os outros (PANJABI, 1992).
Estudos mostram que indivíduos portadores de lombalgia crônica possuem
diminuição da flexibilidade na coluna lombar. Thomas et al. (1998) em seu estudo
examinou a associação entre restrição do movimento da coluna e a presença de
lombalgia. Observou que houve uma redução estatisticamente significativa da
amplitude de movimento (ADM) em todos os planos em pacientes com dor lombar.
Esola et al. (1996) através de sua pesquisa, avaliaram a quantidade e o
padrão da coluna lombar e quadril durante o movimento de flexão anterior em
indivíduos com e sem histórico de dor lombar. Concluíram que portadores de
lombalgia apresentavam um padrão diferente de movimento, ao invés de iniciarem a
flexão com a articulação do quadril, o avanço inicial partia com o movimento da
coluna lombar, sendo fortemente correlacionado com a redução da flexibilidade dos
isquiotibiais. McGregor (1995) demonstrou em sua pesquisa que pessoas portadoras
de lombalgia crônica apresentavam uma menor ADM comparados a indivíduos
normais no movimento de flexão de tronco, mas não houve diferenças significativas
na extensão, flexão lateral e rotação. A redução da flexibilidade pode ocasionar
fraqueza e retração da musculatura, alterando a relação comprimento tensão,
consequentemente diminuindo o seu desempenho nas atividades funcionais e
recreativas (KISNER, 1998).
Em um estudo realizado em estudantes, identificou fraqueza dos músculos da
coluna e do abdome em portadores de lombalgia comparados ao grupo controle.
Ikedo et al. (1998) avaliaram a associação entre diminuição da força em alguns
músculos posturais-chaves e a presença de dor lombar, encontrando fraqueza da
musculatura abdominal, extensora da região lombar, porção superior e inferior em
portadores de lombalgia.
A fraqueza muscular da região abdominal e a diminuição da atividade da
musculatura
paravertebral,
são
uns
dos
principais
responsáveis
pela
desestabilização da coluna vertebral em indivíduos com lombalgia (JESUS, 2006).
Portanto, a musculatura fraca, faz com que o individuo realize maiores esforços para
14
realizar diversas tarefas do seu dia a dia (TOSCANO, 2001). Músculos fortes estão
menos propícios a atingirem níveis isquêmicos e de fadiga comparados aos
músculos fracos, proporcionando um alinhamento mais adequado, evitando excesso
de tensão muscular, compensações posturais e diminuindo as probabilidades de
lesões a coluna (TOSCANO, 2001; KNOPLICH, 2003; MONTE-RASO, 2009). Entre
os
métodos
fisioterapêuticos,
o
isostretching
proporciona
flexibilidade
e
fortalecimento à musculatura, aprimorando o controle postural através de exercícios
em contração antagonista e alongamento isométrico da musculatura agonista
(SOUZA, 2008; REDONDO, 2001).
Macedo et al. (2010) em seu ensaio clínico, demonstrou que o método
Isostretching (IS),
foi eficiente para diminuir a incapacidade e dor, bem como
aumentar a resistência muscular de abdominais, glúteo máximo e extensores de
tronco nos pacientes com lombalgia. Durante et al. (2009) em seu estudo de 5
semanas, comparando a técnica de isostretching com cinesioterapia convencional
em relação a dor e o índice de incapacidade em portadores de lombalgia, concluiu
que não houve diferença significativa entre os dois protocolos, porem se mostrou
eficaz, reduzindo o quadro álgico e de incapacidade. Mann et al. (2009) também
avaliaram o efeito do método IS em indivíduos com lombalgia crônica, através de um
tratamento consistido de 10 sessões, duas vezes por semana, demonstrando em
seus resultados a diminuição da dor, melhoras significativas quanto à força
muscular,alongamento das cadeias musculares posterior (ângulo coxo-femoral),
anterior (ângulo coxo- femoral e tíbio-femoral) e equilíbrio.
Sá et al. (2003) em sua pesquisa, teve o objetivo de mostrar os efeitos do
método isostretching na flexibilidade de pacientes portadores de escoliose idiopática.
Para a avaliação da flexibilidade pré e pós tratamento fisioterapêutico, utilizaram o
teste de elevação da perna reta, teste sentar e alcançar e o teste de inclinação
lateral. Ao final da pesquisa, concluíram em melhora da flexibilidade e alongamento
da musculatura isquiotibial de ambos os membros inferiores (MMII), da cadeia
posterior, apresentando ângulo coxofemoral diminuído e aumento da mobilidade
articular, flexibilidade e tonicidade da coluna vertebral nos movimentos de flexão
lateral para direita e esquerda.
A alta recidiva de lombalgia na população deve-se ao fato de o Multífido
Lombar (ML) não se recuperar após a remissão do quadro doloroso em pacientes
15
em uso de medicamentos, apresentando uma atrofia muscular, comprometendo a
estabilidade da coluna lombar (HIDES, 2001). O ML em estudos se mostrou
importante e eficaz no aumento da rigidez da coluna lombar e no controle
(STEFFEN, 1994; WILKE, 1995) de movimento da zona neutra em decorrência da
contração muscular (WILKE, 1995).
A zona neutra é a região aonde ocorrem os movimentos intervertebrais contra
o mínimo de resistência interna das estruturas passivas, a perda da capacidade do
ML em manter o controle desta região dentro dos seus limites fisiológicos, leva aos
indivíduos a perda da capacidade do seu sistema estabilizador da coluna vertebral
(PANJABI, 1992; FRITZ, 1998).
O transverso abdominal (TrA) através da sua contração leva a um aumento
da pressão intra-abdominal (PIA) e uma tensão na fascia tóracolombar, gerando
uma diminuição da circunferência abdominal(CRESSWELL, 1994)em decorrência da
posição horizontal de suas fibras (HODGES, 1999). Por meio deste mecanismo o
TrA possui a função de estabilizar o tronco e reduzir a força de compressão na
coluna(CRESSWELL, 1994). Por meio de ultra-some ressonância magnética, Hides
et al. (2006) em seu estudo demonstrou que a contração do TrA proporciona uma
melhora da estabilidade lombar.
A contração do transverso abdominal e do multífido é ativada antes de
qualquer movimento, independentemente do sentido e direção (HODGES, 1997),
porém, ela apresenta um significante retardo em pacientes com lombalgia, indicando
um déficit de controle motor, neural e uma estabilização muscular ineficiente da
coluna vertebral (HODGES, 1996).
Entre as técnicas fisioterapêuticas utilizadas para tratamento da lombalgia
crônica, encontra-se o conceito da estabilização segmentar lombar (ESL),
caracterizada pela contração isométrica da musculatura estabilizadora profunda do
tronco, o transverso abdominal e multífido lombar. A ativação necessária para
ocorrer o fortalecimento desses músculos é de apenas 25% de sua contração
voluntária máxima, com isso é interessante que os pacientes treinem em manter a
co-contração dessa musculatura em isometria com níveis baixos (RICHARDSON,
1995).
Os estudos encontrados nas revisões sistemáticas mostram a eficácia dos
exercícios de estabilização segmentar, promovendo a contração dos músculos
16
transversos abdominais e multífido lombar, proporcionando ao individuo a redução
da dor e da incapacidade promovida pela lombalgia crônica, e consequentemente
um retorno as atividades de vida diária (AVD’s) (FERREIRA, 2006; PEREIRA, 2010).
França et al. (2010) e Sakamoto et al. (2009) em suas amostras, concluíram que os
exercícios de estabilização segmentar, reduziram a intensidade da dor e a
incapacidade funcional em indivíduos com lombalgia crônica. Lima (2005) avaliou o
efeito da estabilização segmentar com o trabalho isolado do TrA e os exercícios
globais de estabilização no nível de dor, concluindo que ambos se mostraram
eficazes após 4 semanas de tratamento.
França et al. (2008) foram responsáveis por um estudo de revisão entre 1984
e 2006, no qual buscaram sobre a estabilidade da coluna, a ativação da musculatura
profunda, exercícios aplicáveis , entre outros. Essa revisão corroborou com diversos
artigos em dizer que a estabilização segmentar é eficaz nas lombalgias e também na
prevenção de suas recidivas, principalmente por atuarem na musculatura
estabilizadora especifica.
Devido à dor lombar crônica ser uma das principais patologias da sociedade
moderna, tendo em vista a sua grande prevalência, a fisioterapia vem com o foco de
diminuir seu quadro de dor e proporcionar ao indivíduo o retorno e melhora a suas
atividades diárias. O presente estudo tem o objetivo de contribuir para uma melhor
compreensão sobre o processo de redução da lombalgia crônica, através da
comparação entre duas terapias utilizadas no tratamento desta patologia:
Isostretching e a Estabilização Segmentar Lombar, contribuindo para que tenhamos
maiores evidências de cada protocolo terapêutico na melhora da dor e da
incapacidade funcional.
17
2.0. OBJETIVO
2.1.
OBJETIVO GERAL
O presente estudo tem por objetivo comparar os possíveis efeitos do
tratamento composto do método Isostretching e da técnica de Estabilização
Segmentar Lombar sobre a dor e incapacidade funcional executados em grupos
distintos em pacientes com lombalgia crônica, através de dois questionários, um
para identificação da dor e outro para incapacidade funcional, aplicados antes do
início da primeira sessão e ao final do tratamento para reavaliação.
2.2.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abordar as bases anatômicas e biomecânicas da coluna lombar;

Definir o conceito, fatores de risco, prevalência e tratamento da lombalgia
crônica;

Abordar os princípios básicos, histórico, prática e propostas do método
Isostretching;

Abordar os princípios, histórico e prática da estabilização segmentar vertebral;

Comparar os resultados das técnicas aplicadas entre os grupos na
intensidade da dor e na incapacidade funcional, antes e após o tratamento,
por meio de aplicação de questionário.
18
3.0. JUSTIFICATIVA
Os estudos atuais mostram a grande eficácia dos exercícios de isostretching
e estabilização segmentar em indivíduos portadores de lombalgia crônica, em
relação à dor e a incapacidade funcional, porém existem poucas pesquisas
comparando a eficácia das duas técnicas no tratamento do quadro álgico e na
incapacidade funcional. Portanto, há grande necessidade de realizá-lo, afim de que
tenhamos maiores evidências de cada protocolo terapêutico na dor e na
incapacidade funcional, contribuindo para a melhor compreensão do processo de
redução da dor lombar crônica.
19
4.0. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
4.1. COLUNA VERTEBRAL: UMA VISÃO GERAL
A coluna vertebral é constituída de 33 vértebras, 23 discos intervertebrais,
sendo dividida em cinco regiões: cervical, torácica, lombar, sacral e coccígea. Sete
das vértebras estão localizadas na cervical, doze na torácica, cinco na lombar. Cinco
das nove vértebras restantes estão fundidas, formando o sacro, enquanto as quatro
restantes formam as vértebras coccígeas (Figura 1). A coluna é capaz de
proporcionar uma base de sustentação para a cabeça e órgãos internos; uma base
estável para a inserção de ligamentos, ossos e músculos e mobilidade para o tronco.
Além disso, a coluna protege a medula espinhal (NORKIN, 2001).
Figura 1: Coluna vertebral, vista anterior, lateral esquerda e posterior.
Fonte: NETTER, 2000.
20
No plano sagital, podemos observar as curvaturas fisiológicas da coluna
vertebral, sendo classificadas em curvas primarias e secundarias. A curvatura
torácica e sacral é convexa em sentido posterior, conhecidas como curvas cifóticas e
primarias. A curvatura cervical e lombar apresenta uma convexidade anterior,
denominada curvas lordóticas e secundarias (NORKIN, 2001; NEUMANN, 2006;
HALL, 2000).
“As curvas secundarias ou lordóticas ocorrem como um
resultado da acomodação do esqueleto a postura vertical. A
curva secundaria superior na região cervical se forma à medida
que o bebe começa a sustentar sua cabeça contra gravidade. A
curva secundaria inferior na região lombar se forma quando o
bebê começa a andar e mantém seu tronco vertical.” (NORKIN,
2001).
A curvatura cervical se estende até a segunda vértebra torácica; a curvatura
torácica se estende de T2 a T12; a lombar se inicia em T12 até a junção
lombosacra; por fim, a curvatura sacral se estende da junção lombosacra ao cóccix.
Qualquer alteração nos segmentos vertebrais poderá alterar a posição dos
segmentos superiores ou inferiores adjacentes. (OLIVER, 1998)
As curvaturas vertebrais proporcionam maior resistência à coluna aos
esforços de compressão axial, dissipando as forças verticais e absorvendo os
choques. Desta forma, sua resistência é dez vezes maior do que a da coluna
retilínea, permitindo que essa força seja absorvida pelos ligamentos vertebrais e
pela musculatura localizada ao longo do lado convexo de cada curva, e não só
apenas pelos os discos intervertebrais (KAPANDJI, 2000).
Uma vértebra típica é composta por duas estruturas, uma anterior,
denominada corpo vertebral e outra posterior, denominada arco vertebral. O corpo
vertebral é composto por um tecido esponjoso ou trabécula, que está coberto por
uma camada de osso cortical. O revestimento cortical da superfície superior e
inferior do corpo vertebral, denominado de platô, é mais espesso na sua parte
central, composta por uma camada de cartilagem hialina, nomeado de placa terminal
cartilaginosa, e na periferia, aonde se localizam as placas epifisárias. As trabéculas
se distribuem de acordo com as forças aplicadas sobre os corpos, no interior do
21
corpo de osso esponjoso. As linhas verticais auxiliam na resistência as forças de
compressão e na sustentação do peso do corpo, as linhas obliquas e horizontais
ajudam a resistir as forças de cisalhamento (Figura 2). No cruzamento desses três
sistemas trabeculares é encontrado a maior área de resistência, na porção anterior
do corpo, onde estão localizadas apenas trabéculas verticais, encontramos a área
de menor resistência, local de grande potencial lesivo para fraturas por compressão
(NORKIN, 2001; KAPANDJI, 2000).
Figura 2: Distribuição das trabéculas vertebrais.
Fonte: KAPANDJI, 2000.
Do arco vertebral se originam dois processos transversos e um espinhoso
(todos não articulares), locais de grande importância, pois dali se insere ligamentos
e músculos. Anteriormente aos processos transversos, encontramos os pedículos, e
posteriormente se constitui a lâmina. Quatro processos articulares estão localizados
na porção posterior das laminas, duas superiores e duas inferiores, um em cada
lado. A união do arco vertebral com a parte posterior do corpo vertebral, através dos
pedículos, forma uma passagem protetora para a medula espinhal e vasos
sanguíneos (forame vertebral) (HALL, 2000; KAPANDJI, 2000).
22
“apesar de todas as vértebras tenham um tema morfológico
comum, cada uma tem uma forma específica que reflete na sua
função exclusiva” (NEUMANN, 2006).
As vértebras lombares são maiores que as vértebras superiores, seus corpos
são largos verticalmente na parte anterior em comparação a parte posterior e mais
alargada lateralmente. Cada vértebra possui a finalidade de sustentar o peso do
corpo, e essa característica funcional reduz a quantidade de estresse submetido a
essas vértebras (HALL, 2000).
O disco intervertebral é constituído de um anel fibroso e material gelatinoso,
conhecido como núcleo pulposo, ambas compostas de água, colágeno e
proteoglicana (PGs). Os PGs, através da concentração de condroitina 6-sulfato,
possuem a capacidade de reter e atrair água, este alto conteúdo hídrico no núcleo o
torna resistente a compressão. Um influxo e efluxo de água são realizados durante
as mudanças posturais e na posição do corpo, transportando nutrientes para dentro
e removendo os produtos de desgaste metabólico, desta forma, promovendo um
bombeamento do disco. Uma sobrecarga de compressão aplicada sobre o disco
causa uma redução adicional na sua hidratação, consequentemente ele passa a
absorver sódio e potássio até que sua concentração eletrolítica interna seja o
suficiente para prevenir qualquer perda adicional de água. No disco intervertebral se
predomina o colágeno tipo I (resistente as forças tensivas) e do tipo II (resistente a
compressão). Particularmente o núcleo e composto, principalmente, por colágeno
tipo II, e o anel, contêm ambas, com predomínio do colágeno tipo I (NORKIN, 2001;
HALL, 2000).
23
Figura 3: Núcleo pulposo (N) e Anel fibroso (A).
Fonte: KAPANJI, 2000.
Mecanicamente, os discos intervertebrais possuem um grande poder elástico
e viscoelástico, se deformando em condições de estresse, com objetivo de suportar
as cargas, e retornando a sua posição e forma inicial quando a mesma carga é
removida. A função do núcleo pulposo (absorção de cargas) é mais efetivo devido
seu alto grau de hidratação, e as fibras do anel fibroso, que são elásticas, auxiliam
na redução dos estresses mecânicos aplicados sobre a coluna, tornando os discos
capazes de suportar forças compressivas, rotacionais e de flexão aplicadas sobre a
coluna (BRICKMANN, 1991).
A
coluna
proporcionando
vertebral
é
sustentada
por
seis
ligamentos
principais,
estabilidade aos segmentos moveis, são eles:
ligamentos
longitudinais anterior (LLA) e posterior; ligamento amarelo; e os ligamentos
interespinhoso, intertransverso e supra-espinhoso. Os ligamentos longitudinais
fazem parte das articulações intervertebrais, conectando os corpos vertebrais. O
ligamento longitudinal anterior possui uma grande resistência a tensão axial,
principalmente na região lombar. O ligamento longitudinal posterior proporciona
pouca estabilidade para região lombar, sendo o mais fraco que LLA (NORKIN, 2001;
HALL, 2000; KAPANDJI, 2000).
24
O ligamento amarelo é constituído de uma alta concentração de fibras
elásticas, sendo mais forte na região torácica inferior e mais fraco na região cervical
média. Este ligamento está sobre tensão mesmo quando a coluna está na posição
neutra. Esta tensão cria uma força de compressão constante sobre os discos
intervertebrais, tornando pressão intradiscal elevada, desta forma, o disco se torna
mais rígido, aprimorando a estabilidade vertebral (NORKIN, 2001; HALL, 2000;
KAPANDJI, 2000).
O ligamento interespinhoso resiste à separação dos processos espinhos, se
estirando durante a flexão, estando bem desenvolvidos na região lombar. O
ligamento supra-espinhoso se insere nos processos espinhosos de toda coluna e na
região cervical se torna o ligamento nucal, resistindo à separação dos processos
espinhosos durante a flexão. Os ligamentos intertransversos são mais desenvolvidos
na região lombar. Os ligamentos do lado direito resistem à flexão lateral para
esquerda e os do lado esquerdo resistem à flexão lateral para direita (NORKIN,
2001; HALL, 2000; KAPANDJI, 2000).
4.2. COLUNA LOMBAR
As vértebras da coluna lombar constituem a área que sofre com as maiores
cargas e pressão, desta forma, os corpos e os discos vertebrais da região lombar
são maiores em seu tamanho, comparadas as vértebras das outras regiões,
proporcionando uma maior sustentação para o corpo, bem como em situações
dinâmicas e estáticas (Figura 4) (NORKIN, 2001; NETTER, 2000).
25
Figura 4: Vértebra lombar (L2), vista posterior.
Fonte: PELLENZ, 2005.
As quatro primeiras vértebras lombares estão estruturadas semelhantemente,
possuindo corpos com diâmetro transverso que é maior que o diâmetro anterior e a
altura; Arcos e processos espinhosos longos, grosso, grandes, se estendendo
horizontalmente; Laminas orientada verticalmente e o pedículo horizontalmente;
Processo transverso fino e longo; Facetas zigopofisárias superiores são côncavas e
voltadas medialmente, enquanto as facetas zigopofisárias inferiores são convexas e
voltadas lateralmente, de forma que o plano desta articulação é sagital (NORKIN,
2001).
A quinta vértebra lombar se caracteriza por uma estrutura de transição, se
diferenciando dos outros segmentos lombares. Seu corpo possui uma maior altura
anteriormente do que na porção posterior. O processo espinhoso é pequeno e os
transversos são grandes, além das facetas inferiores serem espaças amplamente,
adaptando-se para se articular com o sacro (NORKIN, 2001; KAPANDJI, 2000).
Os ligamentos iliolombares se estendem dos processos transversos de L-4 e
L-5, inserindo–se nas cristas ilíacas, minimizando as força de torque na junção
lombossacral e estabilizando L5, prevenindo seu deslocamento anterior (FARFAN,
1973).
Fascia toracolombar são originadas lateralmente aos processos espinhosos e
transversos das vértebras, com potentes inserções nos músculos da coluna lombar,
26
possuindo uma relevante função na estabilização lombopélvica (DANGELO;
FATTINI, 2002). Este sistema fascial proporciona aos humanos a capacidade única
de levantar pesos pesados acima da cabeça e de estabilizar o tronco para lançar
objetos com altas velocidades (LEHMKUHL, 1997).
A mobilidade da coluna se dá em três graus de liberdade: flexão e extensão,
flexão lateral e rotação. Devido à orientação das facetas e a coluna lombar não sofre
restrições das costelas, os movimentos de flexão e extensão são maiores que o da
coluna torácica. A flexão é limitada pelo tamanho dos corpos vertebrais, não
atingindo um grau suficiente para formação de uma cifose. No entanto, a
combinação coordenada de movimento entre uma flexão lombar e a inclinação
anterior da pelve, denominado ritmo lombopélvico, permite maior amplitude de
movimento a região lombar (NORKIN, 2001; HOPPENFELD, 1998).
A flexão lateral e a rotação da coluna lombar ocorrem com maior liberdade em
sua região superior, diferentemente da flexão (nível lombopélvico). A flexão lateral
da coluna lombar não é um movimento puro, sendo acompanhada de uma rotação
das vértebras lombares. A rotação é acompanhada por um movimento do processo
espinhoso em direção a concavidade da curva. Devemos frisar, que a orientação
facetaria, limita a rotação e a flexão lateral (NORKIN, 2001; HOPPENFELD, 1998).
4.3. MUSCULATURA LOMBAR
O reto abdominal, os oblíquos externos e os oblíquos internos são os
principais
músculos
da
parede
abdominal, funcionando
como
importantes
estabilizadores da coluna lombar. Contraindo bilateralmente, esses músculos, atuam
realizando a flexão do tronco e reduzindo a inclinação pélvica anterior e
unilateralmente, realizam a flexão ipsilateral (HALL, 2000).
Segundo KENDALL
(1995), o reto abdominal tem sua origem na crista e sínfise púbica, se inserindo nas
cartilagens costais da quinta, sexta e sétima costelas e processo xifóide do esterno,
sendo o principal flexor da coluna. Os oblíquos externos têm sua origem nas
superfícies externas da 5° a 8° costela (fibras anteriores) e superfície externa da
nona costela (fibras laterais), inserindo-se na linha alba (fibras anteriores) e espinha
ilíaca antero-superior (fibras laterais). Contraindo, atuam realizando uma rotação do
tronco para o lado oposto e produzindo uma rotação da pelve para o mesmo lado.
27
Os oblíquos internos possuem suas origens na crista ilíaca (fibras anteriores
inferiores e superiores) e fáscia toracolombar (fibras laterais), inserindo-se na linha
alba (fibras anteriores inferiores e superiores) e bordas inferiores da décima primeira
a décima segunda costela (fibras laterais). Quando colocado em tenso, o obliquo
interno realiza uma rotação da coluna para o mesmo lado e rotação da pelve para o
lado oposto (HALL, 2000; KAPANDJI, 2000; KENDALL, 1995).
O músculo quadrado lombar tem sua origem na crista ilíaca, ligamento
iliolombar, inserindo-se na borda inferior da ultima costela e processos transversos
das quatros vértebras lombares superiores (KENDALL, 1995). Ao se contrair
unilateralmente, realiza flexão lateral do tronco, sendo reforçado pelos músculos
oblíquos externos e internos, atuando com um estabilizador lateral da coluna lombar
(KAPANDJI, 2000).
O psoas está anteriormente ao quadrado lombar, originando-se nos
processos transversos de todas as vértebras lombares; nas ultimas vértebras
torácicas e todas as vértebras lombares; inserindo-se no trocanter menor do fêmur.
Bilateralmente, com sua inserção fixada, realiza uma flexão de tronco e pode
aumentar a lordose lombar; atuando unilateralmente, realiza uma flexão ipsilateral
do tronco (KENDALL, 1995).
Constituindo o grupo eretor da coluna vertebral, ou músculos sacroespinhal
(iliocostal, longíssimo e espinhal), se estende do sacro até a porção accipital do
crânio, se inserindo nos processos transversos e espinhos de todas as vértebras e
aos ângulos das costelas, por varias divisões. Desses três músculos, apenas dois
estão envolvidos diretamente com a coluna lombar, estes são: Iliocostal lombar e o
longo lombar. Bilateralmente todos esses músculos contribuem para a extensão e
hiperextensão do tronco, e quando se contraem unilateralmente, realizam a flexão
lateral para o mesmo lado (NORKIN, 2001; HALL, 2000).
Os multífidos são os maiores e mais medias dos músculos da coluna lombar,
apresentando uma organização de ligação de uma vértebra com relação à outra
(MACINTOSH, 1986). Suas fibras musculares consiste em fascículos que originamse dos processos espinhos de cada vértebra lombar, arranjados em cinco grupos
sobrepostos, ou seja, cada vértebra lombar da origem a um grupo. Cada fascículo
se inicia de um tendão comum, dividindo-se caudolateralmente, assumindo
inserções aos processos mamilares, crista ilíaca e sacro (NORKIN, 2000).
28
MacDonald et al.(2006) e Richardson et al, (1999) em seus estudos, mostram
que as fibras superficiais do ML possuem maior atividade durante a rotação e
extensão da coluna lombar, entretanto, as fibras profundas se caracterizam
principalmente pelo controle da estabilização da coluna lombar(MACDONALD, 2006;
RICHARDSON, 1999). Em resumo, o ML é capaz de propiciar aumento da rigidez do
segmento (região lombar) resultante da contração e fornecer controle de movimento
na zona neutra (STEFFEN, 1994; WILKE, 1995).
O músculo transverso do abdome está localizado profundamente e possui
inserções no processo transverso de cada vértebra lombar via fáscia tóraco-lombar
(FTL), na bainha do reto do abdome, no diafragma, na crista ilíaca, nas seis
superfícies costais inferiores e sínfise púbica (WILLIAMS, 1989). O TrA possui um
papel de destaque na manutenção da pressão intra-abdominal (PIA), através da
tensão aplicada as vértebras lombares via FTL, reduzindo a compressão axial e as
forças de cisalhamento, transmitindo estas para uma área maior, desta forma,
contribuindo para uma maior estabilidade a coluna lombar(CHOLEWICKY, 1999;
NORRIS, 1995).
Hodges e Richardson (1999), concluíram em seus estudos por meio de
eletromiografia, que o TrA é o primeiro músculo a ser ativado durante os movimentos
dos membros, possuindo um importante papel na antecipação, promovendo uma
rigidez necessária à coluna lombar, evitando qualquer instabilidade a região
(HODGES, 1997).
4.4. DOR LOMBAR CRÔNICA
A dor lombar é definida como uma moléstia aguda, subaguda ou crônica,
localizada anatomicamente na região posterior do tronco, caracterizando-se por
surgimento insidioso ou progressivo. Entretanto, a lombalgia crônica se classifica por
uma duração que ultrapassa 12 semanas, se mantendo além do período fisiológico
de cicatrização (ANDERSSON, 1999; KAZIYAMA, 2003).
Segundo Organização Mundial de Saúde (OMS), a lombalgia se caracteriza
por um comprometimento que ocasiona perda ou anormalidade dos segmentos da
29
coluna vertebral lombar, de etiologia psicológica, fisiológica ou anatômica ou, ainda,
uma deficiência que proporciona uma desvantagem, limitando ou impedindo o
desempenho normal das atividades físicas ou diárias (WHO, 1980).
Ainda, sobre o mesmo ponto de vista, a OMS criou a Classificação
Internacional de Funcionalidade (CIF) para facilitar a comunicação entre os
profissionais, sobre as questões relacionadas à saúde e os atendimentos as
diversas formas de acometimentos das doenças. A CIF classifica em três níveis de
disfunção uma doença, sendo estas: estrutura e função do corpo, atividade e
participação (SAMPAIO, 2002). O lombalgico pode apresentar disfunção no nível de
estrutura e função, como fraqueza muscular, perda da amplitude de movimento,
alterações posturais e perda da flexibilidade (GARFIN, 1995; SIMMONDS, 1998). No
nível de atividade, os indivíduos podem apresentar dificuldade em assentar, andar,
dirigir e carregar objetos (PENGEL, 2004; WALSH, 2004). No nível da participação,
podem ocorrer dificuldades para fazer compras, dificuldade de socialização devido à
dificuldade de se manter assentado e restrições para viagens prolongadas (WALSH,
2004; FRITZ, 2002).
A lombalgia pode ser definida como primária ou secundária, com ou sem
comprometimento neurológico; mecânico-degenerativo; não-mecânica; inflamatória,
infecciosa, metabólica, neoplásica ou secundária a repercussão de doenças
sistêmicas. Ainda há o importante grupo das lombalgias não orgânicas. Entre as
lombalgias não orgânicas podemos citar as simuladas com o interesse de ganhos
secundários, ou seja, financeiros, e as lombalgias psicossomáticas, secundárias a
conflitos psicológicos de intenção inconscientes (JUNIOR, 2010). Segundo Schilling,
a lombalgia pode ser considerada uma doença que possui o trabalho como um dos
fatores contribuintes ou agravante (SHILLING, 1984).
4.5. ETIOLOGIA E FATORES DE RISCO
A causa principal e a busca única geradora da lombalgia, torna-se
extremamente difícil, se tornando, na maioria das vezes, uma etiologia multifatorial.
Entre os fatores de risco individuais, podemos citar: o índice de massa corporal,
capacidade
de
força
muscular,
o
desequilíbrio
muscular,
as
condições
socioeconômicas, idade, sexo e a presença de outras enfermidades. Os fatores de
30
risco profissionais mais identificados envolvem as movimentações e as posturas
incorretas decorrentes das inadequações do ambiente de trabalho, das condições de
funcionamento dos equipamentos disponíveis, bem como das formas de
organização e de execução do trabalho (HODGES, 1999).
Entre os fatores contribuintes para elevada recidiva da dor lombar, podemos
citar a idade, a fadiga e a postura. O trabalho pesado, o trabalho sentado por longos
períodos, o levantamento de peso, a falta de exercícios, representam alguns dos
principais fatores contribuintes para cronicidade da dor lombar (GOMBATTO, 2007;
MACEDO, 2006).
A tensão muscular paravertebral causada pela degeneração precoce dos
discos intervertebrais pelo excesso de esforço físico, decorrente de posturas, as
pressões sobre os músculos e ligamentos que suportam a coluna vertebral, o
transporte de cargas, esforços estáticos relacionados à sustentação de cargas
pesadas, posturas incomodas relacionadas à restrição de movimento, exposição a
longas jornadas de trabalho sem pausas, expor-se a estímulos vibratórios
prolongadamente, isoladamente ou combinadamente, traumas cumulativos, as
atividades dinâmicas relacionadas com movimentos de flexão e rotação do tronco e
o agachamento, estão entre os principais fatores de risco e queixas freqüentes de
dor na coluna lombar (POPE, 1992; LEE, 1999).
Um dos principais fatores de risco para a lombalgia é o desequilíbrio de força
ou de recrutamento entre os músculos estabilizadores do tronco. O tronco precisa
ser estruturalmente capaz de se adaptar a diferentes posturas, com isso sua
musculatura precisa de estar preparada para realizar a estabilização estática e
dinâmica (TSAO, 2008; RICHARDSON, 1992; WAGNER, 2005; JULL, 1993).
Os déficits de coordenação do ritmo lombo-pelvico e da musculatura
paravertebral, estão correlacionados a dor lombar crônica e fadiga precoce dos
músculos, estando atribuídas ao desuso secundário ao quadro álgico, conhecida
como “síndrome do descondicionamento” (AROKOSKI, 2001; COHEN, 2002).
Um estudo realizado através de uma tomografia computadorizada, concluiu
em uma importante hipotrofia das fibras musculares, estando presente em 80% dos
indivíduos com dor crônica. Em geral, o estilo de vida das sociedades
industrializadas, não submete a coluna vertebral lombar a cargas suficientes, para
31
que mantenham as fibras do tipo II, desta forma, levando a uma hipotrofia da
mesma, principalmente em pacientes crônicos (DANNEELS, 2001; ACHOUR, 1995).
Pessoas com lombalgia geralmente apresentam desequilíbrio muscular como
encurtamento ou fraqueza, caracterizados por regiões de hipomobilidade e
hipermobilidade intra-articular (KAWANO, 2008; MITCHELL, 2008). Cada músculo
possui determinada capacidade de modificar seu comprimento, o que resulta em
certo grau de encurtamento ou flexibilidade. E, em caso de fraqueza muscular, os
padrões
de
movimento
se
alteram
de
forma
a
ocorrerem
movimentos
compensatórios pelo aumento de atividade em outro grupo muscular, que gera maior
força para suprir o déficit existente. Do contrário, quando há um encurtamento
muscular, outro músculo tem sua flexibilidade aumentada, para que a articulação
envolvida não sofra redução de sua mobilidade. Assim, um aumento compensatório
na mobilidade articular pode gerar sintomas como a lombalgia (COMERFORD, 2001;
MACEDO, 2006).
Além disso, as disfunções do movimento podem ocorrer local ou globalmente,
apesar de que rotineiramente estão associadas (COMERFORD, 2001). O sistema
muscular global tem sua inserção ou origem na pelve ou no tórax, e por isso, faz a
transferência de carga entre a caixa torácica e a pelve, podendo realizar a função de
estabilização e de mobilização (oblíquo interno e externo, por exemplo). Já o
sistema local tem a função de manter a estabilidade mecânica da coluna,
controlando o movimento, respondendo às alterações prévias da postura, e é
independente da direção do movimento ou da carga (transverso abdominal e
multífido lombar) (COMERFORD, 2001; KOUMANTAKIS, 2005; BERGMARK, 1989).
4.6. PREVALÊNCIA E EPIDEMIOLOGIA
Teixeira et al. (1999), em seu estudo, afirma que cerca de 10 milhões de
brasileiros poderão apresentar algum grau de incapacidade devido à dor lombar
crônica, e 70% da população no país sofreram com essa morbidade em algum
período da vida. Segundo Cordeiro et al. (2008), a lombalgia á a principal causa de
dor crônica na atenção primária a saúde. Em um estudo realizado com 505
funcionários da Universidade Estadual de Londrina (Paraná, Brasil), concluiu que a
dor lombar foi identificada em 56% dos indivíduos, perdendo apenas para cefaléia
32
(KRELING, 2006). Nos EUA, é a principal causa de limitação das atividades diárias
entre pessoas com menos de 45 anos, a segunda razão mais freqüente de
atendimentos médicos, terceira causa de procedimentos cirúrgicos e a quinta causa
internação hospitalar (HART, 1995).
A faixa etária varia de acordo com as pesquisa, segundo Silva et al. (2004) a
maior prevalência foi observada entre os indivíduos de 20 a 29 anos. Matos et al.
(2008) observou maior índice em indivíduos entre 30 a 49 anos. Mas podemos
afirmar que conforme a um aumento da idade, maiores risco podem ser
apresentados. Os processos degenerativos podem estar em estado muito avançado,
desta
forma,
trazendo
consequências,
como
o
desgaste
das
estruturas
osteomusculares e orgânicas. Além da maioria, apesar de próximos as
aposentadorias ainda estão trabalhando (DEYOR, 1998).
O sexo feminino se encontra com maior predominância, apresentando
números significamente maiores que os homens. Este fato se justifica pelas
atividades diárias e características anato-funcionais das mulheres, que cada vez
mais combinam suas tarefas domésticas com o trabalho externo, expondo-se as
cargas intensas e de repetitividade. Além de possuírem uma menor estrutura, menor
massa muscular, menos massa óssea, articulações mais frágeis e menos adaptadas
a os esforços físicos pesados, desta forma, contribuindo para o aparecimento das
lombalgias crônicas (GILGIL, 2005; BEIJIA, 2004; PAPAGEORGIOU, 1995; SILVA,
2004).
O nível de escolaridade e socioeconômico está altamente ligado a dor lombar
crônica, sendo que fatores culturais e demográficos relacionados às condições de
trabalho podem ser os responsáveis por tais diferenças (VOGT, 2000; VOLINN,
1997).Outro fator, este até curioso, é o fator de ser casado ou morar com um
companheiro está ligado à dor lombar crônica, se justificando, por exemplo, a
exposição
de
maiores
situações
ergonômicas
no
trabalho,
domicilio
ou
comportamentos de risco. Vale lembrar que a situação civil ou conjugal não está
correlacionada como fator principal para o desfecho, mas sim, um marcador de risco
(LEE, 2001; SILVA, 2004).
O índice de Massa Corpórea (IMC), também está correlacionado aos
indivíduos com lombalgia crônica. A obesidade/sobrepeso proporciona uma cargaextra as estruturas osteo-musculo-articular, alterando o centro de gravidade e
33
obrigando a coluna lombar a alterar seu equilíbrio biomecânico do corpo(TODA,
2000; MORTIMER, 2001; ALMEIDA, 2008).
4.7. REVISÃO DA LITERATURA: TRATAMENTOS
O tratamento da disfunção e dor lombar geralmente é feito por uma equipe
multidisciplinar, incluindo fisioterapeutas, médicos e psicólogos, tendo como
proposta geral, controlar o quadro álgico e a promoção do bem estar e do retorno às
atividades funcionais do sujeito. A fisioterapia dispõe de diversos recursos
terapêuticos que auxiliam na promoção do alívio sintomático da dor e na reabilitação
desses pacientes, dentre os quais se podem citar o ultrassom, a terapia laser,
terapia por ondas curtas, exercícios de flexibilidade, e fortalecimento muscular
(BRIGANO, 2005).
De acordo com Fernandes et al. (2009), a fisioterapia convencional pode
proporcionar não só um alívio das condições sintomatológicas do paciente, como
também
restabelecer
a
função
normal
do
organismo,
promovendo
a
desprogramação muscular e redução de cargas articulares. Em geral a fisioterapia
consiste de: cinesioterapia, modalidades analgésicas (eletroterapia), massoterapia
localizada e repouso controlado. Em estudo de revisão Marques et al. (2010),
verificou que pacientes tiveram melhora significativa com tratamento pela fisioterapia
convencional com manutenção dos ganhos por 24 meses demonstrando ser
eficiente.
Foi comparada a eficácia na remissão das dores lombares utilizando
Correntes Diadinâmicas de Bernard (CDB) junto com a Iontoforeses comparando
com a aplicação isolada da CDB. Foram 18 voluntários com diagnóstico de
lombalgia crônica, foram criados dois grupos um com participantes que receberam
tratamento apenas com CDB e o outro associando as duas técnicas. A iontoforese
foi realizada com hidrocortisona 1%. Os parâmetros para ambos os grupos foram DF
e LP por 5 minutos, a intensidade foi regulada individualmente. O resultado foi
positivo nas duas técnicas, contudo a CDB pura obteve melhor resultado, sugerindo
ser mais eficaz (DE CARVALHO, 2005).
Dentre os recursos fisioterapêuticos podemos citar algumas técnicas, como a
Escola de Coluna (Back School), ou Escola da Postura, criado por Nachemson,
34
possui grande eficiência no tratamento e prevenção de lombalgias (KNOPLICH,
2003). Em 1995, um estudo aberto avaliou a eficácia da Escola da Coluna em 15
pacientes com dor lombar crônica, onde foram realizadas cinco aulas teóricopráticas e após oito meses, 93% dos pacientes relatavam ausência de dor,
sugerindo os autores que programas educacionais poderiam ser eficazes como
parte do tratamento para dor lombar em nosso meio (CASAROTTO, 1995).
Pode-se citar a técnica de Mackenzie, que utiliza os movimentos do próprio
paciente no alívio da dor e na recuperação da função (KODISK, 2001). Em seu
estudo, Sato utilizou o método Mackenzie em 10 estudantes durante um mês, o
estudo teve resultado positivo, com diminuição da dor lombar e aumento da
flexibilidade nos sujeitos (SATO, 2007).
Outra técnica que tem ganhado espaço nos últimos anos é o pilates, sendo
uma eficiente ferramenta para fortalecer a musculatura extensora do tronco, atuando
no desequilíbrio entre a função dos músculos envolvidos na extensão e flexão de
tronco, que é um forte indício para desenvolvimento de distúrbios da coluna lombar
(KOLYNIAK, 2004).Foi realizado um estudo randomizado e controlado aplicando o
método pilates em sujeitos com dor lombar crônica não-específica. Os sujeitos foram
avaliados antes, com 3, 6 e 12 meses após o tratamento com pilates. A dor lombar
melhorou e permaneceu assim durante os 12 meses (RYDEARD, 2006). Houve uma
redução significativa na intensidade da dor lombar em um grupo de pacientes que
seguiram um protocolo diário por 10 dias do método pilates. Concluíram que os
resultados obtidos com o método pilates eram comparáveis àqueles conseguidos
com o método da escola da coluna, sugerindo seu uso como mais uma maneira
alternativa no tratamento da dor lombar (DONZELLI, 2006).
Em outro estudo onde foi seguido um protocolo do método pilates, obtiveram
resultados positivos em relação à postura e flexibilidade do corpo (SEGAL, 2004).
Também foi relatado um caso de uma mulher de 39 anos com escoliose, que
apresentava severa dor lombar crônica e comprometimento de suas atividades de
vida diária. Após o tratamento com o método pilates as limitações e a qualidade de
vida melhoraram muito (BLUM, 2002).
Foi verificado que 54 pacientes com dor lombar crônica ao realizaram
exercícios orientados, como: alongamento, aeróbia de baixo impacto, caminhadas,
bicicleta ergométrica e natação tiveram um decréscimo das dores lombares
35
subagudas ou crônicas e melhora da função física e psicológica (MACEDO, 2005).
Corrobando com o estudo de Souza et al. (2008), em que foi utilizado o método
DeepWaterRunning, que consiste em sua tradução, corrida em águas profundas,
onde é uma atividade aeróbia de baixo impacto, tendo no estudo, resultado positivo
na incapacidade funcional e na melhora da dor. Diversos estudos vêm analisando os
efeitos da acupuntura na lombalgia crônica, estes mostram uma resposta rápida,
conseguindo uma redução na intensidade e duração da dor, com isso os pacientes
tem um retorno mais rápido para sua atividade laboral (BRINKHAUS, 2006). Outro
fator, que possivelmente está relacionado com os bons resultados nos estudos
sobre acupuntura, é a possível liberação de neurotransmissores, assim inibindo ou
excitando as sinapses, controlando o quadro álgico (YAMAMURA, 1995).
A mobilização e a manipulação das estruturas corporais têm sido usadas há
muito tempo, para tratar as síndromes de dor musculoesquelética (HAMMER, 2003).
Adamczyk et al. (2009)analisou a efetividade de terapias holísticas na lombalgia
utilizando
a
osteopatia
como
meio
de
tratamento
obtendo
resultados
estatisticamente significativos e satisfatórios com redução de dor em mais de 90%
dos 60 pacientes tratados. Os resultados confirmaram efetividade da osteopatia no
tratamento das lombalgias.
Entre as técnicas utilizadas, encontra-se o conceito de estabilização
segmentar lombar, caracterizado por isometria de baixa intensidade e sincronia dos
músculos profundos do tronco, com o objetivo de estabilizar a coluna lombar,
protegendo sua estrutura do desgaste excessivo (RICHARDSON, 1995).França et
al. (2008) no seu estudo de revisão utilizou 47 artigos e livros publicados entre 1984
e 2006, com isso pode constatar o eficácia da técnica de estabilização segmentar
lombar nas lombalgias e sua capacidade de prevenção as recidivas, isso devido a
atuação no controle motor assim, restabelecendo a função protetora da musculatura
profunda.
O isostretching é uma ginástica fiel a sua definição: de fato é, em sentido
literal, um procedimento para ganho de flexibilidade e fortalecimento do corpo,
através de exercícios adequados, uma ginástica postural, global e ereta (SÁ, 2003).
Macedo et al. (2010) em seu estudo, recrutou 18 mulheres que possuíssem mais de
5 de dor na Escala Visual Analógica de Dor (EVA), também foram submetidas ao
questionário de Rolland Morris, que quantifica a incapacidade funcional. Ao fim das
36
20 sessões foi percebida eficiência do método isostretching em relação a diminuição
de dor e incapacidade funcional.
A técnica RPG é uma indicação no tratamento de lombalgias, com o objetivo
de alcançar uma boa postura, desse modo protegendo as estruturas musculares,
articulares, capsulares, ligamentares e esquelética, assim evitando possíveis lesões
e doenças (PITA, 2000). A técnica é realizada através de alongamentos, estes em
várias posturas, como sentado, em pé e em decúbito (SOUCHARD, 1990). Com isso
Canto et al. (2010), realizaram um estudo onde foram comparados dor e
incapacidade funcional na lombar, antes e após a intervenção da técnica. No total
foram aplicadas 10 sessões de RPG, ao fim destas 85,7% dos sujeitos tiveram
diminuição da dor e 77,1% tiveram melhora na incapacidade funcional.
5.0. ISOSTRETCHING
5.1.
HISTÓRICO
O método Isostretching foi criado por Bernard Redondo, em 1974 na França.
Redondo é fisioterapeuta, osteopata, quiropodista e fisioterapeuta da equipe
francesa de atletismo e vice-presidente da Sociedade Francesa de Fisioterapia.
(CSBM, 2008)
O Isostretching é uma ginástica fiel a sua definição: de fato é, em sentido
literal, um procedimento para ganho de flexibilidade e fortalecimento do corpo,
através de exercícios adequados, uma ginástica postural, global e ereta (SOUZA,
2008).
O nome Isostretching, segundo Redondo (2001), é uma justaposição de dois
termos:
 Iso: Isometria (Contração muscular antagonista que neutraliza o
movimento articular).
 Stretching: Termo em inglês, que significa alongamento, ou seja, é a
buscada flexibilidade a fim de favorecer uma melhor mobilidade
articular.
Redondo (2001) criou um símbolo com alguns significados:
37
 A letra “I” vem de “iso” e representa a coluna vertebral;
 A letra “S” significa “stretching” e representa a coluna vertebral e suas
curvaturas fisiológicas e patológicas;
 O círculo azul representa a respiração;
 O fundo amarelo foca o sistema visceral abdominal, a manutenção do
corpo e no movimento de maneira geral;
 O ponto representa a cabeça, assim como a consciência corporal;
 O triângulo representa o equilíbrio;
Figura 5: Símbolo do método Isostretching
Fonte: CSBM, 2008.
5.2.
PROPOSTA E PRINCÍPIOS BÁSICOS
O Isostretching se caracteriza por ser um método postural, pois os exercícios
são realizados em uma posição vertebral correta. Global, porque todo o corpo é
trabalho a cada exercício, incluindo fortalecimento e alongamento em cada postura.
Ereto, pois requer um autocrescimento da coluna vertebral, solicitando a
musculatura paravertebral (REDONDO, 2001).
38
De acordo com Redondo (2001), as condições de vida evoluíram de tal forma,
que a sociedade passou a realizar suas atividades diárias, na maioria das vezes, na
posição sentada. Nesta forma, a pelve se dirige em uma leve retroversão, a coluna
lombar tende a cifosar, saindo da sua linha de base quando está de pé. Outra
postura muito utilizada em varias tarefas é a inclinação do tronco para frente,
levando a uma abertura da parte posterior da coluna, propulsão do disco,
estiramento dos ligamentos e tensão muscular. Somando todas essas alterações na
coluna vertebral com a má postura, fadiga, assentos não adequados, torções, micro
traumas, acaba-se tendo razões suficientes para preocupações, por isso, a
importância de uma ginástica de compensação.
O método isostretching consiste no fortalecimento da musculatura, melhora
da flexibilidade muscular e mobilidade articular, controle respiratório e consciência
corporal, solicitando o trabalho de todo o corpo a cada postura (REDONDO, 2001;
MORIES, 2005).
O fortalecimento da musculatura profunda é executado através das
contrações isométricas e do autocrescimento do tronco, desenvolvendo o sistema
muscular de fibras tônicas situadas ao longo da coluna, obtendo-se uma boa
sustentação da posição ereta. Este trabalho também é feito de forma proprioceptiva,
proporcionando um melhor controle postural e consequentemente a melhora da
percepção corporal. O fortalecimento muscular será desenvolvido em decorrência da
pratica continua, recrutando cada vez mais um numero maior de fibras, em
decorrência da contração estática (REDONDO, 2001; YOKOHAMA, 2004).
As posturas adotadas provocam o alongamento das cadeias musculares,
mediante a forte ação muscular dos antagonistas, bloqueando as rotações
compensatórias, desta forma conseguiremos, ao mesmo tempo, tonificar a
musculatura por uma parte e alongar, por outra (REDONDO, 2001; MACEDO, 2004).
O trabalho respiratório é realizado através da expiração forçada, durante
todas as posturas, recrutando constantemente a musculatura da caixa torácica. Está
ação atuando também sobre o diafragma, proporciona o relaxamento da
musculatura acessória, que geralmente está em contratura, limitando a dinâmica
respiratória e a expansibilidade toracopulmonar normais (REDONDO, 2001).
39
“O controle respiratório, o domínio dos sentimentos e da posição
são a base do Isostretching, acrescentando um intenso trabalho
muscular.” (REDONDO, 2001)
Com os alongamentos e contrações, a atividade muscular irá se aperfeiçoar,
aumentando a força e mobilidade, o que irá harmonizar as curvas naturais do corpo,
evitando, ao mesmo tempo, a inclinar-se para frente, como resultado da fraqueza
muscular e envelhecimento (REDONDO, 2001).
O isostretching procura melhorar a condição física, sem abrir mão dos meios
terapêuticos: método corretivo, educativo, preventivo, flexibilizante, tonificante e não
traumático. O método pode ser praticado por quase todos, adaptando-se bem as
capacidades de cada um em cada momento. A posição é mantida durante a
expiração prolongada, realizando o auto-crescimento do tronco e uma contração
isométrica dos músculos e extremidades (REDONDO, 2001).
Segundo Redondo (2001), alguns pontos essências devem ser trabalhos para
o método se realizado com eficiência:
 O quadril é o mestre do equilíbrio, do alongamento e do movimento. É
onde inserem-se a maioria dos grupos musculares e em razão de sua
posição, pode controlar, selecionar e organizar as tensões através de
sua ântero ou retroversão. Além disso, interfere diretamente nas
curvaturas da coluna vertebral;
 A caixa abdominal mantém o sistema visceral e interfere no sistema
locomotor;
 A contração da musculatura abdominal faz a distribuição da pressão
interna do abdome;
 A respiração faz com que os diafragmas repercutam em nível de
assoalho pélvico através da pressão exercida nas vísceras. Além de
sua inserção nas últimas vértebras lombares, essa pressão que é
gerada pelo diafragma sobre a pelve auxilia na retificação da lombar e
também em uma “tração”.
Redondo (2001) afirma que não existe atividade locomotora sem:
40
 Boa flexibilidade e tônus da musculatura da coluna vertebral;
 Boa mobilidade da pelve e do diafragma;
 Boa dose de fluxos internos;
 Harmonia entre essas três funções;
 Grau de consciência da atitude certa da postura.
O método Isostretching proporciona (REDONDO, 2001):
 Consciência corporal através da correção dos exercícios;
 Mobilidade e flexibilidade muscular;
 Trabalho respiratório;
 Ganho de tônus e força muscular, através do autocrescimento da
coluna e das contrações isométricas;
 Prevenção de patologias;
 Desenvolve e mantém a aptidão física.
De forma geral, o método é capaz de proporcionar:
“O fortalecimento das diferentes estáticas que sustentam o
corpo; flexibilidade e tonicidade da coluna vertebral; prevenção e
tratamento de problemas mecânicos da coluna vertebral;
correção da postura; melhora da estética corporal; melhora da
capacidade e qualidade do movimento; prevenção e melhora de
perturbações morfológicas do corpo; melhora da mobilidade da
pelve e do diafragma; melhora da qualidade respiratória.”
(PRADO, 2004)
5.3.
A PRÁTICA
As posturas devem ser realizadas, se simétricas, de 3, 6, ou 9repetições, e se
assimétricas, 2, 4 ou 8 repetições. A postura deverá ser mantida, durante uma
expiração prolongada de 6 a 10 segundos, ou até mais. Depois de cada expiração,
41
deve-se relaxar, ou seja, a ereção da coluna a contração isométrica, mas sem
alterar a posição básica, o relaxamento total será apenas ao final da serie de
repetições (REDONDO, 2001).
O método deve ser aplicado em 3 etapas (REDONDO, 2001):
 Posição: Descrição da posição inicial;
 Correção: É a posição em pré-tensão, por colocação da pelve,
alinhamento da coluna, verificação das compensações. A colocação
da pelve dependerá da postura a qual foi escolhida para trabalhar:
deitado e em pé – pelve em retroversão; sentado – anteversão, mas
sempre com o objetivo de retificação das curvaturas.
 Ação: Fixação dos diversos elementos e aumento da tensão, através
da contração isométrica e alongamento, acompanhado de uma
expiração profunda e longa, um abaixamento e aproximação das
escápulas e um auto-engrandecimento da coluna vertebral.
 Variante: Partir da posição inicial, alterando a posição dos braços ou
pernas, podendo também utilizar-se de bastão (1m a 1,20m) e bola
(1–3kg) para aumentar a dificuldade.
É necessário que os exercícios sejam repetidos pelo menos três vezes,
primeiro para se habituar, segundo para as correções e terceiro para executar da
melhor maneira. A finalidade do método reside não só nos números de repetições,
mas na qualidade postural corretiva. Quanto maior o progresso na correção da
postura, melhor será a precisão da técnica, a intensidade de contração e o
alongamento muscular (REDONDO, 2001; SÁ, 2003).
6.0. ESTABILIZAÇÂO SEGMENTAR LOMBAR
6.1.
HISTÓRICO E PRINCIPIOS
O método de estabilização segmentar foi desenvolvido nos anos 90 pelos
fisioterapeutas da universidade de Queensland na Austrália, sendo os principais
42
nomes, Carolyn Richardson, Paul W. Hodges, Julie Hides e Gwendolen Jull (CLARK,
2003).
Entre as técnicas fisioterapeuticas utilizadas para tratamento da lombalgia
crônica, encontra-se o conceito da estabilização segmentar lombar, caracterizada
pela contração isométrica da musculatura estabilizadora profunda do tronco, o
transverso abdominal e multífido lombar (RICHARDSON, 1995).
De acordo com Richardson et al. (2004) as dores lombares acometem grande
parte das pessoas e geram altos custos para os serviços de saúde. Também diz
que, ironicamente, a dor nas costas atinge diversas pessoas atentas com o cuidado
a saúde, indivíduos que fazem atividades físicas pensando em melhorar suas
condições cardiovasculares e até em atletas que treinam e competem em alto
rendimento. Com isso, foram iniciados estudos focando no controle motor das
estruturas responsáveis pela proteção e estabilidade da coluna lombar.
Panjabi (1992) mostrou o modelo responsável pela estabilização vertebral,
este é composto por três subsistemas, estes são o subsistema passivo, ativo e
neural. O subsistema passivo é composto por estruturas ósseas, articulares e
ligamentos das vértebras. Assim, contribuindo para o controle do movimento e
estabilidade da coluna. Já o subsistema ativo é composto pelos músculos que ao
entrarem em contração tem a capacidade de estabilizar o segmento da coluna. O
último subsistema, o neural, é o responsável pela ativação da musculatura, essa
deve ser ativada na hora e na sequência correta para ocorrer à estabilização da
coluna. Com isso, (PANJABI, 1992) uma falha em algum desses subsistemas leva a
uma desordem, que possivelmente acarreta alguma disfunção de estabilidade na
coluna, levando o surgimento da dor.
Mc Gill et al. (1996) compararam a coluna lombar a uma orquestra, onde a
musculatura profunda seria os instrumentos mais chamativos e a musculatura
superficial seriam os mais discretos, contudo os que dariam harmonia para a
orquestra. Com essa frase Mc Gill et al. (1996) referiu os músculos ML e TrA como
responsáveis pelo controle motor na coluna. Para o subsistema neural funcionar
adequadamente e ocorrer à harmonia na coluna, a musculatura terá que ser ativada
e mantida juntamente com o controle da coluna seguindo a hierarquia
interdependente do controle intervertebral (translação e rotação), controle postural
(orientação postural da coluna) e controle do corpo (respeitando o ambiente).
43
Hodges et al. (1997) comparou a atividade dos músculos deltóide, Transverso
abdominal, Obliquo Interno, Obliquo Externo, Reto Abdominal e Multifido Lombar,
durante os movimentos de flexão, abdução e extensão de ombro. Através dessa
comparação utilizando eletromiografia, foi vista a ativação precoce do transverso
abdominal, que foi denominada de “feedforward”. Com isso, foi sugerido que o
sistema nervoso central (SNC) estimula a contração da musculatura profunda
mesmo não sendo um movimento específico da coluna e mesmo assim os músculos
profundos
controlam
o
movimento
intervertebral,
ocorrendo
o
feedforward
(HODGES, 1999).
Estudos expõem que na presença da lombalgia, lombalgia crônica (HIDES,
1996) e instabilidade lombar (LINDGREN, 1993), os músculos profundos da região
lombar, são preferencialmente acometidos. Hides et al (1996) observaram que a
recuperação do TrA não ocorre ao mesmo tempo da remissão das dores. Em
conjunto a essa particularidade do TrA o ML não se recupera após a remissão do
quadro doloroso em pacientes em uso de medicamentos, apresentando uma atrofia
muscular, comprometendo a estabilidade da coluna lombar (JULIE, 2001), assim
mostrando serem importantes no suporte e na proteção da coluna lombar, sendo
necessário o devido treinamento para a melhor recuperação segmentar da coluna
lombar.
Richardson et al. (2002) em seu estudo mostrou a importância da ativação
correta do TrA, com a ativação correta foi visto maior estabilidade na região sacro
ilíaca, com isso ao avanço que os micro movimentos eram reduzidos as dores
lombares diminuíam. O ML em estudos se mostrou importante e eficaz no aumento
da rigidez da coluna lombar e no controle (STEFFEN, 1994; WILKE, 1995) de
movimento da zona neutra em decorrência da contração muscular (WILKE, 1995).
A zona neutra é a região aonde ocorrem os movimentos intervertebrais contra
o mínimo de resistência interna das estruturas passivas, a perda da capacidade do
ML em manter o controle desta região dentro dos seus limites fisiológicos, leva aos
indivíduos a perda da capacidade do seu sistema estabilizador da coluna vertebral
(PANJABI, 1992; FRITZ, 1998).
A ativação necessária para ocorrer o fortalecimento desses músculos é de
apenas 25% de sua contração voluntária máxima, com isso é interessante que os
44
pacientes treinem em manter a co-contração dessa musculatura em isometria com
níveis baixos (RICHARDSON, 1995).
6.2. A PRÁTICA
Para realizar a técnica é necessário seguir o seu treinamento, este
treinamento é composto por três estágios evolutivos, sendo o primeiro o controle
segmentar local, o segundo o controle segmentar local em cadeia cinética fechada
(CCF) e o terceiro o controle segmentar em cadeia cinética aberta (CCA)
(RICHARDSON, 2004).
O controle segmentar local se baseia na contração simultânea da musculatura
profunda (ML e TrA) independentemente da contração da musculatura global e deve
ser sugerido que durante essa contração a parte inferior da parede abdominal seja
encolhida. No primeiro estágio as posturas devem ser mais fáceis, fazendo a
concentração ser voltada para a habilidade de contrair a musculatura profunda
também mantê-la contraída (RICHARDSON, 2004). A contração deve ser realizada
no mínimo por 10 segundos em 10 repetições (RICHARDSON, 1995).
Outro fator para o primeiro estágio é a utilização de instrumentos facilitadores
para a contração ser realizada com eficácia, como a palpação, controle lombopélvico, eletromiografia, ultra som dinâmico e a utilização do Stabilizer®, que é uma
unidade de biofeedback pressórica (UBP) com três bolsas infláveis, um cateter e um
esfigmomanômetro com capacidade de graduação de 0 – 200mmHg, devemos
manter a pressão de 40 mmHg quando a pessoa estiver em supino e 70 mmHg
quando em prono. O UBP irá medir a cavidade da parede abdominal durante os
exercícios, e essa pressão deverá no máximo ser alterada entre 6-10 mmHg. Com
isso a contração da musculatura local irá ser inibida de forma voluntária, evitando
alterações posturais nesse estágio (RICHARDSON, 2004).
A capacidade de manter esse padrão através do desenvolvimento de controle
muscular específico (sem adição de carga) pode servir também para ajudar a
restaurar a consciência cinestésica e senso de posição lombo-pélvica, normalmente
alterada em indivíduos lombalgicos. Neste primeiro estágio é construída a base
para um sistema integrado capaz de proteger as articulações da região lombopélvica de forças e cargas elevadas (RICHARDSON, 2004).
45
O controle segmentar local em CCF segue o objetivo do primeiro estágio,
porém irá associar com a função do tronco, cintura e membros, de modo que
progressivamente e gradualmente serão utilizados exercícios em CCF com carga,
essa carga se trata do peso corpo. No segundo estágio o principal foco é garantir a
ativação dos músculos profundos enquanto suportam o peso corporal e mantém
uma postura estática lombo-pélvica (RICHARDSON, 2004).
O controle segmentar local em CCA mantém a mesma linha de
pensamento do primeiro e segundo estágio, contudo os exercícios são realizados
em CCA com carga externa, nesse último estágio as cargas começam a aumentar e
a velocidade de execução também, isso é feito de forma formal ou funcional, de
qualquer modo alveja simular situações corriqueiras e assim manter um controle
eficiente entre quadril, coluna e membros (RICHARDSON, 2004).
46
7.0. MATERIAIS E MÉTODOS
7.1. TIPO DE ESTUDO
A pesquisa se caracteriza como um ensaio clínico comparativo, prospectivo e
randomizado.
7.2. LOCAL
A pesquisa será realizada no laboratório de fisioterapia da Faculdade Católica
Salesiana do Espírito Santo, aonde serão realizadas as avaliações e aplicações do
tratamento e questionários.
7.3. PARTICIPANTES
A pesquisa será desenvolvida com 12 participantes (8 mulheres e 4 homens)
com idades entre 18 a 45 anos que apresentam diagnóstico médico de dor lombar
crônica com mais de três meses de duração. Será solicitado junto ao laboratório de
fisioterapia da Faculdade Católica Salesiana do Espírito Santo, uma lista com nome
e telefone dos indivíduos com diagnóstico da patologia, em ordem decrescente
(primeiro os de 2011, depois os de 2010).
7.4. PROCEDIMENTOS
7.4.1. SELEÇÃO DOS PARTICIPANTES
Após a aprovação pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Faculdade Católica
Salesiana do Espírito Santo, será solicitada junto à clínica de fisioterapia do mesmo,
uma lista com nome e telefone de pacientes que procuraram o serviço com queixa
de dor lombar crônica, em ordem decrescente (primeiro os de 2011, depois os de
2010).
7.4.2. AVALIAÇÕES
47
Serão marcadas avaliações, para coleta dos dados, consistindo de
questionário de anamnese para identificar quais dos indivíduos se enquadravam no
ensaio clínico (APÊNDICE1).
7.4.3. CRITÉRIOS DE INCLUSÂO E EXCLUSÃO
Participarão do estudo, 12 sujeitos, com diagnóstico médico de lombalgia
crônica inespecífica, há mais de três meses, com idades entre 18 a 45 anos, com
ausência de sintomas neurológicos, deformidades da coluna (escoliose), não ter
participado de cirurgia prévia, ou tratamento fisioterapêutico. Foram excluídos os
sujeitos
com
diagnóstico
definido
como
dor
ciática,
espondilólise,
artrite,
osteoporose, fibromialgia, hérnia discal, disfunção do quadril e da articulação
sacroilíaca, mulheres grávidas, com histórico de gravidez ou outras doenças
degenerativas(PEREIRA, 2010; SAKAMOTO, 2009; DURANTE, 2009; MANN,
2009).
7.4.4. TERMO DE CONSENTIMENTO
Todos os participantes que concordarem com a pesquisa terão que confirmar
seu consentimento através do termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(APÊNDICE2).
7.4.5. RANDOMIZAÇÃO DOS PARTICIPANTES
Em seguida, os indivíduos serão divididos aleatoriamente, por envelopes, em
dois grupos, um de isostretching e outro grupo de estabilização segmentar,
compostos por 6 participantes cada.
7.4.6. AVALIAÇÃO DA DOR E DA INCAPACIDADE FUNCIONAL
A avaliação da dor será realizada através da Escala Visual Analógica de Dor
e a incapacidade funcional, através do Índice de Incapacidade de Oswestry, validado
para língua portuguesa por VIGATTO et al (2007). Os Indivíduos serão submetidos à
48
avaliação, em dois tempos, antes do início do tratamento e após as 12 sessões para
reavaliação.
7.4.7. TEMPO DE TRATAMENTOS
O tratamento será aplicado em duas sessões semanais, com duração média
de 45 minutos durante seis semanas, totalizando 12 sessões, com o terapeuta
dando estímulos auditivos e táteis para realização correta dos exercícios.
7.4.8. GRUPOS DE TRATAMENTOS (APÊNDICE5)
O grupo de Isostretching será composto de seis exercícios, sendo que cada
um deles será repetido nove vezes, com intervalo de 1 minuto a cada três
repetições. As posturas serão mantidas exercendo uma expiração forçada e
prolongada de 10 segundos a cada três repetições (REDONDO, 2001; MANN,
2009).
O grupo de Estabilização Segmentar será constituído por um protocolo de
tratamento que consiste em seis etapas progressivas de exercícios, realizando a
contração isométrica do transverso do abdômen e multífido. Cada exercício será
realizado em dez repetições mantendo a contração por dez segundos e um minuto
de descanso entre cada exercício (RICHARDSON, 1995; PEREIRA, 2010).
7.5. INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
Para avaliação mais detalhada da dor e incapacidade funcional dos
indivíduos, serão utilizados questionários pré e pôs-tratamento.
Será aplicada a Escala Visual Analógica (EVA) para avaliar a intensidade da
dor, graduada de zero a dez, aonde será solicitado que o paciente quantifique o
nível de sua dor, nas quais zero significa ausência de dor e dez sendo o máximo de
dor (APÊNDICE3).
O Índice de Incapacidade de Oswestry, validado para língua portuguesa por
VIGATTO et. al 2007 (APÊNDICE4) será utilizado para avaliar o grau de
49
incapacidade lombar. Ele é constituído por 10 seções, cada uma delas vale de zero
a cinco pontos. O índice é calculado somando-se o escore total e o total de pontos
equivale à soma das 10 seções. A interpretação é realizada por meio de
porcentagem: 0% a 20%: incapacidade mínima; 21% a 40%: incapacidade
moderada; 41% a 60%: incapacidade severa; 61% a 80%: invalidez; 81% a 100%:
paciente acamado ou exagera os sintomas. A seção 8 sobre vida sexual não será
aplicada, sendo que o questionário permite exclusão de seções sem alteração no
escore final.
50
8.0. RESULTADOS
8.1. ANÁLISE ESTATÍSTICA
Foi utilizado o “teste t para dados pareados” para comparar os valores das
variáveis antes e após o tratamento e o “teste t para comparação de médias com
amostras independentes” para comparar as variáveis entre os grupos. O programa
utilizado foi o SPSS 17.0, sendo que toda analise estatística foi realizada com 5%
(p<0,05) de significância.
8.2. ANÁLISE DAS TECNICAS ANTES E APÓS O TRATAMENTO
Os resultados a seguir demonstram estatisticamente as situações antes e
após o tratamento de cada grupo. A tabela 1 apresenta os resultados do Grupo de
IS. A intensidade da dor apresentou valores médios 6,17 antes do tratamento, ao
final apresentou valores de 2,33, obtendo um ganho relativo de 62,24%. A
incapacidade funcional apresentou no inicio do tratamento valores médios de
32,87% (incapacidade moderada), ao final passou para 7,72% (incapacidade
mínima), adquirindo um ganho relativo de 76,51%. Ambas as variáveis
apresentaram diferenças significativas (p<0,001).
Tabela 1.Efeito da técnica de Isostretching sobre a dor e incapacidade funcional em
pacientes com lombalgia crônica.
Variáveis
Grupo de Isostretching
(n=6)
Pré
Pós
Ganho Relativo
p
EVA(0-10)
6,17 ± 2,40
2,33 ± 1,63
62,24%
p<0,001
Incapacidade
Funcional (%)
32,87 ±0,08
7,72 ± 0,03
76,51%.
p<0,001
EVA: Escala Visual Analógica de Dor. Valores apresentados como média ± desvio padrão.
51
Os resultados obtidos no Grupo de ESL está representados na tabela 2.
Todas as variáveis apresentaram diferenças significantes (p<0,001). A intensidade
da dor e a incapacidade funcional apresentaram um ganho relativo expressivo, de
forma que a EVA apresentou uma melhora de 83,95% e o Índice de Incapacidade de
Oswestry de 79,83%. O quadro álgico que no inicio do tratamento apresentava
valores médios de 5,17, ao final apresentou valores de 0,83. A incapacidade
funcional que no inicio apresentava porcentagem média de 34,65% (incapacidade
moderada), passou para 6,99% (incapacidade mínima).
Tabela 2.Efeito da técnica de Estabilização Segmentar sobre a dor e incapacidade
funcional em pacientes com lombalgia crônica.
Variáveis
Grupo de Estabilização
Segmentar
(n=6)
Pré
Pós
Ganho Relativo
p
EVA(0-10)
5,17 ± 1,7
20,83 ± 0,75
83,95%
p<0,001
Incapacidade Funcional
(%)
34,65± 0,08
6,99 ± 0,04
79,83%.
p<0,001
EVA: Escala Visual Analógica de Dor. Valores apresentados como média ± desvio padrão.
8.3 ANÁLISE ENTRE OS GRUPOS
Comparando os resultados dos questionários após o tratamento em ambos os
grupos na intensidade da dor, o Grupo de ES apresentou ganhos mais significativos
(p=0,03). O gráfico 1 apresenta os valores antes e após o tratamento.
52
Gráfico 1
EVA
7
6
M
é
d
i
a
6,17
5,17
5
4
Antes
3
2,33*#
2
Depois
0,83*
1
0
Grupo de Estabilização
Segmentar
Grupo de Isostreching
EVA: Escala Visual Analógica de dor.*p<0,05 vs pré do mesmo grupo. # p<0,05 vs pós do grupo de
Estabilização Segmentar.
O gráfico 2 demonstra os valores médios antes e após o tratamento, em
relação a incapacidade funcional. Comparando os resultados após o tratamento em
ambos os grupos, observa-se que a média do Grupo ES é inferior a do grupo de IS
(6,99% contra 7,72%), porém, sem significância estatística (p=0,36).
Grafico2.
Índice de Incapacidade de Oswestry
40
35
34,65
32,87
30
25
%
20
Antes
15
Depois
10
6,99*
7,72*
5
0
Grupo de Estabilização
Segmentar
*p<0,05 vs pré do mesmo grupo.
Grupo de Isostreching
53
9.0. DISCUSSÃO
Os dois tratamentos se mostraram eficazes em relação à dor e a
incapacidade funcional, porem os exercícios de ES apresentou melhores resultados
no quadro álgico.
No grupo IS apresentou uma redução expressiva em relação ao quadro
doloroso e a incapacidade funcional, mostrando resultados semelhantes aos estudos
realizados por Macedo et al. (2010), Durante et al. (2009) e Mann et al. (2009),
aonde avaliaram o efeito do método IS em indivíduos com lombalgia crônica.
Macedo et al. (2010) em sua pesquisa, concluiu que o método IS, foi eficiente para
diminuir a incapacidade e dor, bem como aumentar a resistência muscular de
abdominais, glúteos máximos e extensores de troco nos pacientes com lombalgia.
Durante et al. (2009), comparou a técnica de isostretching com cinesioterapia
convencional, em um estudo de 5 semanas, em relação a dor e o índice de
incapacidade, mostrando que ambos foram eficazes. Mann et al. (2009) também
avaliaram o efeito do método IS em indivíduos com lombalgia crônica, através de um
tratamento consistido de 10 sessões, duas vezes por semana, demonstrando em
seus resultados a diminuição da dor, melhoras significativas quanto à força
muscular,alongamento das cadeias musculares posterior (ângulo coxo-femoral),
anterior (ângulo coxo- femoral e tíbio-femoral) e equilíbrio.
Estes estudos talvez expliquem a melhora da dor e da incapacidade funcional,
partindo do pressuposto que outras pesquisas mostram a associação entre restrição
do movimento da coluna, fraqueza da musculatura abdominal e a presença de
lombalgia (Thomas, 1998; Jesus, 2006). McGregor (1995) e Esolaet al. (1996) em
seus estudos, demonstraram que pessoas portadoras de lombalgia crônica
apresentavam uma menor ADM comparados a indivíduos normais. O aumento da
flexibilidade reduz as possibilidades de fraqueza e retração muscular, melhorando a
relação comprimento tensão, consequentemente aumentando o seu desempenho
nas atividades recreativas, funcionais e diminuindo o quadro doloroso (MANN, 2009;
CHEREN, 1992; TAYLOR, 1997).
A fraqueza muscular da região abdominal e a diminuição da atividade da
musculatura paravertebral estão presentes em portadores de lombalgia crônica.
Músculos fortes estão menos propícios a atingirem níveis isquêmicos e de fadiga
54
comparados aos músculos fracos, proporcionando um alinhamento mais adequado,
evitando excesso de tensão muscular, compensações posturais e diminuindo as
probabilidades de lesões a coluna e evitando maiores esforços para realizar diversas
tarefas do seu dia a dia (TOSCANO, 2001; KNOPLICH, 2003; MONTE-RASO, 2009;
REDONDO, 2001). O isostretching proporciona flexibilidade e fortalecimento à
musculatura, aprimorando o controle postural através de exercícios em contração
antagonista e alongamento isométrico da musculatura agonista (REDONDO, 2001;
SOUZA, 2008).
O grupo ES apresentou valores expressivos e significativos em ambas as
variáveis, sendo que a intensidade da dor obteve valores superiores em comparação
a o grupo de IS. Lima et al. (2005), em seu ensaio clinico, avaliou o efeito da
estabilização segmentar com o trabalho isolado do TrA no nível de dor, concluindo
que a técnica foi eficaz após 4 semanas de tratamento.O’ Sullivan (1997), mostrou
que pacientes lombálgicos crônicos, após tratamento especifico para TrA e o ML,
apresentaram redução do quadro doloroso. França et al. (2010) e Sakamoto et al.
(2009) em suas amostras, concluíram que os exercícios de estabilização segmentar,
reduziram a intensidade da dor e a incapacidade funcional em indivíduos com
lombalgia crônica.
O TrA é o principal músculo gerador da pressão intra-abdominal,
estabilizando o tronco e reduzindo as forças de compressão na coluna. A contração
do
transverso
abdominal
é
ativada
antes
de
qualquer
movimento,
independentemente do sentido e direção (HODGES, 1997), promovendo uma rigidez
antecipada, necessária à região lombar, evitando qualquer instabilidade geradora de
dor lombar (HODGES, 1997). O ML é um importante músculo, proporcionando
aumento da rigidez da coluna lombar e no controle (STEFFEN, 1994; WILKER,
1995) de movimento da zona neutra em decorrência da contração muscular
(WILKER, 1995).
Com base nos resultados podemos afirmar que ambas as técnicas foram
eficazes no tratamento da lombalgia crônica, reduzindo a intensidade da dor e a
incapacidade funcional, porem, como demonstramos acima, o ganho em relação
quadro álgico foi superior no Grupo ES.
Umas das possíveis explicações para este ocorrido é o fato que a cocontração dos músculos TrA e ML seja a base da estabilidade biomecânica da
55
região lombar, atuando de maneira precisa na diminuição das carga compressivas,
reduzindo ou eliminando a sensação dolorosa (HODGES, 1996; RICHARDSON,
1995; SNIJDERS, 1998). Bergmark (1989) criou uma hierarquia do sistema de
controle muscular, composto por dois sistemas. O primeiro sistema é composto
pelos músculos profundos (ML e TrA), estes possuem a função primaria de
estabilizar os segmentos lombares, evitando movimento lesivos. O segundo sistema
seria
formado
pelos
músculos
superficiais,
atuando
secundariamente
na
estabilização da coluna lombar, auxiliando a minimizar as forças compressivas no
segmento.
Para reforçar essa tese, segundo McGill et al. (1996), a coluna lombar
funciona como uma orquestra, aonde a musculatura profunda seria os instrumento
mais chamativos e a musculatura superficial os mais discretos, trabalhando
juntamente para que ocorra uma perfeita harmonia a orquestra. Estudos
demonstram que os músculos profundos (ML e TrA) são preferencialmente
acometidos na dor lombar crônica (HIDES, 2006). Hides et al. (1996), em seu estudo
mostrou que ML não recupera suas característica funcionais após a remissão da
dor.
A melhora expressiva e significante em relação à dor no Grupo ES deve-se ao
fato da técnica de estabilização segmentar atuar especificamente nos músculos
profundos, com função primaria de estabilizar e reduzir as forças compressivas nos
tecidos possivelmente lesados.
Na pratica clinica os resultados sugerem que os dois tratamentos são
importantes no processo de redução da dor lombar crônica. Segundo Panjabi
(1992), a estabilização da coluna é composta por três subsistemas: o passivo que
consiste em articulações, ligamentos e vértebras; o sistema ativo, constituído de
músculos e tendões; e o controle neural, formado por nervos e sistema nervoso
central. Estes três elementos possuem uma grande integração, e a redução da
função de um dos subsistemas pode sobrecarregar os outros. Apesar de Grupo de
ES ter apresentado melhores resultados em relação à redução da intensidade da
dor, a associação dos dois protocolos terapêuticos seja importante, tanto na redução
do quadro álgico, quanto na melhora da incapacidade funcional.
56
10.0. CONCLUSÃO
Com base nos resultados, foi observado que ambas as técnicas foram
eficazes na redução da dor e da incapacidade funcional em pacientes com lombalgia
crônica. Comparando os resultados após o tratamento entre os grupos em relação à
incapacidade funcional, não houve diferença significativa, sendo que o quadro álgico
apresentou uma redução significativa maior no Grupo ES em comparação ao Grupo
IS.
57
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69
APÊNDICE1
Ficha de Anamnese
Voluntário número:
Nome:____________________________________________________________________________
Idade:____________________________________________________________________________
Data de nasc: ___/___/___
Data de Avaliação: ___/___/___
Profissão:_________________________________________________________________________
Atual:____________________________________________________________________________
Endereço:_________________________________________________________________________
Cidade:___________________________________________________________________________
Complemento:_____________________________________________________________________
Tel.Res.:_________________________________Tel.Com.:_________________________________
Email:____________________________________________________________________________
Sexo: _____________________________ Estado civil:____________________________________
Você Apresenta:
Dor na coluna lombar? ( ) Sim ( ) Não
Há quanto tempo? __________________________________________________________________
Com que freqüência?________________________________________________________________
Lombalgia com irradiação para os MMII ( ) Sim ( ) Não
Hérnia de disco lombar? ( ) Sim ( ) Não
Local:____________________________________________________________________________
Infecção ou fratura lombar? ( ) Sim ( ) Não
Quais? ___________________________________________________________________________
Osteoporose? ( ) Sim ( ) Não
Fibromialgia? ( ) Sim ( ) Não
Disfunção do quadril e/ou da art. Sacrilíaca? ( ) Sim ( ) Não
Deformidade estrutural? ( ) Sim ( ) Não
Qual?____________________________________________________________________________
Desordem inflamatória? ( ) Sim ( ) Não
Qual? ____________________________________________________________________________
Síndrome radicular? ( ) Sim ( ) Não
Ciclo menstrual regular? ( ) Sim ( ) Não
70
Marca passo ou implante metálico? ( ) Sim ( ) Não
Local:____________________________________________________________________________
Doenças sistêmicas? ( ) Sim ( ) Não
Qual?____________________________________________________________________________
Doença Cardiovascular? ( ) sim ( ) Não
Qual?____________________________________________________________________________
Doença Neurológica? ( ) Sim ( ) Não
Qual?____________________________________________________________________________
Está grávida? ( ) Sim ( ) Não
Passou por intervenções terapêuticas físicas para lombalgia no último mês? ( ) Sim ( ) Não
Faz uso de medicação contínua? ( ) Sim ( ) Não
Qual? ____________________________________________________________________________
Pratica atividade física regularmente? ( ) Sim ( ) Não
Passou por processo cirúrgico?
Local:____________________________________________________________________________
71
APÊNDICE2
FACULDADE CATÓLICA SALESIANA DO ESPIRITO SANTO
GRADUAÇÃO DE FISIOTERAPIA
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
TÍTULO DA PESQUISA: EXERCÍCIO DE ISO STRECHING E ESTABILIZAÇÂO SEGMENTAR NA LOMBALGIA
CRÔNICA: UM ESTUDO COMPARATIVO.
PESQUISADORES: Gustavo ZanotiiPizol e Maxssuel Rodrigues Oliveira.
JUSTIFICATIVA: Os estudos atuais mostram a grande eficácia dos exercícios de isostretching, que se baseiam
no fortalecimento, alongamento, respiração e consciência corporal dos músculos do tronco e do abdômen
(músculos superficiais) que estabilizam a coluna lombar, e a estabilização segmentar, que se define como
fortalecimento da musculatura profunda do abdômen e tronco em indivíduos portadores de lombalgia crônica (dor
na coluna lombar, parte inferior da coluna vertebral) em relação à dor e a incapacidade funcional, porém existem
poucas pesquisas comparando a eficácia das duas técnicas de tratamento no quadro doloroso e na incapacidade
funcional (movimentos do dia a dia). Portanto, Há grande necessidade de realizá-lo, afim de que tenhamos
maiores evidências de cada protocolo terapêutico, contribuindo para a melhor compreensão do processo de
redução da dor lombar crônica.
OBJETIVOS: O presente estudo tem por objetivo comparar o tratamento composto do método isostretching e da
técnica de estabilização segmentar executados em grupos distintos em pacientes com lombalgia crônica, através
de dois questionários, um para identificação da dor e outro para incapacidade funcional, aplicados antes do início
da primeira sessão e ao final do tratamento para reavaliação.
PROCEDIMENTOS DA PESQUISA: Os indivíduos serão divididos aleatoriamente, por envelopes, em grupo de
isostretching e grupo de estabilização segmentar e posteriormente submetido à avaliação em dois tempos (antes
do inicio do tratamento e após as 12 sessões) da dor através da Escala Visual Analógica e da incapacidade
funcional, através do Índice de Incapacidade de Oswestry, validado para língua portuguesa por VIGATTO (2007),
a secção 8 sobre a vida sexual não será aplicada. O tratamento será aplicado em duas sessões semanais, com
duração média de 45 minutos durantes seis semanas, totalizando 12 sessões.
ESCLARECIMENTOS E DIREITOS: A pesquisa não oferece remuneração e não haverá custos aos sujeitos da
pesquisa pela sua participação.Em qualquer momento o voluntário poderá obter esclarecimentos sobre todos os
procedimentos utilizados na pesquisa e nas formas de divulgação dos resultados. O participante tem a liberdade
e o direito de recusar sua participação ou retirar seu consentimento em qualquer fase da pesquisa, sem prejuízo
do atendimento usual fornecido pelos pesquisadores. Para desistência ou qualquer informação procurar os
pesquisadores Adriana Lários Nobrega Gadioli, pelo telefone (27) 8841-5331, Gustavo Zanotti Pizol, pelo
telefone (27) 9949-4383, ou Maxssuel Rodrigues Oliveira pelo telefone (27) 9729-8501 e também no endereço
Av. Vitória, 950, Forte São João, Vitória (Faculdade Católica Salesiana do Espírito Santo).
CONFIDENCIALIDADE E AVALIAÇÃO DOS REGISTROS: As identidades dos voluntários serão mantidas em
total sigilo por tempo indeterminado, tanto pelo executor como pela instituição onde será realizado. Os resultados
dos procedimentos executados na pesquisa serão analisados e alocados em tabelas, figuras ou gráficos e
divulgados em palestras, conferências, periódico científico ou outra forma de divulgação que propicie o repasse
dos conhecimentos para a sociedade e para autoridades normativas em saúde nacionais ou internacionais, de
acordo com as normas/leis legais regulatórias de proteção nacional ou internacional.
CONSENTIMENTO PÓSINFORMAÇÃO
Eu,__________________________________________________________,portadorda Carteira de identidade
nº________________________ expedida pelo Órgão _____________, por me considerar devidamente
informado(a) e esclarecido(a) sobre o conteúdo deste termo e da pesquisa a ser desenvolvida, livremente
expresso meu consentimento para inclusão, como sujeito da pesquisa.
_______________________________
Assinatura do Participante Voluntário
______________
Data
_______________________________
Assinatura do Responsável pelo Estudo
______________
Data
72
APÊNDICE3
ESCALA VISUAL ANALÓGICA – EVA
A Escala Visual Analógica – EVA consiste em auxiliar na aferição da intensidade da dor no paciente, é
um instrumento importante para verificarmos a evolução do paciente durante o tratamento e mesmo a
cada atendimento, de maneira mais fidedigna. Também é útil para podermos analisar se o tratamento
está sendo efetivo, quais procedimentos têm surtido melhores resultados, assim como se há alguma
deficiência no tratamento, de acordo com o grau de melhora ou piora da dor.
A EVA pode ser utilizada no início e no final de cada atendimento, registrando o resultado sempre na
evolução. Para utilizar a EVA o atendente deve questionar o paciente quanto ao seu grau de dor sendo
que 0 significa ausência total de dor e 10 o nível de dor máxima suportável pelo paciente.
Questione-o:
a) Se não tiver dor, a classificação é zero.
b) Se a dor for moderada, seu nível de referência é cinco.
c) Se for intensa, seu nível de referência é dez.
OBS.: Procure estabelecer variações de melhora e piora na escala acima tomando cuidado para não
sugestionar o paciente.
73
APÊNDICE4
Índice de Incapacidade de Oswestry– versão brasileira. Vigatto ET AL.
Por favor, responda esse questionário. Ele foi desenvolvido para dar-nos informações sobre
como o seu problema nas costas ou pernas tem afetado a sua capacidade de realizar as
atividades de vida diária. Por favor, responda a todas seções.
ASSINALE EM CADA UMA DELAS APENAS A RESPOSTA QUE MAIS
CLARAMENTE DESCREVA SUA CONDIÇÃO NO DIA DE HOJE.
Seção 1: INTENSIDADE DA DOR
[] Não sinto dor no momento
(0 pontos)
[] a dor é muito leve no momento
(1 ponto)
[] a dor é moderada no momento
(2 pontos)
[ ] a dor é razoavelmente intensa no momento
(3 pontos)
[ ] a dor é muito intensa no momento
(4 pontos)
[ ] a dor é a pior que se pode imaginar no momento
(5 pontos)
Seção 2: CUIDADOS PESSOAIS (LAVAR-SE, VESTIR-SE, ETC)
[ ] Posso cuidar de mim mesmo normalmente sem que isso aumente a dor
(0 pontos)
[ ] Posso cuidar de mim mesmo normalmente, mas sinto muita dor
(1 ponto)
[ ] Posso cuidar de mim mesmo e faço isso lentamente e com cuidado
(2 pontos)
[ ] Necessito de alguma ajuda, porém consigo fazer a maior parte dos meus
cuidados pessoais
[ ] Necessito de ajuda diária na maioria dos aspectos de meus cuidados pessoais
(3 pontos)
[ ] Não consigo me vestir, lavo-me com dificuldade e permaneço na cama
(5 pontos)
(4 pontos)
Seção 3: LEVANTAR OBJETOS
[ ] Consigo levantar objetos pesados sem aumentar a dor
(0 pontos)
[ ] Consigo levantar objetos pesados, mas aumenta a dor
(1 ponto)
[ ] A dor me impede de levantar objetos pesados, mas consigo levantá-los, se
estiverem convenientemente posicionados, por exemplo, sobre uma mesa
[ ]A dor me impede de levantar objetos pesados, mas consigo levantar objetos
leves a moderados, se estiverem convenientemente posicionados
[ ] Consigo levantar apenas objetos muito leves
(2 pontos)
[ ] Não consigo levantar ou carregar absolutamente nada
(5 pontos)
Seção 4: CAMINHAR
(3 pontos)
(4 pontos)
74
[ ] A dor não me impede de caminhar qualquer distância
(0 pontos)
[ ] A dor me impede de caminhar mais de 1600 m ( aproximadamente 16
quarteirões de 100 m)
[ ] A dor me impede de caminhar mais de 800 m (aproximadamente 8 quarteirões
de 100 m )
[ ] A dor me impede de caminhar mais de 400 m (aproximadamente 4 quarteirões
de 100 m)
[ ] Só consigo andar usando uma bengala ou muletas
(1 ponto)
[ ] Fico na cama a maior parte do tempo e preciso me arrastar para ir ao banheiro
(5 pontos)
(2 pontos)
(3 pontos)
(4 pontos)
Seção 5: SENTAR
[ ] Consigo sentar em qualquer tipo de cadeira durante o tempo que quiser
(0 pontos)
[ ] Consigo sentar em uma cadeira confortável durante o tempo que quiser
(1 ponto)
[ ] A dor me impede de ficar sentado por mais de 1 hora
(2 pontos)
[ ] A dor me impede de ficar sentado por mais de meia hora
(3 pontos)
[ ] A dor me impede de ficar sentado por mais de 10 minutos
(4 pontos)
[ ] A dor me impede de sentar
(5 pontos)
Seção 6: FICAR EM PÉ
[] Consigo ficar em pé durante o tempo que quiser sem aumentar a dor
(0 pontos)
[ ] Consigo ficar em pé durante o tempo que quiser, mas isso aumenta a dor
(1 ponto)
[] A dor me impede de ficar em pé por mais de 1 hora
(2 pontos)
[ ] A dor me impede de ficar em pé por mais de meia hora
(3 pontos)
[ ] A dor me impede de ficar em pé por mais de 10 minutos
(4 pontos)
[ ] A dor me impede de ficar em pé
(5 pontos)
Seção 7: DORMIR
[ ] Meu sono nunca é perturbado pela dor
(0 pontos)
[ ] Meu sono é ocasionalmente perturbado pelo dor
(1 ponto)
[ ] Durmo menos de 6 horas por causa da dor
(2 pontos)
[ ] Durmo menos de 4 horas por causa da dor
(3 pontos)
[ ] Durmo menos de 2 horas por causa da dor
(4 pontos)
[ ] A dor me impede totalmente de dormir
(5 pontos)
Seção 8: VIDA SEXUAL
[] Minha vida sexual é normal e não aumenta minha dor
(0 pontos)
[] Minha vida sexual é normal, mas causa um pouco mais de dor
(1 ponto)
[ ] Minha vida sexual é quase normal, mas causa muita dor
(2 pontos)
[ ] Minha vida sexual é severamente limitada pela dor
(3 pontos)
[ ] Minha vida sexual é quase ausente por causa da dor
(4 pontos)
75
[] A dor me impede de ter uma vida sexual
(5 pontos)
Seção 9: VIDA SOCIAL
[] Minha vida social é quase normal, mas causa muita dor
(0 pontos)
[ ] Minha vida social é severamente limitada pela dor
(1 ponto)
[ ] A dor não tem nenhum efeito significativo na minha vida social, porém limita
(2 pontos)
alguns interesses que demandam mais energia como, por exemplo, esporte, etc
[ ] A dor tem restringido minha vida social e não saio de casa com tanta freqüência (3 pontos)
[ ] A dor tem restringido minha vida social ao meu lar
(4 pontos)
[ ] Não tenho vida social por causa da dor
(5 pontos)
Seção 10: VIAGEM
[ ] Posso ir a qualquer lugar sem sentir dor
(0 pontos)
[ ] Posso ir a qualquer lugar, mas isso aumenta a dor
(1 ponto)
[ ] A dor é intensa, mas consigo me locomover durante 2 horas
(2 pontos)
[ ] A dor restringe-me a locomoções de menos de 1 hora
(3 pontos)
[ ] A dor restringe-me a pequenas locomoções necessárias de menos de 30
minutos
[ ] A dor me impede de locomover-me, exceto para receber tratamento
(4 pontos)
Total de pontos: SOMA dos pontos das 10 seções
Interpretação:
0 a 20%: Incapacidade mínima
21 a 40%: Incapacidade moderada
41 a 60%: Incapacidade severa
61 a 80%: Invalidez
81 a 100%: paciente acamado ou exagera os sintomas
(5 pontos)
76
APÊNDICE5
DECRIÇÃO DOS EXERCICIOS
A) Grupo de Isostretching
Postura 1
Posição inicial: paciente sentado, pelve antevertida no prolongamento da
coluna, membros superiores sustentando um bastão a frente do corpo, membro
inferiores abduzidos, flexionados e cruzados.
Ação: contração isométrica muscular abdominal, inclinação anterior de tronco
mantendo o autocrescimento, expiração para reger o tempo de manutenção da
postura.
Postura 2
Posição inicial: paciente sentado, pelve em anteversão no prolongamento da
coluna, membros superiores sustentando um bastão a frente do corpo, membros
inferiores abduzidos, semifletidos, mantendo a bola entre os pés.
Ação: contração isométrica dos músculos abdominais e adutores do quadril,
autodcrescimento, pressão dos pés sobre a bola e expiração para reger o tempo de
manutenção da postura.
Postura 3
Posição inicial: paciente deitado, pelve em retro-versão, lombar ao solo,
quadril e joelhos flexionados (a bola com carga é sustentada entre os joelhos), pés
paralelos e unidos, membros superiores estendidos acima da cabeça no
prolongamento do corpo, palmas das mãos viradas para alto.
Ação: elevar a pelve do solo, contração isométrica dos glúteos, isquiotibiais e
adutores do quadril pressionando a bola entre os joelhos.
Postura 4
77
Posição inicial: paciente deitado, membros superiores estendidos ao longo do
corpo, ligeiramente abduzidos, palmas das mãos ao solo, quadril e joelhos
flexionados a 90°; a bola com carga é sustentada entre os joelhos.
Ação: elevar a cabeça e os ombros apoiando fortemente as mãos sobre o
solo, contrair os glúteos e adutores do quadril pressionando a bola os joelhos,
expiração para reger o tempo de manutenção da postura.
Postura 5
Posição inicial: paciente deitado, membros inferiores flexionados, pés ao solo,
braços estendidos no prolongamento do corpo, acima da cabeça, mantendo a bola
entre as mãos.
Ação: contração dos glúteos para manter a pelve em retroversão e o contato
do quadril com o solo, elevar a bola e os pés do solo, mais ou menos 5 a 10 cm,
realizar a expiração para reger o tempo de manutenção da postura.
Postura 6
Posição inicial: paciente em pé, mantém os joelhos semifletidos com a bola
sustentada entre as coxas na altura dos joelhos, membros superiores estendidos
acima da cabeça, a palma das mãos voltadas para frente, polegares entrelaçados
com indicadores em contato.
Ação: empurrar os dedos para o alto. Contração isométrica de glúteos,
isquiotibiais e adutores do quadril, apertando a bola entre os joelhos. Expiração
forçada promovendo a contração abdominal.
B) Grupo de Estabilização Segmentar
Etapa 1 (1ª semana)
Paciente em decúbito dorsal (DD) realizando ativação do transverso
abdominal (TrA).
Paciente em decúbito ventral (DV) realizando ativação do TrA e multífido
lombar (ML).
Paciente sentado realizando a contração do TrA e ML.
78
Etapa 2 (2ª semana)
Paciente de DD mantendo a contração do TrA e movimentando os membros
superiores (MMSS) e membros inferiores (MMII) na mesma direção.
Paciente em DD mantendo a contração do TrA e movimentando os MMSS e
MMII de forma alternada.
Paciente em decúbito lateral (DL) contraindo o TrA e ativando o glúteo médio
(primeiro o esquerdo depois o direito).
Etapa 3 (3ª semana)
Paciente em DD irá realizar o exercício de ponte que consiste em elevar o
quadril do apoio mantendo a contração TrA e ML.
Paciente em 4 apoios mantendo a contração do TrA e movimentando os
membros.
Paciente em 4 apoios realizando elevação de quadril unilateral, dando foco a
contração do ML.
Etapa 4 (4ª semana)
Será realizado o exercício de ponte unilateral, com elevação da pelve
associada a elevação de um membro inferior que é mantido em extensão, mantendo
a contração do TrA e ML.
Ponte lateral, com o paciente em DL, realizando elevação lateral da pelve
com apoio nos pés e cotovelo, mantendo a contração do TrA e ML.
Paciente em DV, fará elevação da pelve com extensão do membro inferior,
com apoio em um pé e cotovelos.
Etapa 5 (5ª e 6ª semana)
Paciente ficará na postura ortostática e realizará agachamento com auxilio de
uma bola entre as pernas, deverá manter a contração do TrA.
Paciente sentado na bola suíça irá realizar ativação do TrA com movimentos
de membros superiores e inferiores.
O paciente realizara agachamento em superfícies instáveis.
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