Instrutor: você deve traduzir o texto abaixo do Português para o Espanhol em um prazo de até 1 semana após recebe-lo. Atente-se a linguagem técnica e particularidades de cada língua – isso será levado em conta na avaliação. Após traduzido, favor enviar o documento em word ou PDF para [email protected] A Importância da Biomecânica da Junção L5-S1 na Espondilolistese Lombar Hoje, segundo dados da OMS, 50% dos pacientes com lombalgia crônica conseguem retornar à sua rotina profissional após seis meses de afastamento. Esse número chega a praticamente zero, passados dois anos de cada afastamento. Ou seja, a lombalgia é caso de saúde pública. A lombalgia crônica também é associada a um grande problema que é a automedicação. Ainda de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 85% da população teve ou vai ter dor nas costas em algum momento da vida. No Brasil, ela é a maior causa de afastamento do trabalho e a terceira mais frequente de aposentadoria precoce. Espondilolistese Lombar na Lombalgia Uma das causas de lombalgia, a espondilolistese lombar, é definida como um escorregamento anterior da vértebra e casos severos podem gerar lesões da chamada “cauda equina” já que esse feixe de nervos passam pelo segmento L5-S1. É uma ocorrência relativamente comum nos estabelecimentos de Pilates, ao mesmo tempo é uma das patologias em que o profissional mais tem receio de tratar devido aos riscos que ela oferece. A coluna vertebral é facilmente acometida por diversas patologias, sendo que 5% da população geral, são afetados por alterações na espondilolistese lombar, as quais ocorre com maior frequência ao nível de L5-S1 (Cailliet, 2001). O Pilates é reconhecido por ser uma excelente ferramenta para o tratamento de diversas alterações do sistema músculo esquelético, porém, essa eficiência necessita de um conhecimento bem fundamentado de disciplinas básicas que fazem parte da formação do fisioterapeuta e do educador físico. Relação Anatômica e Biomecânica da Junção L5-S1 A junção L5-S1 é a região mais acometida pela espondilolistese e o entendimento da biomecânica dessa região é fundamental para direcionarmos as nossas intervenções de uma forma segura. A base do sacro – fisiologicamente – se apresenta inclinada anterior e inferiormente, formando um ângulo de 40° chamado de ângulo sacro-horizontal com o indivíduo em posição ortostática. Dado o ângulo sacro horizontal, a força resultante do peso corporal cria uma força de cisalhamento anterior (PCs na imagem abaixo) e uma força compressiva que atua no sacro. Esse cisalhamento anterior gerado é igual ao produto do peso corporal multiplicado pelo seno do ângulo-sacro horizontal, ou seja, o ângulo fisiológico de 40° produz uma força de 64% do peso corporal. (Seno de 40° é igual a 0,64). (Neumann – Cinesiologia do aparelho músculo esquelético). Então, encontramos aqui uma relação biomecânica importante, quanto maior for o ângulo sacro-horizontal maior será a força resultante de cisalhamento anterior em L5-S1. Relação entre aumento da Lordose Lombar e Espondilolistese Obviamente, nem todo indivíduo com aumento da curvatura da região lombar apresentam ou irão ter espondilolistese, mas devemos nos atentar que é um achado extremamente comum em pessoas com essa patologia. Não só é comum como é um dos maiores agravantes dessa alteração, já que, como foi citado anteriormente gera um aumento do ângulo sacro-horizontal com consequente aumento do vetor de cisalhamento em L5-S1. A inclinação pélvica anterior gera consequente aumento da curvatura lombar (Donald Neumann apresenta em seu livro “Cinesiologia do aparelho músculo esquelético” que a lordose lombar em um indivíduo saudável na posição ortostática é de cerca de 40 a 50 graus), além de a contração dos músculos extensores da coluna aumentarem o vetor de cisalhamento anterior, principalmente se a pessoa apresentar uma hiperlordose. Nós, que trabalhamos com Pilates, sabemos da importância e benefícios para a saúde da coluna a ativação das musculaturas estabilizadoras. O trabalho de ativação dessas musculaturas, fazem parte dos princípios do método Pilates e são fundamentais no tratamento da espondilolistese. Concluindo… Logicamente, o tratamento deve ser determinado após uma criteriosa avaliação para identificarmos as devidas alterações a serem corrigidas. A troca de informação com o médico é de extrema importância, e a liberação do paciente para a prática deve ser solicitada antes de iniciarmos o Pilates nessa situação. Após tudo o que foi exposto acima, notamos que o método Pilates pode ser uma excelente ferramenta no processo de reabilitação quando associado a uma avaliação criteriosa, ao raciocínio clínico e ao conhecimento da patologia a ser tratada.