O ensino de filosofia na contemporaneidade Ramon Oliveira dos Santos* * é graduado em Letras pela Universidade Estadual de Feira de Santana, especialista em Filosofia Contemporânea pela Universidade Estadual de Feira de Santana e aluno de filosofia da Universidade Estadual de Feira de Santana _______________________________________________________________________________ Esta comunicação propõe uma reflexão sobre o ensino da filosofia a partir de uma caracterização da contemporaneidade, e evidencia a construção de afetos distintos em nossa época que influenciam diretamente o espaço educacional. No mundo, estamos ambientados em emoções, alias, é na contemporaneidade que se inaugura a percepção do homem longe da dicotomia racional e emotivo. Comenta Heidegger: [...] O homem não é uma essência pensante, que também quer algo, e que além do pensar e do querer ainda se acrescenta o sentir, seja para o embelezamento ou para enfeiamento, mas sim que o estado do sentimento é o originário, mas de tal forma que pensar e querer pertençam a ele" (1961, p. 63). Busca-se no artigo uma apropriação do atual, a partir de filosofias e reflexões que caracterizam a modernidade, a própria filosofia e os elementos envolvidos no ensino. citamos aqui: Heidegger, Stuart Hall, Levinas, Derrida. Aceitamos o fato de que novas emoções surgem, e que cumprem determinadas influências no espaço educacional. Assim, pensar o ensino da filosofia na contemporaneidade é consequentemente pensar o contexto em que os sujeitos se encontram, ou seja, próximos a emoções singulares como o niilismo e o tédio. Ou seja, temos diante de nós, educadores, a necessidade de entrar em comunicação com um novo perfil de aluno, com novos anseios, emoções e novas maneiras de assimilar o mundo e a si mesmo.