A contribuição da relação entre Microscopia de Luz (2D) e

XII Salão de
Iniciação Científica
PUCRS
A contribuição da relação entre Microscopia de Luz (2D) e
Microscopia Eletrônica de Varredura (3D) no Entendimento da
Rede Vascular Tumoral em Carcinoma Oral de Células
Escamosas
Laura Pletsch Borba1, Andressa de Medeiros Pulcherio Tosetto1, Vinícius Faccin Bampi1, ,
Jefferson Luiz Braga da Silva1 e Laura Beatriz Oliveira de Oliveira2
1
Faculdade de Medicina, PUCRS 2Departamento de Morfologia, Universidade Federal de Pelotas, UFPel
Introdução
A microscopia de luz (ML) associada à técnica de coloração hematoxilina-eosina
usada nas preparações histológicas e a microscopia eletrônica de varredura (MEV) do modelo
de corrosão vascular foram usadas para estudar o sistema vascular sanguíneo em bolsas jugais
de hamster sírios com e sem carcinoma de célula escamosas. O uso das duas técnicas permite
relacionar a estrutura tridimensional observada em MEV com as estruturas histológicas
tumorais observadas em ML.
Objetivos
Estabelecer correspondência entre as imagens obtidas pela técnica de corrosão vascular
seguida de MEV e as imagens visualizadas nos preparados histológicos através da ML.
Metodologia
Desesseis hamsters sírios dourados randomizados em dois grupos de oito animais
receberam tratamento apenas na sua bolsa jugal direita por um período de 55 dias (grupo I) e
90 dias (grupo II). A bolsa jugal esquerda foi estabelecida como controle. Usou-se o
carcinogênico 9,10-dimetil-1,2-benzanthraceno (DMBA) 0,5%, associado ao gel clareador
dental Opalescence® 10%, aplicados respectivamente e alternadamente, três e duas vezes por
semana por um período de 55 e 90 dias. Cinco animais de cada grupo foram eutanaziados e
tiveram as redes de suas bolsas jugais moldadas pela resina Mercox ® analisados por MEV. Os
três animais restantes tiveram suas bolsas jugais preparadas para análise por ML.
Resultados e Discussão
XII Salão de Iniciação Científica – PUCRS, 03 a 07 de outubro de 2011
A histologia da bolsa com tumor revelou cordões invasivos de células epiteliais
escamosas malignas. Extensões irregulares do epitélio da lesão se projetam na direção do
tecido conjuntivo da lâmina própria, ainda acompanhadas pela membrana basal, formando
papilas dérmicas. O tecido conjuntivo da lâmina própria encontra-se bastante vascularizado o
que é observado também em MEV onde encontramos capilares com forma glomerulóide
projetando-se em direção às papilas.
A adição de tecidos observada durante o crescimento tumoral provoca um aumento da
pressão tecidual sobre os vasos, acarretando na presença de vasos comprimidos e achatados.
Foram visualizados plexos capilares em basketlike, o que sugere a formação de redes
vasculares envolvendo concentrações de células tumorais.
Devido à remoção de todo o tecido durante a maceração, territórios individuais, como
os ocupados pela formação de pérolas de queratina, podem ser observados como espaços
vazios quando estudados em MEV. Ao redor destes vazios, podem ser visualizadas formações
vasculares.
Conclusão
A relação entre as imagens capturadas por ML e as obtidas pelo MEV, apontam zonas
que sugerem uma sobreposição de imagens entre a morfologia da microangioarquitetura com
as imagens dos tecidos evidenciados no ML.
Referências
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XII Salão de Iniciação Científica – PUCRS, 03 a 07 de outubro de 2011