Compilação: Paulo Victorino Flandres – Do Gótico ao Barroco Sec. XV - Sec. XVII INTRODUÇÃO Mapas – Europa do Século XV e do Século XX (005) A região de Flandres (007) A Holanda (Países Baixos) 009 A Bélgica (011) O barroco flamengo (015) Renascimento nos Países Baixos-1 (019) Renascimento nos Países Baixos -2 (023) PINTORES FLAMENGOS 1328 –1410 - Melchior Broederlam (027) 1395?–1441 - Jan Van Eyck (029) 1375?–1444 - Robert Campin (Mestre de Flemalle) 031 1399–1464 - Rogier van der Weyden (La Pasture) 033 1415?–1473 - Petrus Christus (035) 1415–1475 - Dirck Bouts (Thierry Bouts) 037 1435–1494 - Hans Memling (039) 1440?–1482 - Hugo van der Goes (041) 1460?–1523 - Gerard David (043) RENASCIMENTO FLAMENGO 1450–1516 - Bosch (Hieronimus Van Aeken Bosch) 045 1478?–1532 - Jan Gossaert (Mabuse) 049 1466–1530 - Quentin Massys (Metsys) 051 1485–1540 - Joss van Cléve (053) 1525–1569 - Peter Brueghel (O Velho) 055 1517?–1577 - Antônio Moro (057) 1494 –1533 - Lucas van Leyden (059) 1480?–1524 - Joachim Patinir (061) 1495–1562 - Jan van Scorel (063) FLAMENGOS - SÉCULO 17 1568–1625 - Jan Brueghel (Veludo) 065 1564?–1638 - Pieter Brueghel (O Moço) 067 1605–1638 - Adriaen Brouwer (069) 1577–1640 - Peter Paul Rubens (071) 1599–1641 - Anton Van Dick (079) 1579–1657 - Frans Snyders (081) 1613–1668 - Jean Daret (085) 1593–1678 - Jacob Jordaens (087) 1601–1678 - Jan Brueghel (O Moço) (089) 1567–1681 - Michiel Janszoon van Mierevelt (091) 1610–1690 - David Teniers (O Moço) (093) PINTURA HOLANDESA 1581?–1666 - Frans Hals (095) 1610–1685 - Adrian van Ostade (097) 1606–1669 - Rembrandt (Rembrandt H. Van Rijn) (099) 1632–1675 - Vermeer (Jan van der Meer van Delft) (105) 1632 –1681 - Pieter de Hooch (109) 1629–1679 - Jan Havickszoon Steen (111) 1629–1667 - Gabriel Metsu (113) 1600?–1670 - Salomon van Ruysdael (115) 1613–1675 - Guerrit (Gérard) Dou (117) 1612–1680 - Frans Jansz Post (119) 1610? – ? Albert Eckout (125) 1614 – 1668 Zacarias Wagener (129) 1628–1682 - Jacob van Ruysdael (131) 1638 – 1709 - Meindert Hobbema (133) - 004 – “Mulher de Turbante”, mais conhecida como “Moça com brinco de pérola”, (1665) é a obra prima de Vermeer - 005 – EUROPA DO SÉCULO XIV Flandres e Valônia ao lado da França e de Luxemburgo - 006 - EUROPA DO SÉCULO XX Holanda e Bélgica ao lado da França e da Alemanha - 007 – A região de Flandres (Vlaanderen) O antigo condado de Flandres, um dos principais focos do capitalismo europeu durante a baixa Idade Média, constituiu posteriormente a principal possessão espanhola no norte da Europa. A agricultura, desenvolvida graças à construção de diques e à drenagem de marismas, e a indústria têxtil têm sido historicamente suas principais riquezas. A região europeia de Flandres (Flandre em francês, Vlaanderen em flamengo) é uma planície baixa situada em frente ao mar do Norte. Compreende as províncias belgas de Flandres Ocidental e Flandres Oriental, o departamento francês do Norte e parte da província holandesa de Zelândia. A partir do século V da era cristã, os povos francos ocuparam as terras flamengas, até então habitadas por tribos celtas. Os reis merovíngios dividiram o território em condados e, no período carolíngio, a região de Bruges recebeu o nome de Flandres. No século IX, o conde Balduíno I (Braço de Ferro) ampliou seus domínios até a região situada entre o mar do Norte e o rio Escalda. Seus sucessores continuaram a expansão territorial e se tornaram vassalos da França e do Sacro Império Romano-Germânico. Em 1119, com a morte de Balduíno VII, extinguiu-se a primeira dinastia dos condes flamengos. Dinamarca, França e Inglaterra lutaram para consolidar sua influência política no condado que, nos séculos XII e XIII, experimentou grande prosperidade agrícola, artesanal e comercial, atividades centradas em Bruges. Da mesma forma, a pintura conheceu, no século XV, um extraordinário florescimento, com artistas como Rogier van der Weyden e os irmãos van Eyck. - 008 Em 1384, o duque Filipe II o Audaz, de Borgonha, incorporou o condado a suas possessões, por casamento. A união de Flandres com a Baixa Lorena deu lugar à formação dos Países Baixos. Na segunda metade do século XV, Carlos o Temerário tentou tornar-se independente da França e das demais potências europeias. Sua filha Maria, após a morte do pai, casou-se com Maximiliano da Áustria, posteriormente imperador da Alemanha, com o que a Borgonha e Flandres passaram ao patrimônio da casa de Habsburgo. No século XVI, Flandres foi herdada por Carlos V, que transferiu o território, em 1551, para o ramo espanhol dos Habsburgo, ou casa espanhola da Áustria. A intransigência política e religiosa de Filipe II da Espanha, filho e sucessor de Carlos V, provocou a resistência dos holandeses ao domínio espanhol, acirrada pela difusão do protestantismo nas províncias do Norte. Depois de uma prolongada guerra, os Países Baixos proclamaram a independência em 1581. As províncias meridionais permaneceram sob domínio da Espanha até 1714, quando a Paz de Utrecht obrigou Filipe V a ceder o território à Áustria. Durante esse período, à decadência de Flandres, espanhola e católica, se opôs o auge dos Países Baixos, independentes e protestantes. Antes e depois de 1714, o território flamengo fragmentou-se em consequência da anexação de algumas de suas partes pela França e pelos Países Baixos. Durante as guerras revolucionárias e napoleônicas, quebrou-se definitivamente a unidade de Flandres e, em 1830, sua parte central foi incluída no novo reino da Bélgica. ©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda. “Brugues”, na Flandres Ocidental - 009 - A Holanda (Países Baixos) "Deus criou o mundo, mas os holandeses criaram os Países Baixos." Esse ditado holandês expressa o orgulho nacional de um povo que, ao longo dos séculos, tem conseguido conquistar ao mar parte considerável do território onde habita. O Reino dos Países Baixos (Netherlands ), conhecido como Holanda, está situado no noroeste da Europa e tem uma superfície de 41.526 km2. Limita-se a norte e oeste com o mar do Norte, a leste com a Alemanha e ao sul com a Bélgica. Seus habitantes se denominam holandeses ou neerlandeses. O país forma, com a Bélgica e Luxemburgo, a aliança econômica conhecida por Benelux (Bélgica Neerlandia e Luxemburgo). Além de seu território europeu, os Países Baixos compreendem as Antilhas Holandesas. A assinatura, no ano 843, do Tratado de Verdun, outorgou a Lotário I o reino franco ocidental, que incluía os Países Baixos. Após sua morte, Lotário II herdou a parte norte do reino, que passou a se denominar lotaríngia e do qual se separaram as regiões de Artois e Flandres. Ao longo do século IX, os Países Baixos sofreram ataques de vikings. Saques e destruições tornaram necessária a edificação de muralhas em torno de mosteiros e cidades, mas por volta do ano 900 o perigo havia sido consideravelmente reduzido. No ano 925, os Países Baixos foram incluídos no reino germânico, mas o enfraquecimento dos vínculos entre os senhores feudais e a coroa contribuiu para aumentar a independência dos territórios holandeses ao longo da Idade Média. - 010 As cidades flamengas começaram a crescer, a economia mercantil se desenvolveu. Nos séculos seguintes, os Países Baixos utilizaram suas relações com Alemanha, França e Inglaterra para consolidar a independência. Durante a segunda metade do século XIV teve início o domínio dos duques de Borgonha, em consequência do casamento de Filipe II o Audaz com Margarida de Flandres. A partir de então, os borgonheses se apoderaram, de maneira progressiva. de todo o território de Flandres, que, ao unir-se à Baixa Lorena. passou a constituir os Países Baixos. Durante os séculos XVI e XVII, verificou-se um grande florescimento artístico, com os pintores Lucas van Leyden, Jan van Scorel, Hieronymus Bosch, Michiel Janszoon van Mierevelt, Frans Hals e Rembrandt. Seus dois principais museus são o Mauritshuis de Haia e o Rijksmuseum de Amsterdam, que conservam inúmeras obras da chamada escola flamenga. ©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda. - 011 – A Bélgica Vítima, em várias ocasiões, da rivalidade entre as grandes potências, a Bélgica tem desempenhado desde o fim da segunda guerra mundial um papel decisivo para a união europeia. No entanto, o fato de ser formada por duas comunidades de cultura e língua distintas desequilibra, vez por outra, sua própria unidade interna. Com uma superfície de somente 30.518 km2, a Bélgica é um dos menores países do continente europeu. Limita-se a noroeste com o mar do Norte; ao norte com os Países Baixos; a leste com a Alemanha e Luxemburgo; e ao sul e sudoeste com a França. Sob o aspecto morfológico, a Bélgica divide-se em duas grandes zonas claramente diferenciadas. Ao norte e oeste do alinhamento formado pelo rio Mosa e seu afluente, o Sambre, encontra-se uma região de planície, só quebrada, no litoral, por pequenas elevações de dunas, formadas por materiais levados pelos ventos e fixadas há longo tempo pela vegetação. A partir dessas séries de dunas que protegem a costa, estende-se, numa largura de aproximadamente quarenta quilômetros, a planície de Flandres Marítima, situada quase ao nível do mar, e formada em parte por terrenos ganhos a este, chamados pôlderes. Ao Sul e a Leste do curso do rio Escalda, a planície de Flandres Inferior adquire maior elevação. Para o interior do país avança uma zona de baixos planaltos, nos quais se abre, no sentido sudoeste-nordeste, a calha do rio Mosa e do Sambre. - 012 Ao sul e leste dessa linha, na região de Condroz, o terreno se eleva consideravelmente; esses altiplanos de formação antiga, muito escavados pelos vales fluviais, constituem, no sudeste do país, a região que se conhece pelo nome de Ardenas, que em alguns pontos ultrapassa 600m de altitude (o monte Botrange, com 694m, é o ponto culminante da Bélgica). No extremo sul fica a Lorena Belga. Bruges, na outrora Flandes Ocidental, hoje é território belga História Encravados entre o reino francês e o império alemão, os territórios que hoje formam a Bélgica e os Países Baixos foram objeto de disputas constantes ao longo da Idade Média. No final desse período o país viveu um notável florescimento comercial e também um desenvolvimento da vida urbana e das formas econômicas capitalistas que o transformaram em uma das regiões mais prósperas e povoadas da Europa. Filipe de Borgonha libertou o país da vassalagem ao rei da França no final do século XIV. Em 1528, os territórios do ducado de Borgonha foram herdados por Carlos I da Espanha e Carlos V da Alemanha. - 013 Iniciou-se um período de dominação espanhola, durante o qual as províncias do norte, que viriam a formar os Países Baixos, lideradas por uma burguesia em sua maior parte calvinista, se sublevaram contra o domínio de Filipe II, conseguindo sua independência, com o nome de Províncias Unidas, após longas e custosas lutas. As províncias do sul, tanto as de língua francesa quanto as flamengas, ficaram sob o poder da coroa espanhola, devido ao fato de serem majoritariamente católicas e por causa da importância política que ainda tinha a nobreza. A decadência econômica da Flandres espanhola foi paralela à da monarquia hispânica. A primazia comercial, que na Idade Média pertencera a Bruges, passou no século XVI para Antuérpia. Não obstante, a intolerância ideológica, as vicissitudes da guerra e a desacertada política econômica de Filipe II, fizeram de Amsterdam, capital das Províncias Unidas, o centro econômico da Europa. Pela paz de Utrecht (1713), a Bélgica passou a ser governada pelo ramo austríaco da casa de Habsburgo. Artes plásticas. Tanto Flandres (gentílico: flamengo) como a Valônia (gentílico: valão) mostraram, desde a Idade Média, uma unidade cultural no campo das artes plásticas que surpreende em vista do abismo linguístico que separava as duas comunidades. A época de maior atividade artística foi a dos séculos XV e XVI, quando a arquitetura civil gótica conseguiu nas cidades belgas algumas de suas realizações máximas. A invenção da pintura a óleo e o detalhismo realista transformaram os pintores flamengos em mestres, que. em muitas ocasiões, trabalharam fora de seu país, a serviço dos grandes monarcas europeus. A arte flamenga, que a princípio correspondia ao gosto de uma próspera burguesia citadina, se manifestou visivelmente nas construções da época, impondo uma fisionomia urbana peculiar. Jan van Eyck, Rogier van der Weyden, Hugo van der Goes e Hieronymus Bosch foram nomes destacados na primeira etapa de esplendor da pintura flamenga, que teve seu centro de irradiação em Bruges. O Renascimento trouxe consigo, nas artes plásticas, a implantação de formas clássicas e novidades italianas. O centro de criação deslocou-se de Bruges para Antuérpia. Entre os pintores dessa época destaca-se Pieter Brueghel o Velho. - 014 A pintura dos chamados primitivos flamengos iria influir decisivamente na pintura da Espanha, Portugal, Alemanha, norte da Itália, norte da França e Holanda. Essa influência se estenderia até o período barroco (século XVII), com Rubens. A técnica da pintura a óleo e o realismo da pintura flamenga formariam as bases da pintura de cavalete. ©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda. Peter Paul Rubens – Mitologia grega “O Julgamento de Páris”. 1630 (circa) “Descida da cruz” – Van Orley – Século XIV - 015 – Pintura Flamenga Sec. XV - Sec. XVII De Jan van Eyck a Brueghel e Rubens, os mestres da arte flamenga usaram o óleo em suas pinturas como meio de retratar com vigor e, às vezes, em profusão de detalhes, o mundo que os rodeava. Conhecida por sua técnica excepcional e a inspiração profana de seus temas, a arte flamenga é a que foi produzida em Flandres entre o século XV e o início do século XVII. A pintura flamenga deixa transparecer claramente as mudanças ocorridas no destino de Flandres, país contido numa estreita faixa entre a França, a Alemanha e os Países Baixos. Inicialmente, a região contava com o domínio pacífico, piedoso e próspero dos duques de Borgonha, no século XV; depois, viveu uma longa e confusa sucessão de crises religiosas e guerras civis; finalmente, no século XVII, a imposição do poder autocrático dos reis da França e da Espanha. Os precursores da escola flamenga situam-se geralmente em Dijon, a primeira capital dos duques de Borgonha (França). Filipe o Audaz, que reinou de 1363 a 1404, estabeleceu a poderosa aliança flamengo-borgonhesa, que durou mais de um século, e deu início à tradição de mecenato artístico que duraria quase o mesmo período. Entre os artistas que atraiu a Dijon estavam o escultor Claus Sluter, de Haarlem, e o pintor Melchior Broederlam, de Ypres, em cujas obras de rica textura podem ser vistos os primeiros frutos do apego ao mundo das aparências, tão característico da escola flamenga. - 016 – Filipe o Bom, que reinou de 1419 a 1467, transferiu a capital borgonhesa para Bruges, centro do comércio de lã ao norte, transformando essa cidade de espírito mercantil em pólo artístico. - 017 Em 1425, empregou oficialmente Jan van Eyck como "peintre et valet de chambre". As principais obras de Van Eyck -- o "Altar de Gent" (1432), a "Madona do chanceler Rolin" (1432) e o grupo do "Casal Arnolfini" (1434) -são, surpreendentemente, o começo e o auge da primeira fase da pintura flamenga. O historiador da arte Vasari atribui a van Eyck a invenção da pintura a óleo (com o uso de óleo resinoso sobre uma base branca). Nesse caso, o invento já se iniciou com o máximo de apuro técnico, para declinar em seguida, pois não há uma só obra, entre as de seus sucessores, que mantenha o mesmo brilho das cores em superfícies tão vívidas. A visão de van Eyck, por mais estática que seja, também manteve sua força, dando a tudo que foi pintado por ele um caráter espiritual, a despeito de seu grande interesse pelas aparências. A geração seguinte, embora continuasse voltada para o refinamento da textura e o brilho das cores, não tentou imitar van Eyck, mas procurou aperfeiçoar a estrutura pictórica com base em modelos italianos. Em sua obra-prima, a "Descida da cruz" (1435), Rogier van der Weyden centrou-se na dramaticidade da cena, ignorando todos os detalhes supérfluos. Petrus Christus explorou a estrutura física subjacente de seus temas humanos, conferindo-lhes uma estranha aparência geométrica. Dirck Bouts foi o primeiro pintor flamengo a usar com acerto a perspectiva paralela e a dar a suas figuras proporções correspondentes ao ambiente que as circunda. Essas inovações eram, porém, estranhas ao espírito inicial da tradição flamenga, que entrou em inevitável declínio, do mesmo modo que as convicções religiosas e a segurança dos cidadãos flamengos, surpreendidos no final do século XV pela queda da casa de Borgonha e o colapso econômico de Bruges. Entre os últimos mestres dessa fase, Hugo van der Goes ficou louco, enquanto Hans Memling e Gerard David produziram pastiches melancólicos e às vezes versões insípidas de obras anteriores. Mais sintonizadas com a crise espiritual que assolou a Europa no fim do século XV mostram-se as bizarras alegorias pintadas por Hieronymus Bosch. Em seu tríptico "O jardim das delícias" (c.1500) a humanidade se dispersa em bloco do paraíso à perversão e ao castigo, em imagens que representam um sem-fim de fantasias de gratificação sensual. - 018 O século XVI, turbulento em Flandres, não foi propício à criação artística e produziu apenas um grande mestre, Pieter Brueghel (O Velho). O pintor Jan Gossaert cultivou um estilo italianizado, a que Vasari não poupou elogios, e Joachim Patinir tornou-se o primeiro de uma longa série de pintores flamengos de paisagens. É, porém, nas fortes cenas em que Brueghel retratou a vida camponesa que melhor se reflete a brutalidade da época. Influenciado por Bosch e marcado por uma estada de dois anos na Itália, Brueghel desenvolveu um estilo pujante caracterizado pela solidez estrutural, a exuberância rítmica e um modo especial de contemplar o grotesco. O pintor deixou dois filhos, Pieter II, dito Brueghel o Moço, ou Brueghel do Inferno, assim chamado pelos temas de danação que pintou, e Jan Brueghel, ou Brueghel de Veludo, que se dedicou a delicadas naturezas-mortas. Foi nessa condição que Jan Brueghel (Veludo) participou do florescente ateliê do grande mestre do barroco flamengo, Peter Paul Rubens. Este associou a afabilidade e o tato de diplomata a um domínio sem precedentes da técnica do óleo, criando para os monarcas da França e da Espanha, com os quais manteve estreitas relações, obras luminosas de grande força e energia. As primeiras obras de maturidade, como "A elevação da cruz" (1610), contêm evidências de um cuidadoso estudo dos mestres italianos Michelangelo, Tintoretto e Caravaggio, embora tragam sinais de uma vitalidade orgânica autenticamente flamenga. O estilo alegórico da fase mais madura de Rubens, exemplificado pelo ciclo de pinturas que relembram a carreira de Maria de Medici, rainha da França (1622-1625), adequou-se com perfeição aos gostos ostentatórios da época barroca. No auge da fama, Rubens recebeu mais encomendas do que poderia executar sozinho e seu ateliê se tornou um centro de aprendizagem para muitos pintores flamengos, entre os quais Antoon van Dyck, menino-prodígio que ficaria famoso como Sir Anthony van Dyck, retratista da corte na Inglaterra; Frans Snyder, especialista em naturezas-mortas; e David Teniers o Velho e Adriaen Brouwer, ambos conhecidos sobretudo pelas pinturas de camponeses divertindo-se nos momentos de ócio. ©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda. - 019 - Renascimento nos Países Baixos (1) Juntamente com a Itália, os países baixos foram um importante polo do capitalismo comercial, possuindo ainda uma vida urbana desenvolvida e um mercado que poderia consumir obras de arte. Em alguns trabalhos de Jan van Heyck, pintor famoso do século XV, a quem é atribuída a introdução da técnica de pintura à óleo, pode serem vistos alguns traços renascentistas. Jan van Eyck - 020 Entretanto, a força da tradição gótica no local dificultou bastante sua assimilação da Renascença Italiana. Costuma-se dizer que isso só foi possível no país graças à figura do alemão Dürer, que passou um período de sua vida na Antuérpia, cidade que se tornou o centro cultural da Holanda. O Pintor Quentin Massys (1465 - 1530), um dos que tiveram influência direta de Dürer, era considerado como um dos principais artistas da Antuérpia da época. Seu painel central feito para a Irmandade de Santa Ana, mostra os familiares de Maria e José. Dos modelos renascentistas italianos, absorve o ajuste simétrico das figuras; da escola de Veneza, as cores e perspectiva (é cogitada a hipótese do próprio artista ter visitado Veneza, devido a aproximação de suas obras com essa escola). Já na pintura "Lamentação", do Museu Real de Belas-Artes, na Antuérpia, pode ser notada a influência dos trabalhos de Leonardo da Vinci e Rafael, estreitando seus laços com a Renascença. As paisagens naturais ganham bastante importância nas obras dos pintores norte-europeus da época. Joachim Patinir, que imprimia importância extraordinária às paisagens em sua pintura, ficou famoso por suas vistas de campos, vilas e montanhas, tendo à frente figuras em tamanho reduzido. Joachim Patinir – “Batismo de Cristo” - Óleo sobre madeira - 021 Seu São Jerônimo em paisagem aberta, que enfatiza mais o cenário que a vida do santo, ganhou várias versões do artista. Nelas podemos observar características da arte norte-europeia como a abundância de detalhes, bem como a utilização de uma perspectiva diferente da adotada na Escola de Veneza. Mabuse, ou Jan Gossaert (1478 - 1535), visitou a Itália e procurou assimilar os preceitos renascentistas em suas obras. É claramente influenciado por Dürer e os artistas holandeses que o precederam. Especialmente conhecido pelos nus que realizava, à semelhança dos italianos, "Netuno e Anfitrite" (abaixo), pode ser uma boa amostra de sua habilidade. É composto de figuras mitológicas nuas em um cenário arquitetônico renascentista. Entretanto, alguns de seus críticos defendem que o pintor, ávido por mostrar conhecimento e domínio da arte italiana, por vezes apropria-se dessas técnicas, sem, contudo, obter resultados satisfatórios. Um exemplo disso pode ser o quadro de São Lucas pintando a Virgem. É influenciado pelo pintor holandês Jan van Eyck e pelas técnicas italianas, como a perspectiva científica e o jogo de luz e sombra. As figuras aqui também estão assentadas num cenário de arquitetura italiana. - 022 Entretanto, apesar dos valores de encanto que o quadro possui, parece não ter atingido a harmonia nem de seus inspiradores em sua própria cultura nem dos italianos. Pieter Bruegel (1525-1569), é considerado o maior pintor flamengo do século XVI. É conhecido pela complexidade temática, apesar de boa parte deles referirem-se ao cotidiano dos camponeses. Seu talento é continuamente comparado ao setecentista Rembrandt, principalmente no que se refere à capacidade de enxergar a natureza humana. "Caçadores na Neve" (abaixo) é um bom exemplo de seu trabalho. Fonte: Enciclopédia Digital-Master - 023 - Renascimento nos Países Baixos (2) Jan van Eyck O pintor flamengo Jan van Eyck foi o fundador da pintura renascentista em Flandres e na Holanda. Seu estilo é uma síntese do naturalismo dos irmãos Limbourg, mais as inovações no uso da luz, feitas por outro pintor, Robert Campin, conhecido como o mestre de Flémalle. Van Eyck combina, com talento e habilidade, um estilo que é o contraponto da arte que Masaccio realiza na Itália pela mesma época. Sua obra “O cordeiro místico” (abaixo) – terminada em San Bavón, Gante, no ano de 1432 – é uma das mais extraordinárias obras do Renascimento. Consta de duas alas, pintadas dos dois lados, dispostas em dois níveis, as quais se abrem para mostrar o quadro central. Provavelmente foi realizada, em parte, com a ajuda de seu irmão Hubert van Eyck. - 024 Van Eick se coloca a si mesmo nesta obra como um atento observador do mundo visual. Quase que por intuição, concebe o sistema de perspectiva linear e usa com economia a perspectiva aérea em algumas partes da paisagem de fundo. O que marca a diferença de sua arte, bem como da arte do final do Século XV no Norte da Europa, comparando-a com a de seus contemporâneos italianos, é a completa ausência de referências à antiguidade clássica. Já em meados do Século 15, um estudioso italiano considerou Van Eyck como o pintor mais significativo de sua época. Seu famoso retrato de Giovanni Arnolfini e sua esposa (O casamento de Arnolfini), abaixo, é uma representação das bodas desse banqueiro italiano. Na parede do fundo, por trás do casal, há um espelho convexo que reflete a casa e, que eles estão em pé e, só no espelho, aparece o artista, auto-retratado. Van Eyck colocou sobre o espelho a sua assinatura e a data. Este magnífico pintor também produziu pequenos retratos de grupo, nos quais evidenciou um extraordinário realismo. - 025 Rogier van der Weyden Van der Weyden, pintor de Tournai, em Flandres, um diferencial comparativo com a pintura de Van Eick, esteve na Itália em 1450. Não só sua obra foi bastante apreciada naquele país como também ele exerceu significativa influência na escola de Ferrara. Sua obra mais importante é A descida da cruz, pintada em 1435, por encomenda de um grêmio de artesãos de Lovaina. A dor estampada em seus personagens era algo ainda desconhecido na arte italiana e se reflete não só na expressão facial como também na postura dos corpos. Da mesma forma que Van Eyck, Rogier teve grande habilidade com retratos, mas se diferencia daquele porque acrescentou a suas figuras uma grande dimensão emocional. Hugo van der Goes Uma segunda geração de pintores flamengos, influenciados por Van Eyck e Vander Weiden é representada por Dirk Bouts, um dos primeiros artistas a usar a perspectiva em seus trabalhos. Também Hugo van der Goes imprimiu uma característica pessoal e emocional às suas pinturas religiosas, que combinaram aspectos da arte de seus precursores. Sua obra mais conhecida é o Retábulo Portinari (1476-circa), abaixo, realizada para um mecenas florentino, chegando a Florença por volta de 1480. Como se tratava de um quadro de grande formato, ele causou sensação entre os artistas locais, surpreendidos pelo realismo exacerbado do recém-nascido, posto ao solo, assim como pela representação dos objetos que o rodeiam. Hans Memling e Bosch Na mesma época, destaca-se Hans Memling que, embora tendo nascido na Alemanha, formou-se em Flandres e nos Países Baixos, onde viveu a maior parte de sua vida. Não foi um renovador, não introduziu qualquer particularidade à pintura flamenga, mas executou sua obra com extraordinária destreza. - 026 Mas o artista mais original desse período foi Hieronymus Bosch, que conseguiu se desvencilhar quase que por completo da antiga tradição flamenga, produzindo toda uma obra fora do convencional. “Cristo Carregando a Cruz” (abaixo) é uma das mais fantásticas obras de Bosch, sendo bem provável que se trate de um dos seus últimos trabalhos. É possível encontrar um pouco do estilo expressionista nas feições dos personagens presentes na obra. O artista consegue, através da expressão distorcida das figuras, repassar um clima de tensão, ódio, brutalidade e vingança. Pieter Brueghel, o Velho O mote gerado por Bosch conduz inevitavelmente à arte de Pieter Brueghel, o Velho que, no Século XVI, realizou uma série de gravuras intituladas “Os sete pecados capitais” (1557), cuja reprodução fantasmagórica nos remete à pintura de Bosch. Numa época em que muitos de seus contemporâneos acorreram às novidades italianas, Brueghel rendeu homenagem aos primeiros pintores dos Países Baixos e dos flamengos. (Fonte: Enciclopédia Encarta em Espanhol) - 027 - Melchior Broederiam 1327?-1410 Melchior Broederlam (c. 1355 - c. 1411) foi um pintor flamengo que pertenceu ao gótico internacional. Foi um dos primeiros a explorar o uso de um simbolismo dissimulado na representação de um mundo ultra-naturalista. Pouco se sabe sobre sua vida. Era também pintor oficial da corte. Foi um pintor refinado e sutil. Influiu sobre Jan van Eyck (1390-1441). Suas paisagens são espaçosas e amplas, em tons verdes e marrons, que contrastam com as figuras, vestidas em tons vermelhos e azuis. A obra de Broderiam sofreu uma ação violenta e contínua dos iconoclastas, sendo alvo constante de depredações e, por isso mesmo, chegaram até nós pouquíssimas peças, principalmente na forma de como retábulos (Enciclopédia Britânica e Wikipedia). - 028 – A pintura de Melchior Broederiam - 029 - Jan Van Eyck Nascimento: antes de 1395 Falecimento: julho de 1441 Jan van Eyck (Maaseik?,Holanda c. 1390 — Bruges, 1441) foi um pintor holandês do século XV, irmão de Hubert van Eyck e pupilo de Robert Campin. Foi também o fundador de um estilo pictórico denominado gótico tardio, influenciando em muito o Renascimento nórdico. Como tal, é visto como o mais célebre dos primitivos flamengos. A primeira informação segura a respeito da vida de Jan van Eyck foi sua nomeação como pintor oficial de João da Baviera, conde de Holanda, em 1422. Três anos mais tarde entrou para o serviço do duque de Borgonha, Felipe o Bom, para quem realizou várias missões diplomáticas secretas na Espanha e em Portugal. Em 1431, Jan van Eyck comprou uma casa em Bruges (capital de Flandres Ocidental e importante centro comercial desde o Século 13), onde se casou e fixou residência. As únicas obras conservadas de Van Eyck correspondem à última década de sua vida. A mais antiga e conhecida é o políptico "A adoração do Cordeiro místico" (1432) da igreja de são Bavo, em Gand, retábulo complexo que despertou controvérsias por causa da inscrição que atribui sua realização ao suposto irmão de Jan, Hubert van Eyck. Embora documentos atestem a existência de Hubert van Eyck, sua intervenção na obra e a relação familiar com Jan permanecem polêmicas. O políptico de Gand, de qualquer modo, revela o naturalismo de Jan van Eyck, talvez influenciado pelo estilo de Robert Campin, e a tendência a introduzir na pintura elementos religiosos simbólicos de difícil interpretação. - 030 O apogeu da arte de Jan van Eyck ocorreu com obras posteriores, como "Retrato de um jovem" (1432), "O casamento de Giovanni Arnolfini e Giovanna Cenami" (1434), "Madona do cônego Van der Paele" (1434-1436) e "Madona na fonte" (1439). Jan van Eyck morreu em Bruges, em julho de 1441. Enciclopédia Britânica e outras fontes. Jan van Eyck – “Madona e a criança” (detalhe) Ano: 1436 – Fonte: “Commons” - 031 - Robert Campin 1375?-1444 Robert Campin (Tournai, 1375 – Tournai, 26 de abril de 1444) é considerado o primeiro grande pintor flamengo. Embora tenha se deixado influir muito pelos mestres das iluminuras, Campin mostrou um grande poder de demonstrar uma observação realista do mundo, mais que muitos outros antes dele. Junto com os irmãos Van Eyck, é considerado o fundador da escola holandesa do Pré-Renascimento. Acredita-se que tenha nascido e morrido em Tournai, na Bélgica, mas estudou em Dijon. Entre suas melhores obras está o Retábulo de Mérode (imagem pg. 32). Pela primeira vez, o observador tinha a sensação de estar vendo, através da superfície de um painel, um mundo com todas as realidades da vida cotidiana. É o primeiro painel da Anunciação que tem por cenário um interior doméstico completamente mobiliado e também o primeiro em que se honra São José, o pai de Jesus. O quadro é cheio de simbolismos, como as flores, que simbolizam a Virgindade. Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. - 032 – Retábulo de Mérode (tríptico) Cristo crucificado (detalhe) - 033 - Rogier van der Weyden (Rogier de la Pasture) 1399?-1464 Rogier van der Weyden ou Rogier de Bruxelles, cujo verdadeiro nome é Rogier de la Pasture (Tournai, 1400 — Bruxelas, 18 de junho de 1464), foi um dos mais notáveis e importantes pintores góticos flamengos. O estilo dramático e apaixonado de seus trabalhos exerceu profunda influência sobre a pintura flamenga e alemã durante a segunda metade do Século XV. Rogier de la Pasture iniciou a carreira aos 27 anos e, ainda na cidade natal, estudou por cinco anos com Robert Campin, decano da guilda de pintores. As primeiras obras de Rogier trazem a marca do áspero naturalismo do mestre. Outra influência preponderante em sua formação foi o realismo sensível e matizado de Jan van Eyck, renomado em Bruges. Em 1435, Rogier estabeleceu-se em Bruxelas e foi nomeado pintor da cidade no ano seguinte, quando passou a utilizar a grafia flamenga de seu nome, van der Weyden. Nesse período pintou a primeira grande obra, a célebre "Descida da cruz", que já mostrava o equilíbrio da composição e o intenso dramatismo das figuras, característicos de sua produção. Van der Weyden viajou para a Itália em 1450 e lá tomou contato com novas tendências. Nessa época fez trabalhos para as poderosas famílias Este, de Ferrara e Medici, de Florença. De volta a Bruxelas, acentuou a simetria das composições, como em "Crucifixão" e "Os sete sacramentos". Realizou também numerosos retratos, entre os quais "Carlos o Audaz" e "Francisco d'Este", que se caracterizam pela marcada expressividade dos rostos. Enciclopédia Britânica e outras fontes. - 034 – Rogier van der Weyden - “Madona e o menino” (detalhe) Rogier van der Weyden – Tríptico da crucificação - 035 - Petrus Christus 1415?-1473 Petrus Christus (Baarle, c. 1410 a 1420 — Bruges, 1473) foi um pintor flamengo que trabalhou em Bruges. Nasceu perto de Breda e foi um dos mais próximos seguidores de Jan van Eyck. Discípulo de Eyck, Petrus Christus foi um dos mestres pioneiros do movimento artístico que, partindo de Flandres, contagiou toda a Europa do Século XV, ampliando os conhecimentos, motivando a pesquisa e a experimentação e mudando os rumos da pintura, da escultura e da arquitetura. Na verdade, pesquisas recentes revelaram que Christus foi um pintor independente que mostra em suas obras influências de Dieric Bouts, Robert Campin e Rogier van der Weyden. Não se sabe se Christus visitou a Itália e estudou a arte de pintores como Antonello da Messina ou seus quadros foram comprados por italianos. Fiel ao mestre, e após a morte de Van Eyck, em 1941, coube a ele completar algumas que este deixou inacabadas, entre elas uma imagem de São Jerônimo e outra da Madonna. A obra de Petrus Christus, na medida em que evoluiu para uma visão particularizada da pintura, é tida pelos críticos, como uma síntese bem formulada do avanço de Van Eyck na perspectiva, combinado com a emoção contida nos quadros de Van der Weyden. (Wikipedia e outras fontes esparsas) - 036 – Petrus Christus – “Lamentação” 1455-60. Royal Museums of Fine Arts of Belgium, Brussels Petrus Christus “A Goldsmith in his Shop” óleo sobre madeira – 100x85 cm - 037 - Dirck Bouts (O Velho) 1415-1475. Dirck Bouts ou Dirk Bouts ou ainda Dieric Bouts, ou também Thierry Bouts (Haarlem, 1415—1475) foi um dos mais famosos pintores quatrocentistas dos Países Baixos. Sobre sua vida, há mais dúvidas que certezas. Teria nascido em Haarlem, entre 1415 e 1420, não se sabe ao certo, e trabalhou principalmente em Louvain, onde foi o pintor da cidade a partir de 1468. Bouts foi um estudioso do espaço, da perspectiva e da composição, havendo deixado retratos, cenas históricas e quadros de inspiração religiosa, como "Retábulo do santíssimo Sacramento", "A Ceia" e quadros históricos, como "O julgamento do imperador Oto". Deixou-se influenciar por Jan van Eyck e Rogier van der Weyden, com quem estudou. Como destaque, foi um dos primeiros pintores nórdicos a usar o ponto de fuga, como se pode apreciar, por exemplo, no quadro da Última Ceia (abaixo). Sua obra mais antiga é o Infancy Triptych, que está no Museu do Prado, em Madri. Casou-se com Katharina van der Brugghen, de quem teve dois filhos. Porém, antes de ter imigrado para a cidade onde casou, visitou as cidades de Bruges e Antuérpia. Seu irmão, Aelbrecht Bouts, também foi pintor Enciclopédia Britânica, Wikipedia e outras fontes. - 038 – Dirck Bouts – “A Virgem e o menino – 1465 (circa) National Gallery – Londres - 039 - Hans Memling 1435?-1494 Hans Memling (Seligenstadt, 1430/1440 — Bruges, 1494) foi um dos mais notáveis pintores flamengos, embora de origem alemã, tendo, entretanto, passado a maior parte de sua vida em Flandres, onde ficou conhecido como artista. Autor de algumas das mais célebres madonas que se conhecem, Hans Memling retira seus retratados dos recintos sombrios e os situa junto a janelas e desvãos, através dos quais fixa paisagens ricas de detalhes e banhadas de luz. A expressão estática dos personagens que pintou encerra uma dramaticidade contida e um senso de fervor místico. Acredita-se que tenha recebido educação artística em Colônia (Alemanha), de onde seguiu para Flandres, provavelmente para trabalhar no ateliê de Rogier van der Weyden. Em 1465 mudou-se para Bruges e conquistou celebridade na cidade e arredores. As composições e tipos de Memling repetem-se vez por outra, com poucos indícios de uma evolução formal. Suas virgens, pouco a pouco, tornaram-se mais esbeltas, mais etéreas e tímidas. As obras tardias distinguem-se pelos motivos de inspiração italiana, como cenas bucólicas e cortesãs. Sua arte revela a influência dos pintores flamengos da época: Jan van Eyck, Dirck Bouts, Hugo van der Goes e, sobretudo, Rogier van der Weyden. Essa influência é especialmente notada no tríptico A adoração dos Magos (1479). Por volta de 1479, Memling pintou o retábulo "Casamento místico de santa Catarina", do St. Jans Hospital de Bruges, para o qual fez também o relicário "Ciclo de Santa Úrsula", terminado em 1489 e considerado sua obra-prima. Morreu em 11 de agosto de 1494, em Bruges, na atual Bélgica. Enciclopédia Britânica, Wikipedia e outras fontes. - 040 – Hans Memling – “Mater Dolorosa” – 1480 (circa) – óleo sobre madeira - 041 - Hugo van der Goes 1440-1482 Hugo van der Goes (1440 - 1482) foi um pintor flamengo. Todavia, sua atividade profissional se desenrolou, toda ela, em Gante, onde fazia parte de uma corporação de ofício. Apesar de não existirem registos, suspeita-se que Goes terá ascendência portuguesa. Como seus contemporâneos, Van der Goes dedicou-se especialmente à pintura religiosa e, entre suas grandes obras, se encontram A Sagrada Família e o Retábulo Portinari, um tríptico pintado por solicitação da família Portinari, de Florenza, mas destinado à Basílica Santa Maria Nova, em 1476. Outros trabalhos seus, que merecem destaque, são Madona com criança, Menino com Santa Ana e A Morte de Nossa Senhora. Sua obra se caracteriza pela tensão dramática e pela sensação de movimento, unindo os contrastes coloridos aos tons de um realismo calmo. Enciclopédia Encarta (espanhol), Enciclopédia Barsa, Wikipedia e outras fontes Retábulo Portinari (1485) – óleo sobre madeira – 2,53 x 5,86 m - 042 – “A lamentação de Cristo – após 1479 – Óleo sobre madeira - 043 - Gerard David 1460?-1523 Gerard David (Oudewater, hoje Utrecht, c. 1460 — Bruges, 13 de agosto de 1523) foi um pintor flamengo do Gótico tardio, conhecido pelo uso brilhante da cor. David caiu em completo esquecimento até cerca de 1860 quando a sua memória foi resgatada por William Henry James Weale, cuja investigação nos arquivos de Bruges trouxe à luz os principais fatos da sua vida, levando à reconstrução de sua personalidade artística, a começar com o reconhecimento da sua única obra documentada: A Virgem entre virgens em Rouen. A espiritualidade e o sentido poético com que tratou os temas sacros fizeram de Gérard David o último grande pintor da escola flamenga de Bruges. Em 1483 já trabalhava em Bruges, onde se tornou o principal pintor, depois da morte de Hans Memling. A influência desse mestre e de outros grandes artistas flamengos, como Jan van Eyck e Hugo van der Goes, se fez sentir no ecletismo das obras que Gérard realizou durante a década de 1490, como Tríptico da Virgem e Virgem entronizada com anjos. À sua intenção de dar às composições uma sóbria monumentalidade e perfeição técnica, exemplificadas no grande tríptico Batismo de Cristo (15021507), uniu-se o desejo de conferir às figuras maior naturalidade expressiva. Assim, em As bodas de Caná, Gérard David mostrou grande interesse por diversos aspectos da vida cotidiana, enquanto em outros quadros, como O descanso na fuga para o Egito, manifestou grandes dotes como paisagista. Discordam os historiadores de arte quanto à intenção de David ao buscar um estilo eclético e deliberadamente arcaico. Querem alguns que ele se tenha voltado para os antigos mestres numa tentativa de reviver a decadente arte de Bruges. Outros o veem como um artista progressista que desejou basear suas inovações na obra dos fundadores da escola flamenga. Enciclopédia Britânica, Wikipedia e outras fontes. - 044 – Gerard David - “O descanso na fuga para o Egito” – 1510 Gerard David - Painel da Natividade (tríptico) - 045 - Hieronimus Bosch 1450? - 1516 A concepção pessimista de um mundo dominado pela ideia do pecado e da fragilidade da natureza humana, típica do pensamento medieval, encontrou expressão plástica na pintura de Bosch. Firmemente aparentada, pela simbologia, com a fantasia popular e a cultura da época, sua insólita obra, cáustica e imaginativa, prenunciou as grandes realizações da pintura flamenga e holandesa dos séculos XVI e XVII. Jeroen van Aeken, cujo pseudônimo é Hieronymus Bosch, e também conhecido como Jeroen Bosch ('s-Hertogenbosch, c. 1450 — 9 de Agosto de 1516), foi um pintor e gravador Holandês dos séculos XV e XVI. Sua obra inspirou, cinco séculos depois o surrealismo de Max Ernst e Salvador Dali. O surrealismo de Bosch em “Cristo carregando a cruz” (detalhe) - 046 Pertencente a uma família de pintores, Bosch nasceu por volta de 1450 em Hertogenbosch, mais tarde Bois-le-Duc, no Brabante setentrional (Bélgica, antiga Flandres Ocidental). Desenvolveu toda sua atividade na cidade natal, que gozava então de grande prosperidade comercial. Salvo as referências existentes no arquivo da cidade, que o dão como membro da confraria de Nossa Senhora entre 1486 e 1516, as informações sobre sua vida são muito escassas. Esse fato trouxe graves problemas para a datação de sua obra, que se baseou fundamentalmente em critérios estilísticos. A dispersão de seus quadros revela, de qualquer modo, o prestígio que alcançou na Europa. Nas primeiras obras de Bosch, de temas tradicionais e estilo algo arcaico, salientam-se "A extração da pedra da loucura", "A nau dos insensatos" (baseada numa alegoria do alemão Sebastian Brant) e a "Mesa dos pecados capitais". Nesta última aparecem temas que se tornaram frequentes em toda sua produção, como a natureza pecaminosa do homem e a dificuldade da salvação. Bosch – “A nau dos insensatos” (detalhe) - 047 Ao período seguinte pertencem suas obras capitais: os trípticos "O carro de feno", "O jardim das delícias" e "As tentações de santo Antão", alegorias de tom satírico e moralizante, em que o autor deu livre curso à imaginação para plasmar suas ideias sobre o paraíso terrestre, o pecado, o juízo final e o inferno. Com singular domínio dos tons e valorização dos pormenores, Bosch criou um mundo fantástico, povoado de seres de pesadelo, monstros fantasmagóricos e estranhas construções, onde a natureza se confunde com a fantasia. Esse mundo mágico estava presente na cultura da época e aparece também em textos literários, como obras de alquimia, livros satíricos e poemas. Nas obras de sua última fase, entre as quais "A coroa de espinhos" e o "Cristo com a cruz", houve uma mudança radical de escala. Bosch abandonou os seres diminutos que povoavam suas paisagens e adotou figuras de meiocorpo em primeiro plano. O simbolismo dessas composições, no entanto, ainda que menos delirante, é tão hermético quanto o das obras precedentes. Bosch morreu em sua cidade natal em 9 de agosto de 1516. Enciclopédia Britânica, Wikipedia e outras fontes. Bosch – “Ecce Homo” (Eis o homem), frase de Pôncio Pilatos ao apresentar Jesus à multidão que desejava condená-lo – Este se tornou um tema recorrente da pintura universal. - 048 – Bosh – “Carroça de feno” (tríptico) – Museu do Prado, Madri Bosch – “Jardim das delícias terrenas” (tríptico) Museu do Prado, Madri - 049 - Jan Gossaert (Mabuse) 1478?-1532 Mabuse, de seu verdadeiro nome Jan Gossaert (1478 - 1 de outubro de 1532), foi um importante pintor flamengo, vulgarmente identificado como o maior precursor do barroco na Flandres. É igualmente considerado um dos maiores seguidores de Rogier van der Weyden. Nasceu em Maubeuge, na atual França, e iniciou a sua formação artística na cidade de Bruges, completando-a com diversas visitas a outros importantes centros artísticos flamengos. Posteriormente, trabalhou em variadas cortes europeias e, desta forma, ia conhecendo, em primeira mão, os estudos e as descobertas mais recentes, sobretudo relativos às áreas pelas quais mantinha mais interesse, como anatomia, perspectiva e Antiguidade Clássica. Vulgarmente combinava estes elementos, próprios do Renascimento italiano, com a vivacidade, alegorismo e precisão técnica da pintura flamenga, como se pode observar em obras como Dánae, Antiga Pinacoteca, Munique, São Lucas pintando a Virgem, Galeria Nacional de Praga, Praga, A Virgem com Menino, Museu do Prado, Madrid, ou Cristo coroado de espinhos, Fundação Medeiros e Almeida, Lisboa. Concebeu também numerosas versões de cenas bíblicas, como Adão e Eva, e muitos retratos de proeminentes personalidades da época. Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. - 050 – M abuse - M adona e a criança (1527) - 051 - Quentin Massys (Metsys) 1466-1530 Quentin Matsys (1466-1530) foi um pintor flamengo e fundador da Escola de Antuérpia. Esteve ativo por mais de 20 anos, criando inúmeros trabalhos de cariz religioso e tendências satíricas Na pintura de Metsys já se anuncia a síntese da arte italiana e da mentalidade nórdica, que se revelaria como um dos traços característicos da escola flamenga de Antuérpia. Entre suas obras mais célebres encontram-se dois trípticos: o "Retábulo de Santa Ana" (1507-1509), encomendado pela igreja de São Pedro de Louvain e posteriormente transferido para Bruxelas, e o "Enterro de Cristo" (1508-1511; Museu de Antuérpia). Ambos apresentam forte sentimento religioso e detalhes minuciosamente trabalhados. A tendência para acentuar a expressão individual aparece em quadros como "O banqueiro e sua mulher" (1514; Museu do Louvre). O políptico de Munique e "A Virgem com o Menino", da coleção Aynard de Paris, são quadros de menores dimensões. Suas paisagens de fundo evocam o estilo de Joachim Patinir, pintor flamengo da época de Metsys. Também pintou muitos retratos notáveis, dentre os quais sobressai o de Erasmo, seu amigo (1517; Galeria de Arte Antiga, Roma). Embora seus rostos sejam mais subjetivos e personalizados que os de Albrecht Dürer ou Hans Holbein, nota-se neles a influência dos mestres alemães. Os filhos de Metsys, Jan e Cornelis, também foram pintores. Quentin Metsys morreu em 1530 em Antuérpia, Flandres, hoje na Bélgica. Enciclopédia Britânica, Wikipedia e outras fontes. - 052 – Metsys “Casamento desigual” – 1525 (circa) Museu de Arte de São Paulo (MASP) O quadro abaixo (detalhe) é uma preliminar pintada em 1520 (circa) Metsys – “O casamento desigual” National Gallery of Art, Washington, DC - 053 - Joss Van Cleve 1485-1540 Excelente retratista e colorista brilhante, situa-se à cabeça dos pintores maneiristas animados ainda de espírito gótico flamejante, numa pintura híbrida em diversas inspirações. A sua observação é minuciosa, mas as personagens estão ainda repletas de imobilidade. É também conhecido como Joss van der Beke ou Mestre de «A morte da virgem». Joos van Cleve (Kleve,? C. 1485 - Antuérpia, 1540 ou 1541), também chamado de Joos van Cleef, Joos van der Beke e Mestre da “Morte da Virgem”, era um pintor flamengo do renascimento em países nórdicos. Pouco se sabe a seu respeito, mas, aparentemente, vinha de uma família de artistas, já que o sobrenome Cleef é repetido entre os pintores de Antuérpia. Poderia ter nascido em Kleve (Cleve em alemão, Kleef em holandês), atualmente cidade alemã, mas que, no século XVI, pelo ducado de Cleves, estava política e culturalmente integrada à Holanda. Fez parceria com Jan Joest, com quem colaborou em as portas do retábulo da igreja de São Nicolau de Kalkar no Baixo Reno. A partir daí passou para Bruges, antes de se estabelecer em Antuérpia, onde ele está registrado na Guilda de São Lucas (1511) e onde fez alguns discípulos. Em 1520, foi eleito reitor da aliança junto com Jan Wellens de Cock. Van Cleve se dedicou a fazer retratos e pintura religiosa, às vezes repetindo suas composições em figuras heterogêneas, fundos de arquitetura renascentista e obras de venda fácil. O seu quadro “Morte da Virgem” (1515) (hoje no Museu Wallraf-Richartz, em Colônia, Alemanha), ele o assinou com monograma em uma das janelas que aparecem em cena, servindo como ponto de partida para o seu reconhecimento. - 054 – Joos van Cleve - Morte da Virgem, 1515 (Triptico) A partir de 1524, com “O Lamento de Cristo” (Städelsches Kunstinstitut, Frankfurt), sua pintura deu uma guinada para modelos pictóricos italianos, ainda que não haja nenhuma prova documental de qualquer viagem dele a esse país. Certo é que ele deve ter estado na França, onde, de acordo Guicciardini, foi chamado por Francisco I para trabalhar como pintor de retratos. (Fontes: Wikipedia em espanhol e «Introdução à História da Pintura», Livraria Luso Espanhola, Lisboa.” Joos van Cleve – “O Lamento de Cristo” (1524) - 055 - Peter Brueghel (O Velho) 1525-1569 Laços familiares: Brueghel, “O Velho” era pai de Peter Brueghel, “O Moço” e de Jan Brueghel (Veludo). Era também avô do pintor Jan Brueghel (O Moço). Pieter Bruegel, "O Velho" (Breda, 1525/1530 — Bruxelas, 9 de setembro de 1569) foi um pintor de Brabante, célebre por seus quadros retratando paisagens e cenas do campo. Sua obra é produto de uma visão panorâmica do mundo. Pintou, com todo requinte de detalhes, cenas da vida cotidiana dos camponeses holandeses e episódios da Bíblia, transplantados para paisagens e cidades do norte da Europa de sua época. Entre as gravuras, destaca-se a série dos Sete pecados capitais (1557). No final da década de 1550, deu início a uma série de grandes painéis com cenas da vida rural flamenga, como Provérbios flamengos (1559), Combate entre o carnaval e a quaresma (1559) e Jogos infantis (1560). Entre os últimos trabalhos sobre cenas campestres, encontram-se A quermesse e Banquete de casamento, (ambos de 1566-c. 1568). Em 1565, completou um conjunto de obras representando paisagens e atividades humanas ao longo das estações, no qual a mais conhecida é Caçadores na neve. É desta época também O Triunfo da morte (c. 1560). Encarta 2002 e outras fontes. - 056 – Brueghel, o Velho – “Os Ceifeiros”, 1565 – óleo sobre madeira 1,18 x 1,60 m - Metropolitan Museum of Art, New York Brueghel, o Velho – “Os Mendigos”, 1568 – óleo sobre madeira 18 x 21 cm - Musée du Louvre, Paris, France - 057 - Antônio Moro 1517?-1577 Retratista admirado pela corte espanhola, Antônio Moro realizou em seus trabalhos uma síntese do estilo tradicional da pintura flamenga e as novas propostas estéticas do Renascimento italiano. Anthonis Mor van Dashorst (Utrecht, 1516 — Antuérpia, 1576), simplificado para Antônio Mouro ou Antonio Moro, mais conhecido internacionalmente por Anthonis Mor, como assinou em maior parte das suas obras. Foi um pintor quase exclusivo de retratos, muito requisitado nas cortes europeias no seu tempo Estudou com Jan Schoreel e, depois de uma visita à Itália, passou a pintar retratos.Trabalhou em Bruxelas de 1549 a 1550 e, dois anos depois, foi chamado a Madri pelo imperador Carlos V (I da Espanha). Em 1554, viajou a Londres para pintar o retrato de Maria Tudor, segunda esposa de Filipe II da Espanha. Esse quadro, que se acha no Museu do Prado, em Madri, é uma de suas obras-primas, pela eficiência técnica e acuidade psicológica. Moro pintou magníficos retratos de personagens da realeza e da corte, em que ressaltou a nobreza e autoridade dos modelos pela expressão de seus rostos, qualidade das vestes e adornos pessoais. Sua influência foi decisiva entre os retratistas espanhóis posteriores, que culminaram em Velázquez. - 058 – Moro pintou ainda alguns quadros de temas religiosos, como o "Calvário". Deixou a Espanha em 1558, talvez por problemas com a Inquisição, mas manteve o cargo de pintor de câmara de Filipe II. (Enciclopédia Britânica, Wikipedia e outras fontes). Antônio Moro – “Retrato de Maria Tudor” - 059 - Lucas van Leyden 1494-1533 Lucas van Leyden (Leiden, 1494 — Leiden, 8 de Agosto de 1533), também chamado Lucas Hugensz ou Lucas Jacobsz, foi um gravador e pintor dos Países Baixos, um dos primeiros representantes holandeses da pintura de gênero e é considerado um dos melhores gravadores na história da arte. Ele era aluno de seu pai e de Cornelis Engelbrechtsz. Em 1514, entrou para a Guilda de São Lucas, em Leiden. Visitou Antuérpia e Middelburg, em 1527, onde conheceu Jan Mabuse. Dürer foi a maior influência em sua carreira, mas, diferente do mestre alemão, se concentrava em cenas da vida diária e caricaturas. Deixou uma grande obra, apesar da morte precoce. Lucas é universalmente considerado uma das grandes figuras do design gráfico, tendo feito obras em água-forte e xilogravura, assim como desenhos. Wikipedia e outras fontes. - 060 – Lucas van Leyden - “Curando o cego de Jericó” (1531) – óleo sobre tela Lucas van Leyden – “O leiteiro” – gravura de 1510 - 061 – Joachim Patinir 1480-1524 Joachim Patinir, também chamado de Patinier e de Patiner (1480 – 5 de outubro, 1524), foi um pintor flamengo do Renascimento, especializado em motivos históricos e paisagens. Era provavelmente tio de Herri met de Bles, com quem ajudou a estabelecer um estilo marcante de paisagens. Originalmente de Dinant ou Bouvignes, na atual Bélgica, Patinir se tornou membro da Guilda de São Lucas, em Antuérpia, em 1515, onde ele passou o resto de sua vida. Ele deve ter estudado com Gerard David em Bruges. Em 1511, Patinir viajou para Gênova com David e Adrien Isenbrandt. Em 1521, Albrecht Dürer, amigo de Patinir, pintou seu retrato. Dürer chamava Patinir de "der gute Landschaftmaler" ("um bom pintor de paisagens"), criando então um neologismo depois traduzido para o francês. Patinir se fixava preferencialmente nas paisagens, desprezando as figuras, que eram muitas vezes pintadas por outros artistas. Nas suas imensas paisagens, em que era incontestavelmente um mestre, combinava a observação de detalhes naturais com a fantasia lírica. Existem somente cinco pinturas assinadas por Patinir. Quando ele morreu, na Antuérpia, em 1524, Quentin Metsys tornou-se tutor de seus filhos. Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. - 062 – Joachim Patinir – “Paisagem com São Cristóvão” – 1520 (circa) Joachim Patinir – “A fuga para o Egito” – (1515-1516) - 063 - Jan van Scorel 1495-1562 Primeiro grande maneirista da Holanda, Scorel adquiriu fama como um dos maiores pintores do norte do país no século XVI. Formado na Itália, sua obra revela a influência dos venezianos. Jan van Scorel (Schoorl, 1 de agosto de 1495 - Utrecht, 6 de dezembro de 1562) foi um pintor, engenheiro e arquiteto holandês do Renascimento e, depois, do Maneirismo. Van Scorel iniciou seus estudos provavelmente com Jan Gossaert em Utrecht, ou com Jacob Cornelisz em Amsterdã, e viajou bastante, na juventude, sobretudo para Nuremberg e pela Áustria meridional. Neste país completou em 1520 sua primeira obra significativa - o Retábulo de Sippen (chamado Sippenaltar, ou Retábulo da Sagrada Família), para a Igreja de São Martinho, na cidade de Obervellach, na Caríntia. Passou por Veneza, onde foi bastante influenciado por Giorgione. Também importante para a sua formação foram as peregrinações a Roma e pela Terra Santa. Suas experiências em Jerusalém estão presentes em muitas obras da maturidade. Em 1521, van Scorel regressou a Roma, onde foi recebido pelo papa Adriano VI, de origem holandesa, que o nomeou seu pintor oficial e lhe comissionou numerosas obras incluindo um retrato do próprio Pontífice. Recebe a influência de Michelangelo e Rafael Sanzio, a quem sucede no trabalho do Belvedere, como Conservador. Após seu retorno aos Países Baixos em 1524 se estabelece em Utrecht, iniciando uma exitosa carreira de pintor e mestre, e também como engenheiro e arquiteto. - 064 Considerado o maior nome dos "romanistas" holandeses, morreu em Utrecht, na Holanda, em 1562, legando uma grande quantidade de retratos e retábulos. Muitas dessas obras, entretanto, foram destruídas durante as revoltas iconoclastas de 1566 e, as remanescentes, hoje se encontram em museus, mormente dos Países Baixos. Jan van Scorel – Painel “O batismo de Cristo” (1530, circa) “Entrada de Jesus em Jerusalém” – Detalhe do painel central de um tríptico - 065 - Jan (Veludo) Brueghel 1568-1625 Filho de Pieter Brueghel, o Velho, destacou-se por suas paisagens e alegorias de grande delicadeza cromática. Era irmão de Peter Brueghel, o Moço e pai de Jan Brueghel, O Moço. Jan Brueghel o velho (Bruxelas, 1568 — Antuérpia, 1625) foi um dos mais notáveis pintores quinhentistas flamengos, muito conhecido pelas suas paisagens campestres ou pelos seus buquês de flores. Nascido no seio de uma família de pintores flamengos, Jan teve, desde cedo, um grande contato com a arte, tendo aprendido, por exemplo, com a sua avó, a pintar com aquarelas. Tinha diversos apelidos, como "veludo" e "flor", para assim poder distinguir-se dos outros membros da família. Estudou na escola de Antuérpia, onde foi aluno de Pieter Goctkind e, provavelmente, de Gillis van Coninxloo, durante oito anos. Esteve na Itália por alguns anos, porém retornou à sua cidade de Antuérpia em 1598, onde se casou, em 1599, com Isabella de Jode, de quem teve dois filhos, incluindo Jan Brueghel o jovem. Sua mulher morreu quatro anos depois, em 1603. Assim, em 1605, Jan casou-se de novo, desta vez com Catherinne van Marienberghe, de quem teve oito filhos. Durante toda a sua vida foi-lhe assegurada fama e fortuna, em parte, devido ao enorme reconhecimento do seu pai entre a aristocracia e artistas flamengos. Todavia, nem a fama nem a fortuna lhe valeram muito quando contraiu cólera e morreu, em 1625. (Wikipedia, Enciclopédia Britânica e outras fontes). - 066 – Jan Brueghel (Veludo) – Natureza morta com vaso de flores Óleo sobre tela – 31 x 43 cm – 1620 (circa) - 067 - Peter Brueghel (O Moço) 1564?-1638 Pieter Brueghel, o Moço foi um pintor flamengo, tendo como pai Pieter Brueghel, o Velho. É conhecido como um exímio copista das obras de seu pai e também realizou suas próprias obras com a mesma temática e estilo, perpetuando-se assim até a época em teve desenvolvimento o estilo barroco na arte flamenga. Era irmão de Jan (Veludo) Brueghel e tio de Jan Brueghel (O Moço). Pieter Bruegel, o Jovem (1568 - 1625) foi um pintor flamengo nascido e criado em Bruxelas. Aos cinco anos, ficou órfão de pai, desta forma herdando toda a tradição artística deste. O jovem recebeu seu treinamento artístico do pintor de paisagens flamengo Gilles van Coninxloo e, mais tarde, casou-se com a filha de seu mestre. Viajou à França e à Itália e passou algum tempo neste país até regressar à Antuérpia, lugar onde finalmente morreria. Muitos de seus quadros eram réplicas dos trabalhos do pai. Pessoalmente, ficou famoso pelos quadros que continham cenas absurdas de demônios e bruxos. - 068 – Acima, Pieter Brueghel, o Moço; abaixo, Pieter Brueghel, o Velho - 069 - Adien Brower 1605-1638 Adriaen Brouwer (Oudenaarde, 1605 - Antuérpia, 1638), foi um pintor ativo em Flandres no século XVII. Como um inovador na pintura de gênero, colocava em suas cenas a vida dos camponeses e o interior das tabernas, com lutadores, fumantes e beberrões. No final de sua carreira, pintou paisagens, mostrando uma intensidade trágica. A importância de sua obra está principalmente na grande influência que ela exerceu sobre a próxima geração de pintores flamengos e holandeses de gênero. Escolhendo bem seus personagens, Teniers privilegia o rústico e focaliza o ser humano em sua aparência degradada. Ele não está interessado em assumir em suas telas a sociedade burguesa, mas vai ao nível do segmento marginalizado a que pertencem os aventureiros e canalhas, aos quais vê com grande amor e misericórdia. Como exemplo pode ser considerado A luta dos camponeses dos Mauritshuis em Haia. - 070 Em seus primeiros trabalhos, em 1625, o artista era dominado pelos tons claros, com uma forte presença de vermelho e rosa. Em um segundo período preferiu usar tons mais atenuados e cremosos, e difundir os efeitos de luz. Brouwer é considerado como um precursor do impressionismo, duzentos anos antes de ele se tornar realidade, porque a emoção predomina sobre a razão, expondo a vida sem nuances ou detalhes de qualquer forma, tendo o sentimento como o tema-chave de seu trabalho. Wikipedia em espanhol Brower fez seu auto-retrato no quadro “Os Fumantes” Nesta pintura de 1636 (circa) Brower seria o homem no primeiro plano, soltando anéis de fumaça pela boca. Os outros personagens seriam seus colegas pintores em uma farra de fumo e bebidas na taberna da Antuérpia.